Lembranças - Dramione escrita por Licia


Capítulo 4
O martelo mágico


Notas iniciais do capítulo

Resolvi Postar mais cedo!!!!
Enfim pessoas estou meio na duvida se estão ou não gostando da história por isso comentem!!! Capítulo pequeno... Apreciem...



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Logo que Hermione entrara no pequeno pube que precedia o beco diagonal naquela manhã, estranhara não ter quase ninguém exceto pelo barman e dois homens sentados nos fundos. Não dando muita atenção a isso rumou para seu destino. O beco diagonal a deixara fascinada desde a primeira vez que colocara os pés nele, não só por ser tudo muito novo e mágico para ela, mas também porque havia uma alegria que inundava o local com todas aquelas famílias andando para lá e para cá, carregando as coisas mais inusitadas possíveis. Porém, quando entrara ali, embora o local estivesse menos cinzento e abandonado em comparação com quando estivera lá como Bellatrix, a alegria de antes ainda não se fazia presente. É claro que não seria diferente. Afinal a guerra terminara há talvez uns quatro ou cinco dias e demoraria um pouco para que tudo voltasse a sua normalidade de sempre. Somente torcia para que o boticário que ficava ao lado da loja de Madame Malking ainda estivesse intacto ali. Se não, perdera a viajem.

Havia ainda muitas lojas com tábuas nas janelas e com o aspecto abandonado, mas O boticário Ricky e família estava aberto para seu total alívio. Ela entrara depressa querendo fugir do frio que fazia lá fora, logo ouvira o habitual sino que estava presente em todas as lojas e anunciava a chegada dos fregueses. Quando viera ali pela primeira vez havia prateleiras com frascos das mais variadas cores com indicações de que porções eram e para que serviam, do lado direito da loja havia algumas bugigangas que a grifinória nunca parara para olhar com atenção, mas agora o aspecto era um tanto minguado, com uma ou outra coisa nas prateleiras. Porém, O Sr. Ricky que Hermione já vira uma ou duas vezes quando comprara algo lá, estava como vira da última vez, atrás de uma bancada extensa, onde de trás dela saia uma fumaça que provavelmente era de alguma poção que o senhor preparava. Ele olhara para a castanha assim que ela entrara na loja.

– Senhorita Granger, quanto tempo não?! – Ele era alto, tinha cabelos grisalhos, usava óculos retangulares e um avental verde expeço como se estivesse pronto para cozinhar algo e de fato ele cozia não alimentos, mas porções. Ela ficara encabulada dele se lembrar dela. Não frequentara a loja tanto assim.

– Sr. Ricky, é um prazer revê-lo. – Ela disse, sorridente, dando alguns passos para perto do homem.

– Sim, sim. O prazer é meu, senhorita! Em que posso ajuda-la?

– Preciso da poção sint auferentium, o senhor a teria por acaso?

– Temo que não Senhorita Granger, é uma poção muito complicada e poderosa demais e nos tempos sombrios em que nos encontrávamos não deixei nada muito nocivo aqui na loja quando a abandonei após o ministério cair e também quase não a faço, mas darei uma olhada. Fique a vontade! – O homem logo sumira por uma portinha atrás do balcão, provavelmente, para o fundo da loja. Hermione andara alguns passos pelas prateleiras até estar no local onde eram expostas as bugigangas que nunca prestara muita atenção. Com poucas coisas em exposição ou não, havia várias coisas interessantes ali, algumas ferramentas para o preparo de poções e outros objetos de uso doméstico. O que ela mais achara fascinante fora um utensílio de cabinho verde que se parecia muito com aqueles regadores automáticos de jardim que giravam a escrita ao lado dele dizia ser um espanta guinomos e também dava instruções de como ele funcionava. Mas o que realmente prendera a atenção da castanha fora algo que estava ao lado dele que era familiar demais para Hermione e a remetia a lembranças longínquas. Ela já o vira antes na mão de Draco Malfoy.

Hogwarts, 1996

Era noite, por volta de onze e meia e Hermione estava fazendo ronda pelo castelo a pedido da professora Mcgonagall, algo relacionado à Argus Filch estar doente. Ela estava cansada e com tanto sono que poderia sentar naquele corredor mesmo e dormir, mas se tinha uma coisa que lhe trazia horror era decepcionar Minerva e não cumprir seu dever direito. Podia ter burlado as regras muitas vezes com seus amigos, no entanto ela sempre as via como causas justas e não coisas banais como se agarrar em um armário de vassouras. Continuou andando pelo corredor que dava para a sala precisa, porém antes que pudesse virar a esquerda ouvira passos mansos e nada apressados, não era muito difícil ouvi-los no silêncio mórbido daquele castelo à noite. Apagou a luz da varinha rapidamente esperando que a pessoa se aproximasse e quando ouvira os passos mais perto de si falara alto.

– Lumus Maxima! - o feitiço iluminara todo o corredor e Hermione pode distinguir quem vinha em sua direção. Era Draco Malfoy que estava sozinho como quando devolvera seu colar e a olhava com as sobrancelhas levantadas em um sinal de surpresa sem, no entanto, tirar aquele ar de deboche que sempre o acompanhava.

– Ora, ora Granger há essa hora fora da cama, que feio! – ele dissera, chegando um pouco mais perto. Hermione viu que em uma de suas mãos estava uma espécie de martelo e na outra sua varinha, o garoto parecia cansado e com olheiras envoltas dos olhos.

– Sou monitora Malfoy e estou fazendo ronda, por isso vou tirar 50 pontos de sua casa por estar fora da cama depois do toque de recolher. – ele girara os olhos jogando no ar o que parecia ser um martelo e ao pega-lo de novo voltou seus olhos para ela.

– Tanto faz Granger! – Ele disse sem nenhuma expressão na voz a não ser a de indiferença e seguira seu caminho, deixando uma Hermione confusa para trás. Malfoy não era o tipo de garoto que aceitava algo assim facilmente prejudicando a sua preciosa casa, ainda mais vindo de alguém da origem da castanha. Esperava xingamentos, tentativas de azaração, mas não indiferença. Assim antes que o garoto sumisse de suas vistas e ela não aplicasse o castigo correto virou para a direção aonde ele ia, fazendo com que sua varinha iluminasse o caminho.

– Hey Malfoy, eu ainda não terminei! – ele não parou, fazendo Hermione o chamar de novo mais ríspida e com isso o loiro virou para si.

– O que é sangue-ruim... – embora o termo fosse ofensivo, Malfoy falara com tanto descaso e cansaço que não pareceu ser a intenção dele ofendê-la.

– Está de detenção, esteja na estufa de Herbologia amanha às seis da tarde. – O semblante de Malfoy saíra de debochado para aborrecido. Agora sim achou que ele fosse soltar os insultos de sempre ou tentar azará-la, entretanto somente jogou o martelo para o ar novamente e quando o pegou pareceu ter uma ideia brilhante olhando dela para o objeto em suas mãos retomando o habitual sorriso de deboche e escárnio.

– Não sei se você se lembra Granger, mas está me devendo um enorme favor, pela joia que te devolvi.- Hermione ficara estática na hora que ele falara isso, no entanto não ia deixar de cumprir seu dever de monitora cedendo uma chantagem daquele idiota. Por mais que ela estivesse em débito com ele, e isso não podia negar, faria qualquer outra coisa menos passar por cima de seus princípios.

– Não vou devolver os pontos da sua casa Malfoy e nem retirar sua detenção! Não sou esse tipo de pessoa... – Ele girara os olhos em deboche.

– Santa Granger grifinória! E quem disse em pontos e detenção! – Ela ficara surpresa com aquilo- Me diz Granger o que você sabe sobre armários sumidouros? –Ela estranhara aquele nome que lhe pareceu familiar de algum modo, porém não se lembrava de onde. Esquecendo aquilo deu os ombros para Malfoy dizendo que lera alguma coisa ou outra sobre, ele assentira dizendo que mais tarde a procuraria para saber um pouco mais. Hermione não tinha ideia de onde estava se metendo.

A castanha fora bruscamente tirada de sua lembrança quando ouvira o Sr.Ricky a chamando alto. Largara aquele martelo mágico onde achara e se virara para o Homem. Ele a olhava preocupado.

– Você está bem? Já estava a chamando faz um bom tempo! – Hermione assentira agradecendo pela preocupação dele.

– Bem senhorita Granger você está com sorte, havia uma última poção de sint auferentium em um estoque antigo. – Ela sorrira aliviada, ao menos as escritas vermelhas sairiam da parede de sua casa. Pagara rapidamente agradecendo pela atenção e aparatara direto na sua casa, querendo sair logo daquele local que lhe trouxera aquela lembrança. Sabia que fora boba e idiota por não desconfiar de Draco na época e por achar que ele não seria capaz do que fora. Mas como poderia? Em seu sexto ano achava a implicância de Harry era infundada e estava mais para perseguição de um rival de casa. Sempre fora o tipo de pessoa que achava que todo mundo tinha algo de bom. Fora inocente e enganada e com um sentimento de angustia enorme se apoderando dela sentou no sofá e chorou, deixando a raiva e o ódio pelo loiro serem o combustível par tal.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem!!



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