O diário de uma garota qualquer escrita por LRB1805


Capítulo 17
Poderes especiais e fim de guerra




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A morte do nosso companheiro foi um choque para todos nós, principalmente para Alfreda, que tinha uma queda por ele.

– Eu vou matar Tobias... Vou sim, e por você... - Murmurou Alfre ainda chorando por cima do corpo do garoto pálido.

– Alfre - Falei calmamente - Chorar não é o que podemos fazer agora. Temos que matar Tobias.

– Mas antes vão passar por cima de mim. - Falou uma voz grossa.

– Senhor P.?! - Perguntaram Ângelo e Alfreda ao mesmo tempo.

– Petrônio, você aqui de novo? - Rangi os dentes ao ver a cara daquele otário traíra.

– Eu tenho que defender meu mestre. Desculpe, mas vocês tem que morrer agora. - Ele falou.

Pensei um pouco. Qual seria o ponto fraco dele? Ele morreu de medo quando eu fingi que eu iria o enforcar. Acho que o ponto fraco dele é o pescoço.

– Magmalidica... - Sussurrei levantando as mãos para cima e para baixo e lançando no pescoço de Petrônio, e este, ao invés de pegar fogo, começou a rir.

– Isso só faz cócegas. Você não se passa de uma garota qualquer. E daquelas fracas. O que uma menina de 14 anos faz a não ser brincar com as Barbies? - Ele deu uma gargalhada, e isso levantou minha fúria.

– Escuta aqui, babaca - Segurei a gola da camisa dele - Posso ter apenas catorze anos, mas deixarei minha marca. Vou salvar o mundo. Acabarei com esse desastre. Depois de virar uma heroína, o senhor me diz que eu sou uma menina qualquer de catorze anos fraca.

Soquei a cara dele.

– Desculpa, mas não irá salvar o mundo. - Debochou se recuperando do soco, e Ângelo e Alfreda começaram a cochichar algo.

Aquilo elevou minha ira ao máximo. Quando de repente, eu não entendi nada do que aconteceu. Só vi uma luz branquíssima e uns barulhos muito estranhos, depois eu caí no chão.

– Marina... - Ângelo gaguejou assustado.

Eu olhei para o lado, e vi Petrônio todo cortado, com as roupas todas ragadas, todo ensanguentado, com o tapa olho arrancado onde se mostrava um enorme buraco que não tinha olho algum, e seu outro olho estava igual. Sua boca não havia dente algum e seu braço estava quase arrancado.

– O que aconteceu? - Perguntei totalmente desnorteada.

– Você descobriu seu poder especial. Todo Poderoso tem um poder especial. Pelo que eu vi, o seu é o da fúria. Quando alguém desperta sua fúria... Bem, você faz basicamente isso. - Explicou Ângelo.

Olhei para mim mesma.

– Qual é o poder especial de vocês dois? - Perguntei.

– O meu é o da cobra. Eu me transformo em uma cobra gigante e quebro todos os ossos do inimigo, igual a uma cobra sucuri. Depois eu volto ao normal - Revelou Ângelo.

– O meu é do furacão. Eu invoco um furacão gigantesco para cima do inimigo. - Comentou Alfreda.

– E se nós lançarmos os nossos poderes especiais contra Tobias? - Indaguei tendo uma ótima ideia - Tipo, primeiro a Alfre faz esse furacão, depois Ângelo quebra todos os ossos dele e eu faço isso?

Eles concordaram, fizemos nosso plano e partimos para procurar o idiota do Tobias.

Novamente, procuramos por ele em todo o lugar. Passamos horas procurando, o dia amanheceu e não o encontramos. Matamos um bocado de extraterrestres, comemos as rosquinhas que restaram, mas nada de Tobias.

– Tobias, se é corajoso, apareça! - Gritei um pouco impaciente.

Quando uma nave apareceu e começou a jogar uns meteoritos na gente.

– Se abaixem meninas! - Ângelo gritou, e nós obedecemos, obviamente. Vários meteoritos nos seguiam. Tentei identificar de onde vinham essas gigantes bolas de fogo, até que vi uma espécie de canhão.

– Olha, é dali que surgem esses meteoritos! - Falei - Vamos destruir isso!

Destruímos o canhão e voamos até dentro daquela nave. Começamos a procurar Tobias, até que guardas extraterrestres nos capturam e nos levam até ele.

Os guardas nos largam no chão e colocam algemas em nós.

– Ora, ora, olhe quem está aqui - Riu Tobias - Os fracassados.

Olhei para o lado, e vi meus pais numa cela.

– Como conseguiu encontrar meus pais? - Perguntei furiosamente.

– Você, seu namoradinho e a burrice de vocês colocaram eles, nada mais e nada menos que em minha sala! - Ele gargalhou.

Minhas mãos, presas a algemas, com tanta força, eu consegui quebrá-las. Talvez era o meu poder da fúria aparecendo novamente.

Os guardas tentaram me prender de novo, mas logo deixei-os inconscientes.

– O que você fez pirralha? - Ele perguntou se levantando do trono onde estava.

Com agilidade, soltei Ângelo das algemas, e pedi para ele soltar Alfreda.

Lancei fogo em Tobias, que foi uma distração e pus-me a golpeá-lo. Logo, Alfreda lançou seu poder especial no babaca, e ele começou a se bater de um lado para o outro, tentando escapar, mas não conseguia. Eu e Ângelo lançamos algumas mesas e cadeiras dentro do furacão, para deixá-lo mais tonto ainda. O furacão se extinguiu, e Ângelo se preparou para lançar seu poder especial. O ruivo se transformou numa cobra de mais ou menos 18 metros, e Tobias se perguntou o que estava acontecendo.

– Simples: você vai morrer! - Respondi furiosamente, já me preparando.

Antes que Tobias reagisse, Ângelo-Cobra se lançou contra o fracassado, que se debatia, tentando escapar.

– Me solta seu inútil! - Gritou tentando puxar a cobra, mas esta o apertava mais. Tobias começou a ficar roxo e sem ar, e sua respiração ficava cada vez mais ofegante.

Ângelo o soltou e Tobias caiu no chão, com todos os ossos quebrados.

– Guardas... - Ele gemeu.

Chegou minha vez. Novamente, vi a luz branquíssima, ouvi uns barulhos estranhos e depois caí no chão. Tobias estava caído no chão, e morto da Silva.

Os guardas que ele chamou, quando começaram a se aproximar de nós três, começaram a gritar e a se contorcer, e estavam se desintegrando, até que todos os guardas e extraterrestres explodiram. A cela que meus pais estavam presos se abriu de repente, e eles foram correndo me abraçar.

– Marina... - Eles falaram - Estamos orgulhosos de você e de seus amigos!

– Eu nem acredito que conseguimos! A guerra acabou? - Perguntei.

– Sim, a guerra acabou. - Respondeu Ângelo com um sorriso fraco.

Fizemos um abraço coletivo.

– Vamos voltar pro internato? - Perguntou Alfreda.

– Vamos - Falei - Mas antes, quero voltar para casa, tenho que cumprir uma promessa para uma amiga.


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Notas finais do capítulo

Isso não foi o fim da história, mas o próximo capítulo é o último :(



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