Você já ouviu falar sobre a teoria do caos escrita por Draco Michaelis


Capítulo 1
My friend, my love, my senpai


Notas iniciais do capítulo

Ohayõ!

Tudo bem? Eu vou bem.
Escrevi esta songfic/oneshot, alguns dias atrás quando assisti ao musical. Sou apaixonada e Eric X Alan é um dos meu OTP's eternos. Escutem Unmei/Destiny enquanto leem ou qualquer outra musica depressiva sobre um casal que aceita o destino e decide ficar junto.
Tentei ao maximo não deixar esta fic "piegas", mas é mais um romance fujoshi que veio em minha mente após ler sobre a teoria do caos.

Sem mais delongas, boa leitura.



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Você já ouviu falar sobre a teoria do caos?

Bem, caso não, vou rapidamente dar uma pequena explicação antes de prosseguirmos com a história.

A teoria do caos, conhecida também como efeito borboleta, consiste na frase “O bater de asas de uma borboleta na Inglaterra* (exemplo, pode ser em qualquer lugar)pode provocar um furacão no Japão**”ou seja, uma pequenina mudança no inicio de um evento qualquer pode trazer consequências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro.

Agora que a questão da teoria do caos foi devidamente esclarecida, irei contar a você minha história.

Meu nome é Alan Humphries, neste exato momento eu estou jogado em uma escadaria, o sangue jorrando do meu peito não coopera para que eu consiga manter a consciência, meu senpai, Eric Slingby, esta tentando segurar-me a vida enquanto ela se esvai aos poucos de meu corpo ferido. Mas esta não é a borboleta deste acontecimento e sim seu “furacão”, sua consequência fatal.

Tento em minha fraqueza olhar para Eric, ele com certeza era a pessoa que deveria estar comigo quando isso acontecesse. E ao dizer “isso”quero dizer, quando eu morresse.Abri minha boca no intuito de dizer algo como “me desculpe” ou “itoshi teru”mas nada alem de um gemido inexpressivo pode ser ouvido.

“não se esforce Alan, eu... vou te tirar dessa...”murmurou Eric entre lágrimas. Tentei levar minha mão em direção ao seu rosto, mas minha fraqueza me impediu, o loiro tirou sua mão que comprimia meu peito e segurou a minha, levando-a para seu rosto. “i-ito...” tentei dizer, mas o ar,a maldita combinação de gases atmosféricos que antes não parecia necessário, e uma dormência em todo o meu corpo me impediram.

‘clec,clec,clec’ Foi então que eu escutei aquele barulho baixo, ritmado, calmo e conhecido ecoar em minha mente. “Registro cinematográfico”pensei olhando para as lembranças de minha vida.

Neste ponto retorno ao objetivo original, pois revejo a “borboleta” causadora do meu furacão.

- Era um dia comum para qualquer shinigami que trabalhava no Departamento de Despacho (Despachante) dos Shinigamis. Exceto para mim, pois este era meu primeiro dia de trabalho oficial, eu finalmente deixava de ser um estagiário para me tornar um funcionário efetivo. Meus óculos eram praticamente iguais aos dos estagiários, mas eram de funcionário formado. Minha deathscythe, a qual pude finalmente escolher, era uma ferramenta de jardim Japonesa, com o cabo longo e a lamina cortante reluzente. Por ser novato, um senpai atuaria como orientador e a criatura incumbida de agir como minha “baba”era um shinigami chamado Eric Slingby. Este era respeitado pela sua postura perfeita de shinigami.

“Então você é o Humphries-kohai que andam falando por ai.” Foi a primeira coisa que ele me disse. Assustei-me, pois ainda estava deitado em minha cama quando o homem de cabeleira loura veio cumprimentar-me.

“Slingby-senpai! Gomen’nasai, eu deveria ter despertado mais cedo. Gomen’nasai Slingby-senpai!”foi o que respondi já me pondo de pé diante dele.

Ele sorriu de maneira neutra, com um olhar implacavelmente sério. Depois disso ele me acompanhou calado durante o resto do dia, no café da manhã, indo buscar as anotações sobre as pessoas que deveriam observar e ceifar, quando fui buscar o café que o Supervisor Spears me pediu e no almoço. À tarde nós deveríamos começar a trabalhar de verdade e isso implicava em sair para observar os humanos com os nomes presentes em minha lista (death note) antes de ceifarmos suas almas.

No final da tarde, foi quando notei que apenas um daqueles humanos morreria naquele dia. Estava nervoso, mesmo tendo feito aquilo antes no meu teste final e ter um shinigami respeitado ao meu lado para me acompanhar.

“Relaxe Alan-kun, ser ficar assim toda vez que for ceifar uma alma acabará com os cabelos brancos!”comentou Eric, serio.

Nós já havíamos recolhido aquela alma e agora deveríamos voltar para o departamento, mas algo pesava em meu coração. Eric descia a escadaria ao meu lado e foi quando eu parei e me sentei nos degraus duros e frios que ele finalmente falou algo.

“uau, que face sombria, Alan...” Olhei para ele larguei minha deathscythe ao meu lado e uni meus dedos de ambas às mãos.

“sim...”respondi tocando meu joelho com as mãos “A pessoa que morreu desta vez era bem jovem. Ele poderia ter sido capaz de lutar por seus sonhos” desabafei já achando meu trabalho menos interessante ““ Se você for a aquele lugar,você morrerá em um acidente”, se ao menos tivesse dito isso a ele, então ele...” murmurei engolindo a seco. Meus olhos marejaram. Eric se aproximou olhando para mim

“Você está chorando? Alan!” exclamou chamando minha atenção. Suspirei e sequei minhas lágrimas. Fiquei calado até que senti um aroma suave.

“Flores?”exclamei surpreso e sorri em seguida. “Essas são flores Ericas.”conclui. Eric desceu mais alguns degraus, agora com as mãos nos bolsos.

“ Ericas? É assim que elas são chamadas?”Perguntou meu senpai.

“Sim...” disse olhando para ele “na linguagem das flores, elas significam solidão”eu ainda sorria, um sorriso triste.

“Solidão?” questionou novamente Eric.

“as pessoas estão sempre em meio à solidão, desde o nascimento até o momento da morte... eu entendo bem, ninguém deve interferir na morte de alguém.” Clamei levantando-me e voltando a olhar para as flores.

“Você, como shinigami, não deveria ser tão sentimental.” Repreendeu-me Eric olhando para a direção oposta a minha.

“Eh?” murmurei olhando-o.

“Que solidão?”disse ele. “Essas flores não estão brotando lindamente? Talvez seja verdade que uma pessoa é sozinha no nascimento e na morte, mas...” fez uma pausa “Assim como essas Ericas, sempre vai ter outras flores britando ao lado delas... por toda a eternidade” Eric fechou seus olhos e eu dei um passo vacilante para frente. Pensei e logo falei sorrindo

“Eric-senpai, você realmente gosta de agir de forma calma, não é?”ele fez um barulho baixo e olhou para trás, para mim.

“Sim, você deveria tentar fazer o mesmo algum dia” disse sorrindo.

Rimos juntos e ele subiu até o degrau onde eu estava. Uma brisa suave soprou sobre nos e o aroma das flores invadiu meus sentidos. Olhei para as flores e disse:

“As pétalas estão voando!” Os olhos de Eric brilharam. “É quase como neve.” Ele andou até o meu lado, sem tirar os olhos das pétalas esvoaçantes.

“Sim, é mesmo” comentou ainda com aquele sorriso bobo.

Digo que eu estava pior, pois estava todo bobo. Levantei minhas mãos e senti as pétalas caindo sobre mim.

Retornamos para a central, fizemos nossos relatórios e levamos uma bronca do Supervisor Spears por entrarmos com os sapatos sujos de terra em seu escritório. Saimos do departamento e fomos jantar juntos em um restaurante qualquer. Naquela noite, depois de me despedir de Eric, uma dor atingiu meu peito e eu soube que meu fim estava próximo. –

Um choque percorreu meu rosto ao sentir seus lábios mornos tocando minha bochecha gélida.

Vamos a uma jornada.

Vamos a uma jornada.

A partir de hoje, só nos dois.

Empilhar as sombras solitárias da Ericas.

Empilhar nossa solidão.

Eu nasci sozinho.

A razão pela qual eu nasci sozinho.

Para que nos pudéssemos nos conhecer.

Foi para me aproximar de você.

Meu amigo este é o nosso destino.

Meu amigo, já que esse é o nosso destino.

Então não precisamos mais derramar lágrimas.

Então não precisamos mais derramar lágrimas.

Eu nasci sozinho.

A razão pela qual eu nasci sozinho.

Para que nos pudéssemos nos conhecer.

Foi para me aproximar de você.

Meu amigo este é o nosso destino.

Meu amigo, já que esse é o nosso destino.

Então não precisamos mais derramar lágrimas.

Então não precisamos mais derramar lágrimas.

Eric clamava meu nome desesperado e eu nada podia responder, pois mesmo que ele tivesse recolhido as mil almas, agora tudo havia sido inútil.

Você não deve estar entendendo novamente e eu irei novamente explicar. Existem apenas 3 maneiras de um shinigami morrer. A primeira é este shinigami escrever o nome de um humano em seu death note para salvar a vida de outro humano já destinado a morrer; a segunda seria o shinigami ser cortado por sua deathscythe; a terceira é por uma “doença”. Seu nome é “espinhos da morte”e consiste em espinhos que se formam no coração de um shinigami.

Certo, neste ponto obviamente já é de seu conhecimento que eu tinha aquela doença. Mas você continua confuso e irei explicar o motivo das 1000 almas.

Existia uma lenda que falava sobre “mil almas podem curar a maldição dos espinhos da morte”. Desde o dia seguinte ao que ele descobriu eu estar com aquela doença, Eric quebrou regras e roubou almas para me curar, mas não era justo.

Ele não desistiu, mesmo depois de termos nos beijado e eu ter acreditado que ele havia desistido. “Eu não vou desistir de você, nem de sua vida!” foi o que ele disse indo atacar o garoto Phantomhive. Eu sacrifiquei minha vida para salvar a daquele menino e fiz aquele que amava sofrer.

Mas que belo furacão. Tudo por causa de pensamentos como aqueles.

Agora eu observo as consequências deles.

“Eu imploro que me mate!” diz Eric com meu corpo inerte em seus braços.

O akuma olha para seu mestre como que com duvida “o que está esperando? Mate-o”diz em resposta o menino. Seu mordomo toma minha deathscythe em suas mãos e anda até Eric.

Uma parte minha quer impedir, mas outra sabe que com a morte dele, mil almas serão libertadas. O Akuma crava o objeto que me pertencia no peito de Eric e o retira. O sangue de Eric respinga no chão e ele cambaleia de volta para o lado do meu corpo.

Ando até ele, sorrindo. “Vamos sorrir porque não precisamos mais de lágrimas.”sussurro segurando sua mão.

“Você consegue ver a luz?” pergunta ele, apertando minha mão. Seus olhos brilham e eu posso ver agora as almas sendo libertas e seguindo para a luz.

“Agora eu consigo...”respondo enquanto ficamos de pé juntos “pois você está comigo” concluo. Ele sorri. “Vamos?” diz me estendendo sua mão. Eu seguro-a sem temer. “Vamos a nossa jornada.” Murmuro e ele me puxa para perto de si. Deslizo minha mão em seu rosto e ele me beija. Andando de mãos dadas, nós dois seguimos para a luz brilhante, deixando para trás toda aquela tristeza e solidão que era a vida.

Agora eu vejo, sim. Talvez aquele furacão não tenha sido tão devastador assim, já que sem ele, talvez nos nunca teríamos nos apaixonado.

Penso também se teriam sido a borboleta e o furacão, minha doença e a perda de 1000 vidas inocentes ou aquela primeira demonstração de afeição e a nossa paixão. Acho que não importa mais.

“Você sente? Sente esta paz?” pergunta Eric com um tom carinho ao adentrarmos a luz brilhante. “Sim. Sinto a paz... e sinto também felicidade”murmuro com um sorriso. “É.” Responde ele sorrindo de maneira mais bela ainda. Espero mais um instante enquanto caminhamos por aquela luz branca e vazia. “Eric-senpai... você já ouviu falar da teoria do caos?”


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Notas finais do capítulo

Bem é isso, se gostaram peço para que deixe um review com sua opinião, pois está é muito importante para mim.
Qualquer erro é só avisar que eu arrumo, ok?
Então é isso.
Kissus e obrigada por ler! :] S2



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