Última Dança escrita por Akira


Capítulo 1
✴ Quer dançar?


Notas iniciais do capítulo

Olá! ♥
Bem, eu tirei a Kath eee... é.
Eu pretendia escrever umas cenas mais... quentes (?), mas optei por deixar uma coisa mais fluffy~
De início eu não ia fazer Nalu, ia tentar algum outro ship da tabela, mas fiquei bastante em dúvida sobre qual você iria gostar mais (sério, fiquei muitos dias tentando decidir :'D), mas acabou que escolhi o primeiro ship que você colocou, e aí está~
Eu espero MUITO que você goste, já que eu gosto de você ♥ AUSHAUSHA



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— Quer dançar?

Lá estávamos nós na festa de formatura do terceiro ano do colegial. Quem diria que chegaríamos naquele nível, não é? Nunca fui fã de festas, na verdade, nunca gostei de sair de casa — preferiria ficar de cara nos livros. De qualquer forma, era uma ocasião a ser comemorada. Depois de dias, horas, minutos com os olhos grudados nos cadernos, eu ganhara a oportunidade de entrar na faculdade de medicina.

Levy, minha melhor amiga, dizia para mim todos os dias: “Lucy, você deve curtir sua juventude!”, mas quem disse que eu a escutava? Na verdade, ignorava com todo o prazer. Não era como muitas das garotas de nosso colégio, onde o que mais importava eram suas vidas sociais. Não ligava muito para elas — muito menos minha vida social, que, permito a mim mesma dizer que era um fracasso.

No entanto, o ano acabou, assim como minha vida como uma estudante do ensino médio. E, com este fim maravilhoso, viera junto a festa de formatura. De início, meu objetivo era não ir e ficar em casa comemorando minha vaga na universidade, mas acabou que Juvia Loxar — uma amiga das aulas de química — me convenceu a entrar no grupo de organização da festa. E então, eu estava ali. Sentada sozinha na mesa onde antes todas as cadeiras em volta estavam ocupadas por amigos, que decidiram ir dançar com seus acompanhantes.

— Ei, Terra para Lucy! Acorda, loira! — Uma voz rouca cortou meus pensamentos. Olhei para cima, fitei os olhos negros e o terno preto que usava. Estava elegante.

— Ah, oi Natsu — o cumprimentei, sorrindo.

Natsu Dragneel, vulgo meu melhor amigo até então. Na verdade, tínhamos uma relação complicada. Tinham horas em que não desgrudávamos um do outro, e outros momentos em que eu queria ele à quilômetros de distância de mim. Mas, no fim, éramos inseparáveis. Companheiros desde o primário.

Claro, tínhamos nossos problemas ­— que, aliás, eram vários. Uma vez ele me usara para fingir ser sua namorada para que uma garota saísse de seu pé (Final: eu com um hematoma em meu rosto e uma menina suspensa da escola). Fiquei sem falar com Natsu por três dias. Outra vez eu roubei o trabalho dele de biologia porque havia passado a noite em claro estudando e acabara esquecendo do trabalho. Ficou três horas sem conversar comigo — diferente de mim, o ruivo perdoava facilmente.

Natsu tinha me ajudado a superar a morte de minha mãe, e eu o consolei quando seu irmão havia sido assassinado. Éramos como um ponto seguro um do outro.

— Você está se divertindo muito, ein? — Ironizou. Revirei os olhos e soltei uma risada baixa.

— Estou sim, obrigada — falei, tomando um gole d’água. — E sua namorada? Onde está?

Notei que ele havia se sentido desconfortável com a pergunta quando coçou sua nuca, inseguro.

— Enquanto você estava ocupada com a organização da festa, ela terminou comigo — sentou-se numa cadeira ao meu lado. — Disse que sou muito “imaturo”, acredita?

“Acredito”, pensei em dizer, mas preferi ficar quieta para não ferir o orgulho do rapaz. Ri internamente, mas coloquei a mão em seu ombro.

— Sinto muito. Você vai encontrar uma garota melhor.

— Quem disse que eu quero? — Disse, confiante. — Só preciso de duas mulheres na minha vida: minha mãe e você.

Senti meu rosto esquentar e virei para o lado, na tentativa de que ele não notasse.

Eu não iria negar: sim, tinha uma quedinha pelo meu melhor amigo — se bem que estava mais para um tombo em um precipício — desde não sei quando. Sem querer me gabar mas eu fingia muito bem. O ciúmes era complicado de controlar — no fim, Natsu sempre acreditava que era apenas um ciúmes de amiga mesmo —, assim como a vergonha em certos momentos.

Bem, Natsu, por mais perto que estivesse, era inalcançável para mim.

— Enfim, não vou repetir — disse, levantando-se e estendendo sua mão. — Você quer dançar?

Sorri e levantei, caminhando ao seu lado até a pista de dança. Muitos casais estavam lá, inclusive colegas e amigos meus. Uma melodia calma e serena tocava. Levy, que dançava com Gajeel, seu namorado, me encarou com um de seus olhares maliciosos. Revirei os olhos e preferi ignorá-la.

Senti a mão de Natsu pegar a minha, entrelaçando nossos dedos, enquanto a outra segurava minha cintura. Meus pés moviam-se no ritmo da música, e eu tentava esconder meu rosto envergonhado no ombro dele.

E, por um momento, pensei que realmente foi bom ir àquela festa.

O silêncio era constrangedor, no entanto, não desconfortável. Eu e Natsu éramos amigos íntimos, portanto, a presença dele me acalmava.

— Como está a sua mãe? — Indaguei, para quebrar o gelo.

— Está melhor. Se recuperando, aos poucos — disse. Não enxergava seu rosto, mas percebi um toque de tristeza em sua fala. A sra. Dragneel continuava aflita com a morte do irmão mais velho de Natsu, que ocorrera há quase três meses.

— Talvez eu vá visita-la. Faz tempo que nós não conversamos — apertei mais sua mão.

— Sim, ela iria gostar — ele respondeu.

Agora que era o nosso último ano, provavelmente não iríamos nos encontrar ou conversar com tanta frequência. Eu conheceria pessoas novas, Natsu também. Cada um iria para um canto. Talvez até ele se apaixonasse de verdade, e eu o esqueceria, e finalmente encontraria um alguém especial.

Muitos talvez.

Se bem que, no fim, eu gostaria de permanecer amiga de Natsu. Queria vê-lo e rir de suas piadas todos os dias.

Isso é estar apaixonada?

— É uma pena essa ser nossa última dança, não é mesmo? — Soltei uma risada baixa.

Ele separou-se um pouco de mim e me fitou.

— Como assim?

— Bem, a partir do ano que vem não nos veremos tanto — respondi, mantendo o sorriso. — Ou seja, essa é nossa última dança.

Seus olhos escuros continuavam me encarando sem pudor. Num piscar de olhos, senti a boca de Natsu se encontrar com a minha. Um milhão de sensações se espalhou por todas as extensões de meu corpo — se ele não estivesse me segurando, talvez eu já tivesse caído no chão. O beijo era calmo, e seus lábios eram quentes e macios.

Depois de segundos, ele se separou.

— O-O que foi isso, Natsu?! — Perguntei, abismada, fingindo estar nervosa com o que ele tinha feito. O mais alto sorriu.

— Talvez essa não seja a última dança.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, principalmente a Kath .v.
Feliz dia dos namorados, feliz amigo secreto (?), feliz tudo *joga confete* eeee :D QQQQ