- Você mentiu pra mim. – Hermione disse com raiva transbordando em seus olhos.

- Eu não menti. – Draco disse, começando a ficar com raiva também.

- COMO NÃO, EU VI E OUVI. – aquela conversa já estava passando dos limites, naquele instante todos ao redor olhavam curiosos para o casal.

***

Dias se passaram e o casal nem trocaram olhares.

- Mi, você não acha que ta pegando muito pesado com o Malfoy? – Gina perguntou cautelosa, pois depois da briga com Draco Hermione ficou mal humorada demais.

- Não, esse tempo todo ele mentiu, eu não consigo mais acreditar nele GI. – Hermione disse com lágrimas nos olhos.

- Mas Mi, você nem deu chance dele se explicar. – Gina insistia.

***

- Draco, por que você não vai falar com ela? – Blás disse sentando-se ao seu lado.

- Pra que? Aquela menina não vai me escutar, to de saco cheio já, - Draco suspirou – to cansado disso tudo. Blás eu mudei por ela, eu mudei porque eu a amo.

- É Draco, você deu algumas mancadas, não pode achar que ela simplesmente vai perdoá-lo assim que você pedir desculpas. Você vai precisar reconquistá-la – Theo aconselhou. Dos três ele sempre foi o mais sensato.

***

Malfoy pensou em uma tentativa de reconquistá-la, mas não tinha a mínima ideia de como, então resolveu encontrar-se com ela depois da aula e contar toda a verdade.

- Hermione, eu posso falar com você? – Draco perguntou.

- Tenho escolha Malfoy?! – Hermione perguntou impaciente. Ele negou com a cabeça meio chateado pela ênfase em seu sobrenome.

- Vamos para um lugar mais reservado. – Draco começou a andar e Hermione o seguiu.

- Pronto, aqui é bem melhor. – Draco disse assim que abriu uma porta.

- O que você quer? – Hermione perguntou impaciente, mas seu coração estava acelerando porque os dois estavam sozinhos em uma sala vazia.

- Eu preciso do seu perdão, eu estou me humilhando para consegui-lo, não posso mais continuar com essa dor. – Draco passou as mãos em seus cabelos loiros e continuou falando. – Eu sei que errei, mas, por favor, não faz isso comigo.

- Fazer o que com você? – Hermione perguntou, seus olhos estavam começando a ficar marejados.

- Me deixar, acho que eu não aguento ser abandonado mais uma vez. – disse sentando-se à mesa mais próxima.

- Malfoy, isso tudo é culpa sua, - uma lágrima rolou em seus olhos. – você começou com esse jogo, eu já estou cansada. Diz para mim como eu posso saber que você esta dizendo a verdade? – perguntou finalmente deixando as lágrimas caírem.

Draco se aproximou da castanha, ele não iria desistir dela, precisava da luz e do sossego que ela transmitia para ele. Então achou uma forma dela acreditar, o azul acinzentado encontrou o castanho e ele finalmente disse as palavras que estavam entaladas em sua garganta.

- Eu sei que não sou perfeito, eu sei que cometi muitos erros, e você, só você conseguiu me guiar para a luz, nada mais além de você. Do mesmo jeito que você não desistiu de mim, eu não posso ser covarde e desistir de você. –Draco bagunçou seus cabelos. Não sabia como dizer a próxima frase, nunca havia dito para ninguém, mas ele não podia mais negar o que sentia pela castanha a sua frente. – DROGA HERMIONE, EU AMO VOCÊ, NÃO POSSO MAIS FICAR SEM VOCÊ... eu não posso... - Disse por fim desviando os olhos dos dela.

- Eu também te amo, e esse amor já me causou muita dor, e esse amor – ela suspirou tentando controlar o timbre da voz – esta por um fio. Nós nem conseguimos ter uma conversa civilizada, como você acha que podemos tem um relacionamento?

- Eu gosto de estar por um fio. – Draco disse, e vendo a confusão nos olhos da castanha começou a explicar – Sabe, uma coisa que eu aprendi com o casamento conturbado dos meus pais é que nem tudo que esta por um fio é ruim. - Hermione ainda estava confusa.

- Aonde você que chegar um isso Draco? – Hermione disse, e Draco sentiu uma leve aquecida em seu coração, Hermione o chamara pelo seu nome novamente.

- Pensa comigo sabe tudo. - Hermione fechou a cara logo após ser chamada assim, Draco percebeu e logo tratou de consertar – Pensa comigo meu amor, – a castanha lhe lançou um sorriso tímido e o rubor estava surgindo em suas bochechas, Draco a chamava assim em seus momentos mais íntimos. - quando lhe perguntam o que e uma coisa sólida, o que você responde? - Draco perguntou.

- Que é algo duro e resistente. - ela respondeu.

- Isso, e uma coisa sólida passa a impressão de uma barragem dura e de concreto, mas basta um furinho, um vazamento que essa barragem cai em ruina. Agora quando esta por um fio, não é a mesma coisa, quando é um fio de aço ele estica, sofre, balança, mas não arrebenta. E é isso que eu quero para gente. – ele disse encostando sua testa na dela. – Volta pra mim, deixa que o tempo cure esse nosso estranho jeito de amar.