Time for Smile escrita por Slendon6336


Capítulo 1
Capítulo Único: O aluno da carteira ao Lado


Notas iniciais do capítulo

Yo pessoas~
Vim trazer mais uma one-shot de shounen-ai porque yaoi tá complicado (XD).
Mas vou estourar de one's meu perfil, fiquem avisados.
Só espero que gostem e quem deixem reviws, pls ♥

~Boa Leitura o/



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Era o primeiro dia de aula para Kazuo Nanase, um extrovertido de primeira categoria, centro das atenções no antigo colégio por conta da popularidade excessiva que conquistara apenas com o bom-humor e a “carinha bonitinha”. Era um comum garoto de cabelos alaranjados e bochechas coradas em um corpo de estatura magra. Entrara no meio do ano por conta da mudança dos pais para uma cidade nova em Nagoya. Ter deixado Tóquio fora uma boa ideia na cabeça de Kazuo, afinal, não teria toda a correria que era as ruas em movimento constante.

O professor o apresentava para o restante da sala de aula, onde outros alunos, novos rostos que logo seriam amigos seus, pareciam mais concentrados em não dormir por conta do horário. Era uma manhã meio quente, meio fria por estarem ao fim do verão e no começo do outono, e na noite passada houvera um campeonato imperdível de Robot Fight! (Robooto Fighto, na pronúncia carregada de sotaque japonês do locutor que narrava o título), um programa de lutas nacionais de robôs programados pelos próprios competidores.

— Ah, você viu? Hidekazu venceu! — Era um sussurro que se escutava no fundo da classe, onde duas garotas conversavam sobre a luta passada — Claro que tinha de vencer, o robô dele tem um designe incrível!

— Mas o Hidekazu em si tem um designe incrível! — Riram entre si.

Tudo o que Kazuo Nanase pôde pensar foi o quanto não queria ter ouvido aquilo. Por não ter conseguido assistir o programa na noite passada, esperava poder chegar em casa naquela tarde para poder ver com seus próprios olhos a gravação.

O professor apontou uma das primeiras carteiras que se encontravam vazias, ao lado de uma garota com ar de desligada e um garoto que não exalava uma boa áurea, curvado sobre sua mesa e de cabeça baixa.

De certa forma, aquele garoto sentado ao seu lado esquerdo transmitiu curiosidade em Kazuo. Não estava acostumado a ver pessoas tão cabisbaixas e melancólicas como daquele jeito.

O professor já havia voltado a explicar matéria quando o ruivo se inclinou para a garota do lado oposto.

— Hey, qual é o problema do carinha de cabelo azul? — Indagou, vendo a expressão da jovem tornar-se salgada.

— Gotou-kun perdeu os pais em um terremoto na região de Kinki. — Explicou ela em voz baixa, talvez não querendo lembrar o outro garoto sobre a tragédia — Eles viajavam a trabalho e então o prédio em que estavam desabou.

Kazuo se sentiu pesaroso, olhando de canto para Gotou, agora sabendo o motivo pelo ar pesado.

Sentiu-se no dever de fazê-lo sorrir mais uma vez, afinal, de quando era aquele terremoto em Kinki? Um ou dois meses? Era muito tempo para alguém ficar sem se sentir feliz por um breve segundo. Então estava decidido. Até o final das aulas ele ia fazê-lo sorrir!

...

A primeira tentativa tivera sido um desastre. Kazuo não era muito bom de desenho, porém como era aula de artes se esforçou para desenhar algo bom o suficiente para deixar alguém feliz e jogou o papel sobre a mesa de Gotou. O de cabelos azuis levantou os olhos surpreso ao ver que aquilo era para si.

Acho que consegui!”, pensara o ruivo.

Gotou encarou o desenho e depois olhou rapidamente para o aluno novo, mas logo voltou a curvar-se sobre a carteira, desinteressado.

Kazuo ficou frustrado, contudo não desistiu. A determinação em si era demasiada grande.

Uma das aulas extracurriculares era culinária, e então o ruivinho viu sua chance brilhar. Era ótimo em fazer doces, o que significava que não podia deixar aquela oportunidade perfeita escapar.

Um sorriso meio diabólico reinou em sua face enquanto mexia a massa quase que brutalmente, tão animado que chegava a assustar. Gotou observou aquele estranho novato com peculiaridade.

O que diabos têm de errado com esse garoto?”, pensava o azulado preso na cena patética. Uma sobrancelha ergueu-se, sem poder se concentrar no seu próprio exercício.

Quase no fim da aula, Kazuo lhe trouxe um cupcake de formato impecável. Naquele ponto, Gotou já percebia o quanto louco ele era, mas mesmo assim o presente não foi o suficiente para lhe trazer a felicidade de volta.

E depois de milhares de tentativas falidas, o que restou para Kazuo foi a última aula: A de Educação Física. Jogariam basquete de acordo com a professora e com uma estranha animação desesperada, o ruivo saltava em seu lugar, mantendo os olhos fixos na cesta. Faria uma vitória para Gotou, já que este felizmente estava em seu time.

O aluno novo quase se esqueceu de que era sua primeira vez pegando uma bola de basquete.

O de cabelos azuis apenas observou enquanto o colega corria com a bola na mão, empurrando com agressividade os adversários para chegar à cesta. O que obviamente era contra as regras.

A bola entrou na cesta, e quicou no solo. Kazuo gritou vitória, sem perceber que todos o encaravam, perplexos, e os seus adversários estavam caídos no chão, abraçando a barriga ou segurando as cabeças atingidas pelo garoto.

— ESSA FOI PARA TI GOTOU-KUN!... Ué? — Indagou ele ao perceber a cena.

A professora ficou furiosa, berrando e gesticulando como a um dragão que soltava fogo:

— Isto aqui é BASQUETE! Não FUTEBOL-AMERICANO!!

Kazuo bufou e se desculpou com os outros, não fugindo de aulas extras mais tarde.

A segunda tentativa de jogo, o ruivo decidiu que estaria desistindo finalmente de tentar alegrar Gotou. Afinal, era impossível!

O ruivo estava se sentindo um lixo por não conseguir animar uma pessoa, isso porque tinha fama de bonzão no antigo colégio, então fora uma decepção para si.

O apito soprara, contudo Kazuo estava mais ocupado em se autocondenar do que prestar atenção.

— KAZUO-KUN! — Alguém o alertou, mas fora tarde demais. Uma maré vingativa de jogadores desesperados por uma bola o atropelou. A sensação era de se estrar sendo pisoteado por uma manada de elefantes [N/A: Experiência própria da autora].

A dor era enorme. O garoto prendia as lágrimas de dor e frustração nos olhos quando alguém lhe estendeu a mão. Alguém da qual ele nunca pensou que o faria.

— Você está bem? — Indagara Gotou, com um ar preocupado. Kazuo sequer conseguia falar. Eram tantos pensamentos e emoções em um único minuto que a tarefa se tornava simplesmente impossível.

Ao perceber isso, Gotou imediatamente procurou outra forma para se comunicar com o novo amigo (sim, já o considerava por conta de tudo que fizera em um único dia).

Assim, o azulado abriu um imenso sorriso com dentes brancos e paralelos, que refletiu como a luz da manhã no rosto de Kazuo. Meio emocionado, meio sem-jeito, o ruivo se sentiu cinquenta vezes melhor. Algo floresceu dentro de si ao ver aquele lindo sorriso no rosto de Gotou. E palavras não são o que descrevem o seu estado naquele momento, porém, a forma que o retribuiu não poderia ser de outra maneira senão sorrindo de volta.


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Notas finais do capítulo

Acho que me senti mais motivada a postar isso porque tem uma pessoa em específico que tem o sorriso MAIS. LINDO. DO. MUNDO! Um beijo pra ela (onde quer que esteja neste momento).



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