—Vamos, Weysmang! Acorde!

Não sei porque ainda pedem para me acordar. Perda de tempo, pois sempre estou acordada.

Minha manhã é assim: Me acordam, me lavam, me alimentam, me vestem, me, me, me.

Muito desconfortável, mas a vida é assim. É chato, mais tem que ser assim.

De manhã, a tarde e de noite, se esforçam.

É esse o ditado que queria falar, para essas estranhas, que estão sempre aqui, para me ajudar.

Ah, se eu pudesse me virar...

A vida é assim, não dá para mudar, tinha que pensar melhor antes...

Ah, se tivessem inventado a maquina do tempo...

Eu poderia, pedir para me congelarem, mas não existem tecnologia nenhuma, para poder se comunicar, sem se mexer... Existe? Estou meio desatualizada ultimamente...

—Vamos almoçar fora?

Adoro, na verdade, super-amo-adoro quando as estranhas me falam isso. Sempre gosto de ir para fora do hospital, é tãããããããão bom... Você não deve saber, mas eu não vou todo o mês para o shopping. Na verdade, não vou todo o mês para nenhum lugar.

Me botaram no carro. Naquela poltrona confortável, que dá vontade de dormir. Mas eu sou forte. Não durmo. Eu penso, penso na vida, na galáxia, no universo... No além.

O carro passou por uma escola, com muitos alunos. Crianças ingênuas e idiotas. Não sabem o que vão passar pela vida. Não sabem mesmo.

As meninas, podem ser estupradas, pedófilos podem prende-las, em qualquer lugar. Até na cortina. E assim, vão ter neném para cuidar a partir dos 10 anos.

Idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas,idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas,idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas,idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas,idiotas, idiotas, idiotas, idiotas, idiotas.