Once Upon a Zombie escrita por Nadin S Lynn


Capítulo 20
Photography


Notas iniciais do capítulo

Heey 0/
Dessa vez a culpa foi do site que entrou em manutenção, vinha aqui todos esses dias para postar o capítulo e ainda não terminava u-u rsrs.
Enfim, cá estar ele.
Boa leitura e espero que gostem ^_^



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(Flashback starting)

_ Encontrei uma coisa.

Sentiu que não estava mais só. A questão era que ele não havia trazido ninguém ao seu navio noite passada.

_Uou, uou companheiro. – Enunciou assustado, franzindo a testa numa expressão confusa. Fez sinal para impedir que o garoto se aproximasse, contudo as mãos foram levadas a cabeça, indicando a pior ressaca de todas. _O quê... – Seus olhos arregalaram-se de repente, o garoto não estava sozinho e possuía uma arma, provavelmente tinha achado por ali, próximo o bastante se mantinha um morto-vivo, coisa que o homem ainda processava. _O que pensa que está fazendo? Sabe o que são essas coisas? – Perguntou.

_Ás vezes eu não entendo, mas estou tentando senhor. – Respondeu o garoto, seus olhos eram de um azul profundo com alguns pingos verdes, cabelos loiros, uma versão mirim de uma pessoa que o homem logo passara a recordar.

_Afasta-se dele. – Alarmou, já tinha visto muitos tipos de criaturas, mas aquela coisa o surpreendeu. Levantou-se e percorreu em volta, estava atrás de uma cabana, por pouco não acordou nos arames cercados. Aproximou-se do garoto que aparentava brincar de algo com o zumbi, deu curtos passos, tentando pegar sua arma. _Não acho que ele esteja para brincadeiras, temos que fazer algo. – o garoto apontou a arma, mas não conseguiu puxar o gatilho. Logo mesmo teve que fazer isso.

_Matar pessoas é errado. – Protestou.

_Ele queria te matar. – Rebateu. _Você podia ter morrido. – Inspirou fundo, e soltou o ar. Fitou o lugar, e logo supôs o que estava acontecendo. _Acho melhor procurarmos pelos outros. – o homem conduziu sua mão até o braço do garoto, e o guiou pelos trilhos da floresta. Mais a frente, avistou uma mulher deitada, frente à cabana, de costas, única coisa que notou foi suas vestes inusitadas e seus fios loiros espalhados pelo assoalho de madeira.

_Emma? – chamou. _É você?

_Não Hook. – Respondeu com desdém, virando-se por fim para encará-lo. _Sinto muito desapontá-lo. Não me diga... Que nos? Arhg! – escondeu seu rosto, parecendo ligeiramente envergonhada. _De novo? Pra onde me levou dessa vez?

_Tinker! Eu estou tão surpreso quanto você. – Rebateu. _Eu simplesmente acordei aqui com este garoto e uma espécie de coisa.

_Que espécie de coisa? – Retrucou assustada. _E que garoto?

_Aquelas espécies de coisas. – Apontou para mais deles. _Ele... Você tem nome companheiro? O que faz por aqui?

_Não. Eu não sei. – Confessou perdido, fitando os dois a sua frente por breves instantes, atordoado.

_Hm. – murmurou pensativo. _Eu me chamo Killian Jones, a propósito sou o capitão Hook. – Disse orgulhoso, estendendo sua única mão. _E você pode se chamar... Nico Jones... Nico Jones Bell. – Completou. _Nicolas era um grande amigo...

_O quê? – Indagou incrédula. _Só pode ser brincadeira. – Hook sorriu ao notar sua expressão de total irritamento.

_Cuidaremos dele agora. Qual é Tinker? O garoto está sozinho, e temos que admitir, estamos na mesma situação. Podemos fazer isto. – Insistiu. Tinker revirou os olhos, sabendo que ele estava certo.

_Está bem. – Concordou, não podia deixar uma criança sozinha na floresta, tendo em mente que o mundo era assombrado agora.

_Nico fique ai. – disse Hook. _Não entre até sairmos, não importa o que escutar. – Estavam vasculhando o local.

_Se houver alguém ai dentro, não está se mexendo. – Rebateu Tinker, já tinham verificado todos os aposentos.

_Temos água o suficiente só precisar caçar um veado que estaremos bem. – Hook tornou a falar.

_Então vamos encontrar um. –Tinker forçou um pequeno sorriso, já havia anoitecido e então decidiram ficar por ali. _O que foi? – Perguntou ao notar o homem distante.

_Não estou acostumado a isso. – Limitou-se a responder.

_Acostumado a quê? – Perguntou Nico.

_Nós, em uma sala, uma casa. – Enfatizou, observando cada canto de um lar aconchegante.

_É, então relaxe.

_Eu sei que esse mundo é um lugar desorientador... – Tinker direcionou seu rosto apenas para constatar algo que já percebia no tom de malicia. _Você não está acostumada. Talvez uma bebida para te ajudar a se incomodar? – Perguntou arqueando uma sobrancelha, um sorriso sugestivo pairava em seu rosto.

_Nós dois sabemos que você quer mais que uma bebida, você me quer pra te ajudar a tirar a Emma da cabeça. – Cruzou seus braços, ainda relutando em ceder.

_Emma? Quem é Emma? Só tenho olhos pra você; - Retrucou. Seus lábios se curvavam num sorriso desafiador.

_Eu posso ter perdido as asas, mas não a dignidade. Isso nunca vai acontecer. – Manteve o tom de cochicho, para o garoto não notar nada.

_Tinker, Hook? – Interrompeu Nico. _Vamos ficar aqui?

_Nico, você devia descansar um pouco. – Respondeu Tinker.

_Ficaremos um ou dois dias, tem um poço cheio de água. E cercas são grandes, mas já é algo. Temos nozes, você gosta companheiro?

_Nozes, adoro nozes. Devíamos ficar.

**

_Nico, precisamos conversar. – Propôs Killian, sentando-se ao seu lado na varanda.

_Sobre o quê?

_Sobre você ser pequeno e doce e o que pode acabar te matando. Não pode mudar seu tamanho. Mas pode ficar durão.

_Não preciso ser durão, eu posso correr, sou bom nisso. – Rebateu.

_Não, correr não é o suficiente. – Argumentava Hook, de longe Tinker assistia a cena.

Nas primeiras semanas, ela acreditara ficar por conta de Nico, ele era ingênuo, com certeza precisaria deles, só que ao presenciar Hook tendo aquela conversa, estava tendo um pensamento controverso pelo dono de um estupidamente bonito par de olhos azuis. Gostava do homem, apesar de presenciar ele sonhando com Emma, podia ouvir toda noite. Havia se passado um tempo que ela não apareceu, talvez nunca mais a visse, nunca saberia, mas o que sabia é que ela não iria resistir mais, após algumas noites, eles seriam uma família.

_Tinker. – chamou. – Olha o que eu achei. – Suspendeu a câmera fotográfica, chamou o pequeno e juntaram para uma fotografia. _Agora, é oficial. – Sorriu. _Sei que já disse isso, mas Nico gosta daqui, podemos construir plantar mais comida, procurar um carro, para uma fulga por precaução. Talvez não precisarmos ir embora, estive pensando... Nico tem razão. Nós podermos ficar aqui, podermos morar aqui.

_Podemos. – Sorriu, dando-se por vencida.

_Não significa que não podemos ir um dia. – Concluiu, talvez não significasse, precisavam daquilo por um tempo, procurariam por expectativas com o passar do tempo. Contudo uma única novidade veio; Tinker estava grávida.

(Flashback finishing)

{**}

Quando você encontra uma pessoa em meio á um apocalipse zumbi, dependendo de como irá ser a situação daqui pra frente, você pode até suportar, quando na melhor das hipóteses o ódio vira amor, e começam a viver o que acharam ser impossível. Mas quando você termina e ainda permanece na mesma maldição, é uma droga, porque não pode fugir da pessoa, é uma agonia vê-la todos os dias.

_Como será daqui pra frente? – Essa era a pergunta que rodeava a sua cabeça, a cada minuto que se passava daquela noite, a cada minuto que estava longe dela, a cada passo que dava, distanciando-se mais, buscava ocupar sua mente procurando os outros.

Quando os primeiros raios solares tornaram se visíveis, já conseguia enxergar certo grupo de pessoas, Rumple escorava seu corpo em umas arvore, seu semblante era exaustivo, contudo seus olhos permaneciam fechados. Henry dormia abraçado a Merida e Roland a seu pai. E Zelena, bem, esta somente assistia o nascer de mais um dia, tinha como companhia seus pensamentos e contentava-se apenas em abraçar suas pernas. Observou por alguns instantes o cenário, o lugar era tão lindo, mas não foi o suficiente para fazê-la pegar no sono. Planejava soltar um confortando ‘’Hey’’, mas tudo que saiu foi;

_Pedra dos infernos! – E depois o murmúrio a dor, enunciando assim sua chegada. _Maldita seja. – Resmungou. O rosto de Zelena suavizou ao escutar os praguejo, Regina forçou um pequeno sorriso pelo modo o qual foi recebida, Zelena envolveu seu pescoço e ela não hesitou em corresponder o abraço. _Ponha pra fora, eu acho. – Brincou ao afagar suas costas.

Assim que se soltou Zelena, tratou logo de passar as mãos rapidamente pelo rosto, enxugando as lágrimas que escondia. Rolou os olhos enquanto encarava uma Regina visivelmente preocupada.

_Que vida miserável! – Protestou Rumple ao ver que nenhuma das duas iria se pronunciar. _Está vendo isso? – indicou os presentes. _É tudo que resta de nós.

_Não...

_Sim. – Rebateu. _Granny a virmos morrer... – Hesitou por breves segundos, e inspirou o ar puro. _O Robin... Tenho a sensação que ele acordará e nos comerá a qualquer momento. E a Belle... – Sussurrou mantendo os olhos no horizonte. _Não conseguir achá-la. Mas achei sangue, onde provavelmente ela teria ido com o pessoal... – O homem já chorava.

_O pessoal de Arendelle? – Perguntou Regina com os olhos cheios de lágrimas prontas para deslizar por sua face. Levou certo tempo para raciocinar que aquilo era um sim, não havia muito tempo, seu time havia acabado. _O meu pessoal... – outro murmurou escapou dos seus lábios, antes de curvar seu corpo e assentar nas rochas.

_Sinto muito, sei que eles eram especiais pra você. – tentou consolá-la. _Nada da Ruby. – Continuou, porém tudo que obteve como resposta como o barulho de choro e nariz sendo assoado. _Por favor, Regina não chora termos que manter a pose de durona. – Mas a mesma já estava livre para demonstrar a tristeza que estampara seu rosto, Zelena então fez menção de abraça-la, só que ela a impediu. _Agora é sua vez de falar algo... Quem está com você?

_August, Jefferson e Emma... A gente conseguiu fugir, não estão longe daqui. Posso levá-los até eles.

_Porque não os trouxe? E sério? – Perguntou descrente. _O Jefferson conseguiu sobreviver?

_Pois é, ser maluco tem suas vantagens... Eles estavam dormindo. E eu e a Emma... – começou a falar com uma voz baixa e também embargada. _Nós terminarmos.

_Como assim vocês terminaram? Terminou, tipo terminou mesmo?

_É... Acabou, do sentindo terminar, chegar ao fim. – rolou os olhos, e foi surpreendida pelas mãos frias a puxando para um abraço. _Precisarmos nos reunir e nos recompor, pensaremos em um plano, isto já foi longe demais. – Ainda estranho pra ela, mas, ainda sim a abraçou mais forte, encontrando conforto em seus braços.

_Como imagina que façamos isso? – Perguntou.

_O Jefferson, ele é nossa arma. – Disse por fim, antes de partirem pra reunir o grupo.

**

O barulho característico á uma câmera fotográfica foi ouvido, o ruído chamou atenção de Ruby que até então dormia. Levantou seus olhos na direção, confusa. Elsa parada a frente dava uma rápida olhada na foto.

_Hey! – Protestou. _Não acredito que fez isso. – Tentou pegar a foto, mas Elsa são deixou. _Me deixa ao ver ao menos.

_Ok. – Inclinou em sua direção, mas manteve certa distância no braço o qual suspendia o papel. _De longe, só eu posso admirar.

_Céus! – Lamentou-se a se ver dormindo na fotografia, relutou um pouco, mas acabou acompanhando o sorriso que pairava na loira. _O que você vai fazer com ela?

_É minha. – Guardou no bolso do seu jeans rasgado. _Você sempre vai estar comigo. – Ruby a encarou, demorando certo tempo para responder, nada disse, apenas capturou os lábios da loira. _Também achei isso. – murmurou ao cessar o beijo, mostrou a outra foto. _Encontrei pregado na geladeira. É o Hook.

_E a Tinker. – Completou.

_Você a conhece?

_Sim, nos já... Não... – Ela negou, a expressão maliciosa surgia. _Não importa. – Deu de ombros. _Tem um garoto também. Ele não é estranho.

_Também achei, enfim precisamos ir.

_Sim, vou pegar minha mochila.

_O que tem ai? Estou faminta. – Resmungou, prendendo seus cabelos num coque.

_Umas latas, e um walk talk. – disse surpresa.

_Acha que funciona? Seria bom avisarmos a eles, passarmos a noite fora. – Sugeriu.

_Podemos tentar. – Levantou, o chiado que invadiu o cômodo invadiu suas orelhas de forma abrupta.

_Quem estar ai? – ouviu a voz se eclodir.

_Zelena? – Franziu a cenho ao se deparar com sua voz. _Sou eu! Elsa.

_SUA VADIA CONGELADA! você está viva.

_Também estou feliz em vê-la... Quer dizer ouvi-la. – Corrigiu, não pôde evitar sorrir. _Zelena, eu e a Ruby já estamos voltando.

_Onde vocês estão?

_Em uma cabana... Pertos das linhas do trem. Fica próxima a rodovia greenvile. – Explicou.

_Fiquem onde estão nós vamos ai.

_Não precisamos, já estamos voltando para a prisão.

_Elsa... Não existe mais prisão.

**

_Quem era? – Perguntou Emma curiosa ao notar sua expressão de espanto.

_A Elsa e a Ruby. – Respondeu. _Não estão longe...

_Contou pra elas?

_Não deu tempo. – Disse, largou o aparelho e fechou o zíper da bolsa, a carregando nos ombros pelo trajeto.

_Quantos de nos vão ter que morrer para que façamos alguma coisa? – Perguntou Regina, suspirou em direção a mais uma trilha, afastando os galhos da frente. Logo Jefferson a acompanhou no percurso que fazia.

_Arrumarmos um problema ontem à noite, você sabe disso. – Rebateu, enquanto ainda caminhavam.

_Precisarmos de um plano enquanto há sol. – Ela sussurrou, apesar de todos já saberem da verdade.

_Pretende ir lá? – Não se referiu exatamente aonde as meninas se situavam.

_ Essas são as opções que nos foram dadas. – Interferiu Emma. _Faremos o que for preciso.

_Matar pessoas é errado em qualquer mundo. – Disse August, arqueou uma de suas sobrancelhas, completamente atento à conversa.

_E quanto às pessoas que tentaram matar você? – Perguntou de forma abrupta, cruzando seus braços de forma autoritária – August a encarou por certo tempo, até finalmente dar as costas e seguir em direção aos trilhos. _Pessoas entraram e mataram nossos amigos. – deixou um longo suspiro escapar, fechando seus olhos e tentando esquecer a dor por um momento.

_Me desculpe, mas...

_August! – Interrompeu Emma. _Cedo ou tarde terá que fazer. Então terá que mudar seu pensamento. Precisa mudar agora, as coisas não são como queremos. – Berrou não se importando do que iriam pensar.

_Não precisa se assim. – Rebateu Jefferson.

_Vocês estão vivendo no passado, os mais fortes sobrevivem, simples assim. – retrucou Zelena.

_Deixa me ver se entendi... – Pronunciou Henry. _O plano é encontrar a Ruby e a Elsa, e depois arrancar algo do Jefferson? Ficaremos aqui enquanto fazem isto?

_Conversar, certo? – Indagou Merida confusa.

_Conversem o quanto quiserem, pra mim já chega. – Protestou Rumple impaciente. _Eu vou com vocês e de lá partiremos para o ataque.

_Ok. – Concordou Emma. _ Zelena. Só por segurança, descubra o que é e o silencie.

_Com prazer. – Disse curvando seus lábios em um sorriso psicótico.

_ Espere, deixe-me ser clara. – Interrompeu. _Não o silencie. – Enfatizou. _Só garanta que ele fale. – Falou, segurando nas mãos de Regina, seu rosto esquentou assim que notou que ela a fitava com a mesma feição de antes, aparentemente força do hábito. Sorriria involuntariamente se não fosse trágico, desviou seu olhar por alguns instantes antes de respondê-lo.

_Swan... – falou tentando soar indiferente. _Eu vou com o Rumple e você vai com a Zelena.

_Não acho que eles se importem. – Retrucou, continuando a puxá-la.

_Não acho que devermos mais fazer isto juntas. – A angústia martelava em seu peito, porém seria melhor assim.

_Ah qual é Regina? – Seu tom era de decepção, suas íris a fitavam de forma intensa, tentando decifrar o que se passava em sua mente. _Nós... Amamos se livrar de errantes juntas. – Sussurrou logo seus olhos começaram a marejar.

_Sei o que está fazendo Emma. – Disse baixo e triste, contudo Emma sorriu fraco, por ser chamada assim pela última vez. _ Não pode fazer isso, nós terminarmos. E acho que não devermos sair só, juntas, só nos duas. Porque sempre que fazermos isso fica difícil. – De seus olhos caíam lágrimas apressadas, fazia questão de enxuga-las o mais rápido possível, sempre inspirando fundo para se manter firme.

_Já é ruim não podermos estar juntas, mas a ideia de não sermos mais amigas é... – Ponderou, doía cogitar a ideia, mas doía mais ver que Regina não tinha coragem de olhar em sua face._ É demais pra suportar. Eu preciso de você na minha vida, você é muito importante pra mim. – Concluiu sua voz não passara de um mero sussurro.

_Eu gostaria de dizer que é possível, só não sei se é agora. – Disse por fim, antes de disparar em outro caminho.

_Ok. Avisem se precisarem de mais uma coisa. Ficaremos com o walk talk. – Proferiu Roland, Zelena assentiu.

_Eu deveria ir com você. – Sugeriu Robin.

_Você não tem condições. Mal consegue caminhar. Você fica aqui com Roland, Henry e a Merida. – Disse por fim.

**

_Contou pra eles, sobre a fotografia? – Perguntou, Elsa negou. _O que acha que... – Não pode terminar a frase, começaram a escutar vozes e passos.

_Pegaremos um, nem é a temporada dos cervos. – O trinco da porta começou a fazer movimentos, e as mesmas ficaram imóveis na sala, os aguardando silenciosamente.

_Trouxermos bastante comida, acho que vamos precisar limpar o quarto dele. – Disse ao abrir a porta e se deparar a aparição repentina. _Nico abaixe a arma! – Pediu, o garoto já se encontrava em ponte de ataque, diferente deles, não as reconhecia..

_Ruby!Enunciou e correu para abraçá-la.

_Hey! – Disse sem jeito, sendo enlaçada pelos braços de Tinker em sua cintura.

_Que reencontro! Tenho a sensação que deveríamos nos beijar. – Brincou ao sussurrar no ouvido dela, piscou, transparecendo nitidamente que tinham uma história. – Ruby sorriu sem jeito, Elsa a fitava com uma expressão rígida, aquilo não lhe agradou em nada.

_Às vezes tenho a sensação que deveria congelar todos os reinos, mas penso, é melhor não. – Enfatizou as últimas palavras, insinuando muito bem o que quisera dizer. Entrelaçou sua mão na de Ruby e a fez se afastar.

_Ok. – Interrompeu Hook, limpou a garganta abrindo um sorriso. _Pelo visto não formos os únicos que esta maldição uniu.

_Achei que ela não podia nos surpreender mais. – Comentou Ruby surpresa. _Tinker, você está grávida. E Meu Deus, quem é ele? Saiu ai de dentro também? – Brincou.

_É o Nico. – Respondeu Hook. _Encontrarmos ele. E esta aqui... – se aproximou da mulher, e depositou um beijo em sua bochecha, acariciando sua barriga. _É a Mica. Sim, não vou mais discutir isso, é uma menina. – Disse convicto.

_Ok. – Deu de ombros, era muita informação pra processar. _Céus. – enunciou fitando o garoto. _Você parece...

_É... – interrompeu Hook, imaginando que Tinker que não gostaria daquele comentário. _Então, sentem-se... Não estou acostumando com visitas, mas... – Gesticulou, indicando os assentos livres. _A casa é simples, mas muito aconchegante.

_Então acho bom você começar... – Disse Ruby. _Estão vindos pra cá. – Hook franziu o cenho não entendendo muito bem o que falara. _Nosso grupo.. Isso inclui Regina, Gold, Robin e...

_Emma?

_Apenas espere. – Sussurrou, mantendo o tom de suspense.

**

_Isso vale a pena? – Perguntou. Fechou momentaneamente suas pálpebras, despertando-se de seus pensamentos exaustivos.

_Diga-me você, você que vai morrer. – Regina revirou os olhos, pela indelicadeza do homem.

_Essas coisas são ruins Rumple... É horrível, assustador e muda você.

_É como conseguimos chegar aqui. – Retrucou mantendo o tom firme. _É o custo de amadurecer agora.

_Não quero voltar a ser má, não quero machucar ninguém, mas... – Suspirou pesadamente, ponderou procurando pensar em algo, mas nada saiu.

_É o preço de ser mal. Às vezes precisa ser.

_Eu deveria ter percebido. – Lamentou-se.

_ Ei. – chamou sua atenção. _Jamais se envergonhe de quem você é Regina, fez o certo com a Emma, fez o certo para todos. E o fará o certo no que decidir.

**

_Tom Sawyer tem um final feliz? Nunca terminarmos de lê-lo. – Perguntou Liz, saltando pelo que costumava ser uma estação de trem, já tinha se acostumado a lerem para ela antes de dormir, porém tiveram que deixar o último lugar que se acomodaram.

_Bem, Tom e o Huck dêtem índio Joe e seu parceiro e acabam com todo o ouro. – Respondeu sorrindo para a garotinha.

_Então acabam ricos? – Tornou a questioná-la curiosa.

_Sim. E a viúva Douglas adota Huk.

_Como você me adotou?

_Sim, fiz como a viúva Douglas.

_E eu sou Huck Finn. – Disse orgulhosa, surpreendendo a mulher com sua próxima pergunta. _Você já teve um final feliz?

_Não, quase tive. – Sussurrou, desviando o olhar para o chão. _Eu a perdi.

_Você sente falta dela? – Indagou, tentando fazê-la se sentir melhor.

_Todos os dias. – sorriu triste.

_Você vai sentir falta de mim? – Perguntou receosa.

_Não vou precisar. – Exprimiu, notando o sorriso alegre que se formou em sua face. _Vejo arvores e vejo doninhas. – enunciou correndo, voltando a brincar com a garota pela floresta.

_Vejo fogo em algum lugar. Está sentindo esse cheiro?

_Não se preocupe querida, não deve ser perto daqui. É melhor pararmos aqui, precisarmos procurar água. – Disse enquanto conduzia Lizzie pelas pedras do riacho.

**

_Zelena, pode me ajudar aqui? – Perguntou Emma.

_Não sei, você sabe que o Rumple entende mais de mapas do que eu. – Respondeu, parecendo ligeiramente perdida. Contudo acompanhou a mulher pela descida.

_Chamei você porque queria conversar. – Zelena rolou os olhos, querendo fugir, mas como não tinha como apenas permaneceu em silêncio, o que Emma entendera como ‘’sim, pode desabafar’’._ A única que nos resta é o trabalho em equipe e nem isso ela quer mais? – Confessou. _O que isso significa?

_Acho que você sabe que... – Disse, contudo não pôde terminar sua frase.

_Seu apoio silencioso significa muito pra mim. – Resmungou, tentando soar séria. _Zelena? – Voltou a chamá-la, porém a mesma estava muito distraída. E lá estava ela, seu pernas estavam bambas ao avistar a garota que despedaçou seu coração Glinda, o que ela estava fazendo ali? Levou tanto tempo para se sentir bem com o Robin, e agora ela estava de volta, depois que aprendeu a viver meio viva. Contudo sua atenção voltou-se especialmente a pequena ruiva que estava com ela, pulava as pedrinhas do rio com tamanha inocência, era esperta e não ia pras menores que deslizaria. Pela primeira vez na maldição, Zelena de fato sorriu, com o brilho de volta aos olhos.

**

_Escutou isto? – Indagou enquanto lavava alguns tecidos a margens do rio, alguém se debatia na água e gritava por socorro._Deixa comigo. – pulou para salvar os corpos. _Não posso ser mais o que eu era, mas ainda sou boa nadadora. – Conseguiu trazer os corpos até a superfície e as retirou do rio.

_Elas ainda estão respirando. – Começaram a fazer respiração boca-a-boca, seguido de massagem cardíaca para reanimá-las. Não demorou muito para tossirem e cuspirem água.

_É a Belle. – Deduziu uma das mulheres. _E essa também não me é estranha.

_Acho que esta correnteza nos trouxe mais que duas sobreviventes, nós trará problemas. – cochichou em seu ouvido.

_Você acha que eu não sei mãe? Precisamos levá-las para o governador.


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Notas finais do capítulo

Quem serão estes novos sobreviventes? Mysteries, mysteries everywhere...
Então, Glinda? Sei que não imaginavam que era ela e sim a Ingrid, mas quando fiz o planejamento eu queria outra pessoa pra se relacionar com Zelena e não pensei em outra personagem. E estes fatos e acontecimentos serão para descobrirem sobre a maldição e como quebrar-la. Bem, teremos reencontros nos próximos capítulos. E assim como TWD teremos um governador, ruim ou pior? Façam suas apostas rsrs
Espero que continuem acompanhando e me deixem saber por favor 0/ Beijos e até a próxima ^-^