Operação Brilhante

Era dia do aniversário de Emma e os amigos estavam como uma pilha de nervos para essa data tão importante, pois iriam fazer uma festa surpresa e Gancho estava afoito com a ideia de dar um passo à frente nessa data.

Talvez fosse umas 3 da tarde quando ele bateu a porta da “casa” da Salvadora. Ela usava calças de flanela preta e uma camiseta de manga comprida, muito confortável por estar de folga. Seus cabelos loiros estavam amarrados num rabo- de – cavalo o que a fazia lembrar dos tempos de quando era jovem .

- Oi – disse ela após abrir a porta e o deixando entrar.

- Olá, Swan… Feliz aniversário - Ele sorriu estendendo a mão com uma rosa vermelha carmim a qual aceitou . O sorriso dele era vibrante e fez Emma tremer de um jeito bom.

-Obrigada... - Ele inclinou acariciando o rosto e deu um beijo apaixonado nela. - Entra... Não presta atenção na bagunça e eu nem estou arrumada …

- Você é linda de qualquer jeito, meu amor... - Seus narizes ainda estavam se tocando. Ele voltou ao normal e entrou - Vim buscar Henry para o nosso passeio matinal, se não for um incomodo.

- Você sabe que não... Ele estava até agora aqui falando de sua aventura na semana passada e foi para o quarto ler o livro pra te esperar ... Senta, vou chama -lo... -O pirata se sentou enquanto ela foi chama -lo e em segundos ela voltou acompanhada do garoto.

- Olá, Capitão... - O garoto era simpático. O pirata bateu continência saudando -o– Vou esperar você lá fora. - Ele pegou a mochila e saiu deixando o casal sozinho.

Emma sentou -se no sofá verde ao lado do homem que estava com as pernas cruzadas como de um escritor francês o que a deixava sexy do que já era. Sua roupa de couro junto com o cabelo negro o deixa pálido como a neve, apenas dando um único toque de vida era de seus olhos tom de azul .

- O que vão fazer hoje? - Ela apoiou a mão sobre o joelho de Gancho. Ele segurou a mão dela e brincou com os dedos da amada.

- Vamos pescar um pouco na baía e dar uma volta até as redondezas da casa do Isaac. Talvez ir a cripta de Regina... Daí vamos jantar no Granny's.

-Lembra do que Isaac fez... Fiquem longe de confusão com aquele cara... -Era doloroso pensar nas trevas .Ela sorriu erguendo a sobrancelha apertando a mão de Gancho..

- Aye... - Ele mordeu os lábios e a beijou . Ele acariciou o rosto dela que fechou os olhos. A consciência freou seus sentimentos de que quereriam aprofundar. Havia um garoto ouvindo tudo do outro lado da porta e seria meio constrangedor ( era como no dia em que Emma e Henry voltaram e encontraram os pais na cama). - Prometo trazer o garoto são e salvo, milady. - Ele beijou o dorso da mão dela.

- Sabe que qualquer problema, me ligue – eles caminharam até a porta, ela colocou a mão na tranca mas Gancho a impediu de abri -la.

- Sabe, já que é dia do seu natalício, eu deixo Henry com Regina depois do jantar e a gente pode... comemorarmos , só nós dois amor... - Ela se sentiu corar ao sentir os lábios quentes dele tocarem aos seus. - Estaremos no restaurante as 18 sem atraso.

- Tá... -Ele a beijou na bochecha barbuda.

Gancho girou a maçaneta e encarou Henry que sentado esperava, com uma pena em mãos e seu livro em branco. O menino se levantou e se despediu da mãe com um aceno, sendo puxado pelos ombros pelo pirata que se afastou dando um sorriso.

Tudo aquilo não passava de uma longa mentira e Emma não havia se quer desconfiado. Durante a semana, os Encantados, Regina e toda a cidade haviam combinado de fazer uma festa surpresa e Gancho e o garoto iriam arranjar um presente perfeito de aniversário para a moça. Eles não iriam pescar, nem ir a sinistra cripta, mas sim ao apartamento do pirata caçarem algo, já que toda a tralha que estava no Jolly Roger, estava entulhada no pequeno dormitório na pensão.

Snow e Encantado chegaram a casa com o pequeno Neal, quase uma hora depois dos meninos terem saído (Eles estavam arrumando o restaurante e como desculpa haviam falado de fazerem um encontro). Emma tinha olhar longínquo e sorrisos vindos do nada, aguçou a curiosidade da mãe da moça que tentava esconder os preparativos, mas ela não era boa para mentir.

- Está quieta demais, Emma... - Disse Snow sentando -se na mesa puxando assunto- O que foi?- David a fuzilou com o olhar, temendo que a esposa contasse da surpresa.

- Nada... - A loira respondeu rápido meneando a cabeça. - Só pensando nas coisas.

- Foi o pirata, não é? Eu disse que... - David tomou um cutucão e um “Shh” de Snow para calar -se. Ela deu o bebê para que ele o levasse ao quartinho e o ninasse. Ele obedeceu mas saiu olhando como se pedisse pra que não contasse nada.

- Agora me conta... - O rosto de Snow se iluminou animada... - Está apaixonada, não é?

- Sim, mãe... - Emma corou. Quase nunca ela chamava Snow assim - O Killian é... incrível e eu o amo. Ele vem sendo um grande pai para o Henry.

- Gancho vai te dar algum presente?

- Ele passou aqui uma hora atrás e me deu aquilo ali... - Ela havia posto a flor em vaso de Mary sobre a ilha o deixando em destaque. – E vamos jantar juntos no Granny's e depois vamos deixar o Henry com a Regina...

- Entendi … - Quando Snow ria sua rosto enrugava como um cãozinho pug o que era engraçado. - E como pretende ir jantar?

- Não sei... talvez com o vestido rosa pêssego de quando eu e ele fomos jantar...

- De jeito nenhum... - Snow se levantou num pulo – É seu aniversário , e acho já que vai sair com o capitão, tem que ter algo novo, maravilhoso e que o deixe... Vem – A mãe da loira tomou sua mão e a puxou para o quarto empolgada. - Comprei algo especial pra você...

No quarto do casal, David, havia colocado o pequeno Neal para dormir e estava sentado observando o filho. Elas chegaram cautelosas para não acordar o bebê, e pegaram uma caixa e foram para o quarto de Emma. O embrulho era muito bonito : era azul claro com delicadas de cerejeira cor de rosa desenhadas nas laterais e a tampa branca, amarrada com uma fita de cetim rosa que Snow abriu com cuidado. Dentro havia um lindo vestido vermelho, como o que usara em sua viajem ao passado.

- Eu comprei esse pra você... - Snow estava empolgada.-Tome um banho e experimente.

A loira obedeceu e assim que voltou, encontrou a mãe e o pai de desmanchando em lágrimas. Ela se olhou no espelho e aprovou o resultado, apesar de não gostar muito de coisas coloridas.

- Nossa filhinha cresceu... - Sussurou David limpando as lágrimas que caiam de seu rosto, tendo agarrado ao braço a esposa. Ele era durão mas quando podia se derretia como manteiga.

Enquanto isso, na pensão, Gancho e Henry reviravam os baús. Dentro deles, brilhantes dobrões de ouro reluziam e tilintavam alto quando mexidos, além das comuns tranqueiras de pirataria : suvenires de navios naufragados, espadas, retratos , armaduras para planos e tantas outras que havia pegado do Jolly Roger antes de trocá -lo. Mas tudo não parecia ser perfeito para a princesa.

Devido ao barulho, Regina então apareceu no dormitório, de braços cruzados :

- Que diabos está acontecendo aqui? - Ela estava sem paciência alguma – Tentem diminuir o som, por que se não Emma irá ouvir.

- Desculpe mãe... - Falou Henry meio triste- Gancho quer dar um presente pra minha mãe e estou ajudando a procurar... - Gancho cerrou os olhos azuis encarando o menino como disse que “Linguarudo”.

- Oh .. - A interjeição dita daquela maneira indicava que a Regina havia captado a mensagem. Sorriso diabólico brotou em seus lábios – Um presente para Emma...

- Se quiser ajudar, fique, senão não atrapalhe... - Ele virou -se de costas voltando a mexer nas coisas. Ela o deixava nervoso com o sarcasmo.

- É claro que eu quero fazer um benevolência, Gancho... Precisam de uma opinião de uma mulher, não é?

- Aye – Era estranho mais ela estava certa então Gancho concordou.

- Bem, vou dar uma ajudinha, apesar de não ser minha cara...

A Rainha Má estalou os dedos e um clarão iluminou o pequeno cômodo. Eles abriram os olhos e viram que tudo estava organizado, sobre a mesinha de centro vários anéis de vários modelos. As coisas com mágica ficavam sempre mais fáceis, mas infelizmente, nem Gancho e nem Henry houvera nascido com o dom.

Eles olharam cada objeto mais nenhum deles agradou suficiente a Regina, que sempre fazia comentário horrível. Mas foi então que num canto da velha estante de madeira, um saquinho carmim chamou -lhe a atenção. Ela pegou o embrulho e viu que dentro, havia uma aliança em prata lustrosa, encrustado de diamantes formando um coração.

- Como conseguiu isso, pirata? - Ela falou com um misto de surpresa e raiva.

- Talvez numa feira de escambo. - O homem estava sério olhando o anel e colocando um em seu dedo.- Faz muito tempo...

- Eu sei a quem pertencia esse anel... - Resmungou Regina, cruzando a sala e voltando ao lado deles.

- Quem ? - O jovem pareceu animado com a novidade.

- Pertencia a sua bisavó Eva, querido... - Ela se abaixou e falou olhando em seus olhos, como um sinal de confiança. Ela se sentou numa poltrona e os meninos a acompanharam ouvindo atentamente o que falava. - Ela era amável, gentil, inteligente... Mas a louca da minha mãe simplesmente a matou para que eu ocupasse o trono. Foi a gota d' água. Quando Eva morreu foi enterrada com esse anel e Leopold continuou usando o dele até descansar também. Talvez um maldito ladrão de túmulos deve ter pegado e você deve ter comprado. - Ela fuzilou Hook com seu olhar.

- Eu não sabia disso... Se soubesse talvez devolveria mais cedo... - Ele parecia desconfortável.

- Tanto faz... O que importa que achamos o presente perfeito e que depois de décadas vai voltar a quem é de direito... - Regina deu um meio -sorriso diabólico. - Agora, pirata, tome um banho por que está cheirando a peixe, use a roupa que está em sua cama e se prepare... Falta pouco . Henry, vamos para casa. - Ela puxou o menino pela mão.

Era exatamente 18 horas quando Emma chegou. Ela foi bombardeada por olhares curiosos e sorrisos. A maquiagem e o cabelo que Snow havia trançado deixaram todos estonteados e ela ficou encabulada. O velho dinner estava lotado e a principio não encontrou com Hook e nem Henry, o que a deixou um tanto nervosa.

- Mãe !!!!!! - Ela ouviu Henry gritar e abraçá -la. - Você está linda...

- Obrigada, garoto... Porque está usando smoking? - Ela desconfiou de algo.

- Mamãe me pediu pra usar...

- Estranho... - Regina e suas manias - Você viu Killian?

- Ele mandou avisar que já está chegando... - Regina chamou o menino.

A loira esperou por quase uma hora e nada. Ele havia a decepcionado. Nunca mais ela confiaria nele. Quando pensou em largar tudo e voltar para a casa dos pais, ele apareceu e a fez ficar boquiaberta : Ele usava blaizer e calças jeans que não eram preto e/ ou feito de couro, o que o deixava com um ar mais amigável apesar de dar pra ver que o pirata estava desconfortável.

- Olá, Swan ... - Ele sorriu em vê -la contente e a abraçou forte. O cheiro de mar que estava nele a acalmava.

- Porquê diabos está vestido assim e porque Henry está usando um smoking?

-Eu... - Ele olhou para David que bateu uma colher numa taça e todos silenciaram. Ele piscou os olhos como se estivesse com medo do que estava por vir. Sentiu um tremor transpassar seu corpo mais seguiu em frente a fitando. - Já estamos a um bom tempo juntos não é, Swan? - Sorriu nervoso segurando sua mão.- E antes que toda essa bagunça começasse eu sabia que sentia algo por você... Antes das trevas, você disse que me amava mas nunca disse isso a você. E hoje eu quero fazer algo especial... - O pirata deu um sinal e Henry chegou mais perto carregando um bauzinho. Ela viu os olhos de Hook ficarem avermelhados e uma lágrima escorreu pelo seu rosto pálido.- Emma Swan, eu te amo e gostaria de saber se você aceitaria juntar os trapos comigo... quer dizer... Quer se casar comigo? - Ele se pôs de joelhos, mostrando a aliança. Emma ofegou por um instante ponderando olhando para os lados. Ela acenou que sim com a cabeça. Colocou o anel e o beijou com um misto de tudo.

A partir desse momento, o “ felizes para sempre” de Emma e Hook começou.