Once Upon a Zombie escrita por Nadin S Lynn


Capítulo 9
Didn't come from west


Notas iniciais do capítulo

Hey 0/
Cá estou com mais um capítulo do oauz nas quartas. rsrs
Este está mais curtinho em relação aos outros, mas com novidades 0/
Então.. Acho que é isto.. Boa leitura e espero que gostem ^^



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Fazia frio lá fora, a chuva fina que antes molhava o vidro da janela dava-se por encerrada. O sol mal havia se posto e já estará de pé. Sentada na beira da cama entrou numa espécie de transe, olhando para o nada. Segurou seu queixo e fitou sua colega de quarto dormindo profundamente. Passou a mão no rosto a longos suspiros. Levantou-se, caminhando até a cômoda antiga do outro lado do quarto, abaixou e começou revirar as gavetas. Na primeira achavam-se apenas camisolas, na seguinte conseguiu uma camisa social branca e uma calça jeans caramelo. Dirigiu-se ao guarda roupa ao lado e abriu sua porta espelhada, procurou dentre os cabides algo que fosse do seu agrado. Contentou-se apenas com um colete de couro marrom, e na prateleira em baixo um par de botas coturno. Recolheu tudo e partiu para o banheiro, cruzou o corredor e a sala percorrendo os cantos com seus olhos atentos.

Amarrou seus fios em um coque e tomou uma ducha quente. Vestiu-se e foi até a cozinha, comeu umas frutas e voltou para seu cômodo. Colocou seu cinto com coldre duplo e duas pistolas ao lado. Prendeu seu cabelo em um rabo de cavalo, e saiu pela porta dos fundos de fininho. O vento arrepiava todos os pelos da sua nuca amostra. Porém desde que viu o médico em um ato suspeito no celeiro, decidiu investigar. Queria acordar antes de todos, para tomar vantagem e vigiar todos seus passos. Caminhou até a fileira de árvores que dava entrada a floresta e aguardou Whale passar por ali, escondendo-se atrás dos arbustos. Agachou um pouco para observar, dispersa em seus pensamentos. Regina estava distraída demais para notar a pessoa movendo-se atrás de si, empurrando seus ombros ao gritar;

_Boo!

_Ah! – Não conseguiu evitar o susto ao ouvir a voz ao seu lado. Virou seu rosto rapidamente, levando a mão ao peito. _Filha da... – Soltou com a voz. _Você me assustou!

_Nossa, que estresse é esse? Pode nem brincar mais. – Regina deu um leve sorriso ao ver que Emma usava sua jaqueta vermelha. _O quê está fazendo? – A expressão de surpresa ainda encontrava-se no rosto de Emma, porém nada se comparava a confusão que estampava a face de Mills.

_Eu? Nada. – Rebateu. _Quem disse que estava fazendo alguma coisa aqui?

_Ninguém. – Enfatizou, aumentando o tom de voz. _Foi só uma pergunta.

_Shiu! Fala baixo. – Resmungou entre os dentes.

_Porque você ta sussurrando? – Indagou Emma franzindo a testa e com os olhos semicerrados, tentando compreender o que se passava. _Oh, ta espionando alguém? – Olhou de lado incrédula. _Cadê os binóculos?

_Não tem. – Deu ombros, desviando seus olhos para o chão. _Espere... O quê?

_Sinto lhe desapontar... – Comentou a loira entre risos. _Mas a hora da pegação é de noite. Bem ali. – Apontou seu dedo para a sacada. _Se bem que... Nunca achei que você fosse do tipo...

_Deixa de ser ridícula Swan! – Interrompeu. _É o Dr. Whale. – Deu uma pausa observando sua volta. _Ele é esquisito. – Sua voz assumiu um tom repentinamente sério.

_É mesmo? É por isto que está aqui? Por que... Ele é esquisito? – Perguntou, mesmo sabendo que a resposta não seria outra. Regina virou para encará-la e assentiu sem sombras de dúvidas. _Ok. Mas... Você notou assim... Por ele ser o Victor Frankenstein ou por ele ter tentado ressuscitar o irmão? – Questionou irônica, fingindo um tom de seriedade.

_Não tem graça! – Acompanhado da resposta, veio uma revirada de olhos. A morena cruzou os braços, já irritada e voltou a fitar-la. _Ta fazenda o que aqui? Fora bancar a palhaça. – Ela sorriu de forma debochada.

_Ah é? – Simulou seu melhor de indignação. – Essa palhaça procurou você para dar um bom dia e não a encontrou. A palhaça... – Enfatizou a palavra, fazendo cara de indignada. _Ficou preocupada e saiu a sua procura. – Também cruzou os braços tentando manter o nível, porém logo voltou a desmanchar o ato, respirando fundo. _E também porque o Dr. Whale me deu alta.

_Ah então foi por isso... - Deduziu Mills, mais pra si do que pra ela.

_Sim... – Assentiu.

_Por isso que ele não passou por aqui ainda... – Concluiu absorta em seus pensamentos.

_Você ta brincando né? – Indagou incrédula. _ Ta mais interessada nele do que em mim? .

_Deixa de ser ridícula. – Retrucou rindo, aparentando gostar da forma que reagiu.

_Ah, eu sou ridícula? – Tornou com seu drama. _Fui eu quem saiu de madrugada pra vigiar um médico com fama de maluco? – Arqueou uma das sobrancelhas, sua voz soando extremamente sarcástica _Mas eu sou a ridícula? – Fechou a boca para tentar manter uma expressão séria.

_Sim. É você. – Tornou a dar de ombros e se abaixou na moita, para continuar a observar.

_Ta bem... Sua maluca. – Retrucou. Emma se escorou em uma das árvores e voltou a analisar-la mais afastada, a expressão confusa em seu rosto mantinha-se intacta. Percorreu o verde da floresta com o azul de seus olhos. Batia o pé impaciente sem saber muito que dizer. Agachou-se devagar e pegou uma pequena pedra na terra. Mordeu seu lábio inferior e curvou sua boca em um sorriso travesso. Esperou Regina ficar totalmente concentrada, e jogou a pedra nos seus pés. Mills deu um pulo, espantando-se mais uma vez, virou para encarar-la com seus punhos cerrados.

_Já chega! Agora você vai ver. – Bufou, irritada. Deu pequenos passos para encurtar a distância que havia entre elas. Mirando Emma que recuava sem tirar os olhos dela, de costas tropeçou nas raízes do arvoredo, caindo em cima das folhas secas. _Mas olha só. – Sorriu vitoriosa com os braços na cintura. Poderia tirar aquilo como castigo, porém não era o suficiente. Aproveitou que os fios loiros estavam espalhados pela terra, e tomou vantagem jogando Swan que tentava se erguer de volta ao chão e subindo em cima dela. _Maluca por você.

Um pequeno sorriso se formou em seu rosto, embora ainda não possuísse coragem de abrir seus olhos azuis para encarar os negros. Regina chegou mais perto e delicadamente a beijou. Logo que terminou o beijo deu inicio a outro, só que dessa vez bem mais intenso e caloroso. Sentiu a mão de Emma em seus cabelos, ela havia soltados seus fios negros. Agarrou em seu pescoço e trouxe para mais perto de si. Na mesma hora, Swan se virou, ficando por cima, livrando-se da sua jaqueta e de sua camiseta, com seu sutiã preto de renda a amostra, retirou o laço que prendia seus fios loiros, balançando seus cabelos ao soltar de uma maneira extremamente sexy.

Regina deu um longo suspiro e acabou por repetir o mesmo, fechando seus olhos numa tentativa falha de buscar alguma tranqüilidade. Swan a deitou por completo sobre a grama, sentando-se em sua cintura, abriu o zíper do colete e desabotôo sua blusa, revelando a visão que Emma tanto sonhava; os seios fartos e cobertos por um sutiã vermelho, o qual destacava ainda mais em sua pele alva. Subiu as mãos parando nos seios e apertando de leve, beijando seu pescoço de forma torturante. As respirações de ambas estavam aceleradas, mas se mesclavam. O contato visual era forte, Swan puxou a cintura da morena contra dela, podendo sentir mais o calor de seu corpo.

Quando Regina ia abrir o sutiã de Emma escutaram um barulho vindo em direção a ela, rapidamente saiu de cima da loira e rastejou até ver entre brechas das folhas o médico adentrando na floresta com algumas varas e cordas.

_Eu... Sabia. – Disse arfante ainda de joelhos. _ A gente vai ter que continuar isso depois. – Fechou sua roupa ágil e assentiu a Swan que sorria frustrada, logo após terminar de vestir a jaqueta, a acompanhou pela trilha.

_Espere... Você vai também?

_Hey... Eu acredito em você. – Se aproximou de Regina que tinha um sorriso fofo que a fez derreter, segurou seu rosto e deu vários selinhos em seus lábios. _Se você diz que tem algo errado é porque tem.

Escoltaram o médico que aparentava conhecer bem a área. Após atravessar o riacho através da ponte de madeira, ambas se assustaram quando viram onde o homem estava se metendo. Um Pântano, Whale sentou a beira daquelas águas paradas. Juntou suas varas aos baldes que já continha por lá. Franziram o cenho confusas e se aproximaram mais um pouco.

_Você falou com ele? – Sussurrou Emma. _A respeito do celeiro.

_Sim. – Respondeu com o tom de voz igualado. _Ele disse que o celeiro encontrava-se em estado de calamidade e precisava ser trancado. Mas não me convenceu muito.

_A entrave que caiu na cabeça de Ruby não foi o suficiente? – Brincou a loira, contudo o que teve como resposta foi uma revirada de olhos. _Será que já dar pra gente voltar?

_Ta com medo Swan? – Um sorriso sugestivo se formou em seu rosto.

_Não. – Protestou. _É que... Eu preciso ir ao banheiro. – Regina voltou a encarar-la fazendo menção à vegetação em volta. _Ta sugerindo que eu faça no mato? – Indagou incrédula.

_Ninguém vai saber. – Rebateu.

_Eu vou saber. – Murmurou. Devido às planícies mal drenadas, Swan deu um passo em falso e escorreu pelo musgo. Deslizou a ribanceira do lago até suas botas se prenderam na lama. No momento em que Regina ia ajudar-la, o médico a viu e correu até lá.

_Emma. – Disse surpreso ao ver a moça de costas tentando desatolar do lodo.

_O-oi Dou... tor. – Gaguejou, deixando o nervosismo transparecer em sua voz. Fixando seus olhares em outro ponto fixo na floresta, viu Regina refugiando atrás das folhas dando sinal pra ela ir frente e não mencionar nada. _Como vai?

_Bem... Vejo que diferente de você. – Sorriu simpático. _Deixe-me ajudar-la com isto. Como foi que veio parar aqui?

_Um... Dos cavalos fugiu. Acabei parar aqui vindo à procura dele. – Enquanto Whale curvava-se para tentar desenterrar suas botas, Emma continuava com Regina em vista, esta que xingava a loira em mudo ao ouvir tal comparação. A morena fez sinal na retaguarda, insinuando que ia embora e encontraria Emma na volta. _Nem pense nisso... – Acabou falando alto demais.

_O que disse?

_Nem pensei nisso... O que aconteceria ao vir atrás dele. – Sorriu forçada. – O que esta fazendo?

_Não parece óbvio? – O médico demandou sisudo, o que fez a loira engolir em seco. _Estou pescando. – Ele arqueou as sobrancelhas, sorrindo.

_Crocodilos? – Rebateu. Uma risada fraca escapou por sua garganta e pode vê-lo gargalhar psicótico.

_Você é engraçada Emma. Deixe-me lhe perguntar uma coisa. Sabe qual a semelhança entre um pântano e um livro julgado pela capa?

_O... Gosto exótico? – Respondeu suando frio, sua respiração estava extremamente irregular.

_Não. – Sua expressão tornou-se mais séria e rígida, embora sua voz tentasse transmitir certa tranqüilidade. _Ambos podem ter surpreender. Pântanos têm uma rica diversidade submersa, nunca se sabe o que encontraremos por aqui. – Recolheu seus pertences e voltou a questionar-la. _Será que você podia me ajudar?

Emma assentiu, nunca iria esquecer aquilo e pelo visto começava a ter opiniões diversificadas sobre o doutor. Acompanhou no caminho que ele tomara, o ajudando com as novas tarefas. As quais tomaram quase o dia todo, parando apenas para comer os peixes fritos que Whale mesmo preparou. Pelos vestígios de terra, ainda pararam para recolher plantas, e Emma pôde ouvir a respeito de medicamentos feitos com ervas naturais. Regressaram á fazenda, a loira estava exausta quando encontrou os demais pelo rancho. Seguiu direto rumo ao banheiro, queria apenas se limpar e apagar entre os lençóis.

_Ei. – Chamou Belle pelo o médico que permanecia.

_Quem vai pro cantinho dos amassos hoje? – Indagou Ruby.

_Eu e o Will formos dia retrasado. – Argumentou Belle.

_Lugar de vigilância. – Enfatizou Dr. Whale.

_Ah é? – Uma mistura de sorriso malicioso com um olhar sugestivo tomou posse na face de Ruby. _Porque é que só vai casal pra lá? É um modo de se pegarem sem que ninguém veja.

_É onde se vigia. – Repreendeu o médico.

_Chame do que você quiser. – Ruby deu de ombros.

_Não diga isso. – Interrompeu Elsa. _Minha irmã foi ontem. – Comentou sem animação na voz.

_Ah, e você acha ela não aproveitou? – Rebateu entre risos.

_Prefiro não pensar nisso.

_Ta bom. – Resmungou. _Ruby você vai! E leve sua amiga junto. – Dr. Whale deu a conversa por encerrada e seguiu para a área da casa, entrou e cumprimentou Regina ao encontrá-la na entrada.

A morena sorriu sem jeito, e terminou de comer na cozinha. Observou conversarem animadamente sobre algo, enquanto ela encarava em silêncio. Alguns ainda circulavam por ali, embora a maioria já houvesse se recolhido. Ao adentrar no quarto de Emma foi recebida com um travesseirada.

_Sua trapaceira. – A acusou junto com a recepção.

_Está brava? – Sua voz soava extremante doce, o que era estranho, considerando o modo como foi recebida.

_O quê você acha? Murmurou, largada de bruços na cama.

_Olha... Eu acho que você... foi... Ótima. – Mills chegou de mansinho e se sentou na beira da cama, acariciando seus cabelos. _Até improvisou um pouco para que eu pudesse vasculhar o quarto dele. Estou até pensando em lhe compensar... – A malícia em sua voz era nítida.

_E o que vai fazer a respeito dos espectadores? – Indagou ainda encarando a parede branca do quarto.

_Elsa e Ruby vão ficar de Vigia... – Sua voz soou mais baixa que o pretendido. _E vou ficar aqui com você. – Sussurrou em seu ouvido. _Emma? – Chacoalhou seus ombros. _Emma! – Girou seu corpo e abriu um sorriso frustrado ao ver que ela dormia.

Dirigiu-se até as janelas, para fechar os vidros e depois ir se preparar para deitar. Quando estava com uma das mãos na fechadura, ouviu barulhos vindo de fora, tais sons se reservavam em machadadas e ruídos. Sem pensar duas vezes, pegou sua arma e saiu. Os estrépitos vinham do celeiro; Regina espantou-se por ver as portas entreabertas. Abriu devagar e deparou-se com um jato de fumaça em sua cara, tossiu e cerrou sua visão para ver melhor. Uma parte lateral estava totalmente em chamas, o fogo já se espalhava aos poucos pelo outro lado.

Ao se mover, tropeçou em um corpo de um homem derrubado logo na entrada. Seu rosto estava sangrando, um galo se formava em sua cabeça, deduziu que uma das tábuas havia caído sobre ele. Virou sua face barbada e o reconheceu.

_Robin?

Apesar do choque, achou que não podia ficar mais surpresa ao ouvir os gritos de socorro do outro lado. Correu seguindo os sons; ‘’Mas que merda’’! Soltou mirando os zumbis, alguns pegando fogo, contudo todos cambaleando em sua direção. Seguiu até a porta aberta da tenda onde ficavam os cavalos, a tenda ao lado estava bloqueada e era justamente de lá que vinha os gritos. Escalou pelos fardos de fenos que não queimavam ainda, e mirou em baixo.

_Hey você! – Berrou ao ver a mulher olhando para cima para encontrá-la. _Zelena?

Os fogos já chamavam a atenção em todos em volta do local. Elsa que estava levando uns lençóis para começar seu turno na sacada, também correu em direção a chamas.

_Regina! – Chamou ao ver a outra estática. _Desce daí... Antes que o incêndio se dê por completo.

_Não posso... Tenho que ajudar - lá. Chama alguém pra levar o Robin, ela está na entrada.

_Acho que dá pra puxar ele. Os mortos estão do outro lado, mas logo estarão por toda parte, pois Juntos com os aparecimentos destes dois, veio uma horda de zumbis. Mas e enquanto... Quem ela? – Questionou em meios as flamas, desviando-se de alguns pedaços de lenha que caíam do teto. _Ela vale sua vida?

_Ela é... A pessoa que lançou uma maldição que prejudicou todos nos por um tempo... Ela não descansou enquanto não tentou arruinar a minha felicidade, mas... Ela também é minha irmã. E eu não vou abandonar-la como nossa mãe fez.


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Notas finais do capítulo

Então? Já sabemos que a maldição não veio do Oeste. haha
Será que Regina vai conseguir salvar a sua meia-irmã ?
Próximo capítulo vamos saber como Zelena e Robin vinheram parar no celeiro, mais preciso, na fazenda.
Então... me passaram uma lista de morte nos comentários. Eu particularmente, adorei. 0/
Façam suas apostas de quem irá morrer agora ou mais frente... rsrs
Lembrando que em um mundo apocalíptico, boas intenções nos deixam fracos, apenas boas intenções não são o suficiente para salvar.
Então...? Gostaram? Não? Me deixem saber por favor... até a próxima ^^



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