Era típico dele fazer as coisas as pressas, como estava fazendo agora. Ele tinha decidido a um mês, com uma mulher que ninguém havia ouvido falar na vida, gostaria de achar que era uma paixão, muito, muito rápida, mais ele falava dela de uma maneira tão doce. Não que eu tivesse conversado com ele, mais a Natasha havia, e o Steve. O Steve, eu acho, desconfiava da minha dor, por incrível que pareça a Nat nem tanto.

Era hoje. O dia que havia me torturado durante esse tempo. Eu encarava dois vestidos a minha frente, um vermelho, e um que eu estava tentada a usa-lo. Decidi que eu não iria com nenhum, porque eu não iria.

Me encarei. Eu estava tão destruída que nem se eu quisesse disfarçar que estava definhando por dentro eu conseguiria. Já havia cogitado fingir que estava forte. Ir lá sorrir, e desejar felicidade pelo casal.

Estava com tanta raiva dele, me levantei, coloquei uma camisola e me deitei na cama. Tendo um acesso de raiva joguei um quadro meu e dele que existia ao lado da minha cama, em uma mesinha. Era de vidro.

Joguei com força na parede do quarto.

– VOCÊ É UM IDIOTA STARK! - eu gritei irritada. Mais era minha culpa, ele me procurou depois que eu resolvi me separar. Era meu erro. Eu não sabia se ficava com raiva dele nem de mim, eu não sabia o que pensar.

Poderia ser eu ali, se eu não tivesse tido a ideia de me separar dele. Feliz, e eu não poderia está mais feliz. Deus, como doía...

Como eu queria está na pele dela, só de pensar que ele a tocaria assim como fazia comigo. Doía. Doía muito. Que todas as manhãs era ela que estaria lá. Ninguém nunca vai ama-lo como eu o amo. Queria ter certeza, que nunca daria o carinho que eu havia o dado. Eu poderia está morta, morta de amor. E nada poderia curar a minha dor.

Eu me limitava ao meu quarto nos últimos dois meses, eu circulava pela casa como um ser sem vida, sem alma. Uma criatura que só emanava tristeza, quando alguém vinha aqui, eu tentava sorrir, parecer que não estava morrendo por dentro.

Fui até a cozinha, o chão estava gelado, amarrei o cabelo em um coque frouxo. Ainda havia vinho branco na geladeira da noite anterior, peguei uma taça e a garrafa. Sentei no sofá e bebi um pouco do gargalo mesmo.

Eu só queria chorar, chorar todas as lágrimas que eu podia. Até ficar desidratada. Como poderia ser eu. Como eu queria ser ela com todas as minhas forças.

Se eu não tivesse feito aquilo, se eu não tivesse me separado.

– eu te amo Tony Stark. - sussurrei para a casa sombria e vazia. Onde jazia minha dor.