A New Battle escrita por Emily Lima


Capítulo 1
The Honor of My Warriors Friends


Notas iniciais do capítulo


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Estava tudo muito frio e bem úmido, mas eu não me importava com isso, a verdade é que a culpa era minha, o fardo era meu, eu não tinha o direito de joga - lo para outras pessoas e eu fiz isso, e agora estavam todos mortos.

Eu não suportaria a ideia de ter que voltar ao acampamento depois de tantos anos, eu tinha um pouco menos que Thalia na verdade, e praticamente a mesma idade de Luke.
Havia me juntado a eles no início mas tive que deixa - los. Uns meses depois recebi a notícia de que Thalia havia morrido, tentando salvar seus amigos, e a ideia de que eu sacrifiquei os meus só pra me manter segura, me frustrava, não havia como me sentir mais culpada.

Charlotte, Daniel, Maddie, Laysa e David, me senti mal só de pensar em seu nome.
David Dylan havia sido meu namorado nos últimos anos, ele era meu porto seguro, até ontem.

E aí aconteceu.

Estávamos perto da quinquagésima quarta missão desde que nos encontramos, todos nós estávamos cansados em frente a uma caverna, David segurou a minha mão, aquele rosto pálido dele com aquelas feições sombrias e um olhar alucinante me fez pensar se havia alguma possibilidade de ele ser um filho perdido de Hades ou coisa do tipo, ele tinha uma certa tranquilidade, que emanava dele e acalmava todos ao seu redor.
Só de estar de mãos dadas com David já melhorava o fato de que a gente tinha que matar um gigante de aproximadamente onze metros de altura.

- O que Zeus quer com esse cara mesmo? - Ele disse enquanto apertava minha mão com mais força.

- Esse gigante roubou uma taça no palácio de meu pai - Eu disse olhando para o rosto dele - Uma taça sagrada.

Ele olhou em volta e depois encontrou meu olhar.

- Sabe, eu acho que Poseidon poderia vir até aqui e pegar a taça dele de volta. - Ele disse com a cara amarrada - E não te envolver nisso.

Eu olhei para trás para ver se os outros estavam olhando.
Estavam todos esperando com as armas prontas e conversando, mais ninguém parecia nos notar.
Eu me inclinei pra David e sussurrei:

- São ordens dele, ordens de Zeus. Eu tenho que obedecer, é minha obrigação.

-Talvez você não deva. - Ele sussurrou de volta, também se inclinando.

- Talvez eu deva.

- Talvez se você se opusesse mais, ele... Sabe, ele poderia te ouvir. - Ele sussurrou - E te contar a verdade, a verdade sobre você.

- Ouça David - Eu sussurrei de volta - Eu trabalho pra ele desde que me dou por gente, ele me disse que minha mãe morreu quando eu nasci, porque não aguentou e pronto!

Eu estremeci, senti minha pele corando.
Eu já sabia a verdade, e não gostava nem de pensar nisso, ainda mais falar sobre isso.
Eu não podia falar, isso era um acordo meu e do Olimpo.
Eu tinha que manter em segredo e aceitar os fatos.

Meu pensamento foi interrompido por um beijo suave que ele me deu.

Ele se virou para os outros e disse:

- Vamos lá gente, temos que matar um gigante.

***

E lá estava eu, deitada, havia acabado de dormir ( desmaiada)mais me sentia mais cansada do que nunca.
Me levantei e olhei os corpos deles, chorando, sem acreditar no que eu era.
Olhei pra trás e lá estava, o dente do gigante, aquelas pessoas haviam se sacrificado apenas para eu pudesse matar aquela droga de monstro.
Tudo bem, eu o havia matado mais, tudo isso pra que ele pudesse ir para o tártaro e depois de uns cinquenta anos, ressurgir de lá só pra tirar mais vidas inocentes, isso não me parecia justo.

Não me parecia justo o fato de eu ser uma filha de Poseidon e também ter poderes como os dos filhos de Zeus, é verdade, de alguma maneira ele conseguiu ver um futuro em mim, e agora eu tenho tanto os poderes dos mares, como também tenho dos céus, meu pai diz que isso é uma coisa boa, que eu posso fazer tempestades quando quiser.

E isso significa que eu poderia começar uma guerra sozinha e provavelmente sair vitoriosa, mais isso também não me era justo.

Eu era uma decepção, não para meu pai ou para Zeus, mais para mim.

Eu podia fazer tempestades e matar titãs, e daí? Tudo que importava é que agora eu estava de pé sobre os corpos de meus amigos e não podia fazer nada para salvá-los.

Eles agora estavam mergulhando, mergulhando em descanso eterno.

Eu me ajoelhei de pé em frente aos corpos deles e murmurei umas preces em grego que Zeus havia me ensinado, para usar nessas ocasiões.

Quando terminei, os corpos deles se desfizeram em névoa dourada, eu dei um último sorriso para David e fechei seus olhos que estavam abertos ao brilho dos meus. Segurei a mão nele e com minha outra eu toquei seu rosto e derramei uma lagrima da qual ele não poderia mais ver.

Então ele se desfez em névoa, e eu podia jurar que o vi sorrindo enquanto seu corpo se desintegrava.


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