School of Hunters escrita por Loki


Capítulo 7
De volta dos mortos (parte 2)


Notas iniciais do capítulo

A partir desse capítulo, vou colocar frases em Inglês e vou colocar a tradução no final para quem não entende a língua inglesa.



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Antes

“Vamos, minha filha!”, falou entusiasmado. “Conte-nos onde esteve e tudo o que aconteceu nesse tempo em que esteve fora!”

“Bem...”, Angel começou a lacrimejar.

Agora

Angel contou o que acontecera da maneira mais resumida possível e com as lágrimas escorrendo, pois tudo a remetia a um fato único e doloroso que ocorrera no decorrer de seu “sumiço”. Disse que ela e a Morte fizeram um acordo: a híbrida seria o Cavalheiro por uma semana e se conseguisse sê-lo pelos sete dias, sem desistir, ele traria Sam de volta dos mortos. Falou também, que após alcançar seu objetivo, fora sequestrada por demônios e torturada, até fugir e aparecer toda machucada na sala de Dean.

“Mas... a Morte está viva?!”, relutou o Winchester. “Eu a matei! Eu a vi se tornando um montinho de poeira!”.

“Não, Dean, ela não está morta...”, Angel abaixou o olhar.

Um minuto de silêncio foi o que tiveram até Kaleb o quebrar.

“Tem algo que não está nos contando...”, comentou pretencioso.

Ela o fuzilou com um olhar que emanava raiva e dizia: “Eu vou te matar!”. Com discrição, mostrou a ponta de sua faca de anjo para o primo e ele fez o mesmo, com um sorrisinho malicioso.

“O que não está nos contando?”, perguntou Castiel com a voz embargada. Fitava sua mesa com os olhos sem vida e lágrimas se acumulavam.

“Você viu, não viu?”, quis confirmar a filha.

“Sim...”, murmurou. Uma gota pingou no limite da mesa de madeira, escorregando e molhando a sua calça logo abaixo.

“Preciso de ar fresco.”, declarou a híbrida saindo da sala e enxugando seu rosto.

Campus da 1ª EC

Angel andava a passos pesados, com os lábios pressionados e controlando o choro. Já era a hora do recreio, então o Campus estava lotado. Todos estavam comendo sentados a uma mesa e conversando com os amigos do mesmo ano ou de superiores. Alguns grupinhos se formavam e com isso, lembrou-se da vez em que ela e Brenda tentaram ser crianças normais, indo para o colégio.

***

As duas estavam paradas em frente a um prédio de três andares, com ladrilhos azuis e brancos cobrindo a parede externa. Uma porta dupla de madeira era a entrada do lugar. Sam, Dean e Castiel estavam atrás delas. A mais velha não queria entrar, não queria ser uma criança normal, diferente da irmã, que queria estudar formalmente.

“Vamos lá, Brê!”, insistia Angel. “Vai ser legal!”.

“Eu não quero estudar...”, reclamou. “Quero caçar, viajar... como Sam e Dean...”.

“Mas nós tivemos que estudar para chegar aonde chegamos.”, disse o Winchester mais novo com um sorriso. “Eu até cheguei a ir para Stanford e fiz Direito. Não completei o curso, mas comecei.”.

“Está bem...”, revirou os olhos. “Vou tentar, mas se não gostar, caio fora. Estamos entendidos?”.

Todos concordaram e sabiam que isso não ia acontecer, porque Brenda nunca deixaria a irmã. Nunca a deixaria desprotegida, eram as duas ou nada.

“Vão com Deus.”, despediu-se o anjo das filhas, dando um beijo na cabeça.

“Até mais.”, dessa vez, foram os caçadores.

Elas irromperam no local e avistaram vários grupinhos: o dos valentões, o das patricinhas, o dos nerds, etc. Viram a sala em que ficariam e seguiram para lá.

***

“Vo-Você está bem?”, perguntou o garoto que tinha derrubado seus livros no chão nas primeiras semanas de aula. Ele estava a sua frente. Usava camisa Polo branca, calça jeans e tênis bege. Apoiava um casaco preto sobre o antebraço esquerdo, com uma mochila também preta sobre o ombro direito.

“Sim, sim.”, mentiu.

“Ah! Eu me chamo Killian. Esqueci-me de me apresentar naquele dia.”, abriu um sorriso.

“Eu-Eu preciso ir, Killian.”, disse mudando de assunto e desviando do garoto e perdendo-o de vista.

Dormitório de Angel e Klara

Quando chegou a seu quarto, jogou-se na cama. Tentava se controlar para não explodir todo o prédio. Sua respiração estava desregulada. Seu corpo tremia. Ela não conseguia ficar parada. Mal conseguia enxergar por conta do acumulo de água nos olhos. Seus lábios estavam começando a sangrar de tanto ela morder.

O barulho de um molho de chaves a alarmou. Mas, durou pouco, pois logo associou aquele tilintar a sua companheira, Klara. Estalou os dedos e a porta se abriu. A Dinozzo jogou suas coisas na outra cama de solteiro e correu para socorrer a “amiga”.

“Você está bem? O que houve?”, preocupou-se.

“I’m... I’m fine... Just leave me alone...2”, respondeu se levantando e saindo de lá.

Klara ficou imóvel e só saiu de seu torpor ao ouvir os passos de Angel no corredor.

“Preciso vê-lo... Preciso vê-lo... Preciso vê-lo...”, repetia a híbrida tentando ficar calma. Ela não parava de suar e tremer. As pontas de seus dedos estavam congeladas. Ela estava tão pálida, que se podia ver através de seu corpo.

Em um piscar de olhos, Angel não estava mais esperando o elevador.

{...}

A Novak apareceu em um quarto de hotel barato. Quando tocou o pé no chão, tombou para frente. Bateria com o rosto no piso se um homem de dois metros não a tivesse segurado. Ele a levou para a cama de casal, acomodando-a. Ela nem conseguia ficar de olhos abertos de tão fraca que estava.

“Eu... Eu preciso de você...”, disse com a voz falhada.

“Já vou deitar ao seu lado, só vou colocar uma roupa.”, falou desenrolando a toalha e vestindo a sua calça jeans.

Ele a aconchegou sobre o seu corpo e percebeu que a garota estava relaxando. Angel adormeceu imediatamente. O homem começou a acariciar seu cabelo, brincando com os fios cor de cobre que caiam sobre o ombro.

“Eu preciso de você... Eu preciso de você, Sammy...”, murmurava enquanto dormia.

“Eu estou aqui... Eu estou aqui...”, sussurrou.


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Notas finais do capítulo

2 - "Estou... Estou bem... Apenas me deixe sozinha..."

O que acharam???



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