Once Upon a Zombie escrita por Nadin S Lynn


Capítulo 1
New/ Real Word


Notas iniciais do capítulo

Então... Minha segunda fic... Yey, voltei até rápido. Eu já estava com esta ideia na cabeça, então decidi coloca-la em prática. Minhas duas séries favoritas estão em hiatus, então porque não juntar as duas e criar uma aventura durante esse período? Enfim, Boa leitura e espero que gostem tanto quanto gostei de escrever-lá.



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E de súbito seus mirantes azuis abriram, com a respiração sendo mantida por tubos; Emma Swan fixava seus olhos vidrados em um teto quadriculado e úmido. Vestia apenas um traje de sanatório e permanecia deitada em uma cama de hospital. Acordou como um pesado, ninguém ao seu lado. Tossiu um pouco após percorrer o local com seus olhos, havia várias maquinas a mantendo viva, ao passar as mãos sobre seu corpo sentiu sua cintura enfaixada. O quarto estava vazio e silencioso, nenhum sinal de vida.

– Olá, tem alguém ai? – Gritou.

Os lírios rosa descansavam em cima da cômoda de marfim ao lado, flores murchas, a maioria de suas pétalas encontrava-se espalhada pelo chão. O que significaria aquilo? Quanto tempo estava ali? Pensou. Seu pulso direito estava perfurado com curativos ainda de um soro acabado. O relógio havia parado há exatos oito horas e quinze minutos. Curvou seu corpo e retirou o manto branco que a aquecia, na tentativa de se manter em pé acabou caindo no chão, levando os fios consigo.

– Enfermeira, socorro! – Sussurrou com toda sua força.

Abriu a porta ainda cambaleando ao caminhar, sua respiração estava ofegante. Olhou-se no espelho do banheiro que agora estava; sua aparência enfraquecida. Seus cabelos loiros estavam escorridos, estava ainda mais pálida, com certeza havia perdido muito sangue. Bebeu água com toda voracidade de uma das torneiras da pia. Agora sim, a porta da saída do quarto, deparou-se com uma maca que a trancava, a retirou do caminho e voltou a andar pelo hospital abandonado. Diante de luzes fracas, foi tendo uma vista assustadora, no chão papeis por todo lado, piso molhado. Avistou um telefone, porém sem sucesso, mudo.

– Merda! – Suspirou pesadamente.

Foi revirando cada objeto da mesa de recepção, canetas, clipes, prontuários, e tudo mais; Seguiu para a porta dupla de alumínio que indicava a saída, aproximando-se passando pelo um corredor com uma espécie de corpo estirado sobre o soalho, uma mulher que já estava em estado de decomposição. Franziu o cenho. ‘’O que era aquilo’’? Assustada e a passos mais ágeis, chegou a outro corredor, quase apagado ainda pior.

Este marcado por balas nas paredes e sangue pelo piso passava a imagem de um hospital esquecido e invadido por algo. A rede elétrica caia sobre o teto, teria que tomar cuidado para não levar um choque, pois seus pés estavam descalços. A porta que podia lhe libertar dali estava escrita ‘’Não abra mortos aqui dentro’’. O cadeado mexia-se indicando algo o pressionando para frente, as correntes de aço pareciam ser romper a qualquer minuto com todo aquele esforço. Batidas e mais batidas. Do espaçamento que conseguiu uma mão foi ultrapassando, acompanhada de várias e mais outras. ‘’Merda’’.

Correu segurando-se em paredes. Disparou até o elevador, apertou seus botões apressadamente, estava quebrado. Uma placa vermelha indicava a Saída de emergência, Emma não pensou duas vezes em adentrar nesta sala.

Swan guiou-se pelo fósforo que acendeu logo após achá-lo pertos dos extintores. A cada passo dado era uma tentativa de quase queda, deduziu que estava em uma escada, procurou o corrimão. Riscou mais um fósforo e enfim leu o nome ‘’Saída’’. Puxou aquele portão que a levou para a luz do dia, desceu mais uma escada do subsolo até chegar à terra firme.

Encontrou diante de seus pés, corpos e mais corpos cobertos por um lençol branco. Caminhando vagarosamente entre eles, tentava controlar sua respiração acelerada diante de tudo aquilo. Cadáveres que emitiam sons depois de mortos, que diabos era aquilo? Pensou; Tateava no gramado ainda sem forças para se manter em pé.... Sobre a sombra de uma arvore desancava, mil pensamentos vinham a sua cabeça. Seria aquilo um pesadelo? Não caminhou muito só conseguiu afastar-se do hospital por um pequeno bosque, ate avistar uma rua deserta. Certamente não era Storybrooke, mas poderia haver alguém lá. Bateu na primeira casa da avenida.

_Ola, tem alguém ai? – Questionou novamente.

Sem sucesso, pos seu ouvido imprensado na porta com a esperança de ouvir algo. Nada! Por sorte a fechadura estava aberta. Adentrou no local nervosa com medo do que encontraria ali. Um sofá, um tapete de texturas triangulares e uma TV velha, uma sala normal exceto pelo morto-vivo que se fez presente na sua frente nos primeiros segundos de sua chegada. Emma assustou-se de uma forma que se tudo aquilo fosse um pesadelo, a mesma acordaria apavorada. Mas não era! Então teria que fazer algo, ou aquilo que parecia não se sucumbir ia matar-la. Agarrou uma espécie de porta casaco ou porta guarda chuva que estava ao lado do centro e lhe mirou mesmo no meio de sua testa, atravessando seu crânio e o desativando de alguma forma. Suspirou aliviada e subiu as escadas para chegar a um dos quartos, precisava de algo para vestir que não tivesse cheiro de morte. Invadiu um que possuía lindas texturas na parede, lustres e uma cama de casal coberta por sangue; Tentou não fixar seus olhos naquilo, procurou logo o closet ou qualquer guarda roupa. Encontrou apenas trajes casuais, então foi para o quarto ao lado na esperança de aquele casal ter uma filha, se não fosse pedir demais, priorizando sua idade. Comemorou diante aos caos, deparou-se com roupas do seu estilo. Vestiu uma regata azul esverdeada com uma amarela por baixo, uma calça skinny rasgada nos joelhos, amarrou seus cabelos em um rabo de cavalo e por fim calçou botas marrons de cano alto.

Desceu até a cozinha carregando uma mochila com utensílios que poderia precisar. Estava faminta, porém preferiu não comer nada, devido ao mofo e as teias de aranha do local, podia estar tudo estragado. Apenas pegou uma faca com bainha de couro e saiu a passos lentos, atenta a tudo. Na entrada da residência, uma picape vermelha triturava alguns cadáveres. Emma verificou se não tinha mais algum dentro e exerceu a prática que tinha antes em Nova York... A de fazer uma ligação direta em um carro. Exibiu um belo sorriso vitorioso ao consegui finalmente sair de dali. Queria apenas encontrar os seus pais, seus amigos, e também algo que lhe explicasse como veio parar ali. Diante de trilhos e casas desertas, abandonadas com mortos caminhando nas ruas, o que tudo indicava ser um apocalipse Zumbi. Seguiu direto procurando algo que imitisse sons que não fossem rosnados. E encontrou, passando por uma rua estreita que levava diretamente a uma floresta. Ouviu gritos de socorro, uma voz desesperada de uma mulher se fazia cada vez mais próxima ao descer do carro e segui-la pelo caminho de pinheiros. Estava com um revolver 38 encontrado no porta luvas do automóvel. Puxou o gatilho e atirou na cabeça do zumbi que ao cair deixou a amostra um rosto apavorado e coberto de sangue.

_Emma! – A moça falou quase como um murmúrio.

_Regina? – Uma lágrima escorreu pelo rosto de Swan ao encontrar finalmente um rosto conhecido, ou melhor, alguém vivo. A abraçou, a apertando como se a outra fosse sumir a qualquer momento. Percebeu que a morena nada falava, ainda estava em choque diante a situação e também meio constrangida pelo contato imediato. Então resolveu soltar-la e perguntar;

_O que esta acontecendo? Onde estão todos?

_Eu.... Não sei Swan. – Seus olhos negros estavam vidrados e perdidos. Apontou para si. _Eu apenas acordei aqui, vestida deste jeito. – Enfatizou suas ultimas palavras indicando a roupa totalmente distinta ao que costuma usar na sua cidade; uma camisa de mangas compridas bege, jeans escuro cowboy e botas coturno pretas.

_Hm. – Suspirou Emma pesadamente. A puxou pelo braço de leve a levando até o carro, não poderiam continuar paradas, precisava tirá-las dali. Zumbis não era seu gênero de fantasia favorito, contudo pelo pouco que sabia era que eram atraídos pelo som e com certeza aquele tiro seria ouvido. Regina deixou ser guiada pela loira. Voltaram para a picape, ao sentar-se trancou rapidamente o carro e subiu o vidro, retirou uma flanela do banco de trás e deu para que Regina limpasse seu rosto.

_O que era aquilo? – Perguntou a fitando de lado do banco enquanto Swan dava a partida. _O que são aquilo? – Apontou seu dedo para a janela indicando a horda de zumbis nos trilhos de trem em baixo da rodovia.

_Droga! – Bufou. – Eles são muitos! Agora temos que correr ainda mais para despistá-los.

_Eles quem Emma?

_Os Zumbis. É tipo um morto-vivo. Você pensa que eles estão mortos, mas não estão.

_Eu sei o que é um Zumbi. – Revirou os olhos e voltou a encará-la. - Em partes... Mas, como eles... Nos... Viemos parar aqui?

_Deve ser algum tipo novo de maldição. Digo, eu acordei em um hospital do nada, você próximo ao uma floresta. Se nós nos encontramos, os outros devem estar aqui também.

_Você acordou em um hospital.... Estava machucada? – Seu tom de voz pareceu apreensivo, pesando um pouco em preocupação. Ao ver que Emma mudou o semblante, tentando entender onde ela queria chegar. Mudou o assunto de mediato. _Temos que encontrá-los.

_É... Não consigo nem imaginar algo terrível acontecendo com Mary, David....

_Henry! – As duas falaram juntas com semblantes aflitivos só de supor que ele estaria ali diante de um caos enorme da raça humana.

Passaram um tempo se encarando, até Emma voltar sua atenção para a estrada, tarde demais... Pois um zumbi ficou diante do carro, Swan pisou no freio imediatamente.

_Não pode ser.... – Regina tirou o cinto rapidamente e saiu correndo ao ver de novo aqueles olhos azuis que agora estavam ainda mais intensos e distantes, seus cabelos castanhos estavam oleosos, sua pele marcada por sangue coalhado, porém sua face era reconhecível até daquela forma. Cambaleava ao se aproximar cada vez mais dela, emitindo sons estranhos que ela não estava acostumada a ouvir. _Daniel! – Sussurrou. Seus olhos marejados tentavam compreender aquele oceano de mistério a sua frente.

_Regina, Não! – Correu para acompanhar-la. _Ele não é o Daniel! – Gritou. A morena parecia não se importar com Swan chamando sua atenção e a alarmando do que estava para acontecer. Não teve alternativa, apontou a arma para ele e atirou, explodindo seu cérebro em mil pedaços.

_Daniel? – Berrou a morena se debulhando em lagrimas, abaixou-se ficando quase em cima do morto estirado no chão. _Você o matou Swan; – Virou-se pare encarar-la incrédula.

_Regina... – Aproximou-se tocando lhe o ombro, mas logo se desfazendo do ato após Regina tirar suas mãos dela com voracidade. _Ele não é o Daniel. Você pode não reconhecer várias coisas desse mundo, mas eu conheço. Achei que soubesse o que era um Zumbi.

_Eu sei o que é a droga de um zumbi! – Seu olhar mudou de angustiante para ódio depressa. _Você o matou. – Voltou a repetir

_Não! Se ele te mordesse.... Mataria você! – Enfatizou.

_Eu podia ter feito algo, alguma magia. – Mills alterava-se cada vez mais, despertando uma fúria que há tempos Emma não via.

_Como? Se não percebeu... A porcaria da mágica não funciona aqui! – Soou um pouco amarga, mas firme.

_Teria outros métodos... Talvez... Se eu desse... – Justificava-se apreensiva diante daquilo que planejava dizer.

_Um beijo do amor verdadeiro? – Deduziu Swan. _O máximo que aconteceria era ele ter estraçalhado sua cara inteira. – Disse de momentâneo.

Mills a encarou por breves minutos e pressionou suas mãos firmemente no peito de Emma em um empurrão rígido. _Qual é o seu problema? – E saiu andando ao oposto de onde estavam.

_Qual o meu problema? – Aumentou o seu tom de vez ao ver que a outra distanciava cada vez mais. _Vai me odiar por ter salvado sua vida? Majestade. – Sua ultima palavra saiu em um tom de deboche, Mills olhou para trás, bufou e lhe mostrou o dedo do meio.

Por mais que Emma quisesse fazer o mesmo, virar-se para uma direção inversa e ir embora, tinha algo que a impedia de fazer aquilo. Regina era impulsiva e imprudente, mas também era a mãe do seu filho, Henry nunca a perdoaria se deixasse algo acontecer com ela. Começou a segui-la pela floresta que a outra se adentrava. Swan se livrava de alguns zumbis pelo caminho, cravando sua faca no crânio dos demais. Tentava deixar o caminho livre para que a rainha não viesse a se machucar ou algo pior. Havia se passado quase trinta minutos desta perseguição, Emma estava exausta. Encontrou um riacho, um meio de recuperar suas forças, bebeu água usando apenas suas mãos, e banhou seu rosto.

_Tem água aqui se quiser. – Gritava na beira do rio para a morena que repousava em umas pedras do outro lado.

_Hm. – Murmurou apenas. Parecia a odiá-la mais a cada segundo que passava.

Swan alongou-se e comeu algumas frutas vermelhas que achou nos pés mais altos, ofereceu mais uma vez, porém era como se Regina tivesse criado uma bolha impenetrável ao seu redor. Mais um zumbi se aproximava das moças, mais precisamente da que parecia não se importar mais com isto. Eram muitos e Emma não conseguia mais dar conta, precisava sair dali. Já estava zonza, e errou o tiro, pegou no tronco, entre o tórax e o abdômen.

_Droga! – A arma parecia não destravar o gatilho, indicando uma possível falta de munição.

_Mas você atirou no ‘’peito’’ dele, deveria estar morto. – Disse Regina finalmente se distanciando dele e aproximando mais de Swan.

_Essas coisas não tem coração, são mortos que andam. – Distanciou seus olhos dos negros e concentrou-se em sua arma. _Tem que atirar no meio da cabeça. – Enfim, conseguiu fazer jus as suas palavras, realizando o ato. O zumbi cai sobre a terra e Regina crava seu olhar confuso nele. _Há mais deles chegando. – Mills escutava tudo aquilo sem reação, parada encostada em galhos reflexiva a poucos metros da loira;

_Olha.... – Inspirou lentamente e depois soltou o ar depressa. Ficando de frente para a morena, soltou algumas frutas e bagas ao seu lado. _Sinto muito que tenha o visto morrer diante dos seus olhos... De novo! Uma vez você me ensinou uma coisa de um universo totalmente diferente ao que eu estava acostumada. Magia! – Conseguiu a atenção da morena ao jogar sua faca para ela, que a pegou de imediato sem entender aquilo. _Hoje é minha vez de te ensinar a viver... No mundo real.


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Notas finais do capítulo

E então...? Gostaram? Não gostaram? A autora dá uns tapa no fumo? Podem me dizer suas opiniões por favor... Aceito, crítica, sugestões e tudo mais 0/ . Só preciso daquele velho questionamento chato se devo continuar ou n, pois bem... Até próxima ^^