Meant to be escrita por lgbellamyt


Capítulo 27
Em algum lugar além do arco-íris...


Notas iniciais do capítulo

Eu amo O Mágico de Oz então esse capítulo está cheio de referencias ao filme.
A música tema do capítulo é essa: https://youtu.be/PSZxmZmBfnU
Munchkings são essas pessoinhas: http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2014/01/16/article-2540941-1AB968AE00000578-444_634x440.jpg


Já quero avisar que esse capítulo é bem dramático e gira em torno de toda essa coisa de ser uma boa mãe.

Dedico este capítulo enorme á Thay que recomendou a fic e que fez aniversário há uns dias e á Suellen que faz aniversário hoje. Amo vocês e obrigada por tudo!

(A Isa pediu que eu mostrasse como Olivia tinha perdido o bebê anterior mas eu não consegui encaixar num flashback então eu apenas coloquei ela falando como aconteceu.)



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O dia no parque tinha sido lindo e bastante prazeroso para todos, mas o casal não poderia deixar de perceber o quanto Meredith ficou estranha de uma hora pra outra. No carro, a menina estava com a cara fechada apreciando a paisagem pela janela do carro enquanto Noah era só sorrisos e batia palminhas até o cansaço vencê-lo e ele dormir na outra extremidade do banco do carro.

Hank abriu a boca para dizer ou perguntar algo para a menina, Olivia não sabia ao certo o que ele iria dizer mas tocou-o no braço e lhe deu um olhar pelo canto do olho e ele entendeu o recado e fechou a boca voltando a prestar atenção na avenida. Era melhor deixar a menina pensando com seus botões do que irrita-la com perguntas que ela não iria gostar de responder naquele
momento.

Quando eles finalmente chegaram em casa, Meredith foi a primeira a entrar em casa e trancar-se no seu quarto. Hank ainda carregava Noah em seus braços para colocá-lo na cama, porque segundo ele Olivia não deveria pegar peso. Besteira dele, Olivia pensou. Mas ainda assim era bom sentir-se cuidada por alguém.

Voight colocou Noah na cama e lhe deu um beijo de boa noite e depois desceu as escadas novamente encontrando Olivia sentada na beira da cama.

'Você acha que ela está brava porque eu tô grávida?' Olivia perguntou, levantando a cabeça e deixando os cabelos caírem pelo seu rosto.
'Sim.' Respondeu, sentando-se ao lado dela na cama e passando o braço pelo corpo dela abraçando-a de um jeito estranho. Mas confortável.
'Porque ela sente que vai ser trocada pelo bebê?' Fez outra pergunta, levantando o pescoço para olha-lo nos olhos. Aqueles olhos castanhos olhando-o tão profundamente que ele achou que ela seria capaz de ver sua alma mas a verdade era que ele quem estava vendo a alma dela. Hank podia sentir um misto de felicidade e tristeza dentro dela.
'Sim, e ela acha que nós vamos amar o bebê mais do que amamos ela. Meredith tem problemas de confiança e auto-estima, Liv. Não culpe ela!' Hank disse, observando a mulher desvincular-se do seu abraço e, levantando-se, ela retirou sua roupa ficando apenas de lingerie exibindo todas as cicatrizes do seu corpo. Ela não tinha mais vergonha de exibir seu corpo para ele. Não mais!
'Eu não a culpo. Eu entendo, é normal que ela se sinta desse jeito mas eu realmente estou preocupada que ela esteja com raiva e trancada naquele quarto sozinha.' Olivia retirou seus sapatos e voltou para cama, agora deitando-se em seu lado da cama.
'Vamos checar.'
'Eu não acho que ela queira me ver agora, então eu vou só dar um beijo em Noah e voltar pra cama.' Benson levantou-se novamente e colocou um roupão antes de ir no quarto de Noah e depositar beijinhos na cabeça do seu filho e saiu do quarto dele encontrando Hank parado do lado de fora.

Ela olhou para ele e lhe deu um meio sorriso, Hank lhe estendeu a mão e eles foram de mãos dadas até o quarto onde finalmente deitaram para dormir.

Olivia estava deitada com a cabeça apoiada no peito de Hank que cheirava o cabelo da mulher e fazia círculos invisíveis com seus dedos nas costas da mulher. Hank Voight não era muito de demonstrar suas emoções mas naquele dia ele estava tão agradecido por tudo que tinha acontecido que ele precisava agradecer e sorrir até para o breu do quarto. Ele foi interrompido percebendo algo molhando seu peito, moveu-se lentamente só para ligar a luz do abajur ao seu lado, a imagem fez com que o coração dele quebrasse em mil pedacinhos: Olivia estava chorando, as unhas dela cravando-se em suas próprias mãos e no peitoral do homem.

'O que aconteceu, Liv?' Hank ajeitou-se na cama de modo que eles agora estavam sentados um de frente pro outro.
'Eu estou com tanto medo!' Dito isso, a mulher desmanchou-se em lágrimas na frente dele, caindo em seus braços e agarrando-se a ele como se algo de ruim estivesse acontecendo e ele seria seu único salvador. Hank beijou-a em sua clavícula em seguida depositando sua cabeça nos ombros dela e deixando que ela fizesse o mesmo com ele. 'E se eu não conseguir ter o nosso bebê de novo? E se Meredith está brava comigo porque eu não sou uma boa mãe? E se Noah acha a mesma coisa que ela? Eu tive um relacionamento abusivo com minha mãe e eu não sei como uma boa mãe se parece. Eu não posso ser aquilo que eu nunca tive!'
'De onde você tirou isso, Olivia? Você é uma ótima mãe, as crianças amam você e Erin também. Meredith e Erin tem um sério problema em confiar nas pessoas e ainda assim elas confiam em você e te amam como se você fosse a mãe delas de verdade. Porque é isso que você é! Você escolheu Noah, Meredith e Erin para dar amor e é isso que você vem fazendo. Você é maravilhosa, eu não poderia ter escolhido uma mulher melhor para ser minha esposa, pra ser mãe dos meus filhos... Você é um ser humano espetacular, Olivia, e quando você fica se colocando pra baixo dessa forma você me deixa triste por você. Você não pode dizer que não é uma boa mãe porque você não percebe as coisas que você abdicou por isso, você não percebe o quanto você fica maravilhosa quando dorme no chão da sala porque estava assistindo desenho com as crianças, você não vê o quanto você fica fofa mudando sua voz pra fazer jus ao personagem de um livro que você está lendo pra Noah e Meredith. O que você teve com sua mãe eu realmente sinto muito, mas eu não vejo você reproduzir nada do que ela fez com você com nossos filhos, isso é o que faz de você uma ótima mãe!'
'Você acha?' Ela levantou a cabeça, olhando-o nos olhos e agora os olhos castanhos de Olivia estavam nadando em suas lágrimas que caíam sem cessar.
'Eu tenho certeza!' Ele sorriu e ela sorriu de volta para que ele soubesse que ela estava bem agora e que ele era um dos responsáveis por isso.
'Eu amo você!' Ela disse, fazendo-o ter certeza de que ele foi a melhor coisa que aconteceu na vida dela.
'Eu amo você também, meu bem.' Hank beijou Olivia rapidamente até que a mulher colocou-se a encara-lo de novo.
'Obrigada por tudo. Sério! Eu...'
'Não precisa agradecer por nada.' Ele interrompeu. 'Eu só estava sendo um bom marido.'
'Eu gosto quando você diz que é meu marido. É excitante, sabia?' Olivia deu-lhe um selinho e em seguida deitou a cabeça em seu ombro. Hank deu-lhe um beijo na testa e acariciou os braços dela até que sentiu a respiração tornar-se leve e teve a certeza de que ela finalmente tinha dormido e então, ele dormiu também.

xXx

Olivia sentia seus pés pisando o chão frio, ela não podia ver nada ao seu redor por estar em um completo breu. Ela sequer sabia onde estava ou como foi parar naquele lugar, a mulher começou a correr sem saber ao certo para onde iria mas ela precisava lutar por sua vida visto que, de alguma forma, ela sentia-se ameaçada naquele lugar. Olivia correu até perder o fôlego quando foi obrigada a parar, olhando para os lados de forma frenética ela viu uma pequena fonte de luz a sua frente e correu em direção. Quando chegou ao lugar almejado, não tinha nada além de uma forte claridade que doía em seus olhos. De repente, começou a ouvir vozes chamando seu nome, vozes de pessoas que ela conhecia mas não se lembrava quem. Uma voz em particular chamou sua atenção, a mulher seguiu a voz até que chegou a um outro lugar: era bonito e tinha flores por todos os lados, a sua frente tinha uma fonte cinza de água cristalina, ao seu redor tinha flores e um casarão combinando com a cor da fonte de água.

'Olá, Olivia.' Uma mulher se virou, os cabelos negros caindo sobre os ombros e os olhos verdes reluzindo a luz da lua. Isso não pode ser real!
'Camille! O quê?...Oh, meu Deus...' Olivia fincou os dedos em seus cabelos e começou a andar de um lado para o outro. 'Isso não pode estar acontecendo. Você está morta!' A mulher quase gritou.
'Eu sei, mas eu queria falar com você sobre uma coisa muito importante.'
'O quê? Não! Isso é insano, não pode estar acontecendo. Eu estou morta?'
'Não, você não está morta.'
'Então porque eu estou falando com você? Isso é impossível!'
'Não tenha medo, eu não vou fazer mal pra você... ou para o seu bebê.'
'Como você sabe sobre o meu bebê?'
'Eu sei de tudo.' Camille fez menção de tocar-lhe o rosto mas Olivia desviou e deu um passo para longe da mulher a sua frente.
'Desculpe se eu não tenho um bom histórico com as ex de Hank.' Desculpou-se e viu a mulher a sua frente sorrir. Olivia estava cogitando a ideia de que ela estava louca ou tinha entrado em algum coma induzido e aquilo era coisa criada pelo seu subconsciente. Qualquer coisa era mais cabível do que o que de fato estava acontecendo ali.
'Eu preciso que você tenha certeza do que você está começando.' Camille iniciou a conversa e viu o semblante confuso de Olivia. 'Eu preciso que você tenha certeza de que quer ter uma família com Hank, fazê-lo feliz, viver o resto da sua vida com ele. Ele já sofreu muita perdas e não sobreviveria se perdesse você também. É por isso que eu lhe chamei aqui, Olivia. Eu preciso que você tenha certeza, você tem?'
'Claro que eu tenho.' Ela respondeu, sem hesitar, sem nem pensar direito porque é claro que ela tem certeza. Como alguém poderia ter dúvidas disso?
'Eu já sabia disso mas eu só queria ter certeza.'
'Erin me contou que ela e Hank sofreram muito quando você morreu, eu não seria capaz de começar algo que eu não tenho certeza que quero. Eu não seria capaz de fazê-lo sofrer novamente.'
'Eu quero que você saiba de uma coisa também.'
'O quê?'
'Eu senti a mesma dor que você, eu perdi meus bebês também. Eram gêmeos.'
'Como isso aconteceu? Hank não me disse nada sobre isso.'
'Você já estava se culpando por algo que não era sua culpa, ele não queria que você tivesse algo mais a se preocupar.'
'Sinto muito!'
'Não sinta. Se eu aprendi alguma coisa aqui é que as coisas acontecem quando elas têm que acontecer.'
As palavras da mulher eram reconfortantes mas Olivia não podia parar de imaginar o quanto que Hank sofreu tendo perdido tudo e ela era tão egoísta por achar que a dor dela era maior do que a de todo mundo.
'Eu estava trabalhando em um caso de prostituição infantil, não era tão perigoso assim comparado aos outros casos que eu já tinha trabalhado. O Capitão disse que não era pra eu ir sem reforços mas eu era teimosa e eu fui mesmo assim, somente eu e meu parceiro.' Ela fez uma pausa para respirar, tirou uma mecha do seu cabelo da frente dos olhos e começou a olhar para o chão, desviando o olhar da outra mulher. 'Quando chegamos lá nós nos vimos no meio de um tiroteio e obviamente começamos a revidar. No meio do tiroteio eu consegui acertar 2 dos 4 caras que estava atirando contra nós, eu levei um tiro na barriga e comecei a sangrar. Eu comecei a sentir, além do queimor do tiro, uma cólica insuportável e sangue escorrendo pelas minhas pernas, foi quando eu percebi a equipe SWAT entrando no local e eu só podia ouvir barulho de tiro para todos os lados. Eu só queria que aquela dor passasse, eu gritava demais e eu estava ficando fraca então eu fechei os olhos e quando acordei eu estava no hospital, Hank estava ao meu lado e eu até hoje não sei como ele chegou lá tão rápido...' Olivia sorriu em meios as lágrimas que teimavam em cair dos olhos dela. 'Ele ficou do meu lado durante todo o tempo, os médicos disseram que era apenas um embrião com poucas semanas e que não era capaz de sentir dor ainda. Mas eu senti como se toda a dor tivesse vindo para mim, o meu sonho sempre foi ser mãe e quando eu tive a chance ela foi tirada de mim porque eu não fui capaz de proteger a mim e ao meu bebê. E não importa o quanto Hank e meus amigos digam que não, isso foi minha culpa.'
'Você não sabia.' Camille tentou reconforta-la, colocando sua mão em seu ombro.
'Isso não faz de mim menos culpada. Não tem um dia em que eu não me sinta desse jeito mas eu percebi que eu já era mãe, eu tinha Noah, eu tinha que lutar por ele e protegê-lo. Ele é meu filho e eu o amo tanto quanto eu amaria a criança que eu estava gerando e o amo tanto quanto amo a que estou gerando agora. E Meredith e Erin também. Mas Noah foi essencial para que eu começasse a sarar, ele quem me deu forças para ver o mundo de novo.' Ela sorriu falando do seu garotinho. 'Mas eu também percebi que nunca vai sarar, sempre vai vir alguma coisa e enfiar o dedo na ferida e abri-la de novo.'
'Eu sinto muito, Olivia.' Camille lhe disse, tocando-lhe o ombro. Olivia fechou os olhos com o contato e abriu quando não sentiu mais a mão dela em seu ombro.
'Não sinta... Eu... Ah!' Olivia gritou. Quando ela abriu os olhos a mulher não estava mais lá, em vez disso, a imagem da sua mãe tinha-se materializado á sua frente. 'Mamãe? O que você está fazendo aqui?'
'Eu não tenho muito tempo, munchking.' Sua mãe chamou-lhe pelo apelido de infância e sorriu e ela sorriu de volta, era bom sentir a presença de sua mãe de novo, mesmo sabendo que nada daquilo era real. Ou era?
'Faz um longo tempo que você não me chama assim.' Lamentou-se e olhou para o chão, mexendo em suas próprias mãos.
'Eu sei.' Sua mãe andou para mais perto e pegou-lhe a mão, Olivia sentiu-se obrigada a olha-lá nos olhos. 'Eu só queria dizer para você não se preocupar, você é uma ótima mãe. Melhor do que eu fui.'
'Você fez o possível.'
'O possível não era suficiente.' Elas andaram até a fonte e sentaram-se.
'Era suficiente quando sentávamos no chão da sala e assistíamos O Mágico de Oz no natal.' Elas riram juntas novamente e Olivia colocou suas mãos entre suas pernas e apoiou a cabeça no ombro da sua mãe. 'E quando você me chamava de Munchking porque sabia que eu odiava ser chamada por aquelas pessoinhas feias e pequenas.'
'Mas você era pequena.'
'Eu gostava quando você estava sóbria e cantava "Somewhere Over The Rainbow" para mim também.'
'Você continua amando O Mágico de Oz, ein?'
'São minhas únicas boas memórias de infância.'
'Eu sinto muito que eu fiz você passar por tudo aquilo. Eu vou fazer de tudo pra que você seja feliz, eu prometo.'
'Você não pode fazer nada, você está morta. Isso é apenas coisa da minha imaginação.'
'E se eu lhe disser algo que ninguém pode lhe dizer agora?'
'Como o quê?'
'Como o seu bebê sendo uma menina.'
Olivia levantou-se e gargalhou. 'Ok, se você diz...'
'Eu tenho que ir agora. Cuide-se, Olivia. E não se preocupe, você é uma ótima mãe e vai ser uma ótima esposa.'
'Mamãe, não! Não me deixa sozinha de novo, por favor!' Ela implorou, vendo sua mãe andar de volta até o casarão.
'Eu sinto muito, munchking.' Serena disse, dando-lhe as costas e continuando caminhando até o casarão.
'Mamãe, acorda!' Olivia ouviu as palavras vindo, em uníssono, de duas vozes que ela estava muito bem familiarizada. Ela virou-se para o outro lado e viu quando Serena deu-lhe as costas e continuou a andar em direção ao escuro total. Caminhando e cantando a música favorita de Olivia enquanto Olivia chorava e chamava sua mãe de volta. Se ela iria embora de novo porque ela se deu ao trabalho de encontra-la de novo? O que confortava o coração de Olivia era a voz de Serena cantando sua música favorita.


Somewhere over the rainbow
Em algum lugar além do arco-íris

Way up high
Bem lá no alto

And the dreams that you dreamed of
E os sonhos que você sonhou

Once in a lullaby
Uma vez em um conto de ninar

Somewhere over the rainbow
Em algum lugar além do arco-íris

Blue birds fly
Pássaros azuis voam

And the dreams that you dreamed of
E os sonhos que você sonhou

Dreams really do come true
Sonhos realmente se tornam realidade, ooh ooooh

Someday I'll wish upon a star
Algum dia eu vou desejar para uma estrela

Wake up where the clouds are far behind me
Acordar em um lugar onde as nuvens estão muito atrás de mim

'Mamãe!' Disse Meredith, ela parecia muito feliz em ver a mulher acordando.
'Papai, ela está acordando.' Noah gritou, pulando da cama onde sua mãe estava deitada e correndo até a porta do hospital. Hospital? Olivia indagou-se e só então reparou onde ela estava: deitada na cama de um hospital, as paredes brancas ao seu redor e Noah estava na porta com Dr. Halstead.
'Olivia, você está bem?' Hank perguntou-lhe, ainda sem fôlego por correr até ela. Parece que ele não tinha mais 25 anos novamente.
'Eu estou. Porque eu estou no hospital?' Ela sentou-se na cama colocando a mão na cabeça e em seguida abraçando as duas crianças sentadas em sua cama.
'Depois que você dormiu você começou a ter febre e a murmurar coisas sem sentidos.' Hank explicou.
'Você vai precisar passar o resto da noite aqui só por precaução.' Will disse e tudo que ela podia fazer era acenar com a cabeça em concordância, ela estava cansada demais pra debater sobre o porquê ela não deveria estar ali.
'Mamãe, nós vimos o bebê.' Noah disse, sorridente enquanto sua mãe passava as mãos pelos seus cabelos.
'Apesar de que parecia só um pontinho.' Meredith completou, ela realmente não tinha entendido nada do que aparecera na tela do ultrassom mas ela estava feliz que teria outra pessoa com quem brincar agora. 'Mamãe, eu sinto muito que eu fiquei com raiva. Eu fiquei com medo de que fosse me abandonar também.'
'Eu nunca faria isso, Mer. Eu nunca poderia abandonar vocês porque vocês são meus Munchkings.'
'O que é um Munchking?' Noah perguntou, confuso.
'Eu te explico depois, agora senta ali naquela mesinha que eu preciso falar com o papai.' Ela sugeriu e as duas crianças desceram e sentaram na mesa e começaram a desenhar alguma coisa.
'Eu fiquei preocupado.' Ele beijou-a na testa, em seguida sentando-se na cama ao lado dela.
'Eu sei, desculpa.' Ela disse olhando-o com seus olhos de gatinho, ele não podia ficar bravo com ela dando-lhe aquele olhar. 'No meu sonho, eu conheci Camille. Ela me disse algumas coisas sobre você e ela e me fez prometer que não faria você sofrer.'
'Que tipo de sonho foi esse?'
'Eu não sei, mas minha mãe estava lá também. Eu não fiquei em coma, fiquei?'
'Claro que não. Eu tenho certeza que Camille lhe disse que eu era um galã quando jovem.' Ele sorriu, convencido. Faze-la sorrir estava virando sua especialidade. 'O que sua mãe estava fazendo no seu sonho?'
'Ela veio pedir desculpas e me dizer uma coisa.'
'O que ela disse?'
'Que nosso bebê é uma menina. Ela cantou "Somewhere Over The Rainbow" enquanto estava indo embora, foi quando eu ouvi Noah e Meredith chamando e acordei.'
'Ok, você tem que parar de assistir filmes antigos de crianças mas eu conheço alguém que ficaria muito feliz em saber que vai ter uma irmã mais nova.' Hank disse-lhe sorrindo e olhando para a mesa onde as crianças estavam desenhando e agora Erin tinha voltado da cafeteria e juntado-se a eles. Olivia olhou na mesma direção e Erin lhe deu um tchauzinho que lhe foi retribuído.
'Você conhece? Eu conheço bem uns 3.' Ela olhou para o seu noivo de novo e sorriu enquanto ele abraçava-lhe e lhe dava um beijo.
'Nós temos uma bela família!' Olivia disse, olhando para os três novamente que agora estava andando até eles e se jogaram em cima deles em um abraço caloroso.
'Sim, nós temos!' Hank confirmou com uma voz abafada pelo abraço dos seus filhos. Eles realmente faziam uma família bonita e feliz.


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