Flor escrita por Miss Chaddy


Capítulo 1
Enlouquecido


Notas iniciais do capítulo

Como disse, primeira fic Dramione e de Harry Potter!
Se ficou confuso, desculpe-me, estou cansada e debilitado por conta de um resfriado. Mas eu realmente queria escrever algo, e isso me veio a cabeça!
Boa leitura!



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Ele não sabia como se sentir. Como seria fugir daqueles fios rebeldes e de seu jeito extremamente autoritário? Deixá-la irritada por tentar ser melhor do que ela ou simplesmente chamá-la de “sangue ruim” já não eram o bastante. Nunca acreditou na hipótese de que: se gosta de chatear, é porque gosta! Mas aquilo nunca parecera tão verdadeiro nos últimos tempos. Observá-la escondido na mesa da Sonserina permanecia e sempre seria tão errado...

Parkinson ou Greengrass, nenhuma das duas lhe parecia tão apetitosa quanto antes. Contrário a ela. Por Merlim, como poderia estar tão obcecado por uma... sangue ruim?! Sequer chamavam-se pelo primeiro nome, como poderia cogitar a ideia de tentar conversar... amigavelmente?

A risada alta e divertida de Hermione Granger chamou-lhe a atenção mais uma vez. Virou-se, mínima e discretamente, em direção àquela doce risada. Blásio Zabini estalou os dedos a frente de seus olhos, clamando atenção.

— O que você quer, Blásio? — resmungou irritado. Quando não estava irritado? Talvez fosse essa a razão de nunca estarem juntos ou manterem uma conversa saudável por mais de dez segundos...

— Saber o que está olhando. Está tão vidrado nesse “ponto” que não escutou quando todos gritamos — o rapaz deu de ombros. — Além do mais, Draco, me parece estar olhando para a mesa da Grifinória... Alguma coisa pendente com Potter, Granger ou Weasley?

— Nada que lhe deva dizer — respondeu indiferente. Zabini sorriu com orgulho.

A conversa cessou ali. Talvez por ser a Sonserina, mas aquele pedaço da mesa era sempre o mais silencioso. Contrária à Grifinória. Malditos arrogantes, era o seu pensamento. E não podia deixar de incluí-la; Hermione Granger era extremamente arrogante e metida a “sabe-tudo”. Tão irritante!

O jantar terminou e todos seguiram para suas respectivas aulas. Ótimo! Aula com Snape! Pensou desgastado. Deixou que todos entrassem e seguiu atrás de sua mais nova presa. Assim que Hermione sentou, não deu tempo à Ronald Weasley: tomou-lhe o lugar e sorriu com escárnio e desprezo.

Mas o sorriso murchou ao ver o olhar decepcionado da maldita Granger. Ela lhe fuzilava com os olhos e procurava por toda a sala um lugar vazio e que pudesse ser ocupado por ela.

— Sou tão desagradável assim, sangue ruim? — questionou. Hermione ficou vermelha e apontou a pena para o nariz fino e arrebitado do recente colega de mesa.

— Não me chame de sangue ruim, Malfoy — sibilou irritada. — E tem a coragem de perguntar se é desagradável...

Draco silenciou-se e sorriu minimamente. Hermione, no meio da aula, suspirou e passou a rabiscar uma coisa ou outra no pergaminho; chamou-lhe a atenção e esticou-se todo para ver o que a garota fazia.

— Já pensou em pentear o cabelo? — ele sussurrou empurrando fios de cabelo castanho para os lados. Snape percorria as fileiras, sem dar a devida atenção à Draco Malfoy.

— Já pensou em deixar de ser curioso e intrometido? — rebateu tranquila.

— Já pensaram em calar a boca? — a voz fria e cortante de Snape interrompeu-os. — Sente-se direito, sr. Malfoy.

Sem muitas opções, Draco ajeitou-se em sua carteira e passou a observar o movimento gracioso e rápido de suas mãos. Ao término da aula, Granger fora rápida ao guardar seus materiais e Draco via-se sem opções. Enrolou-se todo ao tentar chamar sua atenção; tudo o que conseguiu foi um puxão no longo e rebelde cabelo castanho.

— Ai! — gritou cheia de dor. Recolheu a mão imediatamente, arrependendo-se de seu ato. — Que isso?

— Ah, me encontre na... na torre de Astronomia em vinte minutos! Sozinha! — disse hesitante. Severus Snape observava em silêncio a cena e um resquício de sorriso ameaçava aparecer em seu rosto. — Se você levar alguém, eu vou... eu vou... fazer alguma coisa!

E saiu correndo. De forma patética e desengonçada. Ouviu as risadas escandalosas do Weasley e não pôde evitar ranger os dentes. Estava no sexto ano e fazia tais coisas...! Merlim, como era inútil! Caminhou rapidamente para a torre e, assim que chegou, encostou-se em uma parece e deslizou por ela até sentar-se. Colocou as mãos na cabeça e fechou os olhos, tenso com o que poderia estar fazendo.

Trouxe, no caminho, uma simples flor. Delicada e frágil, como assim pensara que ela seria. Mas no momento aquela delicada flor era inútil e não lhe trazia paz alguma. Ouviu passos e pensou que estaria encrencado se fosse aquela maldita gata ou o seu dono. Mas era apenas Hermione. Na seu mais simples e tranquilo estado. Caminhava devagar, sozinha e com a varinha entre as vestes. Olhou no relógio que trazia no bolso e percebeu como a hora passara rápido.

Ergueu-se num rompante e bateu as vestes. Hermione deixou o canto dos lábios erguer-se minimamente num sorriso debochado. Draco suspirou irritado.

— E então, Malfoy? O que deseja? — ela sussurrou.

— Hum... — hesitou. Escondeu as mãos atrás das costas e fitou algum ponto qualquer atrás da garota. — Eu queria... bem... — suava e tentava a todo custo jogar suas palavras para Hermione, mas a tarefa eram simplesmente impossível de se realizar. — Eu... estou...

— Arrependido e quer se desculpar? — completou a garota com cinismo. Draco empalideceu. — E então?

— Bem... sim... é isso — murmurou. Estendeu a mão direita com a flor e voltou a encarar os olhos castanhos.

Viu, com surpresa, Hermione entrar em choque e logo em seguida deixar o rosto enrubescer quase todo. Ela segurou a flor, com zelo e bastante trêmula. Ergueu-a e observou-a com afinco. As estrelas enfeitando ainda mais o seu olhar.

— O-Obrigada — murmurou.

E Draco percebeu que, naquele instante, nenhum pedido de desculpas poderia ser melhor do que uma simples e delicada flor.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Sim? Não? Comentem para eu saber!



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