Be Alright escrita por Docin


Capítulo 15
Fifteen


Notas iniciais do capítulo

NOTAS FINAIS
NOTAS FINAIS
NOTAS FINAIS
IMPORTANTEEEEEEEEEE



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Pov Jaime

– Bate essa falta direito Palilo. – O técnico gritava irritado pelas minhas seguidas falhas no treino e eu só me curvei e apoiei minhas mãos no joelho respirando pesadamente.

– Jaime. – Paulo grita e eu viro pra olhar ele, que tinha parado de treinar pênalti para fazer um sinal de calma para mim. E como ele sabia o que se passava, eu só assenti e voltei minha atenção pra bola, tomando distância e chutando-a. Olhei fixamente para a bola que agora estava no ar passando pelo objeto de madeira que era como se fosse quatro pessoas, e não demorou para a rede se mexer.

– Aleluia. – O técnico gritou erguendo as mãos, com uma prancheta em uma delas. – Já é 17h, então fim de treino. Vão tomar uma ducha e depois todos pro ônibus. – Suspirei e segui para o vestiário do campo que estávamos treinando pro jogo de amanhã.

– Nada? – Paulo pergunta quando eu pego meu celular na bolsa e eu só nego quando vejo várias mensagens, menos a que eu mais queria ver. – Fica calmo, ela deve está ocupada com alguma coisa.

– Mas ela poderia pelo menos mandar uma mensagem falando que está ocupada ao invés de me deixar preocupado. – Bufei e fui para um dos chuveiros liberados depois de tirar o uniforme que estava com bastante suor graças ao clima daqui de Salvador.

– Tem certeza que não fez nenhuma merda Jai? – Perguntou do box ao lado do meu.

– Eu não fiz nada mano, você viu como estávamos ontem.

– Verdade, ontem vocês estavam mó melosos.

– Exato... Espera... Ah, cala a boca. – Resmunguei e ele riu.

Agora me deixem explicar o que está acontecendo. A Maria Joaquina não está querendo falar comigo, simples assim. Como eu sei? Só por todas as chamadas rejeitadas e mensagens ignoradas. O Paulo acha que eu to exagerando e que a Maria só deve está ocupada demais com algo, mas eu sei que não é isso, já que se ela tivesse no banho e eu ligasse, ela a sairia só pra me dizer que retornava a ligação em poucos minutos. E o que me deixa confuso e frustrado é que eu não lembro o que possa ter feito pra ela me ignorar assim, e eu preciso dessas “respostas” logo, porque eu tenho um jogo pra me concentrar amanhã e vai ficar difícil com essa preocupação e saudade que eu já sinto daquela menina.

(...)

Daqui à uma hora começaria o jogo e eu não conseguia nem me concentrar no aquecimento, o que claro estava gerando bastante preocupação na comissão técnica. E tudo isso só porque Maria não tinha dado nenhum sinal de vida ainda, e eu estou me praguejando mentalmente por está deixando minha vida pessoal interferir no meu rendimento em campo.

– Jaime, presta mais atenção, ou é capaz do técnico te colocar no banco logo no primeiro tempo. – Paulo fala baixinho perto de mim e eu concordo com um som nasal, desviando meus pensamentos de qualquer coisa que não fosse sobra as jogadas treinadas para hoje.

(...)

– Ficamos com a bola. – Disse para o juiz que indicava que eu ganhei no cara ou coroa.

– Vamos ficar onde estamos. – O capitão do time rival apontou para a trave no canto direito.

Apertamos nossas mãos e depois a do juiz, virando em seguida cada um para onde seu time estava.

– Vamos lá, concentração tudo bem? – Assentimos enquanto alguns bebiam um pouco d’água e outros comiam banana para evitar câimbra. – Esqueçam os problemas pessoais e eu logo por agora... – O técnico me lançou um olhar sério e eu logo soube que aquilo era mais pra mim. – E foquem no jogo porque eu sei que nós podemos chegar à final. – Juntamos as mãos e gritamos quando as erguemos no ar.

– A gente consegue Jai, apenas seja um ótimo capitão e nos guie. – Paulo falou na minha frente e eu ri dando um laço no meu short e colocando o mesmo para dentro.

– Acho que vocês que vão ter que me guiar hoje. – O apito do juiz e eu toquei a bola pra Paulo, que tocou pra mim de novo e eu chutei para Ricardo, que começou a correr para o campo adversário...

(...)

Fim do primeiro tempo com o placar de 1x1. E sobre meu rendimento em campo? Uma merda, mas não uma merda total, já que eu dei até alguns passes legais e um deles resultou um gol de Paulo.

Fomos para o vestiário receber massagem para aliviar a tensão dos músculos e escutar instruções do técnico, e eu me preparava mentalmente para receber uns bons gritos.

Peguei meu celular sentando no chão para esperar um dos massagistas chegar, e enquanto isso não acontecia, desbloqueei a tela do iphone e vi que tinha algumas mensagens da Amanda e outras de Jonas, mas a que mais me surpreendeu e me alegrou foi a de Maria, que tinha mandado alguns minutos atrás.

[18:46] MaJo: Me liga assim que ver essa msg.

É óbvio que eu obedeci.

– Alô? – Soltei um pouco nervoso assim que ela atendeu no quarto toque.

­- Que merda você acha que está fazendo Jaime? – Gritou e eu arregalei os olhos.

– O que eu fiz?

Só está me decepcionando lindamente nesse jogo. Sabia que é a primeira vez que eu assisto um jogo? – Murmurei um não. – Pois é, e só estou assistindo por tua casa, mas estou me arrependendo disso.

– Ôh, me desculpe se estou jogando mal, mas não tenho culpa se uma certa cantora de uma banda teen resolveu me ignorar quando eu mais precisava dela. – Resmunguei baixo porque todos os jogadores já estavam no vestiário.

Está jogando tão ruim assim por minha culpa?– Perguntou surpresa.

– Eu não estou jogando tão ruim okay? Mas sim, a culpa é tua. – Podem me chamar de ruim por provavelmente está fazendo ela se sentir mal, mas poxa, ela me ignorou por dois dias sem dá nenhuma explicação.

­- Nem adianta vir me culpar oh senhorita “Sou foda por ter uma gostosa em cima de mim”.– Fez uma voz um pouco grossa e eu franzi o cenho.

– Do que está falando? – Perguntei suspirando por conta da massagem que recebia no momento.

– Do vine que passaram o dia me mandando ontem.

– Que vine?

Do momento que vocês estavam na van cantando Boss.

– E o que eu tem demais nesse vine?

Só você com uma garota no colo enquanto sorria como um idiota.

– Tá brincando que só parou de falar comigo por causa disso né? – Perguntei indignado.

Vai mentir dizendo que não estava sorrindo?– Levantei deixando o massagista confuso e fui para uma parte mais afastada do vestiário.

– Não vou mentir porque eu estava sorrindo mesmo, mas estava sorrindo por tua causa Maria.

– Como minha?

– A música me lembrou você, e querendo ou não você tem um efeito sobre mim, por isso meu sorriso de idiota.

– Ouw... ahn... – Ri um pouco imaginando o quanto ela estava corada agora. – Isso é sério?

– Uhum. – Murmurei e ela fez um som como se tivesse limpando a garganta.

Me desculpa Jm, eu sei que não devia sentir ciúmes porque não temos nada concreto, mas foi impossível quando vi aqui..

– Ta tudo bem MaJo, porque eu sei que se fosse você eu também ficaria com ciúmes.

– Você é tão compreensível. – Ri alto com isso.

– Palilo para de namorar e vem pra cá agora. – Técnico gritou e eu estremeci com seu tom.

O deve te chama capitão, mas agora, por favor, para de achar que está pisando em ovos e faz um gol pra mim.

– Você quem manda gatinha. – Encerrei a ligação e fui pra onde todos estavam reunidos, ganhando duas bananas do preparados físico na qual recebi de bom grado.

– Acha que consegue jogar no segundo tempo ou é mariquinha demais pra isso Palilo? – Perguntou o técnico e eu terminei de comer a primeira banana pra poder responder.

– Não se preocupe, vou redimir pelo primeiro tempo vergonhoso que eu fiz. – Ele assentiu e eu sabia que ele acreditava em mim.

(...)

Vinte minutos do segundo tempo e eu realmente consegui me redimir, e não que eu tenha feito gol ainda, mas minhas jogadas estavam mais ágeis o que estava arrancando gritos da torcida.

– Avança Jaime. – Paulo gritou e eu que estava uns sete passos do centro do campo comecei a correr sozinho invadindo a área, mas antes que ele chutasse a bola, dois jogadores do outro time correram me deixando entre eles, e isso foi ótimo pra mim já que ia ser impossível o juiz dar impedimento. Paulo deu um forte chute e aproveitei que a bola não tinha chegado e desviei dos dois jogadores e por sorte dominei a bola, correndo como se minha vida dependesse daquilo, porque agora não tinha só dois jogadores correndo até mim, e sim quase o time inteiro, além dos meninos do meu time, mas mesmo com tudo isso eu consegui chutar para a trave, pegando o rebote quando o goleiro defendeu e não segurou. Não dando chances para ele levantar eu chutei bem no meio da trave, balançando a rede e agitando a torcida.

Corri para a primeira câmera que eu achei e soltei beijos e fiz um “M” com a mão seguido de um coração, mas meu momento fofura é interrompido com vários corpos se jogando em mim.

– Parabéns Jai.

– Mandou bem capitão.

– Arrasou mano. – De todas as vozes falando ao mesmo tempo eu só consegui escutar nitidamente a de Paulo, que me fez sorrir mais ainda.

(...)

Já estávamos todos no ônibus voltando pro hotel depois da nossa vitória, e é claro que estávamos todos animados fazendo batidas enquanto Paulo fazia alguns raps, mas eu paro de bater no vidro do ônibus quando eu sinto o meu celular vibrar indicando uma mensagem.

[20:17] MaJo: O gol foi lindo e a dedicatória mais ainda, obrigada amor...;*

Amor... Ela me chamou de amor... Como se respira mesmo?


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Notas finais do capítulo

Pessoal quero que vocês me ajudem em uma coisa, quero me falem um talk-show que vocês acham que deve aparecer em um cap de boa?



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