Meant to be escrita por lgbellamyt


Capítulo 18
Ohana.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo termina (ou não) o plot de drama dessa fanfic.

O título do capítulo é uma referência a Lilo&Stitch. "Ohana quer dizer família e família quer dizer nunca abandonar ou esquecer."

Eu estou muito triste porque não consegui colocar o Noah nesse capítulo e peço mil desculpas a vocês por isso. Eu escrevi esse capítulo 6 vezes (sim, S E I S) e até chorei de frustração porque não ficou da forma que eu queria.

Mas, de qualquer forma, espero que vocês gostem disso.

(Mil desculpas pela demora também, eu não estava bem comigo mesma e todo mundo sabe que quando isso acontece eu fico dando uma de Shonda Rhimes.



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Olivia não sabia o que estava acontecendo e isso estava a apavorando.

Depois que os médicos atenderam Meredith e a menina se deixou levar pelo efeito dos remédios e dormiu, Olivia foi levada por Erin até o refeitório do hospital. E agora que ela sabia que Meredith estava bem, ela queria estar com Hank, ela queria saber se estava tudo bem.

O seu coração estava batendo tão rápido quanto o de um beija-flor e ela podia senti-lo quase rasgando sua caixa torácica e caindo para fora do seu corpo. Ela não conseguia se acalmar, ela não conseguia comer, tudo que ela conseguia pensar era nas palavras de Hank.

Olivia sentiu o corpo ferver quando ela ingeriu o líquido quente do café que desceu rapidamente sobre a garganta dela.

Olivia queria falar com Noah e tentar se acalmar, ouvir a voz do seu filho sempre a fazia bem e a transportava para um mundo mágico onde não existia o mal, apenas o bem, a verdade, o amor, o azul brilhante do céu e o cheiro doce das flores.

Mas não adiantava ela tentar disfarçar o mal existente na terra, infelizmente aquilo existia e seu trabalho era justamente acabar com esse mal. Mas ela sabia que não iria acabar, por mais que ela sonhasse com isso, ela sabia que os pais ainda iriam bater nos seus filhos, que os maridos ainda iriam bater em suas esposas, e que as pessoas continuariam a serem estupradas e isso a atormentava tanto. Por muito tempo, na sua infância, ela desejou ser uma super-heroína que iria exterminar todo o mal do mundo, mas sua mãe delicadamente lhe disse que o bem não existia se não houvesse o mal e Olivia contentou-se com aquela resposta mas agora ela começava a indagar o mundo de novo.

Porque as pessoas matam? Porque sofrem? Porque tem que ver as pessoas mais importantes da sua vida indo embora? Ela desejava ter respostas para aquilo tudo, ela desejava que Hank ficasse bem, ela desejava não sentir toda a dor que estava sentindo agora. Mas a verdade é que ela não tinha direito de sentir dor, ela ficou dentro daquela casa porque ela quis e não porque tinha uma bomba bem debaixo dos seus pés que poderia matar o seu filho. Ela não tinha sentido o peso da bomba presa ao seu corpo, ela não sentiu o ranger da madeira de quando Hank pisou na bomba. Ela não sentiu nada disso então ela recusava-se a sentir tanta dor naquele momento.

xXx

As duas mulheres tinham voltado ao quarto de Meredith e encontraram a menina ainda dormindo, o cobertor rosa jogado ao chão e o cabelo jogado sobre o rosto.

Ela sempre retira o cobertor, as duas pensaram ao mesmo tempo.

Olivia sentou-se na poltrona ao lado da menina e retirou os fios de cabelo jogado sobre o rosto.

xXx

'Sra. Voight?' uma voz distante chamava por ela, ela não sabia distinguir se era sonho ou realidade e foi obrigada a abrir os olhos.

'É "Benson"' respondeu, a voz mais rouca que o normal devido ao fato de ela ter acordado há pouco tempo.

'Oh, desculpe.' A enfermeira lhe disse, os olhos dela estavam encarando os seus como se pudesse ver sua alma e o sorriso pequeno cruzando as linhas do seu rosto. 'Seu marido está aqui e ele não deixa ninguém tocar nele até que você esteja lá, ele estava chamando seu nome e o das filhas.'

Olivia abriu um sorriso tão grande que foi quase capaz de rasgar a lateral dos seus lábios, ela pensou que se ele estava falando e chamando por ela e as meninas então era porque ele estava bem. 'Ele não é meu marido ainda mas se ele pensa que pode escapar de mim com uma bomba, ele está enganado.' Ela desviou da enfermeira pra ver Erin deitada do outro lado do quarto, Meredith continuava a dormir e estaria segura com Erin lá. Ela não queria acordar as duas.

Acompanhada pela enfermeira, Olivia sentia a necessidade de correr pelos corredores brancos do hospital e jogar-se nos braços de Hank. Mas, ao invés disso, ela estava apenas caminhando lentamente, um pé na frente do outro bem devagar e ela podia sentir suas pernas tremendo, sua cabeça girava e suas mãos estavam molhadas de suor.

Quando Benson girou a maçaneta e abriu a porta, ela não podia descrever o misto de sensações que estavam em seu peito. Ela pensou que fosse cair ao chão como uma folha seca no outono, ela pensou que aquilo era um sonho e ela iria acordar em breve mas a realidade era outra. A realidade era que Hank estava bem, falando e se mexendo na cama empurrando qualquer pessoa que ousasse chegar perto dele e ele apenas gritava "Eu quero ver Olivia, Meredith e Erin." E, meu Deus, ela estava sem respirar. O ar não estava chegando aos seus pulmões e ela estava prestes a desmaiar naquele momento.

'Oi' Foi tudo que saiu da sua boca, duas simples letras mas tão carregadas de emoção que a garganta de Olivia fechou, as lágrimas libertaram-se do castanho claro dos olhos dela e agora molhavam toda a extensão do rosto da mulher.

Hank parou, todo mundo parou e Olivia e sua emoção foi o centro das atenções naquele quarto. Ele sentou-se na cama ao mesmo tempo em que ela correu até ele e jogou seus braços sobre o pescoço do homem. Era bom, era como se ela estivesse vendo-o pela primeira vez, ela se sentia amada de novo, viva de novo e toda a dor do seu coração estava indo embora. Olivia murmurou um monte de palavras desconexas ao pé do ouvido dele, ele não entendeu muito o que ela estava querendo dizer com as palavras mas o coração dela batendo tão forte quanto o coração de um beija-flor lhe dizia tudo e muito mais do que ela queria dizer.

Ele estava vivo e estava abraçando a mulher que amava agora. Era uma surpresa visto que Hank não esperava sair vivo daquela casa no meio do nada. Ele a amava tanto, tanto... Hank desejou ficar naquele abraço pra sempre, sempre sentindo o cheiro das flores que vinha do cabelo dela, sentir o perfume doce que estava impregnado no pescoço e todo o corpo dela.

'Liv... ai... a minha costela... você poderia, por favor.' Hank pediu e não quis quebrar o momento mas ele realmente estava sentindo dor naquele momento.

'Oh, sim. Desculpe!' Olivia desvencilhou-se do corpo do homem e contentou-se em segurar as mãos deles nas suas. 'Eu estava empolgada.' Ela sorriu. 'Como você está se sentindo?' Olivia sentou-se na cama do lado dele, tocando-lhe o rosto e encarando os olhos esverdeados de Hank.

'Eu me sinto como se eu tivesse sido atropelado por um caminhão cheio de vacas.' Hank forçou um sorriso enquanto Olivia sorriu tão abertamente que ele podia ver o brilho das estrelas no sorriso dela. 'Eu amo o seu sorriso.'

'O quê? As pessoas quase morrem e ficam melosas assim?'

'O que eu posso fazer, não é mesmo?'

'Certo. Meredith está bem, ela apenas teve uma infecção em um dos cortes que Michelle fez nas costas dela.'

'Eu sei, o médico me contou. Não vamos falar sobre Michelle agora.'

'O que aconteceu lá?'

'Eles não conseguiram desativar a bomba e sim adiar. Mas não por muito tempo.' O Sargento olhou para as mãos dela entrelaçada na sua e começou a girar o anel de noivado que ele havia lhe dado. 'Eles atrasaram por 35 segundos, isso significa que nós tínhamos 35 segundos para sair da casa e correr o mais rápido que pudéssemos mas é muito pouco tempo para chegar tão longe. Então, quando a casa explodiu, nós fomos jogados pela força da destruição e eu acabei batendo numa árvore mas não foi nada demais.' Nada demais mas ele estava apertando a mão dela tão forte como quem pedia por socorro e o pior era que ele nem estava percebendo, ela estava mas não ousaria tirar a mão dali.

'Nada demais? Você foi jogado contra uma árvore! Você é louco de não deixar os médicos examinarem você?' Olivia levantou da cama e colocou as duas mãos posicionadas na cintura como quem dava uma bronca a uma criança, assim como ela fazia com Noah e Meredith quando estavam perturbando demais.

'Eu precisava ver como você estava, Liv.' O homem tocou seu rosto e lhe deu um beijo rápido na boca.

Um suspiro silencioso saiu da boca de Olivia antes de ela sussurrar: 'Hank, eu estou bem.'

'A dor psicológica dói tanto quanto a dor física.'

'Você tem que parar de pensar em mim e começar a pensar em você.'

'Amor não é assim, Olivia. É quando a gente coloca as necessidades da outra pessoa acima da nossa.'

'Você está citando Olaf?'

'Tempo demais assistindo Frozen com Meredith para fazê-la parar de querer chamar você ao telefone as 3h da manhã.' Eles sorriram e Olivia lhe deu um tapinha no braço. 'Eu quero ver Meredith e Erin.'

'Eu vou buscar elas enquanto os médicos examinam você.' Olivia deu a ele um beijo demorado antes de girar em seus calcanhares e chamar os médicos. Ela chamou os médicos e os enfermeiros de volta e eles começaram a examinar Hank, ela sorriu para o homem novamente e saiu do quarto.

xXx

'Oi, querida.' Olivia balançava Meredith na cama e a menina sempre relutava e acabava fechando os olhos de novo. Erin já estava acordada ao lado da mulher mais velha e estava tentando acordar a criança também.

'Papai está aqui, Mer.' Lindsay disse e a menina abriu um dos olhos e deixou o outro ainda fechado.

'É verdade?' A menina perguntou, sentando na cama logo em seguida.

'Sim!' As duas mulheres responderam em uníssono.

'Eu quero ver papai!' Meredith quase gritou de felicidade antes de pular no colo de Olivia, a menina colocou as pernas ao redor da cintura da "boadrasta" e um dos braços ao redor do pescoço da mesma e a outra mão estava agarrada a blusa de Olivia. Erin pegou o cobertor rosa e passou ao redor do corpo da menina e em seguida, pegou o soro que estava enfiado no braço de Meredith e as três meninas superpoderosas saíram do quarto da menina mais nova.

xXx

'Papai!' Meredith gritou, chamando a atenção de quem passava no corredor, ela estava em cima da cama de Hank e ela jogou-se em cima do homem, toda a dor do corpo dele estava anestesiada desde que ele estivesse vendo o sorriso da menina. Ele passou os braços ao redor do pequeno corpo dela e começou a acariciar os cabelos cacheados da menina enquanto ela ainda estava pulando em seu colo.

Hank não sabia a definição do que ele estava sentido naquele momento vendo Meredith tão feliz, ela nem parecia a mesma menina machucada de algumas horas atrás.

'Você está bem, bebê?' Hank encostou as costas na cabeceira da cama e colocou Meredith sentada de lado no seu colo, ela estava olhando atentamente para ele com seus olhos grandes.

'Papai, eu já disse que não sou mais bebê.'

'Desculpe, bebê.' Ele disse e todos riram quando Meredith revirou os olhos. Parecia que ela tinha aprendido aquilo com Olivia também.

'Eu estou bem, tia Livvie e Erin cuidaram de mim.'

'Essas são as minhas garotas.' Hank disse, Meredith descansou a cabeça no ombro dele enquanto Erin aproximou-se para dar-lhe um beijo na testa e passou os braços ao redor dos dois e Olivia acabou fazendo o mesmo.

Seria uma longa noite no hospital mas pelo menos eles tinham a certeza de que eles eram uma família, eles se amavam e iriam sempre estar ali uns para os outros.


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Notas finais do capítulo

Deixem comentários pra mim, pfvr. Senão eu vou surtar sem saber o que vocês acharam. Beijos!



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