Pedro estava sentado novamente naquela cadeira, daquele mesmo hospital, o nervoso bateia, estava se sentindo triste, culpado, não queria que nada acontecesse com seus amores.

Mesmo sabendo que a culpa não era sua, se sentia culpado, sabia que sua esquentadinha não podia passar nervoso, sabia disso, mas mesmo assim, não evitou.

_ Familiares da Pacientes de Karina Duarte Ramos? - perguntou o mesmo medico do outro dia, era um pouco velho, tinha cabelos grisalhos, e usava um óculos.

_ Somos nós! - Gael levantou, e eu mais uma vez estava inercio ao que acontecia, só pedia aos céus que por causa daquela garota, eu não perdesse minha família.

_Me acompanhem, por favor! - Me despertei, quando o doutor falou isso, me levantei e fui acompanhando todos até um corredor extenso, onde tinha uma porta branca, entramos, o quarto era todo branco, estava tudo organizado, na cama, lá estava ela, tão serena, tão calma, a minha esquentadinha.

Me aproximei da cama, o Medico não protestou, e mesmo sabendo que estava sendo observado por todos, me aproximei da minha esquentadinha e lhe dei um beijo em sua bochecha, ventre, e um beijo castro em sua barriga.

_Tá tudo bem com o meu filho doutor? - perguntei, olhando nos olhos do medico, vi todos pararem e nos olharem, estava ansioso, mas ao mesmo tempo com medo da resposta.

_Tá sim, só foi um susto, a Karina já me contou tudo que aconteceu, e eu peço novamente que ela evite se aborrecer, ou passar sustos grandes, porque não se sabe se ela conseguiria segurar, se acontecesse novamente! - Disse Marcos, o Medico.

_Obrigado doutor Marcos, eu posso ficar aqui com ela? - Perguntei, e o vi, suspirar, assentindo.

_ Pode ficar, eu só peço que deixe que ela descanse, e evite que ela se esforce, okay? - ele perguntou e eu concordei com a cabeça.

_ Tudo bem, e mais uma vez, obrigada.

_ Não por isso! - ele apertou minha mão - Vou ver outros pacientes, daqui a pouco eu volto!

Após Marcos sair, todos deram um beijo em Karina e disse que iriam deixar eles sozinhos.

_ Amor, olha pra mim, abre esses olhinhos azuis, nem que seja pra brigar comigo, e dizer o quanto eu fui idiota!! - Disse Pedro acariciando o rosto da amada, que aos poucos abriu os mares azuis, que chamava de olhos.

_A-amor? M-meu B-bebê!! - Karina chorava, Pedro tentou acalma-la, mas, sem sucesso, foi atrás do doutor Marcos, que chegou logo.

_ Karina, por favor se acalme, você não pode ficar assim! - Tentou Marcos.

_ A-amor, o N-nosso F-filho! - Karina estava agarrada a mão de Pedro, que acariciava seu rosto, estava conseguindo deixar-la mais calma.

_ Amor, olha pra mim, por favor! - Pediu, e ela obedeceu, o olhando - Tá tudo bem, agora você só precisa descansar, e amanhã eu e você iremos pra casa, e eu vou cuidar de você e do nosso Baby, tá? - perguntou, e ela assentiu.

Abraçou ela, e depositou um selinho em seus lábios, demonstrando o seu amor, e carinho, ela sorriu.

_ Agora dorme, tá? - ele disse, e ela assentiu, deitando a cabeça no travesseiro, e o olhando-o.

_ Pê... - Chamou, olhando ele nos olhos, bateu a mão na cama, sorrindo, ele logo entendeu, e deitou-se ao seu lado, apoiando sua cabeça ao seu ombro.

_ Pronto, agora eu tô aqui, pode dormir, vou ficar com você! - ele disse, a puxando pra si.

_Pê...- Chamou, novamente, o cutucando, que resmungou - Pê.. - chamou novamente, e ele despertou, olhando aqueles olhos azuis marejados, abraçou-a, apertando, naqueles seus braços, em sinal de segurança, e proteção.

_ Hummm? - resmungou ele, e ela se aconchegou-se mais ainda em seus braços.

_ Vai ficar tudo bem não vai? - perguntou, com uma insegurança que nunca viu antes.

_ Vai sim meu amor, eu e você teremos nossa familia, e ninguém vai tirar isso da gente, okay? - ela aconcordou, e ele deu um beijo em sua cabeça - agora dorme.

Ela concordou, se aconchegando nele, não demorou muito os dois dormiram, nem perceberam quando suas famílias entraram no quarto, vendo aquela cena, linda, e emocionante na opinião deles. Gael até queria resmungar, mas perdeu a coragem ao ver o sorriso da filha, ele sabia, mas não admitia, mas aquele capiroto fazia bem a sua menininha.

***

Karina e Pedro foram acordados com a presença de uma figura feminina entrar no quarto, de cabelos longos e com uma roupa branca.

Se espreguiçaram e se sentaram na cama, a Moça logo se apresentou, como a Doutora Carla, a obstreta, a mesma que Marcos tinha falado, e Bianca dissera que era sua ginecologista.

Numa coisa ela tinha acertado, doutora Carla era mesmo um amor, tinha uma voz calma, serena, materna.

O casal conversou com a medica, tiravam dúvidas básicas, e falaram dos novos sintomas, Doutora Carla passou algumas vitaminas, um novo regime, e também descanso absoluto.

Finalmente tinha chegado o momento mais importante do dia, a primeira ultrassom. Karina deitou-se na maca, ergueu a blusa e abrindo os botões do jeans, a medica despejou o gel, fazendo a estremecer com o contato, pegou o aparelho, colocando na região onde encontrava-se o bebê, e começou o exame.

_ Muito bem, vamos começar com a melhor parte, ouvir o coraçãozinho, do bebê de vocês! - A medica sorriu, aumentando o volume do monitor, rapidamente um barulho encheu a sala, o coração do filho deles, ali estava ele, mostrando que existia, e que estava bem.

_Uau! - exclamou Pedro, com os olhos molhados de lagrimas, estava emocionado, era a primeira vez que ouvira o coraçãozinho do filho, ou filha, era uma coisa sem explicação, mas muito emocionante aquela sensação.

_ Nosso bebê, amor! - Falou Karina com a voz embargada, causa do choro, estava emocionada demais, era uma coisa impressionante oque estava sentindo.

_ Olha mamai e papai, eu já tenho orelha, narizinho, sou bem pequenininho, olha como eu sou lindo!! - Falou a medica com um sorriso, imitando a voz de um bebê, enquanto mostrava o bebê, no monitor.

Realmente, aquele dia tinha sido um dia e tanto, verem seu bebê ali por aquele monitor, e poder ouvir aquele som, que se tornou o preferido de ambos, era algo que nenhum deles trocariam, por nada, realmente, algo se confirmou, tinha alguém ali, um mine serzinho, mine esquentadinho(a), ou um mine manerzinho(a).

Um mine deles, um novo amor, pra completar a vida deles, um filho PERINA