Pov. Kyle

Entramos furtivamente no auditório depois de arrombarmos a fechadura com o cartão de crédito de Samwell.

— Por que estamos fazendo isso mesmo? — pergunta Kate.

— Para mostrar que ainda mandamos nesta escola — explico. — E você está aqui para termos quem culpar caso a diretora descubra.

— Interessante.

Olho na parede algumas placas que nunca tinha reparado, afinal, quase nunca estive naquele lugar. Em uma das placas, uma mulher gorda, na do meio, maior que as outras, estava escrito "Auditório Finn Hudson"

— Quem é Finn Hudson? — pergunto.

— Sei lá, um dos presidentes? — diz Holly não muito certa.

— Foi a mãe do auditório que escolheu esse nome para ele quando estava grávida — conta Katherine que, como sempre, fala alguma bobagem.

— Auditórios não tem mãe, sua idiota — respondo e ela dá de ombros.

Kate aponta a lanterna para a placa seguinte com a foto de um homem de aproximadamente 21 anos, embaixo da foto o nome "Finn Hudson"

— E isso explica alguma coisa? Quem é esse mané?

—Alguém bem mais importante do que você jamais será — responde uma voz masculina desconhecida atrás de mim.

Me viro apressadamente, um grupo com três mulheres e dois homens, provavelmente ex-alunos.

— E quem são vocês para dizer o que eu posso e não posso ser, hein, coroas?

— Eu sou Noah Puckerman, tenente da força Aérea Americana, melhor amigo de Finn Hudson. Escuta, cara, eu já fui como você, me a achava o gostosão, mas não era nada, sabe o que mudou isso? — ele dá um tempo antes de dar a resposta, já que, obviamente, nenhum de nós ia respondê-lo. — Finn Hudson e o clube do coral.

— Nós já somos do clube do coral — digo.

— Eu não — anuncia Katherine. — Nem sei o que isso significa.

— Olha, Britt, parece você quando entramos no Glee — anuncia uma das mulheres.

— Na época que eu não sabia que sou um gênio — completa a loira ao seu lado. — Vem cá, vou te explicar o que significa.

Com isso, Katherine e as duas mulheres saem.

— Os dois ainda não se apresentaram — se intromete Holly, andando para frente do grupo.

— Sou Jake Puckerman e essa é a Kitty Cat — o homem ao lado de Noah se apresenta e Kitty faz um som parecido com o de um gato.

— Nós sabemos como é estar no topo das paradas, mas a escola não dura para sempre — fala Kitty.

(http://www.vagalume.com.br/taylor—swift/fifteen—traducao.html — Imagine homens cantando também)

Pov. Halley

O mar vermelho se concentrava em tono da fogueira, alguns ex-alunos famosos do Mckinley como Mercedes Jones e Rachel Berry estavam por lá.

Já era a quinta vez que eu vomitava naquela noite, talvez pela multidão, o calor da fogueira ou o excesso de vermelho em meu canto de visão, o fato era que meu bebe não gostava daquilo.

Me afastei e recostei na arquibancada. Matt estava num congestionamento e ainda não tinha chegado, tudo que me restava era esperar.

— Você está grávida — Acusa alguém que para ao meu lado.

Tento arrumar algo para dizer, minha barriga de 2 meses já estava bem grande mas eu estava tentando disfarçar.

— Eh, eu... — Finalmente reconheço a mulher, Quinn Fabray, já ouvi falar alguma coisa sobre ela — Claro que não!

— Não tente esconder, vômito, colocando a mão constantemente na barriga que tenta esconder por baixo da camiseta larga — Diz Quinn — Eu já estive em sua posição.

Não sei o que responder e quando percebo estou chorando em seus braços e contando toda a história.

— Olha a primeira coisa que deve fazer é ir no médico e contar a algum adulto sobre isso — Ela dá um sorriso fraco — E se for esconder é melhor usar blusas com um elástico abaixo dos seios, disfarça mais a barriga, mas não por muito tempo, a sua já está ficando bem grande.

Seco minhas lágrimas. Quando foi que eu me tornei tão emocional?

Quinn me dá várias dias e me conta algumas histórias, foi a pessoa mais útil até agora.

— Se precisar de alguma coisa, aqui está meu telefone — Ela me dá um papelzinho esverdeado e vai embora.

Alguns minutos depois Matt chega

— Como vai amor?

— Eu tenho que ir para casa — Respondo dando meia volta em direção ao carro.

***

Decidi não contar aos meus pais, não tenho ideia de como iriam reagir, mas também não acredito que não tenham descoberto até agora, essa é a prova de que eles não se importam comigo e com Holly.

— Halley, posso falar com você?— Pergunta Jay depois que a aula acaba.

— Claro, algum problema com minhas notas?

— Como suas notas não, mas, não teve como eu não notar que sua barriga. — Ele conta

— Todo mundo já notou, a escola inteira já sabe que eu estou grávida — Respondo — Todos menos os meus pais

— Halley, isso é muito sério, minha esposa já esteve grávida, se precisar de alguma coisa, saiba que eu estou aqui para ajudar.

— Obrigada professor, mas agora eu tenho que ir ou a Angelique vai me matar — Digo e vou embora.