Drawing My Destiny escrita por Tsuki Yoru


Capítulo 10
I Need You


Notas iniciais do capítulo

Eu amei escrever esse capítulo, espero que vocês gostem de lê-lo! E o próximo capitulo encerrara essa história! Uma boa leitura pra vocês!



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                                               KOU

Quem era aquela garota? Eu a conhecia? Meu coração estava palpitando tão forte como se fosse explodir, minha barriga formigava como nunca. Eu queria… não, eu necessitava conhecer aquela menina.

Havia tantos médicos ao meu redor, me faziam tantas perguntas ao mesmo tempo, “você consegue mover os pés? ”, “seus dedos estão dormentes? ”… mas minha cabeça não estava ali, olhei para a minha família que chorava, estava tão feliz por tê-los por perto, mas mesmo com todos ali, minha cabeça não conseguia parar de pensar nela.

Quando tudo se acalmou, os médicos me deixaram em paz e minha família me deixou descansar, uma enfermeira adentrou o quarto, se passava das duas da manhã, mas eu não conseguia dormir. Ela me deu um envelope pardo e sorriu. Eu ainda não tinha a visto por aqui antes.

— Uma garota mandou lhe entregar isso!
             -  Você não trabalha aqui. – eu havia pensado numa pergunta, mas saiu mais como uma afirmação. Ela sorriu com ternura e balançou a cabeça negativamente. Saiu pela porta, me levantei tonto e com a perna fraca, fui até o corredor e ela havia sumido deixando apenas uma pena branca. Aquilo me arrepiou.

Abri o envelope pardo, dentro havia o que parecia ser um manuscrito de um mangá e uma carta, li o manuscrito e vi os desenhos… Meus olhos se arregalaram quando vi que aquele personagem era eu e a garota que tentava salvar desesperadamente, o fantasma, era aquela garota de mais cedo.

         A história terminava com a garota se matando, minhas mãos tremeram, peguei o envelope da carta e corri os olhos rapidamente e então gelei.

“Eu fui aquela garota que se apaixonou por você mais nova, que te esqueceu e depois foi atormentada pelo seu fantasma e que agora terminara aonde tudo começou. A depressão que me assola não é culpa sua, ela não é bonita, mas é uma velha companheira, é como uma sombra no início, é tão pequena que não incomoda, mas conforme ela cresce ela se torna sufocante, pesada, áspera, indigerível. As pequenas coisas se tornam gigantescas, o básico se torna inviável e a vontade de continuar é mutilada por aquela sombra enorme que te persegue. Eu não sou forte o suficiente para afasta-la, não sou uma tempestade, sou apenas uma chuva passageira, como aquelas de verão, que causam estrago, mas que logo vão embora. E chegou a minha hora de ir, sei que não adiantará nada dizer, pois não estarei ai quando você ler isso, não estarei mais ai quando seu semblante mudar com essas palavras, mas…

                                                                  Eu te amo”

Eu não podia permitir aquilo, eu não podia simplesmente perde-la, comecei a caminhar com passos pesados, precisava detê-la. Minhas pernas que há tanto estavam paradas se mexiam cada vez mais rápidas, até que senti que podia correr, vi de relance a enfermeira daquela hora, sabia que o motivo de estar conseguindo correr era por causa dela e agradeci por isso. Sai do hospital com alguns médicos correndo atrás de mim, quando consegui sair daquele lugar não sabia pra onde ir, quando os seguranças e médicos já estavam quase me alcançando, um carro parou bruscamente ao meu lado. A porta se abriu e uma garoto loiro e de cara amarrada apenas gritou... “Sobe logo!”.

Ele acelerou e saiu cantando pneu, não dissemos uma palavra sequer, ele pisava tão fundo no acelerador que parecia que o velocímetro ia saltar do painel. Eu não sabia pra onde ele estava indo, sabia somente que ele parecia determinado. Olhei ao redor e vi o mesmo envelope com a letra arqueada da garota.

— Quero apenas que você a salve.

Apenas assenti me sentindo muito mais seguro.

Ele parou em frente a minha antiga escola, aquela escola… sai correndo do carro, Toumma havia me dado algumas roupas que estavam em seu carro, pois estava apenas com a camisola do hospital.

         Aquele lugar, eu conhecia, sai para o parque da frente. Eu sabia quem ela era, eu sabia o que havia acontecido, eu me lembrava de tudo, de Futaba, de Toumma, eu lembrava de tudo o que ela fez por mim.

Eu a vi, estava com a corrente em volta do pescoço, pronta para saltar da tora de madeira que havia improvisado como degrau para sua própria morte. Corri como nunca, a agarrei, seus olhos quase saltaram das orbes quando eu a abracei e arranquei tremendo a corrente de seu pescoço e a tomei nos braços.  

— Eu não posso te perder de novo, de novo não, por favor.

Então eu a beijei, em meio a lágrimas, minhas e dela, entre soluços de medo e alivio, em meio àquela tempestade de emoções eu me encolhi em seus braços.

"Me desculpa" era a unica coisa que conseguia dizer. 


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado, comentem o que acharam!



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