P.O.V Will

– E aí? Do que tanto conversam? – Jem perguntou assim que chegamos, sentando ao lado da America lhe dando um beijo na bochecha.

– Coisas... – Celeste respondeu de forma maliciosa, para logo mandar uma piscadinha para Ames, que abriu um sorriso.

– Exatamente. – Cecy entrou na “brincadeira”. – Coisas. – E mandou uma piscadinha para o Gabriel. Nessa hora meu sangue ferveu, me fazendo perguntar:

– E podemos saber quais coisas são essas? – Nessa hora o sorriso de America desapareceu.

– Não, vocês não podem. – E saiu da mesa. Imediatamente todos os olhares caíram sobre mim, mas quem falou foi Tessa.

– Você tá esperando o que Will? Vai atrás dela!

P.O.V Meri

– O que você quer Herondale? – Perguntei assim que o reparei me seguindo – Se não percebeu, estou tentando manter uma certa distância de você. – Ele ficou calado. – Ei eu tô falando com você! – Me virei pra ele. – Sério que vai brincar de me dar gelo? – nem um pio. – Ok então.

Continuei andando, morta de raiva do Will. Qual é, ninguém me da GELO! Eu ODEIO isso! Continuei andando até achar a loja que queria. Logo que eu vi a fachada soltei um suspiro. Confesso que estava morta de medo, mas queria fazer essa homenagem a minha mãe. Comecei a andar ao rumo da loja, mas não fui muito longe, já que Will segurou meu braço.

– Ei, aonde você pensa que vai?

– Uh, ficou nervosinho foi? Pensei que estava me dando gelo. Não que isso seja da sua conta é claro, mas se eu estou indo na direção de um estúdio de tatuagens, certamente não é pra comprar carne.

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– Olá! – Uma garota morena exclamou, assim que eu entrei no estúdio com um encost... quer dizer, com Will ao meu encalço. – Em que posso ajudar?

– Hããã... – olhei pro seu crachá – Oi Luana, eu queria fazer uma tatuag... O que foi Will? – perguntei quando ele praticamente parou de me arrastar até um canto da loja.

– Você tá louca ou o que? Fazer uma tatuagem? Quer você queira, quer não, você ainda é uma princesa! Já pensou no que seus pais falariam... – Ah, então agora ele quer jogar na minha cara qual seria a reação de meus pais?

– Exatamente! O que eles falariam. Eles estão mortos Will! E você também vai estar se não parar de cuidar da minha vida, guarda. - completo com ironia, me virando para Luana. – Eu vou querer fazer uma tatuagem e... – olho pra uma estante atrás dela. – Um piercing também.

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– Então, onde vamos almoçar?

Tínhamos acabado de sair de sair do estúdio, e eu estava mais feliz do que nunca, só que, claro, nunca iria demonstrar isso pro Will – até, pelos menos, quando fizermos as “pazes”. Já ele, estava com uma cara de peixe morto, e ficava murmurando toda hora que “não acreditava no que eu havia feito”. Pobre, Will.

Confesso, no início, queria somente fazer uma tatuagem. Aliás, estava pensando em fazer isso, na época da Seleção, mais depois dos acontecimentos (ter sido escolhida, se apaixonar por Maxon e levar um pé na bunda do mesmo) deixei essa história pra lá. Afinal, não sabia nem que tatuagem fazer. Mas essa ideia voltou com força total depois de ter lido a carta de meu pais. Foi como se minha mente tivesse se aberto em um ‘clic’. E como em um passe de mágica, decidi qual tatoo iria fazer, e qual local ela iria ficar.

A tatoo seria nada mais nada menos que o selo real. Ou como é mais conhecida: a coroa da mamãe. Que, se eu pensasse direito, também seria minha quando eu me tornar rainha. Já o local, decidi fazer no pulso. Um lugar bom, pois nem todos veriam e também porque a tatuagem teria que ser pequena. Nuca gostei muito de tatuagens grandes, e, dependendo da pessoa que usa e de seu estilo, fica parecendo mais que ela quer e chamar atenção.

Também confesso que nunca imaginei fazer um piercing. Sei lá, sempre brinquei com o Jem que se as pessoas queriam tanto colocar algo chamativo no umbigo era melhor colocar um abajur de uma vez, assim pelo menos iluminava em um apagão (idiotice, eu sei). Mas quando vi aquele piercing juro, eu me apaixonei! Ele simplesmente é a coisa mais fofa que eu já vi! Imaginem: um piercing em formato de coração bem no seu nariz! Pois é, assim que eu estou. Ah, e é claro, também não perderia a chance de irritar Will. Até porque é legal irrita-lo – ele fica um pouco corado (por causa, acredito eu, de ficar muuuuuito irritado), em sua testa aparece um ruguinha pela irritação e seus lábios (e que lábios) se tornam apenas uma fina linha branca. Não que eu tenha reparado é claro.

– Em um karaokê aqui perto. Eu que escolhi. – ele diz orgulhoso. – o que acha?

– Olha Will... Isso é lindo, sério, - ele faz uma cara confusa, e logo tendo lhe explicar. – Ah, você sabe... Me levar pra um karaokê pelo simples fato de querer minhas desculpas, e, acredite, você já tem minhas desculpas – ele abre um sorriso lindo, mas, como não quero engana-lo logo continuo: -, daquele dia que você me insultou pela mina música. Porque se você não lembra, acabou de me insultar hoje novamente quando começou a falar dos meus pais. Então querido, se quiser ficar em “paz” comigo, é melhor começar a planejar outro pedido de desculpas. Agora, pra que lado fica esse karaokê?

Se eu fui fria? Sim. Se eu o magoei? Talvez, mas ele também me magoou – e muito. Se eu me arrependo de ter ajido assim com ele? Sim, me arrependi no segundo seguinte quando vi seu olhar ficar triste. Mas fazer o que? Essa sou eu agora... Né?