To Be Who I Am escrita por maisa_gois


Capítulo 2
O fantasma do Poynter volta.


Notas iniciais do capítulo

Primeira vez que um dos McGuys é citado, é importante que você leia o capitulo para entender o que vem depois.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/62340/chapter/2

Conforme os dias foram passando Victor me pareceu mais humano, é que quando eu gostava dele antigamente eu pensava nele como uma pessoa intocável, quase um dalit. Mas brincadeiras á parte a hora do ensaio era a melhor de todas. Na parte debaixo da casa o lugar é incrível, todo de vidro, com uma vista perfeita.
- May pega o baixo ae por favor! – me pediu Victor, no nosso quinto ensaio. Eu já estava á duas semanas aqui e eu não conseguia acreditar que isso era verdade. Entreguei o baixo pra ele e começamos o ensaio. Tínhamos cinco musicas, quero dizer, Victor e Nells tinham cinco musicas, por que foram eles que fizeram. Eu ainda to num projeto da minha, mas esta bem difícil, meus pensamentos estão bem bagunçados. O ensaio estava super dinâmico, fizemos um cover de Paramore, e outro de Swiftfoot, que quem cantava era o Victor. Nells e Victor tinham uma voz incrível, eu nunca soube desse dom dos dois.
- Acho que ta bom por hoje pessoal – Nells. Eu mau reparei que já estava de noite e que meu estomago clamava por comida.
- Vamos subir por que a barriga da Mayne ta anunciando fome hahah – brincou Brut. Sim, mania de Nells de chamá-lo assim, acabei pegando também. Subimos as escadas rindo e comemos rindo. O quintal da casa dava para o nada, ou para uma montanha que segundo Nells quando nevava era o lugar mais lindo do mundo. Era também um lugar perfeito pra relaxar, ou no meu caso, compor uma musica. O céu era a coisa mais linda que eu conseguia pensar neste momento. Todo cheio de estrelas, todo convidativo. Todo...
- Olá – Brut entrou no quintal e encostou na pilastra.
- Oi – respondi.
- Tentando compor?? – perguntou ele olhando para uma folha no piso. Sorri constrangida.
- Tentando... Definitivamente, tentando – respondi, ele sorriu e sentou do meu lado.
- Quer ajuda? – perguntou me, na verdade eu não queria.
- Acho melhor não, quero tentar compor ela sozinha.
- Sem ajuda você não conseguirá – ele brincou.
- Nells e Victor conseguiram – respondi. Parecia mais uma guerra de quem estava com a razão ou com a ultima palavra.
- Claro que não – ele olhou tão horrorizado que me forçou a ri dele – né... que foi?
- É que foi muito engraçado como você falou – eu ria tanto.
Ele fingiu não ouvir e continuou.
- Bom, os dois fizeram juntos todas as musicas (cinco) da banda – seu desprezo ao falar era tão cômico que eu fingir não ri, mas não agüentei. Soltei uma risadinha e ele me olhou de lado, querendo me matar.
- Okay, parei – ri. Brut parecia ser engraçado.
- Nells me disse que você fazia umas piadas sem graça, é... ela tinha razão – ele fez pirraça.
- TA DOIDO? Eu não fiz piadinha nenhuma pra você – Oo.

E assim eram as minhas conversas com Brut, se bem que em uma tarde sem nada pra fazer nossas conversas não passavam de meros.
- Bom dia – ele falava.
- E ae – eu respondia. Era mais um “bom dia pra você também” mas eu costumava abreviar.

- Serio pessoal, a gente precisa se divertir... então que tal uma pizza agora ein? – Victor largou o violão de lado e pulou do sofá, Brut virou a cabeça junto com o pescoço, mas seu corpo não demonstrava entusiasmos.
- Que tal a gente Pedir pizza? – sugeriu Nells, estávamos todos sentados no sofá da sala.
- Mas eu quero sair dessa casa, não agüento mais, eu quero ver o céu escuro... – Victor.
- Vai lá fora e ergue a cabeça – falou Nells sem animo.
- Dá um tempo Poynter, eu quero ar, eu quero vente – Victor.
- Já disse, taca a cara lá fora e respira – Nells parou olhando perplexa pra ele – e para de me chamar de Poynter, aquele moleque é ridículo – bradou Nells. Me Interessei pela estória.
- Que Poynter? – quis saber. Brut pareceu desconfortável e levantou-se do sofá.
- A Nells ano passado conheceu, só de passagem aquele loirinho do Mcfly durante um show deles aqui perto. O Problema foi que a gente tinha entrada para os bastidores e o cara gamo na Nells, fico de olho nela o tempo todo e disse que ela era “Gatchenha” – Brut não pareceu nenhum pouco simpático. Sentou novamente no sofá e encarou Nells – então ele prometeu que voltaria a vê-la de novo - Victor ficou olhando de mim para Nells e de Nells para o céu lá fora.
- Dá um tempo vai, eu não vou ficar falando disso – ela fez birra e cruzou os braços. Victor levantou-se e abraçou-a por trais.
- Fica assim não Nellzinha, as coisas vão piorar quando a gente for aceito pela gravadora – ele brincou beijando o pescoço dela. Não sei, não me senti bem vendo aquilo. Meus olhos fixaram em Victor e meu coração parou. Como eu podia ainda gostar dele? Simples, quando a gente não se esforçar para esquecer a gente convive com aquilo. Os dois ficaram ali brincando. Nells deu um selinho nele e Brut gemeu baixinho.
- Pow Nells, ta me traindo? – perguntou Brut, ele parecia mesmo se importar com aquele beijo, parecia realmente incomodado com aquela cena, e eu também não me senti bem.
- Vamos pedir pizza – falou uma Nells toda feliz, Victor segurava-a pela cintura, Brut levantou emburrado e saiu da sala indo para a cozinha, mas resmungou algo baixinho (vão tomar no cu vocês dois) que apenas eu consegui ouvir – Você vai comer né May? – perguntou Nells. Eu ainda estava parada olhando pra Victor e quando senti que ele estava notando fugi dos seus olhos e levantei-me do chão. Sorri tentando disfarçar, mas não adiantou muito.
- Claro, vamos sim – Nells soltou-se e Victor veio até mim.
- Que foi May? – ele ficou me olhando.
- Nada, saudades da família sabe... – menti. Ele me abraçou e me olhou.
- Logo passa – disse feliz. Os dois saíram da sala brincando de cócegas um no outro e eu preferi ficar ali, não queria ver aquelas cenas novamente.

Pensamentos constantes.

Se você vai conviver com eles, adapte á eles. E Acredite May, ele não esta afim de você.


Era só isso que eu precisava acreditar, que Victor não estava e nunca estará afim de mim, isso é frustrante eu sei, mas as cenas ainda não haviam acabado naquela noite pra completar a minha tristeza.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Proximo capitulo continua sendo só da banda, algumas revelações importantes sobre os quatro numa brincadeira chamada: Verdade ou Desafio. Não perca



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "To Be Who I Am" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.