Percy’s POV

Sábado, 20 de setembro. Hoje é o aniversário de 16 anos de Annabeth. É, ela é apenas um mês mais nova que eu... Estranho, uma vez que até pouco tempo atrás ela era mais alta que eu. Porém, graças aos Deuses (talvez graças a eles mesmo), agora eu finalmente estava mais alta.

Eu estava a caminho do internato de Annabeth, iríamos passar o dia juntos. Ela não sabia, mas eu e o resto dos nossos amigos do Acampamento, além de Jake e Juliet, havíamos preparado uma festa surpresa no meu apartamento para ela. E, coube a mim a “árdua tarefa” de distraí-la até a hora certa.  

Ela estava parada ao lado do portão da escola, parecia impaciente. Me toquei de que estava atrasado. Mal começo, Percy! Respirei fundo e me aproximei cautelosamente por trás dela:

- Feliz aniversário, sabidinha! – eu sussurrei em seu ouvido. Ela se virou com uma cara furiosa para mim e começou a me bater.

- Como... ousa...se...atrasar?! Justo hoje?! Seu cabeça de alga! – Tá, eu tive que rir. Eu estava apanhando, Annabeth estava irritada comigo e eu estava rindo. Acho que isso a deixou ainda mais irritada.

- Do que você tá rindo? – ela perguntou furiosa.

- Nada, nada! – respondi, logo ficando sério novamente, pois a cara que ela estava fazendo agora era de muitos poucos amigos. – Então... Como eu ia dizendo, feliz aniversário!

Eu estendi um embrulho retangular para ela. Ela puxou da minha mão.

- Sabe, não é muito fácil comprar um presente para você! – eu disse enquanto ela abria o pacote. Ela me ignorou. Ótimo! Annabeth realmente estava irritada comigo!

Quando ela terminou de abrir, seus olhos brilharam. Ufa, eu estava a salvo!

- Eu adorei cabeça de alga! – ela me abraçou e me beijou. É, eu estava indo bem. Ah, acho que você deve estar imaginando o que foi que eu dei pra ela. Resposta simples: um livro sobre arquitetura greco-romana. É, eu sei, é um presente bizarro para se dar no aniversário da sua namorada, mas Annabeth amava esse tipo de coisa.

- Abre! – eu disse à ela. Ela o fez e começou a ler a dedicatória que eu havia escrito em voz alta. Minha letra não era das melhores, era um garrancho, pra falar a verdade, mas o que vale é a intenção, certo?

“Te amo por tudo que você é, por tudo que você faz por mim. Te amo pelas coisas que você fala, te amo pelas atitudes que você toma. Te amo pelo seu jeito, te amo pela força que você me dá. Te amo pelo sentimento que você faz florescer em mim, te amo pela sua simplicidade e seu humor. Te amo porque em muitos casos temos opiniões diferentes, e isso faz um o complemento do outro. Te amo pelas histórias que você já passou comigo. Te amo porque eu te ensino algumas coisas e aprendo muitas com você(E como!).Te amo porque você me faz rir. Te amo simples assim!”

Ouvindo aquelas palavras sendo recitadas por Annabeth eu percebi que havia me superado dessa vez, principalmente depois que vi lágrimas escorrendo pelos olhos dela.  Ela não disse nada, simplesmente me abraçou e me beijou. Após algum tempo, nos separamos.

- Wow! Acho melhor irmos andando! – Eu disse ainda abraçado a ela, o que a fez rir.

- Tá, mas antes deixa eu dar o seu presente! – Annabeth disse sorrindo e abrindo a mochila e eu... não entendi o que ela quis dizer, afinal, o aniversário era dela!

- Er... Do que você tá falando? – perguntei, um tanto sem graça, até. Ela parou de mexer na mochila na mesma hora e percebi que eu havia falado besteira, embora me perguntasse o que havia sido.

- Perseus Jackson! – Annabeth reclamou entredentes e eu percebi que a coisa estava realmente feia. Deixe eu lhes dar uma breve explicação sobre as diversas maneiras de Annabeth me chamar:

Cabeça de Alga – é apenas um apelido carinhoso, quando ela me chama assim, então eu posso agradecer aos Deuses, pois está tudo ótimo;

Percy: Bem, as coisas ainda estão boas, mas ela apenas me chama assim quando estamos conversando algum assunto sério (missão, profecia, etc.);

Percy Jackson: Bem... A coisa tá feia, significa que ela está realmente irritada com algo!

Perseus Jackson: Fudeu!

Voltando a minha situação extremamente ruim...

- O que eu fiz dessa vez? – perguntei receoso.

- Há!  O QUE VOCÊ FEZ?! VOCÊ AINDA PERGUNTA?! – Realmente, a coisa tava muuuuuuito feia, Annabeth estava completamente descontrolada. E olha que isso era algo raro de se ver! – PERSEUS JACKSON, VOCÊ SABE QUE DIA FOI QUINTA FEIRA?

Eu continuava sem entender nada, mas era melhor responder:

- Bem... 18 de setembro, certo?

- Muito bem... E?

Eu realmente continuava sem entender nada, por isso, dei de ombros.

- Nosso aniversário de namoro! – ela respondeu, dessa vez com lágrimas nos olhos. Sério, ou ela tá de TPM ou ela é bipolar, mas não seria saudável para mim comentar nenhuma das duas questões nesse momento. Tá, eu confesso que realmente esqueci nosso aniversário de um mês de namoro. Acontece que eu estava planejando a tal festa surpresa para ela há duas semanas, além de quebrar a cabeça para escolher um presente e ainda escrever aquela dedicatória! Ah, fala sério, já era coisa demais pra mim. Mas agora como explicar isso pra ela sem contar da tal surpresa? Merda!

- Annabeth... É que eu... Acontece que... – Eu tentei explicar, mas não havia nenhuma plausível. Ela continuava esperando.

- Você esqueceu, não foi? – Ela perguntou e eu assenti. Annabeth se virou e saiu correndo. Tentei chamá-la, corri atrás dela, mas algo estranho ocorreu. Uma espécie de névoa branca apareceu ao redor dela e Annabeth simplesmente desapareceu. Eu me desesperei, o que havia acontecido com ela?

Continua...