Laços do Passado escrita por Amy Mills


Capítulo 4
Ele voltou


Notas iniciais do capítulo

Oi galera, desculpa a demora, vou tentar postar com mais frequência,quero agradecer as mensagens e os comentários deixados, tô adorando e fico feliz com a aceitação da fic.



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Na delegacia a conversa ainda continua.

David – A Regina e o Robin tem uma filha?

Emma- Exatamente pai.

David- Minha nossa, não sei o que choca mais, se é o fato de ela ter uma filha perdida por aí ou o que o comportamento do rei Leopold.

Emma- Eu diria que a situação toda é chocante. Pai, eu tive tanta raiva do meu avô que...

David- Calma Emma.

Emma- Calma?( se levanta e anda pela sala)...Eu vi tudo pai, ele abusou da Regina, ele estuprou ela, a Regina era uma jovem inocente, ele a machucou, a torturou, tinha que ver...Não...Não tinha que ver, por que foi uma das cenas mais horríveis que eu presenciei em toda a minha vida pai, ela estava lá na cama enrolada num lençol toda machucada, arranhada, humilhada, ele a ameaçava não gritar, então dá pra se imaginar quantas vezes ele repetiu isso?

David- Eu tô muito surpreso, só acredito por que você tá me contando!

Emma- Pai, ele a tratou como se ela fosse um objeto descartável (anda com raiva pela sala da delegacia) como se ela fosse um lixo! Meu avô estuprou a Regina! Ele ficava olhando pra ela como se... ( dá um soco na mesa)
David- Fica calma Emma!

Emma- Para de me pedir calma. Imagina a seguinte cena: A Snow White, virgem, pura como uma flor, ser arrastada pra dentro de um quarto e sendo estuprada por um canalha, perder a virgindade da forma mais brutal que possa existir e ficar com o corpo marcado e quando se olhar no espelho ter sempre a lembrança de todo aquele momento horrível e...

David- Chega Emma (se levanta e bate com as mãos fechadas na mesa)

Emma- Entendeu não é?

David- Eu entendi filha (fala mais baixo)

Emma- O que você teria feito pai? Se tivesse presenciado um covarde machucando uma mulher indefesa?

David- Ele não duraria dois segundos (fala entre os dentes)!

Emma- Então agora entende como a Regina se sentiu. Eu não tiro a razão dela o matar, mas a forma que ela fez foi errada, foi muito pouco pra ele, eu não teria poupado esforços em fazê-lo sofrer! Eu teria o torturado muito, durante muito tempo, pra ele sentir na pele tudo que ele fez. O sofrimento dele duraria muito pra que eu finalmente tirasse a sua vida(respira forte)

Os dois se calam por alguns segundos.

Emma- Ela sofreu muito pai! Eu vi a dor nos olhos da Regina, na maioria das vezes foi uma vítima e muita coisa teve haver com a nossa família! Nossas ações e julgamentos acarretaram inúmeros problemas pra família Mills. Primeiro a minha avó humilhou a Cora, despertando o desejo de vingança, depois ela contou pra o príncipe que estava prestes a se casar com a Cora, que ela estava grávida, fazendo o príncipe desistir de casar com ela.

David- Fazendo com que a Cora abandonasse a Zelena.

Emma- Depois, minha mãe, no esplendor da infância e da inocência, contou a Cora os planos de fuga da Regina com o Daniel, depois disso a coisa só desandou! A Cora matou o Daniel, obrigou a Regina casar com o rei Leopold, a fazendo passar momentos de pavor nas mãos dele... Então surge a vilã! Depois de tantas outras coisas, pra fechar com chave de ouro, a imbecil aqui ainda trouxe a esposa falecida do amor verdadeiro dela!

David- Você não pode se culpar por isso, você não sabia quem a Marian era. Bom, eu entendo tudo isso, mas o que está feito está feito Emma, não podemos mudar o passado minha filha.

Emma— Não podemos, mas precisamos reparar...Na verdade tentar reparar todo o sofrimento que causamos a ela.

David- E como faremos isso?

Emma- A primeira coisa a ser feita é conversar com ela.

David- Vai contar sobre a filha?

Emma- Ainda não! Não quero dar esperanças a ela sem saber se a filha está viva ou em que reino ela está! Já imaginou se eu despertar essa memória dela e depois ter que dizer que a filha dela, a bebezinha que foi tirada dos braços dela ainda suja de sangue, está perdida ou morta? Não, isso seria crueldade demais!

David- Tem toda razão! Como pretende encontrar essa menina? A única que poderia nos dar uma resposta concreta seria a Cora!

Emma- Vou fazer o que eu faço de melhor: investigar! De uma forma ou de outra , se a menina estiver viva, eu vou achá-la e devolvê-la pra mãe dela! Nem que seja a ultima coisa que eu faça.

David- Tenha muito cuidado!

Emma- Eu sempre tenho!

David- Tenho que te pedir um favor!

Emma- O que é?

David- A Snow não tem ideia de o quanto o rei Leopold era...

Emma- Desgraçado, safado, violento e psicopata?

David— Isso mesmo.

Emma-Não se preocupa pai, eu não vou desmanchar a imagem daquele safado.

David- Até nisso eu admiro a Regina, ela nunca nem mencionou o quanto o rei foi cruel.

Emma- Quanto mais o tempo passa mais eu percebo o quanto fomos injustos com a Regina e...( grita ao se ver no espelho)...O que...O que...Mas o que é isso agora? Meu cabelo agora tá verde?

David da uma risada!

David- E a pele roxa com bolinhas brancas!

Emma— Quando eu mudei de cor?(se olhando fixamente no espelho)

David- Quando estava gritando em defesa da Regina e deu um soco na mesa!

Emma- E por que não me disse?

David- Não quis quebrar o clima.

Dá uma gargalhada.

Emma- Podia ser pior?

David- Vou te dizer uma coisa, a Regina é muito criativa.

Emma- É sim! Muito criativa( passando as mãos no cabelo com a nova cor)

David- Parece que muda de cor quando você muda o seu humor!

Emma- Só pode tá brincando!

David começa a gargalhar sem limites e Emma se senta na cadeira fazendo bico!

Hook- Love?

Hook está parado na porta, observando a figura a sua frente, com uma sobrancelha levantada aparentando o espanto!

Emma- Hook?(se levanta da cadeira num só pulo)

Hook- O que aconteceu com você?(se aproxima dela com as sobrancelhas agora franzidas)

Emma o abraça.

Hook- Você tá parecendo uma berinjela cabeluda com catapora!

David ri mais alto que pode e Emma dá um soco no braço do pirata.

David- Seja carinhoso com ela, ela está muito sensível!

Hook- Eu vou tentar!

David- Eu vou fazer a ronda. Cuida bem dela Hook.

Hook- Deixa comigo.

David sai.

Hook- O que aconteceu com você? Em toda a minha vida de pirata eu nunca vi , em nenhum reino, um ser que tivesse essa aparência.

Emma- Foi a Regina.

Hook- Ela só fez isso com você? Esse é o seu castigo?

Emma- Eu sabia que você ia ficar feliz. Não se importa em namorar uma garota roxa?

Hook- Acredite Love, a sua cor é irrelevante! Sinceramente achei que a Regina ia arrancar seu coração!

Emma- Eu também achei! Ela se tornou uma rainha benevolente!

Ele dá um selinho nela, mas ela o impede de continuar as carícias.

Hook- O que houve?

Emma- Precisamos conversar!

Hook- Claro, sobre o quê?

Emma- Hook, eu preciso que seja sincero comigo e me conte tudo que aconteceu desde que você topou com a Cora!

Hook- Eu conto o que você quiser!

Os dois começam a conversar.

Na mata, num alojamento improvisado Robin chega e encontra Marian.

Marian- Nossa, eu já estava começando a me preocupar, onde você estava?

Robin- Fui dar umas voltas.

Marian- Umas voltas? Você nos abandonou aqui pra dar umas voltas?( cruza os braços)

Robin- Não começa Marian.

Marian- Tudo bem.

Robin tira o casaco e ela se aproxima, o abraça por trás e ele fica com o corpo tenso.

Marian- Estou com saudades de você.

Robin se desvencilha da esposa.

Marian- O que há Robin?

Robin- Não estou no clima!

Marian se aproxima dele, pega as suas mãos e cheira.

Marian- Esse cheiro...É o perfume dela não é?

Robin fica calado.

Marian- Admite Robin, admita que esse é o perfume da rainha!Você foi atrás dela não é?

Robin- Fui sim, eu precisava falar com ela.

Marian- Sobre o quê?

Robin- Ela merecia uma explicação Marian!
Marian- Explicação de quê? Você é meu marido!

Robin- Marido? Há poucas horas eu era viúvo!

Marian- Mas não é mais! Como teve coragem de se envolver com uma mulher sem escrúpulos como aquela?

Robin- Para de falar mal da Regina, ela mudou.

Marian- Ninguém muda assim Robin, provavelmente ela está fingindo pra nos atacar mais tarde.

Robin- Você está perdendo a noção das coisas, desde a maldição do Peter Pan, a única coisa que a Regina tem feito é nos salvar. Salvou o nosso filho na floresta encantada!

Marian- O quê?

Robin- Isso mesmo! Uma fera alada teria ferido o Roland se ela não tivesse o impedido.

Marian- Ela devia estar fingindo!

Robin- Qual é o seu problema?

Marian- Como assim?

Robin- Está agindo de forma descontrolada, o que há com você Marian? Acusando ela sem ter provas, você não é assim!

Marian- Se coloca no meu lugar e se imagina, voltando a vida e descobrir que a pessoa que você ama está envolvida com outra pessoa, sem contar que essa outra pessoa é a mesma que destruiu a vida de muitos.

Robin- Se tivesse acontecido comigo, primeiramente eu não teria lhe dito metade das palavras que você vem me dizendo desde ontem, essa noite foi um inferno Marian! Eu te compreenderia, por que eu saberia que a culpa não era sua, eu entenderia você querer seguir em frente, passei anos da minha vida sofrendo, me fazendo forte por causa do meu filho.

Marian se cala.

Robin- Aproveite a oportunidade que a vida está lhe dando.

Marian- Com certeza eu vou aproveitar!

Robin- Ótimo!

Maria- Mas ela não vai mais chegar perto do meu filho.

Robin- O quê?

Marian- Isso mesmo que você ouviu, perto do meu filho ela não chega mais Robin.

Robin- O Roland se apegou a Regina e ela é louca por ele, o menino é meu filho também e eles vão se encontrar quantas vezes eles quiserem.

Marian- Mas isso...

Robin- Eu não quero mais discutir com você Marian! A Regina agora é outra pessoa e eu confio completamente nela.

Marian- Por que defende tanto ela? Robin você foi enfeitiçado?

Robin- Eu não fui enfeitiçado. Para de falar bobagens!

Marian- Só pode ter sido por que...Eu não acredito( coloca as mãos na cabeça e anda de uma lado pra o outro)

Robin- No quê? Não acredita no quê?

Marian- Você a ama!(confirma desesperada)

Robin engole seco e não sabe negar.

Marian- Está apaixonado pela rainha má?

Robin- É Regina, o nome dela é Regina! (grita)

Marian- Tudo bem! Você está apaixonado pela Regina?

Robin- Você é a minha esposa e está de volta!(vai saindo quando ela o segura pelo braço)

Marian- Não foi isso que eu te perguntei! Responde a minha pergunta.

Robin- Já chega Marian! Eu não tenho que responder isso!
Marian- Não precisa, por que eu já sei a resposta!

Nesse momento Roland entra correndo e abraça a mãe, Robin aproveita e sai da barraca.

Anoitece

Regina vai dirigindo e conversando com Henry.

Henry- Gostou mesmo do dia?

Regina- Foi o dia mais perfeito Henry, só perde pra o dia que eu te conheci meu pequeno príncipe (segura a mão do filho).

Henry- O que faremos amanhã?

Regina Que tal um pouco de escola?

Henry- Ah mãe (franze as sobrancelhas e faz bico)

Regina- Não faça bico Henry, eu não posso deixa que perca aulas, hoje foi perfeito, mas preciso que continue a sua rotina.

Henry- Primeiro de tudo, como sabe que eu estou fazendo bico sem nem está olhando pra mim?

Regina- Eu sou sua mãe e conheço todas as características das suas birras.

Os dois se olham quando ela para num sinal e dão uma boa risada.

Henry- Tudo bem, mas no final de semana vamos fazer outro programa né?

Regina- Com certeza!

Henry- Foi um dia muito maneiro!

Regina- Foi mesmo!

Henry- Ainda tem pique pra assistir um filme?

Regina Tenho, mas antes um belo banho e comer alguma coisa decente, só comemos bobagens hoje.

Henry- Vamos comprar alguma coisa lá na vovó pra jantarmos?

Regina— Tudo bem!

Ela estaciona o carro na frente da lanchonete.

Eles entram, a lanchonete está um pouco vazia.

Eles se encostam ao balcão.

Ruby- Oi!( sorri pra os dois de forma sincera)

Henry- Uma pizza calabresa caprichada com bastante queijo.

Regina olha pra Henry de lado.

Henry- E uma salada!

Nesse mesmo momento Amy está na escada na pensão, quando ela vai descendo sente uma forte vibração no peito, tira o lenço do seu bolso e o aperta contra o peito respirando forte.

Quando Regina está se dirigindo a uma mesa ela coloca a mão no peito, se sente tonta e Granny a ampara.

Granny- Regina? O que está sentindo? (se preocupa com ela)

Henry- Mãe (se preocupa também e corre pra perto) O que aconteceu?

Regina- Não sei, foi uma sensação estranha, uma vibração no peito.

Granny- Senta um pouco.

Eles a sentam.

Granny- Ruby, pega um copo com água e açúcar.

Regina- Não precisa, eu estou bem!

Granny- Você está pálida!

Ruby chega com a agua e a rainha bebe.

Henry- Está se sentindo melhor?

Regina- Estou, foi só uma sensação (Ela respira fundo)

Granny— Que tipo de sensação?

Regina- Eu não sei explicar, nunca havia sentido antes isso, mas não se preocupem, eu já estou bem.

Henry- Tem certeza?

Regina— Tenho sim filho, eu estou bem!

Emma vem chegando com outra cor, algumas pessoas começam a rir, inclusive Henry!

Emma- O que aconteceu?(ignora as risadas)

Regina- Não é nada!(fala de forma ríspida)

Henry- Ela sentiu um mal estar, mas já passou!

Emma- Tem certeza?

Regina- Absoluta!

Silencio constrangedor por um tempo.

Granny- Bom, já que está melhor, vamos voltar ao trabalho Ruby.

Granny e Ruby se afastam.

Emma- Quando poderemos conversar?

Regina a olha torcendo os lábios.

Henry- Mãe (olhando pra Regina)

Emma- É importante Regina, por favor!

Regina— Amanhã!

Regina se levanta e se aproxima do balcão.

Henry- Você estava com o Hook?

Emma- Como sabe disso?

Henry tira uma foto de Emma com o celular e mostra.

Emma- Qual é? Rosa com coraçõezinhos?

Henry- O cabelo azul ficou ótimo!

No balcão Ruby serve um frappuccino pra Regina que está de pé perto do balcão.

Ruby- Sei que você gosta!( pisca o olho pra rainha)

Regina- Eu adoro( prova), tá uma delícia.

Ruby— Que bom!

Regina- Posso te perguntar uma coisa Ruby?

Ruby- É claro majestade!

Regina- Só Regina! Por que está me tratando tão bem?

Ruby a olha com ternura.

Regina- Quando eu desfiz a maldição do Pan e retornamos a floresta encantada você parecia ainda raivosa, mas pouco tempo depois, ainda lá, você passou a me tratar com respeito e eu diria até com...Com carinho!

Ruby- Por que lá mesmo eu percebi que aquela rainha má não existia mais! O seu sofrimento por ter perdido o Henry me fez enxergar isso!

Regina- Eu achei que morreria de tanta dor.

Ruby – Eu sei o que pretendia fazer no castelo.

Regina- O quê?(surpresa)

Ruby- Sei que criou pra você mesma uma maldição do sono.

Regina- Robin te contou.

Ruby- Contou, não foi só isso, eu vi você se afastar do grupo enquanto estávamos a caminho do castelo e decidi te seguir por precaução! Eu vi você tirar o seu próprio coração Regina! Eu vi você querer se livrar da dor que está te matando, eu via nos seus olhos o quanto você estava sofrendo.

Regina- Ele é tudo que eu mais amo nessa vida

Ruby- Eu sei disso. O Henry é a sua redenção Regina! Eu vi diante de mim uma rainha sofrendo e aquela não era uma dor pequena.

Regina ergue uma sobrancelha.

Ruby- Era o sofrimento de uma mãe!

Regina- Eu não vivo sem o meu filho e lá eu não tinha razão pra viver! Eu sei que ele estava protegido longe de mim, que estava sendo bem cuidado, mas eu sentia meu coração doer só de imaginar que não poderia mais vê-lo.

Ruby de repente fica estática como se estivesse em choque.

Após tomar mais um gole do Frappuccino Regina ergue a cabeça e vê a fisionomia da loba!

Regina- Ruby? O que foi?

Graham- Majestade?

Regina ouve aquela voz conhecida e engole seco, respirando forte ela se vira bem devagar e da de cara com aquele que ela viveu intensamente uma ardente paixão.

Nos segundos seguintes tudo acontece em câmera lenta.

Entre a reverência respeitosa de Graham, o copo de Frappuccino deslizando pelos dedos da morena, se espatifando no chão e o corpo da rainha desfalecendo nos braços do lobo caçador que agi rapidamente a impedindo de ir ao encontro do chão.

Graham- Reginaaa! Regina (com ela nos braços)

Ruby- Ela desmaiou!

Ao redor todos se espantam com a cena.

Henry- Mãe!(segura a mão da rainha)

Emma- Foi o susto garoto.

Robin se aproxima.

Ruby- O mais importante é: Como você está vivo?

Emma- Como você aparece pra ela desse jeito?

Graham- Eu achei que ela já sabia que eu estava de volta!

Granny— Parem já com isso! Não percebem que ela tá muito pálida?

Todos olham pra rainha.

Granny- Graham traga ela pra minha casa.

Ruby guia Graham com a morena nos braços e logo vão seguindo Granny, Henry e Emma.

Ruby abre a porta e faz um sinal pra Amy ,que sobe as escadas correndo.

Granny- Deita-a aqui.

Graham a coloca no sofá.

Granny- Regina( dá tapinhas leve no rosto da rainha que não reage) Acho que você não devia estar aqui quando ela acordar. Não vai ser bom!

Graham- Mas...

Emma— Vamos pra lanchonete Granny.

Emma e Graham saem e param no corredor.

Emma- Você tá doido? Como apareceu assim?

Graham- Eu não fazia ideia que ela iria reagir dessa forma.

Emma- Mas devia preparado ela, afinal de contas vocês tiveram uma história e ela acredita que matou você.

Graham- Eu sei, fui imprudente!

Emma- Além disso a Snow me contou tudo que aconteceu, você devia estar descansando.

Graham- Eu estou bem.

Os dois se olham por um momento se aproximam e se abraçam.

Emma- Senti sua falta Graham.

Graham- Eu também salvadora.

Desfazem o abraço e Graham olha pra o chão desconcertado.

Emma- Não se preocupe, eu sei que o seu coração pertence a Regina.

Graham- E pelo o que eu ouvi falar o seu pertencem a um certo pirata.

Os dois riem e vão seguindo pra lanchonete.

Graham- Posso te perguntar uma coisa?

Emma- Claro.

Graham- Por que você tá dessa cor?

Emma- Cala a boca e me paga uma bebida.

Os dois seguem pra lanchonete.

Na sala Granny esta sentada perto de Regina.

Henry- Será que ela está bem vovó?

Granny— Está, foi o susto, daqui a pouco ela acorda.

Ruby- Ela está pálida e com as mãos geladas.

Granny-Eu vou fazer um chá pra ela e você pega uma coberta no meu quarto.

Ruby assente e vai pegar uma coberta no quarto da vovó e Granny vai pra cozinha.

Amy que estava espiando toda a cena do topo da escada não deixa de admirar a beleza daquela morena.

Alguns minutos depois Regina desperta assustada.

Granny- Calma!

Regina— O que aconteceu?

Henry- Fica calma mãe.

Regina- Eu... Eu tive um pesadelo! Eu dormi?

Ruby, Granny e Henry se olham.

Regina- O que foi?

Granny- Você desmaiou Regina.

Regina- Eu não lembro de muita coisa eu...Ah meu Deus!( arregala os olhos e se levanta)

Henry— É verdade mãe, o Graham voltou!

Regina respira forte sem sabe como reagir.

Na lanchonete Emma e Graham estão conversando.

Emma- Ah meu amigo eu passei por muita coisa depois que você “morreu”!

Robin chega à lanchonete e chama a atenção de Emma e Graham.

Robin- Então é verdade? O caçador voltou?( se aproxima)

Graham- Voltei e dessa vez pra ficar.

Graham se levanta e fica frente a frente com Robin.

Emma— Vamos sentar pra conversar?

Graham— Não tenho nada pra conversar com ele.

Robin- Então concordamos em algo. Emma o que aconteceu com a Regina? Encontrei o Leroy e ele disse que ela tinha passado mal.

Emma- Não foi nada demais ela...

Graham— Não precisa dar explicações a ele Emma.

Robin- Eu quero saber da Regina por que me preocupo com ela.

Graham- Se preocupe com a sua esposa, você não deve se aproximar da Regina.

Robin- Não vou deixar de ver ou saber da Regina só por que você quer caçador.

Graham se aproxima mais de Robin e fala entre os dentes.

Graham- Se afaste dela, ladrão.

O clima fica tenso e o silencio se abate pela lanchonete, mas não por muito tempo.

Regina- Graham?

A voz de Regina sai um pouco fraca, mas foi pesada pra os corações do ladrão e do caçador.

Graham se vira e vê a sua amada com os olhos intensos e os cabelos maiores do que ele lembrava, ela estava ainda mais sofisticada e ainda mais linda.Ela vem em sua direção e ele a encontra no meio do caminho, a abraça e ela o abraça de volta, ele a ergue e a gira no ar.

Regina sorri e nem percebe que Robin estava ali.

Como num momento de dejavú. Robin presencia o momento do retorno de alguém do passado, mas agora ele está sentindo o que a morena sentiu nas ultimas horas: Uma angustia dilacerante no peito!


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