A Fabulosa Cova Da Incoerência escrita por blblblbl
Notas iniciais do capítulo
Não sei por que todos dizem que Kinder Ovo é caro. 5 Dilmas qualquer um tem...
Por que estou falando de Kinder Ovos???
Hum, se eu bem me lembro, eu sempre fui meia... Eu acho que é idiota. Por algum motivo, nunca levei advertências a sério. Não tenho noção sobre certa coisa estar me fazendo mal ou não, essa falta que eu tenho de desenvolver essa coisa chamada “malícia”. É inocência eu penso, e isso é muito ruim. A inocência é muito boa em certos casos, pois lhe impede de perceber coisas que não deveriam ser percebidas para garantir sua razão, mas, e quando ela vira doença? Eu acho que tenho “inocentenite”.
O que eu acho o mais interessante dessa minha observação momentânea, é que ela foi feita no exato momento em que Jorge sentara outra vez ao meu lado, em consequência, esqueci completamente o conselho de Anonyme...
Dane-se.
– Você não respondeu meu aceno ontem. – ele diz.
– Foi ontem, por que discutir agora?
– É importante discutir as coisas que já passaram, para não repetir...
– Então você vai acenar mais vezes ou menos para mim?
“Grin”, em inglês, significa algo como “sorriso amarelo”, ou seja, o que eu vi agora no rosto de Jorge... Anonyme esta sentada de costas atrás de mim, fumando. Será que coisas que não existem podem morrer de câncer? Morte. É algo interessante para uma conversa...
– Jorge, o que você acha da morte?
– Eu tenho medo...
Ele é direto como uma flecha.
– Tem certeza? Não tem nenhuma religião?
– Eu não quero falar sobre isso...
– Por quê?
– ... As pessoas que falam da morte de forma tão natural não sabem realmente o que ela é...
Sem palavras. Ele conheceu a morte? Será que ela é bonita? Ela veste uma longa capa preta ou um belo vestido avermelhado? Eu queria ter a mesma sorte de conhecê-la...
– Essas pessoas – ele continuou – que vivem dizendo: “por que a morte não tem misericórdia de mim?” ou “quando será que ela vira?” estão perdendo tempo. A Morte é pontual e vem para todos, não precisa chamar...
– Então, por que temos tanto medo?
– A Morte é democrática; Não importa se você é rico ou pobre, bom ou ruim, velho ou novo: ela tem um compromisso com você, e isso assusta os conservadores, pois é pra todo mundo e não precisa pagar imposto...
Eu não gosto disso. Essas pessoas que não avisam quando chegam. Mas é pontual, e de graça, porém em que ponto? A Morte é uma eximia secretária. Já imaginou ela presidente da república?
– Hum, então eu acho... – digo, olhando para cima (um João-de-barro) – Que ela deve ser a pessoa mais justa que já existiu...
– Bem, se você acha...
– Não que eu nunca tenha a visto, ás vezes ela fica borrada e insolúvel, e não pode lhe pegar por que não está na agenda. Talvez, quando fui ao banheiro ás 3 da manhã; ou quando vejo o noticiário; ou quando fiquei muito doente...
É reconfortante, falar dessas coisas a quais nós temos medo com pessoas que confiamos, pois ele não nos alcança...
– Ou quando vi um acidente na avenida; Ou quando fui ao hospital...
Estou com sono...
– Ou quando não tive coragem de puxar a corda; Ou...
– MIMI! Vamos!!!
Anonyme me repreendeu. Ela vive me repreendendo.
– Jorge, eu devo ir pára sala...
– Mas o sinal nem tocou.
– Tchau...
– Ah, está bem...
Desabafo. Eu nunca soube o que era isso, talvez eu nunca soubesse. É para isso que servem “amigos de verdade”.
– Mimi, deves tomar cuidado. Eu entendo que esteja se sentindo só. Eu lavo minhas mãos à responsabilidade, mas essas coisas devem permanecer no Quarto Negro...
– Por que, Anonyme?
– Elas estão mergulhadas em melancolia. Pode voltar a se infectar...
Esse dia, dei um leve aceno em resposta à Jorge, e Anonyme tentou me ensinar o que era “descrição”. Claro que não ouvi.
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Vou ter que mudar essa fic para "Terror" e "Dark Fic", por que né...