O diário de uma garota qualquer escrita por LRB1805


Capítulo 10
Voando


Notas iniciais do capítulo

Estou postando o máximo que puder, pois provavelmente a partir da segunda eu não vou postar com tanta frequência...



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Comemos na paz e na tranquilidade, e dessa vez quem pagou foi nós 3 juntos, pois nosso dinheiro estava acabando. A gente até pediu um desconto, mas não aceitaram. Alfredo então hipnotizou o caixa, fazendo ele aceitar o desconto.

Saímos a procura de um lugar para se abrigar. Só fomos encontrar já no Piauí, pois estávamos na divisa... Ah, o garçom já disse.

A gente viu uma garagem aberta, e fomos nos esconder lá. Quando a gente chegou, eles logo perguntaram o que havia acontecido comigo lá no buraco.

Expliquei que eu tinha enfrentado 4 meninos, os nomes deles, que eles disseram que eram ex-alunos do ICP, que eles estavam no lado dos extraterrestres... Tudo que aconteceu, até a parte do loiro que desmaiou.

– Interessante - Falou Alfredo, que logo baixou a cabeça - Tobias... Me lembro dele...

– Quem é Tobias, afinal? - Perguntei.

– Tobias - Começou Alfredo com uma cara fechada - Era um ex-aluno do ICP. Ele era o melhor, venceu vários inimigos que iam destruir a Terra, mas, ele nos traiu.Há aproximadamente 2 anos, um ano depois que eu entrei no internato, ele começou a agir de uma forma estranha. Ele enlouqueceu. Fugiu do ICP, e começou a servir todos os vilões que tentam destruir a Terra - Alfredo coçou os olhos, como se quisesse chorar, mas continuou - Os últimos ataques dele, nós vencemos, mas esse será o mais poderoso de todos, pois ele reuniu vários seres mágicos, os extraterrestres.

– Entendi - Falou Alfre - Resumindo: ele era bom e ficou do mal?

– Exato. - Respondeu o garoto.

– Legal. - Murmurei temendo que alguém ouvisse.

– COMO ASSIM LEGAL? - Gritou Alfredo.

– Silêncio, o dono da garagem pode ouvir! - Exclamei tapando a boca dele - Vamos dormir, precisamos descansar!

Os dois assentiram. Desabamos no sono ao mesmo tempo.

Lembro que eu tive um sonho. Eu estava numa sala, que tinha vista para o espaço. Vi os Extraterrestres e Tobias falando algo em outra língua, e os seres verdes apenas assentiam.

Tobias entregavam armas de um por um. Cada uma mais poderosa e eficiente que a outra.

Em seguida, ele gritou algo, o que fez todos gritarem também.

Tobias se virou e foi até uma sala. Segui ele, com todo cuidado possível.

Ele se sentou num trono luxuoso, revestido de ouro e diamante. Ficou numa posição torta, quando ele gritou:

– Bruno!

Bruno apareceu, com uma roupa de soldado.

– Lembra daquela inútil, a Marina, que vai tentar destruir nossa invasão? - Perguntou Tobias.

O irmão dele apenas assentiu. Em seguida, Tobias continuou:

– Ela está acompanhada. E eles são tão fortes e poderosos quanto ela. Senti isso. Então, sem mais nenhuma enrolação, eu vou te pedir algo. Venha cá.

Bruno se aproximou do irmão, e este começou a cochichar algo no ouvido dele. Minutos depois, Tobias perguntou se ele entendeu.

– Eu entendi sim senhor - Bruno resmungou - Agora, porque tenho que fazer isso?

– Porque assim eles ficam mais fracos! - Ele gritou - Agora vá irmão! Tenho o que fazer! E muito mesmo.

Tentei falar algo, porém não consegui. Fiquei na frente de Bruno, mas ele não me viu. Dei um soco nele, mas ele não sentiu nada. Lancei fogo no Tobias, mas ele não queimou. Quando eu lembrei que eu estava num sonho.

Então, depois de muito tempo tentando fazer algo com os irmãos, eu acordei. Os dois estavam acordados também, cochichando algo.

– Bom dia... - Resmunguei - O que tanto cochicham?

– Estávamos falando de sua ferida no braço - Alfre falou com a maior naturalidade - Você não tira esse pedaço de pano no braço desde ontem, e pode estar inflamado.

Tirei o pedaço do gorro do braço. O gorro que era branquinho estava naquela hora vermelho de tanto sangue. Tinha parado de sangrar, porém estava, assim como a Alfre disse, inflamado. Dava nojo só de olhar. Não vou detalhar como estava, pois só de pensar dá calafrio na espinha.

– Você precisa de um médico - Ela continuou - Caso contrário as coisas pioram.

– Não precisa - Menti - Estou ótima. Mais ótima do que qualquer coisa.

– Por isso - Ela disse mesmo eu dizendo que não precisava - Compramos umas gazes pra cobrir seu braço.

Recusei imediatamente, mas quando pude ver, meu braço já estava lavado e sendo enfaixado.

– Pronto teimosa - Disse Alfredo - Agora vamos continuar, temos uma longa jornada pela frente. E longa, pois do Piauí pro Acre é muita coisa.

Saímos rapidamente da garagem, que estava semiaberta. Começamos a caminhar, a procura de algo para se locomover. As bicicletas foram deixadas para trás, e estavam detonadas. E olha que aquilo era alugado. Resumindo: seríamos prejudicados por ter detonado bicicletas alugadas.

– E agora? - Perguntei - Por onde a gente vai?

– Acho que temos que ir voando. - Resmungou Alfre.

– Está louca? - Indaguei - Temos nem dinheiro pra comer, quem dirá para um avião!

– Não foi isso que eu quis dizer. Eu quero dizer que a gente pode usar os poderes e ir voando, apesar de gastar muita energia, mas vale a pena. - Ela argumentou.

Pensei na ideia dela, até que eu e o Alfredo concordamos.

– Mas temos que ir escondidos, pois alguém pode desconfiar da gente... - Falou o garoto.

– A gente vai por cima das nuvens - Tentou a loira - Aí só há a probabilidade de aviões nos ver, a gente pode até pegar carona neles...

Concordamos, e soltamos o poder. Começamos a voar por cima das nuvens, assim como o plano dizia.

Voamos por horas e horas, até que a energia de Alfre se esgotou. Ela começou a cair, e eu e o Alfredo sem saber o que fazer. Quando nos encaramos e descemos para salvar ela.

Mas ela tinha desaparecido. Quando eu vi lá na frente Bruno e Alfre lá na frente. Bruno segurava Alfre pelos braços e esta estava amordaçada, tentando gritar algo.

– Essa não - Pensei alto - O irmão do Tobias capturou ela!

Tentamos segui-lo, mas ele entrou em um portal com ela, e sumiram totalmente. O portal estava se fechando, e voávamos a mais de mil por hora, tentando alcançar.

Quando o portal faltava muito pouquinho para se fechar, nós dois conseguimos entrar no portal.

E caímos numa base, toda tecnológica. Havia uma mesa gigante, cheia de computadores, ferramentas e aparelhos modernos. Nas paredes, tinham telvisões, murais e um fliperama. Ao lado, tinha uma cozinha com as coisas mais estranhas do mundo. Tinha uma mesa também lá, do mesmo tamanho da outra, só que esta estava cheia de rosquinhas e migalhas. Diferente daquele esgoto, sujo e nojento, que não tinha nada além de escuridão e fedor.

A frente, estavam eles. Os próprios, com a nossa amiga.


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