A lenda de Alice escrita por Felype Nascimento


Capítulo 16
Garota independente


Notas iniciais do capítulo

Yow, mais um capítulo para vocês



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Alice
Apareço em cima do muro mais famoso do mundo, a muralha da China, vou para uma das pontas para ver a paisagem privilegiada.
–Beijo para todas as inimigas- falo enquanto olho a altura desse muro.
–Nǐ zài zhèlǐ zuò shénme?
(Ei! O que está fazendo aí?)- um guarda fala em Chinês, para variar, acho que ele pensa que sou uma turista, será que ele fala minha língua?
–Ah, eu me perdi do grupo- ele resmunga.
–Aqui não é permitido o acesso de turistas- olha, ele fala minha língua.
–Por que?
–É perigoso, você pode cair...- ele fala fazendo umas pausas, sinto como se ele escondesse algo.
–Se for assim toda a muralha é perigosa...- reviro os olhos e saiu andando dali -Que guarda idiota...me expulsando da muralha- falo para mim mesma enquanto desco as escadas que achei em um lado da grande construção, as escadas acabavam em uma trilha que mais a frente daria em uma cidade.
–Será que se eu procurar por ai acho a tal Sami e o kanso? Simon.
–Sami e kanso?
–Você é ciente de meus sonhos..não é?
–A maioria, mas esses são realmente o nomes deles?
–Eu não lembro o certo mas é por aí.
Paramos de conversar, até porque eu ia parecer uma louca na cidade falando sozinha. Quando chego perto da entrada vejo uma placa, ela dizia:
Seja bem vindo(a)
–Que acolhedor...
Começo a adentrar na cidadezinha, enquanto caminhava vejo crianças brincando na rua, jogando bola, pulando corda, tica-tica, esconde-esconde.
–Isso me lembra a minha infância, mesmo não tendo muitos amigos os que eu tinha eram verdadeiros..
–O que aconteceram com eles.
–Bom, eu achei que a nossa amizade duraria para sempre, mas, tomamos caminhos diferentes, agora só me resta saudades.
Também vejo mulheres lavando roupa e estendendo as mesmas, pessoas dentro de restaurantes comendo: arroz, peixe cru(mesmo não sendo fã de sushi isso me dá fome), outras em carrinhos de comida de rua. Me aproximo de um desses carrinhos sedenta por comida.
–Então o que vai querer?- o cozinheiro me pergunta com um sorriso no rosto, pego o cardápio que estava a minha frente.
–Vamos ver:
Escorpião assado - 4,00
Gafanhoto cozido - 3,50
Salmão fresco - 3,00
Arroz branco - 2,00
Camarão - 4,00
Lula - 2,50
–Err...- engulo em seco -Estou em uma dieta de não comer insetos e lulas...- falo dando um sorriso falso e batendo na barriga.
–Mas o escorpião é uma aracnídeo! - ele abre um enorme sorriso no rosto e abrindo aqueles olhos apertados, da vontade de bater na cara dele.
–Eu fico com o arroz e salmão!- falo rapidamente, ele me entrega a comida, o pago e vou embora.
Sento em um banquinho de um parquinho de criança que estava vazio. Dou um "reconhecimento no perímetro" não avisto ninguém, então uso o poder da pedra do fogo que estava incrustada no meu bracelete para fritar/assar o salmão, de maneira que ele não ficasse tão cru nem queimado, bom, a parte de não ficar cru funcionou! Não posso dizer o mesmo do queimado...
–É melhor do que comer cru!- falo espremendo os olhos com o sabor terrível do salmão queimado, Simon ri na minha cabeça -O que foi? Por que ri seu maldito?- a risada dele me contagiou e começo a rir junto.
–É engraçado, você não gostava de sushi na outra vida...
–Sobre isso, como eu era antes de ser a Alice?- pergunto ja limpando a boca, pois, já tinha acabado minha refeição -Obrigada pela comida! - tento falar isso em chinês...podemos dizer que a missão não foi realizada com sucesso.
–Você não mudou muito, Alice, ainda é uma pessoa meiga, que se importa com os outros, as vezes durona - me levanto para jogar o resto da comida fora, sendo, a caixinha de arroz e os pauzinhos de comer, err...esqueci o nome certo...fica pauzinhos mesmo.
–Me diz, como você conseguiu os poderes dos deuses?
–Pensei que ja tivessem te contado.
–Bom, em parte sim, só me falaram que você arranjou o colar que contia grande pare do poder dos deuses e que você enlouqueceu e blá blá blá. Quero ouvir de você- me sento novamente no banco e fico olhando as nuvens.
–A guerra estava piorando, e como se a situação não podesse piorar...você estava doente. Eu soube que existia uma cigana que vendia artefatos poderosos capazes de realizar diversas coisas. Fui até lá para pegar algo que talvez te ajudasse, logo quando entrei na caverna onde ela morava a primeira coisa que vi foi o colar, os simbolos em espirais coloridas me chamaram a atenção, entro na sua cruta, há varios objetos: aneis, colares, vassouras, bússolas, bonecas, perucas. Enfim, muitas coisas inúteis, quando estava prestes a pegar o amuleto escutei a voz roca de uma mulher.
–O que deseja jovem? Este amuleto?
–Err...estou interessado em algo que ajude a minha irmã, ela está doente. Ele consegue curar-la? -a velha faz um olhar esperançoso e morde o lábio.
–Ele é capaz de fazer muitas coisas, porque não fica com ele? - percebo que ela segura um sorriso de realização, é como se ela estivesse feliz por se livrar dele.
–Quanto ele custa? É que eu não sou uma pessoa muito rica.
–Ah não, não precisa me pagar...-ela pega o colar e põe na minha mão -Fique, fique! Pode ficar com ele -ela fala empurrando o colar nas minhas mãos.
–Obrigado.
–Não, eu que agradeço- percebi o começo de um sorriso, apenas ignorei. -Você irá pagar o preço dele mais cedo ou mais tarde...- ela fala baixo, mas eu consigo escuta-la.
–Ela se referiu a maldição contida nele?
–Pode ser... Mas quando cheguei você melhorou então continuei a usar-lo... O resto você ja sabe.
–Eu sinto muito Simon...
–Não sinta, tudo que eu fiz foi por você.
Me levanto do banco e me espreguiço, olho em volta, vejo placas escritas na minha língua e sinceramente acho isso muito estranho, quer dizer, desde que cheguei aqui entendi tudo que me falaram e o que estava escrito.
–Okay! Agora em direção a Ao Kuang!- falo animada.
–Certo, mas... Onde fica?
–Você não sabe? Ahh que droga!- bato as mãos no meu rosto -Como fui burra! Eu não perguntei onde ficava.
Avisto uma vitrine de uma loja uns mapas, talvez eu possa comprar e me localizar aqui. Entro dentro da loja, era como um mercadinho de coisas escolares, vou em direção ao vendedor enquanto caminho até lá olho para os produtos: lapis, cadernos, mapas, cartolina, bússolas. "Uma bússola seria uma boa" Simon fala para mim em minha mente.
–Boa tarde, seja bem vinda a minha loja; loja do guang- ele fala enquanto exibia a loja com as mãos.
–Ah, oi, eu gostaria de comprar um mapa e uma bússola.
–Que bracele bonito, senhorita, onde conseguiu- ele tenta se aproximar de minhas mãos onde os braceletes se encontravam.
–Você escutou o que eu disse?- falo me afastando minhas mãos dele, que cara estranho.
–Claro- ele não tira os olhos do meu acessório/arma -Aqui estam: mapa e bússola- ele tira de debaixo do balcão que ele estava atrás e me entrega, ainda olhando para as pedras incrustas.
Pago as duas coisas e saiu da loja, desconfiada, vou andando por ai tentando ler o mapa.
–Que mapa inútil! Eu não to entendendo NADA! Onde eu estou!?
–Alice..- Simon ri -O mapa...ta de cabeça para baixo.
–... Ah- viro ele -Eu ja sabia, mas.. Isso não mudou muita coisa! Cade a bússola?- procuro ela no meu bolso esquerdo, nada, vou do direito, bingo -Okay, o sul é para frente.
–A seta vermelha é o norte...- sinto-me tão dependente e idiota nesse momento.
–Por que não colocam umas indicações aqui? Tá o norte é pra lá, mas isso não muda nada, eu não sei onde estamos- continuo andando e paro na frente de uma biblioteca -Vou perguntar informação aqui- olho para a porta e por ela vejo...o cara do meu sonho! -Olha! O kamisu!


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Notas finais do capítulo

Sei não, cada doido que tem na China.
E agora? O vai acontecer quando ela se encontrar o katsu?



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