A lenda de Alice escrita por Felype Nascimento


Capítulo 14
Tartaruga?


Notas iniciais do capítulo

Galeraaaa, desculpa as 2 semanas sem post mas é porque eu tava de castigo -.-' triste história.



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~(Alice)
Ela até que parece legal mas desde o ocorrido com Kelsey não confio tanto assim em alguém facilmente, ela tinha um ar de confiaça e senti um leve poder vindo dela, quer dizer, leve não, um grande poder mas não um que desse medo ou algo do tipo, era uma sensação de segurança, como se o amor de uma mãe me envolvesse por completa, me fazendo sentir confortável ao seu lado.
O chão começa a tremer, as garrafas da prateleira a nossa frente começam a cair e o barulho do quebrar dos vidros me tira de meus pensamentos, um enorme dragão brota do chão, formando uma enorme cratera no solo, com um rapaz montado nele, gritando e usando uma espada (como se fosse de brinquedo) com uma pedra azul incrustada no inicio da lâmina, a pedra em si se assemelhava bastante com a joia da floresta, só que essa era azul.
–Katsu! Sai daí!- Shanbi grita mas o garoto não faz nada, simplismente ignora ela, o dragão por outro lado abre a sua boca, naquele vazio vejo a silhueta de alguém, aos poucos ela caminha para frente, ainda não identifico quem é, quando vejo aqueles olhos vinho e capuz negro mato a curiosidade que me deixava inquieta, era o Chase.
Ele pula de dentro da boca do dragão em minha direção, tão rápido quanto o bote de uma cobra e eu era o sapo indefeso, ele usava uma luva com agulhas nas pontas dos dedos que possívelmente estariam envenenados.
–Aliceeee!... Minha bonequinha!- ele grita posicionando a mão para me atacar. Não tenho reação, fico paralizada com a adrenalina que corre em meu sangue, e tudo fica como em câmera lenta, deve ser aquele momento quando estamos prestes a morrer e meio que temos um tempo extra para pensar na nossa vida de como ela foi sem graça, mesmo tendo alguém prestes a me matar, ignoro e olho para o lado, vejo uma tartaruga com uma pata a menos no chão, "uma tartaruga?" penso comigo, antes ela não olhava para mim, mas depois ela virou a cabeça e começou a me encarar como se me quisesse morta. Incrível, sou odiada ao ponto de uma tartaruga querer me matar...
–Acorda!- ela grita, me assusto com o volume de sua voz.
Sinto meu corpo sendo chacoalhando por alguém e escuto o som da voz de Arthur aumentando gradualmente em minha cabeça.
–...acorda Alice!- escuto a voz de Arthur me acordando animado, digo, energético/preocupado -Te acordei por que você estava se contorcendo na poltrona. O que houve?- ele faz carinha preocupada, dou um leve sorriso.
–É tão fofinhooo- falo com voz de criança enquanto seguro na bochecha dele e a balanço para os lados. -Não se preocupa, querido. Foi só um sonho, nada de mais. -falo tentando convencê-lo.
Mesmo sendo apenas um sonho foi um dos mais estranhos que ja tive, muito... aleatório e não acho que isso foi uma memória até por que estavam a Raven e o Arthur junto comigo, além do mais, tem aquela garota: Sami...não, Senbi...ah "qualé" como é o nome da garota!? Eu acabei de sonhar com ela e já esqueci do nome, que droga! Tenho que perguntar a Raven se essa garota tem algo haver com minha jornada, para isso tenho que chegar logo no Estados Unidos.
–Ahh que vôo demorado!- falo puxando minha bochechas para baixo com as mãos.

~(Raven)
Lentamente me dirijo a saída do acampamento, se eu der sorte eu consigo sair antes que sintam a minha falta. Enquanto andava em silêncio como um ninja olhava para os lados afim de ver se alguém estava por perto....Merda! Vejo Kaezzy flutuando no ar, um pouco acima de mim e bloqueando a saída, usando sua telecinese.
–Vai a algum lugar? - Kaezzy fala enquanto descia lentamente.
–Eu preciso sair Kaezzy! Por favor, depois você me castiga.
–Depois? Eu não sou uma mulher de "depois". Ja te falei: você não vai sair daqui até eu falar o ao contrário!- ela fica me olhando com olhar desafiador.
[Me abaixo e pego areia do chão, jogo nos olhos dela e corro, ela desvia para a direita e me puxa usando sua telecinesia, enquanto ela me levava para perto dela tudo fica em câmera lenta, logo fica pausado no tempo e depois de uns segundos rebobina para quando ela estava falando.
–Depois? Eu não sou uma mulher de depois...- Okay, ela vai desviar para direita quando eu for jogar a areia, se eu jogar tanto para frente dela quanto para direita, talvez eu a acerte.
Tento isso, jogando para as duas direções e sim, eu acerto, fujo rapidamente mas isso não adianta muito, usando a telepatia novamente ela localiza a minha mente, conseqüentemente, o meu corpo e me puxa de volta.
–Só mais uma vez!.
Desta vez não jogo areia nela, corro em direção a floresta e tentando "parar" de pensar para quem sabe ela não me localizar, bom não dá muito certo "penso, logo existo" só daria certo se eu deixasse de existir...
Fico tentando e tentando escapar e todas as minhas tentativas dão errado, mesmo eu tentando milhares de vezes eu não consigo ganhar dela.
–Droga!- a única forma de conseguir sair daqui é se Kaezzy não estivesse aqui ou até mesmo morta...não foi o que quis dizer, só que estou frustada demais para pensar duas vezes nas palavras.
Me retiro de meus pensamentos e volto a realidade]
–Depois? Eu não sou uma mulher de "depois". Ja te falei: você não vai sair daqui até eu falar o ao contrário! - ainda me olhando desafiadora...faz sentido, acho que nem se passaram 2 segundos desde que comecei meu processo de vidência, a olho com desgosto e raiva.
–Não pense que você é invencível, eu que não quero me esforçar tanto! - viro de costas para ela e vou andando em direção a minha casa.
Já fazem mais de 3 dias que tento sair daqui, essa droga de acampamento, só consegui sair quando fui a procura de Alice e isso só deu 4 dias longe desse acampamento imprestável. Detesto esse lugar, passei toda a minha vida aqui e sinto que o mundo tem mais coisas a me oferecer, tudo isso é culpa da minha mãe! Uma das maiores videntes que ja tivemos, antes de eu nascer ela viu que eu seria muito importante um dia, mas, mesmo tentando não consigo ver essa importância toda, então até esse momento não me deixam eu ficar "em perigo" que coisa mais inútil.

~(Alice)
Chegamos, finalmente, ao acampamento e a primeira coisa que eu faço é....causar inveja mostrando as fotos e souvenirs que trouxe do Brasil...depois vou junto a Arthur para a casa de Kaezzy, falar que conseguimos a pedra e que sua filha estava morta...sinto que isso vai ser difícil, batemos na porta e esperamos um pouco, ela se abre sozinha e então entramos.
–Kaezzy? Você está ai?- falo colocando apenas a cabeça para dentro e olhando em volta.
–Sim, estou no escritório!- ela grita, não com voz de raiva mais de animação, acho que ela está anciosa para ver sua filha, triste que esse desejo não vai se realizar...fomos até a sala dela -E então? Como foi? Onde está a Kelsey? -ela fala a procurando, entristeço o rosto e ela meio que entende o que quis passa.
–Bom, temos muita coisa para te falar.


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Notas finais do capítulo

Imagino como deve ser perder uma filha...pobre Kaezzy.



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