O Amor e o Tempo escrita por kahak


Capítulo 25
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Desde já quero agradecer a todos que acompanharam a fic. Agradecer a todas as reviews, o carinho, dos meus leitores.

Muito obrigada.



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Capítulo 9

"O Amor...

É difícil para os indecisos.
É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor são os
fortes.
Os que sabem o que querem e querem o que têm!
Sonhar um sonho a dois,
e nunca desistir da busca de ser feliz,
é para poucos!!"

Cecília Meireles

Anthony pov

Chegar até a caverna foi fácil, a área estava vazia, com nenhum sinal dos Volturi. Estava com uma sensação estranha, pressentindo que algo iria acontecer. Sophia estava se recuperando rapidamente, estava,os pensando em um meio de chegar a campina sem chamar muita atenção, e principalmente sem distrair a nossa família, pois pelo o que Alice havia dito teria luta.

Tinha absoluta certeza de que os Volturi tinham um bom plano em mente.

Após uns minutos Sophia foi despertando aos poucos, ela estava meio desorientada assim como da última vez que aquilo tinha acontecido no quarto. Ela se sentou lentamente do meu lado, e me encarou por alguns instantes antes de começar a falar.

- Aquilo aconteceu mesmo. Os Volturi morreram?

Eu não queria alarmá-la com as minhas suspeitas, mas achei melhor contar o que achava para ela. Pois se eu estivesse mesmo certo seria bom já estarmos preparados para o que iria acontecer. Com muita cautela comecei.

- Olha... Sophia, sinceramente eu não tenho certeza, apesar de ter visto o que aconteceu eu ... - ela

começou a ficar tensa, e segurou na minha mão - ... eu acho que se tratando dos Volturi, em relação a tudo que me contaram sobre eles, não acho que seria tudo tão fácil. Você me entende?

Ela me encarou por uns instantes como se tivesse assimilando o que eu acabava de lhe dizer.

- Então você acha que eles planejaram aquilo. Será que eles já sabiam o que poderia acontecer?

- Pode ser, eu não tenho certeza, o que eu acho é só uma suposição, mas nós não podemos descartá-la, nós temos que estar preparados para tudo o que puder vir a acontecer.

-Tudo bem, então nós vamos até a campina para nos juntar aos outros.

- Vamos, mas nós temos que pensar em um jeito de não chamar a atenção dos Volturi, e nem de distrair a nossa família.

- Mas como nós vamos fazer isso. Não temos muito tempo.

- Eu sei, agora mesmo eles podem já estar lutando. - pensar nessa possibilidade me deu um frio na espinha - eu pensei em nos aproximarmos bem lentamente da área da clareira, e então vou tentar me comunicar com meu pai por pensamentos, mas se eles já estiverem lutando ... você volta aqui para a caverna e eu vou lutar junto com os outros e...

- NÃO. Eu vou junto com você, não vou fazer como da outra vez. Não vou abandonar a vocês. Não dessa vez, eu gosto muito de todos que me receberam tão bem, são como minha família e … você também.

Por um momento fiquei parado esperando ela dizer mais, mas não veio. Fiquei desapontado, mas não era hora para isso.

Depois de contar meu plano, trocamos um olhar cúmplice antes de segurar firmemente em suas mãos e sair da caverna rumo a campina. No caminho repassamos os planos, tínhamos pensado em todas as possibilidades caso algo saísse errado.

Como combinado fomos nos aproximando lentamente da campina, eu não ouvi nenhum barulho de luta, a única coisa que escutei foram vozes falando de maneira agressiva. Era hora de ser cauteloso. Ficamos a uma distância segura, onde eu sabia que meu pai poderia me ouvir. Então cautelosamente comecei "pai sou eu Anthony, por favor não se alarda, não aconteceu nada conosco, eu quero que o você me escute antes de fazer algo... " por pensamento contei sobre os Volturi terem supostamente morrido, e sobre as minhas suposições, como não tinha certeza sobre o que ele faria a seguir permanecemos parados no mesmo lugar.

Estávamos em absoluto silêncio quando escutamos uns barulhos atrás de nós, me coloquei na frente da Sophia em posição de ataque.

- Ora, ora crianças. Porque o medo.

- Caius?

- Eu mesmo.

Eu olhei em volta para ver se encontrava alguém.

- Estou sozinho. Aro e os outros morreram como eu previ.

- Você sabia? - perguntou Sophia saindo de trás de mim.

- Claro que sim, diferente do Aro e do Marcus eu gosto de fazer as minhas próprias investigações. Eu sabia dos seus poderes de fogo e consegui um hibrido que poderia se transformar em mim, ele não desconfiou de nada. Azar o dele.

- Ora seu...

Antes de terminar, ele ficou na minha frente cara a cara.

- Cuidado com as palavras garoto. A minha guarda toda está contra a sua querida família, a qualquer sinal meu, todos seus entes queridos serão mortos. Eu não sou como o Aro. Só vou dar duas opções a vocês com poderes. Ou se juntam a minha guarda, ou serão mortos.

- Você não vai conseguir.

Não consegui pensar direito e pulei para cima dele agarrando o seu pescoço.

- Não me subestime garoto. Jane.

De trás da outra árvore perto da onde Sophia estava saiu uma vampira loira, baixa, parecia uma criança, com os olhos bem vermelhos.

- SOPHIA FOGE.

Consegui dizer antes de ser atingido por uma dor intensa. Era tão forte que meu corpo estava todo contorcido de dor. Não tinha certeza mais achava que Sophia havia conseguido fugir.

- Jane. - disse Caius falando para ela parar.

Assim como a dor começou, ela terminou. Ele parou na minha frente e apontou o caminho para a campina. Me pus de pé e olhei em volta rapidamente. Sophia não estava ali, pelo menos ela havia fugido. Parecendo que lia meus pensamentos Caius respondeu.

- Não por muito tempo. Nós vamos te encontrar garotinha. Agora é melhor você andar, ou será que a Jane vai ter que te incentivar.

Rapidamente comecei a correr para a campina com os dois atrás de mim. Mal pus o pé na campina e soube que minha mãe havia estendido seu escudo para mim. Sem hesitar corri para o lado da minha família. Minha mãe me deu um longo abraço assim que parei do seu lado.

- Que cena comovente.

- Caius. - disse Carlisle com desgosto, provavelmente eles já sabiam de tudo.

- Carlisle, Carlisle, eu sempre soube que você tinha sorte de ter esses poderes para a sua família, mas adquirir mais três em menos de um século é muita sorte.

- Eu não adquiri nada. Eles são minha família, e estão comigo por vontade própria.

- Vamos ver se vai continuar assim depois que eles tiverem uma conversinha com a Chelsea, tenho certeza de que eles vão mudar de opinião na hora. Chelsea venha para cá.

De trás da guarda surgiu uma mulher com aparência de trinta anos, com o rosto oval, lábios finos, olhos vermelhos e cabelos pretos ondulados que batiam na cintura. Ela parou o lado do Caius, e fez uma leve reverência.

- Vamos ver quem será o primeiro. Vamos ver. - ele correu os olhos por todos nós e pousou em mim. - o garoto primeiro, dai quem sabe os pais não vem por conta própria. Venha pra cá Anthony.

- NÃO. - gritou minha mãe agarrando meu braço.

- Anda logo.

- Mãe, ele vai fazer de qualquer jeito, por favor. - disse olhando ela de frente e de costa para os Volturi e movi os lábios dizendo para ela não se preocupar.

Ela não estava convencida, mas mesmo assim me afastei dela e pensei para que meu pai pudesse saber o que eu achava sobre o poder dessa Chelsea e o escudo da mamãe. Pois o escudo dela sempre protegeu agente de poderes psíquicos, então pode ser que não acontecesse nada comigo, e caso estivesse certa seria melhor fingir que havia dado certo para eles e no momento certo agir. Ele fez um leve gesto com a cabeça concordando.

- Chelsea, pode começar.

Eu não sabia o que ela ia falar ou fazer, nem sabia como acontecia. Ela parou na minha frente e olhou profundamente dentro dos meus olhos, ficando em transe por alguns segundos. Depois disso seus olhos voltaram ao normal, ela piscou algumas vezes e olhou para mim franzindo o senho.

- O que aconteceu? - perguntou Caius nervoso, se dirigindo a ela.

- Eu.. eu não posso, ele esta com escudo.

- Escudo. - no mesmo instante olhou para minha mãe que parecia satisfeita. - você..

Antes de completar a fala ele parou na frente dela e a segurou pelo pescoço. Meu pai rapidamente segurou os braços de Caius os soltando de minha mãe, com a atenção dos guardas voltada para meus pais fiz o combinado para Sophia que deveria estar me observando surgisse.

- AGORA.

No instante seguinte ela surgiu na clareira parando na frente da guarda e atirando fogo em todos que estavam lá. No caminho para a clareira Sophia disse que sabia como ativar os poderes dela e que se fosse necessário ela iria fazer. Por isso quando Caius e Jane apareceram ela já sabia que teria que seguir o nosso plano opcional Caius se virou para olhar e antes que ele desse uma ordem agi primeiro.

- Mãe a Sophia.

Não precisei completar e ela entendeu protegendo a Sophia com seu escudo.

O fogo pode ter matado alguns vampiros da guarda, mais ainda tinham alguns tentando nos atacar, entre eles os principais da guarda Volturi, Felix, Alec, Jane e Demitri.

Sem pensar duas vezes fui para cima de Alec que estava perto de mim. Pelo canto do olho pude ver os outros lutando. Meu pai com Caius, Emmett com Felix, Jasper com Demitri, Carlisle com Jane, Alice com Chelsea, Rosalie com Heidi, Esme estava protegendo minha mãe para que ela se concentrasse em manter o escudo em todos.

Eu sabia dos poderes dele, e também sabia que ele não podia usar comigo. Eu não tinha experiencia com lutas, mas pelo que pude perceber Alec muito menos, devia estar tão obituado com seus poderes que não sabia lutar. Ele caiu rápido quando arranquei um braço dele e o arremessei no fogo. Sophia estava concentrada mantendo o fogo para que jogássemos as partes arrancadas nas chamas.

Ele tentou me atacar me segurando pelo pescoço com uma mão e me jogou para longe perto do fogo, por sorte me levantei antes de sofrer algum dano, e imediatamente pulei para cima dele e o segurei pela cabeça tentando arrancá-la de seu corpo, ouvi o som de algo se quebrando e um grito de horror escapar da boca dele, Alec tentou me derrubar, mas antes que tivesse êxito eu consegui arrancar sua cabeça, e a joguei no fogo junto com o corpo.

Assim que Jasper acabou com Demitri ele foi até Alice e a ajudou com Chelsea, e Carlisle ajudou Rosalie depois que terminou com Jane, Emmett parecia estar se divertindo lutando com Felix, que parecia muito bravo, sentindo que estávamos o observando ele se aproximou rapidamente de Felix e num único gesto arrancou a cabeça do corpo e arremessou no fogo, no mesmo instante em que meu pai fazia o mesmo com Caius.

Assim que o último vampiro foi arremessado ao fogo, prestei atenção em Sophia e vi que ela estava muito pálida, que nem quando saiu de casa, mas antes que conseguisse fazer alguma coisa ela caiu para frente dentro das chamas que ainda estavam fortes.

- SOPHIA.

Gritei e corri para ode ela estava, antes que dissessem algo entrei rapidamente no fogo e a trouxe para fora. suas roupas estavam chamuscadas, assim como as minhas, eu senti uma ardência terrível na pele, mas vi que ela não estava melhor, por ser hibrida ela era mais sensível. Ela tinha uma boa parte do corpo com parte muito avermelhadas que pareciam que iam sangrar a qualquer momento.

Antes de dizer algo Carlisle apareceu do meu lado e colocou Sophia deitada na grama afastada da grande fogueira enquanto minha mãe corria para mim para observar se eu estava bem. Eu só conseguia prestar atenção na Sophia, ainda conseguia escutar seu coração batendo, mais estava um pouco devagar, como batimentos humanos.

- CARLISLE FAÇA ALGUMA COISA.

- Anthony fique calmo. A Sophia é uma hibrida, e eu não sei exatamente quanto tempo eles levam para se recuperar de algo assim, mas pelo que pude ver pelas queimaduras mais leves não vai demorar mais do que três ou quatro dias. Mas agora precisamos de um lugar para ficar e alguns panos para limpar as feridas dela.

- Nós podemos ir para a nossa antiga casa. - disse minha mãe de pronto.

A nossa antiga casa, agora estava rodeada de casas de humanos, o que era um problema, mas como não tínhamos opção rapidamente fomos para lá.

Quatro dias haviam se passado. Carlisle fez de tudo o que estava ao se alcance. As feridas da Sophia já haviam melhorado, mas ela ainda não havia despertado. Nesse tempo Carlisle havia convocado uma reunião com alguns vampiros conhecidos para falra sobre a situação deles agora que os Volturi praticamente não existiam mais, e concordaram em deixar as esposas de Caius, Marcus e Aro tomarem posse da responsabilidade, pois apesar de serem esposas dos três, elas tinham mais juízo e senso de justiça que eles e Carlisle sabia que seria seguro deixar o poder nas mãos delas.

Estávamos quase entrando no quinto dia desde a batalha e nada, apesar de tudo fisicamente ela estava normal, e os batimentos dela haviam se normalizado. Nós até tínhamos feito uma reserva de sangue para quando ela acordasse. Eu passava todo o tempo do lado dela. Apesar de não quererem demonstrar todos estavam muito preocupados por ela ainda não ter acordado. Cada minuto parecia uma eternidade.

- Anthony.

Ouvi a voz da Sophia sussurrar o meu nome, mas foi tão baixo que achei que deveria ter imaginado pois ela continuava imóvel e com os olhos fechados, mesmo assim me levantei e fiquei curvado sobre ela observando o seu rosto angelical.

- Sophia. - arrisquei.

Esperei alguns minutos e nada, quando estava para me afastando ela respondeu.

- Anthony.

Emocionado segurei suas mãos.

- Sou eu, eu estou aqui, não se esforce. Por favor. CARLISLE - não me contive e o chamei bem alto.

Rapidamente todos apareceram, Carlisle a examinou, e pediu para Esme pegar as bolsas com sangue humano. Sophia tomou a primeira bolsa com muita dificuldade, mas depois de terminar a primeira as outras foram rapidamente e com mais vontade, milagrosamente no final da quarta bolsa ela estava totalmente recuperada.

- Tem certeza que você está bem? Não sente nenhuma dor? - perguntou Esme.

- Absoluta. Me sinto perfeitamente bem, de corpo e alma.

Sabia que ela se referia aos Volturi, mas não dissemos nada, esse assunto já havia morrido para todos nós. Sophia se mostrou totalmente recuperada e logo comprovado todos nos deram espaço e ficamos sozinhos na casa enquanto todos saíram para caçar trocando sorrisinhos e olhares cúmplices.

- Eu quero te agradecer por ter ficado comigo nesses dias todos. E por tudo, desde o começo.

- Não precisa agradecer.

- Preciso sim. Graças a você eu conheci uma família, você sempre se mostrou preocupado comigo e sempre teve paciência. Você.. - começou e depois parou. - ... vocês todos são muito especiais para mim.

- Você também. - respondi meio desapontado.

- Mas você é em especial.. - ela parecia estar tomando coragem - ... eu, eu gosto muito de você, não como eu gosto dos outros, é diferente eu não sei como explicar... é, é uma coisa que eu sinto aqui.. - disse e colocou as mãos em cima do coração.

Eu fiquei um tempo absorvendo as palavras dela. Ela gostava de mim. Ouvir isso da boca dela foi como uma luz no meio de toda essa confusão. Só percebi que ela estava esperando uma resposta quando ela se virou para o outro lado e ficou com a cabeça baixa. Rapidamente me pus na frente dela e levantei o rosto dela, mas mesmo assim ela evitou me olhar nos olhos.

- Eu também... eu também gosto muito de você, da mesma maneira. Acho que logo que nos vimos pela primeira vez eu gostei de você.

Assim que terminei de dizer o que a tempos eu queria ter dito, Sophia segurou a minha mão que estava pousada no seu belo rosto tomando entre as suas pequenas mãos e aproximou seus lábios no meu. Foi rápidos, mas inocente, mágico, e o primeiro. Depois quando nos separamos apesar do embaraço pode perceber que ela estava tão feliz quanto eu. Essa lembrança ficaria guardado para sempre como a minha melhor lembrança.

Fim


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do final.Agradeço novamente.E nos vemos numa próxima.Beijos



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