Por mais que doa... escrita por Lady Sakura


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

História que surgiu na minha cabeça na madrugada...
Escolhi esse casal, pois não conseguia colocar o Milo fazendo mal para Camus...
Espero que gostem...



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Já havia se decidido não iria mais atrás, isso doía e muito. Pois sabia que ele nunca o procuraria, nunca correria atrás, ele só foi atrás no momento que lhe foi conveniente, no momento que queria derrubar a barreira que tinha seu coração.
Camus sempre se manteve longe de sentimentos, para ele sentimentalismo era uma fraqueza, então mantinha uma postura fria em relação a isso.
Era um cavaleiro sério, determinado, leal e justo, queria devotar seu amor e sentimentos apenas a sua Deusa, a quem jurou proteger.
Todos estavam acostumados ao jeito sério de Camus, Milo sempre falante e extrovertido, tentava mudar sem nenhum resultado esse lado tão frio do amigo.
Camus já nem ligava mais para as tentativas de Milo, antes o jeito do escorpiano o irritava, mas se acostumou e que Milo não o escutasse, até sentia falta quando ele ficava muito tempo sem aparecer.
E agora o que Camus mais precisava era do amigo para distrai-lo, para que ele parasse de pensar "nele", para que seu coração que antes era gelado, agora quebrado em mil pedaços por ele, não sentisse tanta dor.
Mas a culpa não era toda "dele", devia ter mantido sua postura, deva ter mantido seu gelo no coração, não devia ter se deixado iludir.
Porém como resistir a Saga? Como não se deixar envolver por ele? Saga além de lindo tinha uma presença e tanta, mas mesmo depois de todos ressuscitados, de ter sido perdoado pelo Santuário e por Athena. A maldade tinha sido arrancada, mas a personalidade cruel e manipuladora haviam permanecido.
Saga soube desfazer o gelo do coração de Camus e também soube o destruir, mas Camus, às vezes, se perguntava se a culpa não era dele, por ter criado expectativa demais, ter se iludido demais e acreditar em algo que sabia que não daria certo. Saga nunca tinha prometido nada, mesmo assim Camus acreditou.
Saga tinha se aproximado de Camus, começaram a conversar sobre coisas comuns, gostos parecidos e então Saga beijou Camus, ali Camus assinou sua sentença.
Eles começaram a sair, a cada vez que se viam Camus se entregava mais e mais, se envolvia pelas palavras, os carinhos e o jeito como o geminiano o tratava, esqueceu a voz da razão e deixou que o amor o guiasse.
Mas quando não estavam por perto, Camus parecia não existir para Saga ou quando estavam entre outras pessoas, parecia que eram apenas conhecidos, isso confundia Camus. Camus que tinha tudo sobre controle, agora se encontrava cheio de perguntas, de medos e principalmente um coração inquieto.
Então Camus questionou Saga que argumentou que isso era coisa de sua cabeça, que era só impressão, que ele estava o pintando como se ainda fosse mal. Camus se sentiu até culpado por tudo aquilo, começou a tentar pensar de outra maneira, Saga sempre o tratava maravilhosamente bem, entre quatro paredes ia à loucura. Mas Camus começou a se sentir um brinquedo nas mãos de Saga, pois conforme ia passando o tempo, ele só era chamado para fazer sexo, nada mais de conversas longas, nada mais de momentos juntos, apenas momentos na cama, não que fosse ruim estar na cama com Saga, era maravilhoso, mas Camus já tinha entregado seu corpo e seu coração, esperava alguma recíproca.
A única coisa que teve foi o silêncio de Saga, ele foi se afastando, foi evitando, Camus tinha esquecido até seu orgulho e correu atrás de Saga, mas o mesmo só sabia ter desculpas e mais desculpas.
Então Camus percebeu que somente ele queria aquela relação, iria esquecer Saga e montar novamente sua muralha de gelo em volta do seu coração, mas já era tarde, ele estava destruído.
Ainda com o pouco orgulho que tinha resolveu também deixar de procurar, voltaria a fingir ser alguém que era sério e não gostava de sentimentalismo, estava atuado muito bem, ninguém percebia por trás daquela face seria, o choro de toda uma madrugada, esperava que um dia aquela dor parasse.
De dia a presença dos amigos, principalmente a de Milo o distraía, queria sempre ter alguém ao seu lado para não pensar, para ocupar a cabeça e isso o estava fazendo bem.
Só não queria imaginar como seria quando o visse pessoalmente, esperava que não trouxesse tanto estrago.
Pois seu ritual tinha se tornando não ir procurá-lo, repetia toda vez ao acordar.
E não iria mais procurar...
Por mais que doesse...


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Espero comentrios.. ;)



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