Pov.s Cath

    Acordei com o sol na minha cara, mas para ser sincera não queria acordar nunca mais, estou me sentindo um lixo. Como ele podia ter feito aquilo comigo? Sera que pra ele nosso namoro não passava de uma brincadeirinha? Por que ele fingiu que eu era importante pra ele se eu não passava de mais uma? Se for pensar pelos porquês são tantos sem respostas. Me levantei e fui fazer minhas higienes matinais, não aguentei e comecei a chorar, hoje o que eu mais queria era ficar debaixo das cobertas e me desligar do mundo, e assim vou fazer.

  Olhei a horas antes de desligar o celular e era exatamente 11:30. Desliguei-o e chorei enquanto raciocinava tudo que havia acontecido, e quando me dei conta estava me culpando, mas por que se culpar se eu não estava errada, se não tinha feito errado. Minha cabeça esta uma festa de pensamentos horríveis, assim adormeci pôs estava tão cansada de chorar.  Acordei 17:30 com alguém batendo em minha porta:

   - Vai embora, por favor quero ficar sozinha. - Disse chorando.

  - Cath, Sou eu a Louise me deixe entrar, por favor.

  Há segundos atras não queria ver ninguém, mas a Louise era a unica que ia me entender, eu precisava dela mais que tudo nesse momento. Corri para abrir a porta e assim que a vi, a abracei tao forte, que o conforto de seu abraço me fez chorar ainda mais, liberando tudo que eu estava sentindo.

  -Ei calma eu estou aqui, me conta o que aconteceu, o que aquele canalha fez?- Disse tentando me acalmar.

 - Amiga me abraça o mais forte que você puder, me ajuda a parar de se sentir um lixo.

— Como assim um lixo Cath? O que esta acontecendo? Me diz pra eu te ajudar.

— Lo...- Afastei me a um pouco dela já me sentindo um pouco mais calma, olhei-a seriamente.-Ele me traiu, ele me traiu- De repente tudo que aconteceu ontem me veio na mente e não consegui me segurar, lembrar daquilo era doloroso.

 - Como assim Cath? Quem te disse isso? - Ela estava indecifrável.

 - Ninguém me disse eu vi com meus próprios olhos,fiz tudo bonitinho para nosso aniversario de namoro e ele entrou com outra, fiz um barraco, me rebaixei tanto amiga.

— Nossa Cath, se acalma aquele canalha não te merece.

— Me desculpa Lo, muitas vezes você tentou me alertar, era como se você ja...- De repente os avisos dela, todos eles fizeram sentido na minha mente, levantei-me rapidamente e agora meu sangue pulsava raiva, a raiva tinha voltado.- Você já sabia Louise, como você pode não pode ter me contado nada, que droga de melhor é você, eu confiei em ti mais do que confio em mim mesma.

— Nao Cath, deixa eu te explicar.- Ela levantou-se e estava assustada.

—Não precisa explicar nada, não quero ouvir. Pra ser mais exata não quero te ver na minha frente, sai daqui, você é que nem ele sua falsa, esquece que eu existo, se afoga nos seus segredos, o pior de tudo é que eu achei que você era a irmã que nunca tive, acho que me confundi, EU TE ODEIO. 

 - Me escuta Catarina, eu preciso te explicar, você esta nervosa não quer falar essas coisas, vamos conversar.

— NÃO QUERO CONVERSAR, SAI DAQUI.-Abri a porta do quarto.

— EU NÃO VOU SEM ANTES VOCÊ ME OUVIR.- Dessa vez ela também elevou o tom e minha mãe apareceu na porta .

—O que esta acontecendo aqui filha? -Disse minha mãe assustada.

— Mãe manda essa garota embora.- Eu e Louise estávamos chorando desesperadas.

— Não precisa tia. Catarina se eu for embora, você esquece que eu existo.

 Eu nao consegui raciocinar as palavras daquele momento, a raiva estava acima de tudo que eu podia imaginar então disse a palavra que eu tinha certeza em algum lugar que eu ia me arrepender completamente de ter dito. 

 - Vai com Deus,e não volte nunca mais. 

 A dor que eu senti naquele momento, não desejo pra ninguém, eu pude ver a decepção nos olhos dela, a angústia, o que eu mais queria era pedir desculpas, mas o que ela tinha feito acabou com a nossa amizade, mas aquele simples momento, o momento que ela partiu sem nem olhar pra trás, foi o momento certo pra eu ter uma noção do quanto estava errada. 

— Filha por que você fez isso? - Minha mãe estava incrédula.

— Porque a amizade não me faz bem mãe, porque ela acabou com toda a confiança que eu tinha nela, mas depois te explico não estou com cabeça pra isso.

—  Tudo bem meu amor, você não esta com fome? Não comeu nada. Vou ir buscar um lanchinho pra você.

 Assim que minha mãe saiu me joguei na cama acabada, era como se um trator tivesse passado por cima de mim. Se antes eu já estava me sentindo um lixo, agora eu não sabia nem como explicar, parecia que não tinha mais razão pra viver, ai como eu estava arrependida das coisas que eu disse, mas em algumas eu estava certa e isso era o que me tranquilizava um pouco, mesmo assim não resisti ao choro ainda mais quando minha mãe trouxe o lanche e sentou- se ao meu lado. Comi o lanche todo, tomei um calmante e um remédio para dormir que ela trouxe, deitei em seu colo e adormeci no silencio do quarto com as mãos dela acariciando meu cabelo.