The Kingdom escrita por marininhah


Capítulo 2
O Kingdom


Notas iniciais do capítulo

Apenas uma pessoa comentou no último capitulo e saibam que estou postando esse por ela, Pikachu esse capitulo é para você :33



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Jedi estava esperando do lado de fora da escola, pensando seriamente se aceitaria ou não entrar no grupo, ninguém havia o chamado ainda, porém levá-lo ao lugar onde eles se reuniam para poder serem os heróis que tinham que ser parecia algo muito grandiosamente importante. E isso assustava-o.

O trio apareceu na porta da escola e desceram a escada indo na direção do Jedi que se levantou do banco e ajeitou a mochila no ombro. Os três olharem em volta procurando Hunter. Jedi novamente ficou encarando aquela garota baixinha que ajeitava os óculos que escorregaram pelo seu nariz. Ela novamente o pegou olhando-a e deu um sorrisinho meigo, não parecia incomodada com a esquisitice dele. O bom para ele era que ela não achava esquisito ele encará-la com os lábios levemente abertos como se estivesse sem ar, ela achava bonitinho ainda mais pela cara de bobo perdido que ele tinha.

– O Hunter tá ali. – disse SD apontando para frente.

Havia um impala preto parado onde SD havia apontado – se você me disser que ficou surpreso porque é um impala, algo está errado com você –, um garoto estava apoiado no carro, de braços cruzados, o cabelo castanho claro estava espetado e jaqueta de couro e um sorrisinho de canto. Whovian sorriu abertamente e foi correndo até o garoto enquanto SD e Potter caminharam apenas, Jedi seguiu um pouco contrariado pelo modo como Whovian respondeu à chegada de Hunter. Ela jogou seus braços em volta do pescoço dele e o abraçou, Hunter sorria com seus braços cruzados na cintura dela.

– Eu que sou o irmão não ganho todo esse amor. – disse Potter.

– Cala a boca, irmãozinho. – disse Hunter colocando Whovian no chão sem tirar seu braço da cintura dela – Então – ele olhou para Jedi e deu um sorriso – você é o Jedi – ele ofereceu a mão, a qual Jedi apertou –, sou o Hunter. Agora vamos está na hora de irmos para o Kingdom.

Hunter abriu a porta do carro para Whovian e foi para o seu lugar atrás do volante. O resto dos garotos foram para o banco de trás. Potter nunca ficava feliz de não ser colocado na frente, Hunter e Whovian eram muito unidos então ela sempre ia na frente quando os três saiam de carro, Potter se sentia excluído porque os dois ficavam conversando e ele ficava de fora porque não ouvia o que eles falavam por causa da música que ligavam.

– Eu sou o irmão e ainda não fui colocado no banco da frente nem amado pela metade do jeito que você ama a Whovian. – resmungou Potter.

– Não fala assim, Potter, você sabe que eu te amo muito, você é meu irmãozinho. – Hunter olhou pelo retrovisor para Potter depois voltou a olhar para frente.

– Mas eu não posso mudar de música ainda.

– É lógico que não! Só o motorista muda a música. – disse Hunter sério – E a Whovian. – e então ele riu junto da garota.

Whovian virou-se para trás e apertou a bochecha de Potter.

– Calma, Potter, nós te amamos. – disse ela voltando a olhar para frente.

Jedi ficou olhando para fora, “Será que o Hunter e a Whovian namoram?”, pensou ele, aquilo o deixou levemente estranho, não parecia que havia outro motivo para eles serem tão próximos assim, eles até que era bonitinhos juntos, ele tinha que admitir, e isso não podia deixa-lo triste porque ele nem conhecia Whovian, nem tiveram oportunidade de conversar direito, isso não significava nada, mas isso não mudava o fato que ele se sentia estranho.

Hunter parou diante de uma garagem de portão branco, Whovian pegou um pequeno controle preto dentro do porta-luvas e abriu o portão. Hunter estacionou naquela garagem vazia e desceu do carro, Whovian foi logo em seguida, fechando o portão e colocando o pequeno controle de volta no porta-luvas ao lado de uma arma prateada, ela ajeitou sua mochila no ombro e foi junto a Hunter para a porta de madeira da casa a qual eles estavam. A casa era grande, havia uma grande janela de vidro diante do carro, uma cortina branca grossa tampava seu interior, as paredes eram laranja-claro, era uma casa completamente normal. Hunter abriu a porta e entrou.

– Chegamos! – gritou ele.

– Cuidado ao entrar – disse Potter olhando para Jedi, que apontou para o chão perto da porta onde o tapete possuía um pequeno calombo – tem sal ali, para impedir demônios e afins de entrar. Isso é bom, porque saberemos se você é humano mesmo.

– Quer dizer que não poderemos jogar água benta na cara dele? – perguntou Hunter, olhando para Whovian, os dois fizeram biquinho.

Potter, SD e Jedi entraram finalmente e Hunter fechou a porta. Logo um casal apareceu, uma mulher de cabelos castanhos e um homem de cabelos loiros e olhos verdes, eles sorriram para Jedi.

– Mãe, pai – disse Potter – esse é Felipe, um Jedi.

Os dois pareceram espantados por um segundo, depois sorriram para o garoto. Eles se aproximaram, a mãe de Hunter e Potter abraçou Jedi e o pai apertou a mão dele.

– Muito prazer, Felipe, eu sou Bruna, uma bruxa. – disse ela sorrindo.

– E eu sou Diego, um hunter. – disse ele sorrindo também.

– O prazer é meu. – disse Jedi um pouco tímido.

– Vamos ao Kingdom agora. – disse Whovian.

Os outros três garotos assentiram e eles e a Whovian entraram na primeira porta à direita, Jedi os seguiu, pedindo licença aos pais de Potter e Hunter. Eles seguiram por um corredor com uma escada à esquerda e uma portinha amarelada no final. Whovian foi a primeira a entrar por aquela porta, dessa vez SD quem disse para Jedi ter cuidado na hora de entrar para não espalhar o sal da porta. SD foi o ultimo a entrar e fechou a porta, Jedi parou um segundo na escada e finalmente desceu. O Kingdom era um lugar bem claro para ter apenas duas janelinhas retangulares na parede diante da porta, todas as paredes eram de madeira marrom claro lustrosa, havia vários quadros presos nelas, uma mesa redondo da madeira estava no centro do porão com varias cadeiras em volta, no teto havia uma estrela de cinco pontas dentro de um circulo para prender demônios, as janelas também possuíam sua proteção de sal. Uma estante comprida e alta ao lado da escada estava cheia de livros e bonequinhos variados. À direita havia um pequeno palco com instrumentos: bateria, guitarra, baixo, violino, teclado e um microfone, além de caixas de som. Já à esquerda havia a coisa mais linda que Jedi já havia visto, uma TARDIS, uma caixa de policia azul, como havia no seriado “Doctor Who”.

– Linda, não é? – perguntou Whovian, assustando Jedi, que estava extremamente compenetrado na caixa azul.

– Muito linda. – disse Jedi – Posso tocar?

– Não! Ela vai te comer! – avisou Hunter, com os olhos arregalados – Ela é um monstro!

– Cala a boca. – ordenou Whovian.

Jedi chegou perto da TARDIS e tocou na madeira, era fria e lisa. Ele tocou na maçaneta e abriu a porta. E sim, a TARDIS era maior por dentro, havia uma pequena passarela e aquele setup que aparecia tanto no seriado “Doctor Who”, o setup da TARDIS de Whovian era azul.

– Tem uma piscina aqui? – perguntou Jedi olhando para Whovian que se aproximava.

– Sim, você vira a esquerda – ela apontou para a porta a leste – segue por uns dez metros e vira a direita e entra numa porta roxa.

– Porque ele pode ir na piscina e eu não? – perguntou Hunter.

– Porque da ultima vez aquela festa que você fez deixou a TARDIS com ódio de mim por uma semana e eu não consegui entrar nela. – respondeu Whovian irritada.

– Essa caixa tem muitos sentimentos. – Hunter negando com a cabeça.

– Falou o cara que deu o nome para o carro dele de Maggie. – disse Whovian cruzando os braços.

– Seria muito mais engraçado se fosse Christine. – disse Potter sentando-a à mesa fazendo Whovian e Hunter rir.

– Vocês tem uma banda? – perguntou Jedi olhando os instrumentos.

– Sim. – respondeu Hunter – Sou o vocalista.

– Guitarrista. – contou Whovian.

– Tecladista e baixista. – disse SD.

– Baterista. – disse Potter.

– Quem toca violino? – perguntou Jedi olhando para o instrumento.

Os quatro ficaram em completo silêncio. Jedi entendeu que isso talvez não devia ter sido perguntado, ele se sentiu extremamente culpado por perguntar, porém não tinha como saber que isso era algo ruim.

– Minha mãe – disse Whovian suspirando –, minha mãe tocava violino.

Jedi assentiu. Hunter pigarreou.

– Você toca algum instrumento? – perguntou ele.

– Eu… – Jedi sentia-se extremamente culpado por responder isso, apesar de não ser sua culpa, ele não sabia o que tinha acontecido com a mãe de Whovian, e não perguntaria – Eu toco violino. – e saber tocar violino não o fazia ser culpado pelo o que houve.

Whovian sorriu.

– Você sabe tocar o tema de Star Wars? – perguntou ela.

Jedi sorriu.

– Você acha que eu saberia tocar outra coisa melhor?

Jedi olhou para os quadros. Havia uma pintura de dois martelos cruzados, o símbolo da banda Pink Floyd, SD disse que foi ele quem havia pintado, havia um do outro lado que era uma colagem de fotos e imagens, havia diamantes, fotos dos quatro, imagens referentes à Harry Potter, Doctor Who, Supernatural, Star Wars, Star Trek, Senhor dos Anéis e outras varias coisas. No meio havia uma foto grande de Jensen Ackles sorrindo com uma coroa rosa na cabeça.

– Porque tem uma foto do Jensen aqui? – perguntou Jedi.

– Porque isso aqui é o nosso reino e eu sou a rainha e eu escolhi meu rei. – respondeu Whovian sentando-se ao lado de Hunter, SD e Potter também sentou-se.

– Achei que se fosse assim seria o David Tennant. – Jedi sentou-se também.

– Não. Eu amo o David, mas o Jensen é outro nível.

Jedi concordou. Potter respirou fundo.

– Então, Jedi você vai querer se unir ao grupo? Ou você prefere trabalhar solo? – perguntou o garoto.

– Trabalhar Han Solo. – disse Whovian, fazendo todos à mesa rirem.

Jedi a encarou um pouco, “Eu vou casar com essa garota.”, pensou ele dando um sorrisinho, mas quando ela deitou a cabeça no ombro de Hunter seu sorriso sumiu, “Ou talvez não.”.

– Eu adoraria trabalhar com vocês…

– Mas…? – perguntou SD se adiantando.

– Eu… eu não sou bom em trabalhar em grupo… da última vez… – ele suspirou.

– Você não precisa falar disso se não quiser. – afirmou Hunter.

– Eu preciso falar, sim… Eu trabalhava com mais dois Jedis, meu irmão e a namorada dele, um dia estávamos salvando um Wookie de Stormtroopers, o império caiu há tanto tempo e ainda há pessoas que seguem as ideologias de Vader, como Hitler – ele bufou contrariado –, e… eu não consegui salvá-los, nenhum deles, nem meu irmão, nem a namorada dele e nem o Wookie. Eu fugi com medo e saí de lá sem um arranhão, deixei os três pra trás, pra morrer… Eu não sinto que consigo trabalhar com vocês… vou acabar abandonando vocês.

– Quando foi isso? – perguntou SD.

– Faz cinco anos. – respondeu Jedi respirando fundo para não chorar.

– Você tem dezessete? – perguntou Whovian, Jedi assentiu – Você era só um garoto, foi normal você sentir medo. Todos nós erramos por medo, Jedi.

– Meus pais disseram isso também, mas eu não consegui me perdoar, não consigo.

– Você acha que o seu irmão, independente de onde ele estiver agora, você acha mesmo que ele está culpando você pelo o que houve? – perguntou SD.

Jedi suspirou.

– Eu não sei.

– Olha, Jedi, você pode pensar no caso, vá para sua casa e amanhã você diz para nós se quer ou não trabalhar conosco. – disse a Whovian – Todos nós precisamos de ajuda, sempre é bom ter mais pessoas como nós. Você tem que lembrar que… – ela olhou para Hunter que a olhou de volta e assentiu – você não pode passar o resto da sua vida se culpando por uma tragédia.

Jedi assentiu suspirando.

– Então como vocês se conheceram? – perguntou ele.

Se você gosta de Doctor Who e conhece a música “An Awful Lot of Running” ela pode ajudar muito a ilustrar o que houve para esses dois se conhecerem, além de ser um música muito fofa.

– Tudo começou como eu e a Whovian nos conhecendo. – disse Hunter – Faz uns bons quatro anos… Eu estava indo até uma cena de crime com meu carro, quando vi aquela coisa azul voando e de repente a mesma coisa se materializou na frente do meu carro, quase rolou um acidente, se a Maggie não tivesse freios tão bons, não estaria aqui.

‘A porta da TARDIS se abriu e essa coisa minúscula se inclinou pra fora e gritou “Corra pela sua vida”. Ela saiu da caixa dela e correu até o meu carro, abriu a porta e me puxou para fora. Corremos muito aquele dia, tive que destruir um Cybermen, meu primeiro. Minha vida nunca foi comum, mas aquilo era extremamente diferente. Ela disse que eu era brilhante…

– E que poderia mudar o mundo. – completou Whovian – Depois de eu mostrar a ele que poderia conhecer muitas galáxias, planetas e luas comigo, ele me levou até onde queria ter ido no começo de tudo e o ajudei a fazer um exorcismo.

– Eu conheci a Whovian quando o Hunter chegou com ela aqui em casa. – disse Potter – Ano passado, conhecemos SD, ele estava lutando com um minotauro, fazendo um imenso estardalhaço no centro da cidade quando a gente chegou.

– Você fala como se a culpa fosse minha daquela coisa estar atacando. – disse SD.

– Não digo que seja sua culpa, mas aqueles seus gritos eram tão altos. – comentou Hunter fazendo cara de dor enquanto o resto das pessoas no local riam.

– Aí, nós encontramos você, porque você partiu um Dalek no meio. – concluiu Whovian.

– Crianças – disse Bruna descendo a escada com um prato cheio de biscoitos de chocolate –, o Diego terminou os biscoitos dele, trouxe um pouco para vocês. – ela colocou o prato no centro da mesa e todos agradeceram pegando um, ela olhou para o Jedi – Então você vai entrar no grupo?

– Ele ainda vai pensar no caso, mãe. – respondeu Potter com a boca cheia.

– Você acredita que esses meninos não são populares sendo que eles têm uma banda? – perguntou Bruna a Jedi espantada com esse detalhe.

– É porque eu posso até tocar guitarra, mas eu também falo de Wibley Wobley Timey Wimey Stuff quando o professor fala algo de errado sobre história. – respondeu Whovian – Eu viajei no tempo e eu sei o que aconteceu. Falando em viajar no tempo, eu esqueci de comentar… alguém, no futuro, vai fazer uma fanfic sobre nós.

– O que? – Hunter, SD, Jedi, Potter e Bruna perguntaram ao mesmo tempo.

Me pegaram.

– É, pegamos sim. – disse Whovian sorrindo de canto.

– Com quem você está falando? – perguntou Potter unindo as sobrancelhas.

– Com o Narrador, eu sei o que ele vai escrever então eu posso responder. – explicou ela.

Whovian, você é a melhor.

– Obrigada.

Só digo verdades.

Whovian sorriu enquanto o resto das pessoas no local a encaravam sem entender. Eles negaram com a cabeça deixando isso para lá, é complicado entender Whovian, às vezes.

– Nossa história é boa? – perguntou SD preocupado – Algo ruim acontece?

– Eu não li direto, não posso ler sobre o nosso futuro, é trapacear.

Whovian tem razão. Jedi olhou para aquelas pessoas naquele lugar, naquele Kingdom, todos aqueles Fandoms cercando o porão todo e aquelas pessoas que se preocupavam umas com as outras que nem havia o conhecido direito e já o haviam levado para o lugar que eles se reuniam, estranhamente ele se sentia incrivelmente acolhido e aqueles biscoitos estava muito bons. Seria bom seguir em frente e ter um grupo para ajudar a lutar, Stormtroopers sempre vem em grupos grandes e toda ajuda é bem-vinda.

Uma coisa muito interessante sobre o dia que o irmão de Jedi morreu será descoberta no futuro, e você novamente vai ter que esperar pelo futuro para que ela seja contada, Whovian já disse que é trapaça.

Agora, vá assistir a abertura de That 70s Show e imagine os nossos personagens fazendo a mesma coisa, cantando dentro do carro de Hunter, esse seria um ótimo encerramento para o episódio.


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Notas finais do capítulo

Comentem e me digam o que acharam.

Amo vocês, até a próxima, beijinhos.