Be Alright escrita por Docin


Capítulo 6
Six


Notas iniciais do capítulo

Velho, galera, mil desculpas a net caiu aqui de tarde e não pudi posta o último da maratona, mas aqui estou eu
Boa leitura!!



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Pov Jaime

Mas que droga, porque eu gaguejei? Eu nunca tinha gaguejado antes, exceto no dia em que fui terminar com uma garota legal e... Ah, isso não importa. Ela deve ta me achando um baita idiota agora. Mas eu não tenho culpa se ela consegue ser mais bonita pessoalmente do que em fotos... Mas o que?

Começo a me xingar mentalmente, mas paro quando Valéria começa a me chamar me fazendo parar de encarar Maria Joaquina que já me encarava de uma forma estranha, enquanto Margarida e Marcelina só riam da minha cara. Belas novas amigas...

– Ainda vai querer a bebida ou vai ficar ai secando a Mari? – Porra Valéria, obrigada por me fazer corar na frente da garota.

– Cala a boca e vamos. – Comecei a tentar passar pelo meio daquelas várias pessoa que sempre paravam Valéria e eu para puxar conversa, mas eu realmente precisava de uma bebida.

– Ta de carro? – Ela pergunta quando nos aproximamos do bar.

– Sim, e você?

– Também. – Fala revirando os olhos. – Pede uma bebida sem álcool ai se não eu apanho das meninas por dirigir alcoolizada.

Pedi dois drinks sem álcool ao barman que fez com uma rapidez que me assustou.

– Então, porque tava encarando a Mari daquele jeito? – Valéria perguntou um pouco alto por conta da música eletrônica que o DJ tinha colocado.

– Eu não estava encarando ela. – Falei tentando soar naturalmente, mas acho que não colou porque ela ficou me olhando com uma cara de “Sério mesmo?”. – Okay , tipo, o meu lado fã apitou quando eu vi ela e eu meio que não consegui desviar o olhar. – Falei dando de ombros e torcendo pra ela acreditar, porque isso que eu disse não foi bem verdade.

– Você não ficou olhando assim pra mim, nem pra Marce e n... – Valéria começa falando, o que me deixou um pouco incomodada, mas sou salva dessa conversa constrangedora quando Valéria é interrompida por uma voz conhecida.

– Jaime, Valéria, que bom ver vocês. – Fala nos abraçando ao mesmo tempo. – E é bom ver que se tornaram amigos.

– Oi Carmen, quanto tempo. – Falei animado.

Carmen Carrilho, uma ótima pessoa, não só ela como o Eduardo, seu irmão. Eu conheço os dois desde o começo da minha carreira no Corinthians quando o Frederico, pai deles, os levou para um jogo que teve aqui em São Paulo e no fim da partida me chamou para bater uma foto com eles. Acabamos conversando por algum tempo e no fim da conversa Carmen e eu trocamos de números e marcamos para sair junto com Eduardo. Não vou mentir e dizer que já fiquei com Carmen algumas vezes, mas nunca passou de beijos.

– Fala Carrilho, que bom que veio. – Valéria fala sorrindo abertamente.

– Eu não ia perder a festa do ano Val, aliás, parabéns. – Disse dando mais um abraço em Valéria.

– Eduardo não veio? – Perguntei estranhando eles não estarem juntos no momento, já que só vivem grudados.

– Ele veio, mas ta na pista dançando. – Falou pegando o copo de drink da minha mão que ainda estava pela metade e bebendo em um só gole. – Vamos. – Começou a puxar Val e eu para o meio da pista.

– Eu não sei dançar. – Falei passando a mão no cabelo, uma mania que eu tenho de fazer quando to nervoso.

– Claro que sabe Jai, você vive dançando quando marca algum gol. – Carmen falou revirando os olhos. – Vamos lá.

Comecei a “dançar” junto de Carmen, já que Valéria tinha ido na direção de Margarida e Maria Joaquina chamá-las para se à nós. Procurei Marcelina pelo local e com um pouco de dificuldade por conta da luz baixa e dos lasers coloridos, consegui achá-la conversando com Projota e com mais duas pessoas que eu não conhecia.

– Cunhadoo. – Paro de “dançar” com Carmen quando sinto um corpo me abraçar por trás, e pela voz eu sabia muito bem quem era.

– Hey Eduardo. – Falei o abraçando quando virei. E pois é, ele vive me chamando de cunhado porque diz que eu e a irmã dele ainda vamos namorar. Uma completa bobagem no meu ponto de vista, porque Carmen e eu somos muito amigos e isso seria bem estranho.

– Atrapalhei a pegação de vocês? Porque se sim e... – Eduardo começa de novo, mas é interrompido pela irmã que não aprecia muito feliz.

– Da pra ficar calado Dudu? Por favor.

– Não ta mais aqui quem falou. – Disse erguendo as mãos em rendição. – Vou deixar você ai com essa estressadinha Jai, mas foi bom te ver. – Dito isso deu um tapinha no meu peito e foi andando pelas várias pessoas ali presentes e logo sumindo.

– Desculpa por isso Jai. – Carmen falou um pouco envergonhada.

– Tudo bem. – Disse naturalmente. – Ei Valéria, - Falei quando a vi aos poucos se aproximar acompanhada de Margarida e Maria Joaquina, essa que parecia um pouco incomodada com algo.

– Consegui convencer esses seres à virem dançarem. – Valéria fala e em seguida leva dois tapas , um tapa em cada braço dado por Maria e Margarida, o que fez Carmen e eu rir e Valéria fechar a cara. – Não precisava bater poxa.

Depois disso nós cinco começamos a dançar juntos e a beber alguns drinks, enquanto algumas pessoas ainda vinham falar com Valéria e acabavam falando com todos nós.

–Hey hey galera, desculpa está interrompendo, mas o que acham de mudarmos um pouco do ritmo? – O DJ pergunta e todo mundo grita animado. – É isso ai, mas antes de chamar um amigo meu pra cantar aqui para vocês, eu queria dar parabéns para a nossa aniversariante do dia, Valéria Ferreira. – Todos começaram a bater palmas para Valéria e essa estava com um sorriso enorme no rosto. – Agora eu queria chamar pra subir no palco um cara que canta demais. Com vocês, meu bro MC Guimê. – Pronto. Acho que fiquei surda com o grito que Valéria e Carmen deram.

– Puta que pariu, vocês trouxeram o MC Guimê pra cantar na minha festa? – Valéria fala desacreditada e Maria Joaquina e Margarida se entreolham e sorriem.

– Surpresa. – As duas falam juntas.

– Vamos lá pra frente. – Carmen como sempre falou me puxando. Sei lá, mas acho que ela acha que eu sou algum cachorrinho de estimação ou algo assim.

Valéria, Maria Joaquina e Margarida se aproximam do palco juntamente com a gente e logo o MC Guimê já estava cantando e animando geral, principalmente as mulheres ali presente, já que depois de umas duas músicas ele ficou sem camisa expondo suas várias tatuagens.

(...) acho que já passava da meia noite e eu já estava ficando com um pouco de dor de cabeça por conta de todo o barulho. Eu queria ir pra casa, mas não queria fazer desfeita com Valéria e ir embora antes da festa terminar, e pelo que eu vejo não vai terminar tão cedo, porque Pollo tinha subido no palco e agora cantava juntamente de MC Guimê.

Descido sair um pouco do salão e ir até lá fora tomar um ar. Consigo ir me afastando de vagar do palco e quando finalmente saí daquela multidão, vejo um pequeno corpo distante de todos os outros, sentando em um banco perto do bar.

– Porque não está com as meninas lá na frente? – Pergunto quando me aproximo.

– Estou um pouco cansada e tenho quase certeza que se eu ficar ao lado da Valéria mais alguns minutos eu fico surda. – Ela fala sorrindo pra mim enquanto me encarava com aqueles lindos olhos castanhos esverdeados.

– Quer ir da uma volta lá fora? – Perguntei incerta.

– Ahn, não acho uma boa ideia. – Ela fala e eu abaixo a cabeça soltando um suspiro triste e assentindo. – Não que eu não queira ir Jaime, mas é que tem muitos fotógrafos lá fora.

– Mas o salão é todo cercado por grades poxa. – Falei fazendo um biquinho e logo a vi assentir e levantar do banco.

– Vamos. – Ela começa a sair do salão e para na entrada, onde tinha dois seguranças parados como duas estátuas.

– Por trás do salão tem um jardim. – Eu falei depois de alguns minutos parados ali em um silêncio constrangedor, e como as grades não eram completamente cobertas, vários flashes eram direcionados para nós.

– Como sabe? – Ela pergunta me encarando confusa.

– A festa do meu aniversário de 17 anos foi aqui. – Falei dando de ombros.

Depois dela concordar, eu vou a guiando até o pequeno, porém lindo jardim, e a cada passo que dávamos, o som que saia de dentro do salão ia diminuindo.

– Aqui oh. – Apontei para um banco de pedra com alguns detalhes de flores.

– Então... – Ela começou quando nos acomodamos lado a lado no banco. – Aqui é lindo.

– Sim, e praticamente ninguém vem aqui, pois as pessoas preferem ficar lá dentro bebendo e dançando. – Falei suavemente e ela só assente, abaixando a cabeça, e novamente o silêncio prevalece por uns cinco minutos, mas eu logo decido quebrá-lo. – Porque não foi ao jogo?

– Eu não sou muito fã de futebol. – Ela falou e eu a olhei sério.

– Eu acho que isso deveria ser proibido de se dizer para um jogador de futebol. – Eu falei risonha e ela solta uma risadinha baixa, enquanto tentava aquecer os braços com as mãos. – Toma. – Falei tirando minha jaqueta e colocando por seus ombros.

– Não Jaime, você vai ficar com frio. – Disse tentando me entregar a jaqueta novamente, mas eu nego.

– Eu não to com muito frio.

– Obrigado então. – Falou vestindo a jaqueta adequadamente e me lançando um sorriso fofo.

– Como ta a Julia? – Eu perguntei interessado, porque eu realmente gostei daquela baixinha.

– Ta bem, mas vive perguntando quando vai poder te ver de novo. – Falou e eu sorri animado por saber que ela também tinha gostado de mim. – É Senhor Palilo, parece que conquistou o coração de mais um da família Medsen.

– E de quem mais eu conquistei o coração na sua família? – Perguntei com certa ansiedade.

– Do meu pai. – Uma pontada de desapontamento bateu quando ela falou isso, mas deixei pra lá e comecei um novo assunto, que se estendeu por uns quarenta minutos.

– Ta com sono? – Perguntei quando a vi bocejar.

– Um pouco.

– Acho melhor ir pra casa. – Falei e ela assentiu.

– Vou chamar a Valéria pra ir me deixar.

– Não. – Falei um pouco mais alto do que devia. – Digo... Não acho que a Valéria vá querer ir agora. – Falei passando a mão no cabelo.

– Tem razão, vou ligar pro meu pai.

– Não Maria Joaquina, eu te levo.

– Eu não acho qu... – Ela ia começar, mas eu logo lhe interrompo decidida.

– Não aceito não como resposta.

– Tudo bem. – Falou quando viu que eu não ia desistir. – Quando eu chegar em casa ligo pras meninas avisando que você me levou, porque não to muito afim de entrar na festa de novo. – Assenti e levantamos do banco caminhando de volta para a entrada do salão e logo lembrei que...

– Eu estacionei meu carro lá fora. – Suspirei derrotado.

– O que? Por quê?

– Não tinha mais vaga quando eu cheguei.

– Tudo bem, eu vou ligar pro Big Rob e pedir pra ele nos ajudar na saída. – Ela falou discando um número.

– Quem é Big Rob? – Perguntei confuso.

– Segurança particular meu e das meninas... Ah, oi Rob, será que dar pra me dar uma ajudinha aqui?

Depois dela ter dito para ele onde estava, ela desligou e disse que ele já estava vindo. Ficamos esperando cerca de seis minutos e então vejo uma sombra que confesso ter me assustado um pouco, vindo na nossa direção.

– Ei Mari. – Um cara bem grande fala quando se aproxima e abraça a Maria Joaquina.

– Wow. – Falo quando vou levantando o olhar até conseguir ver seu rosto.

– Jaime, esse é o Big Rob. – Ele estica sua grande mão na minha direção e eu rapidamente aperto.

– Ham ham. – Limpo a garganta e sorrio um pouco nervoso. – É um prazer Senhor.

– Jaime, não precisa ter medo. O Rob aqui não faz mal nem a uma mosca. – Maria falou rindo de mim.

– Certo, não preciso. – Falei repetindo o que ela tinha me dito e respirando fundo arrancando risadas dos dois.

– Okay, vamos lá.

Começando a andar pelo estacionamento e o portão logo é aberto, revelando os vários fotógrafos e repórteres que ainda estavam ali e agora estavam sendo contidos pelos seguranças que estavam fazendo uma barreira, enquanto o Big Rob ia na frente nos guiando para fora daquela chuva de flashes. Em um certo momento eu olhei para trás e vi que Maria Joaquina estava um pouco perdida por conta dos flashes das câmeras e das várias perguntas dos repórteres dirigidas à nos.

– Vem. – Estiquei minha mão em sua direção e ela logo entrelaça nossos dedos, e droga, como se fosse possível mais flashes.

Aceleramos o passo e rapidamente chegamos em minha Ferrari preta.

– Valeu ai grandão. – Ele pisca e faz o caminho pro estacionamento novamente.

– Você sabe que amanhã o assunto do momento vai ser a gente não é? – Ela pergunta encostando a cabeça no vidro do carro.

– Não me importo. – Falei dando de ombros, porque era a verdade.

Saímos de frente daquela loucura antes que os paparazzi conseguissem furar a barreira.

(...)

Estacionei em frente à casa (mansão) de Maria Joaquina depois de seguir suas instruções.

– Obrigada pela carona Jaime. – Ela fala sorrindo e eu quase derreto com isso.

– Por nada. – ela já ia descer do carro quando eu encosto suavemente no seu braço. – Amanhã você e a Julia vão está ocupadas? – Perguntei receoso.

– Amanhã ela deve ter colégio, mas por quê?

– Eu queria dar uma volta com vocês, se fosse possível claro.

– Eu posso dar um jeito nisso. – Ela fala sorrindo sapeca me fazendo rir. – Me passa teu número que qualquer coisa te mando mensagem. – Assenti e peguei seu celular anotando meu número e nomeando como Jaime P.

– Até depois então. – Ela acena e desce do carro. Esperei ela entrar em casa e só depois arranquei com o carro, com um sorriso que mal cabia no rosto.


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Notas finais do capítulo

Bom eu estou terminando o próximo capitulo, mas não sei se posto hoje.
Era só isso
Tchau babys :*