Um Belo Errado escrita por Mila Karenina


Capítulo 14
A esperança é a última que morre


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer imensamente a maravilhosa Lady Scarlett por ter recomendado a história, não sabe como me deixou feliz, nossa! Quase chorei, esse capítulo é dedicado a você!



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"A esperança é um alimento da nossa alma, ao qual se mistura sempre o veneno do medo."

Algumas pessoas vem para explicar, outras para confundir, essa era a melhor explicação para o que havia acabado de ocorrer, como assim mãe do Peter? E como ela sabia da minha existência? Acho que naquela altura eu já deveria esperar por coisas assim.
— O que está olhando? — A velha me perguntou ainda me observando detalhadamente.
— É só que eu não sabia que você era a mãe do Peter... — Eu comecei a falar e senti minhas bochechas queimarem.
— Claro que não sabia! Não está óbvio que não nos conhecíamos antes? — Ela respondeu ríspida, então o que Diana havia dito sobre a mãe de Peter ser uma víbora era a mais pura verdade.
— É muito óbvio, assim como está óbvio que já deu minha hora! — Eu disse e comecei a me afastar, mas não sem antes ter de ouvir algumas coisas completamente desnecessárias.
— Eu sei que o Peter ás vezes tem algumas loucuras? Mas uma adolescente? Dessa vez ele passou dos limites! — A velha disse com raiva e eu revirei os olhos.
— Já te disseram que as novinhas são mais quentes? — Eu falei sem pensar e ela pareceu se ofender de verdade.
— Além de tudo é uma mal educada! — Ela falou ainda com raiva e eu sorri irônica.
— Não costumo gastar minha educação com qualquer um. — Eu falei ríspida e saí andando ainda com um sorriso nos lábios.
As minhas pernas ainda estavam bambas pela conversa que havia tido com a mulher e caminhar se tornava um desafio para mim.
Quando cheguei em casa, respirei aliviada, e fui rapidamente subindo as escadas em direção ao meu quarto, mas minha mãe foi mais rápida e me viu.
— Onde a mocinha estava até agora? — Ela perguntou e eu tentei fingir que não havia escutado.
— Jadeline Mary Clarckson, onde você esteve? — Ela gritou e naquele instante eu soube que deveria responder, quando ela me chama de Jadeline, é porque realmente está irritada.
Desci as escadas com cuidado, sabia que o vulcão estava quase em erupção, e um passo errado seria o suficiente para explodir.
Minha mãe ajeitou os cabelos escuros e me olhou irritada, em seguida pegou em meu braço e me jogou no sofá.
— Me explica agora onde estava! Está a deixar sua mãe louca! — Ela falou nervosa.
— Eu caminhei devagar, foi só isso. — Eu respondi e comecei a levantar, mas ela me jogou novamente no sofá.
— Sei quando está a mentir! Me diga a verdade, está usando drogas? — Ela perguntou preocupada e eu não pude conter o riso.
— Claro que não! Eu só me atrasei um pouco, foi só isso! Não seja neurótica! — Falei e me levantei deixando minha mãe puxando os próprios cabelos.
— Não minta para mim, diga! Sei que está me escondendo algo! — Ela gritou e eu arregalei os olhos, mães realmente tem um sexto sentido.
— Mãe, você não está bem, já tomou seu calmante? — Eu perguntei dando tapinhas em seu ombro e ela me olhou confusa.
— Mas eu não tomo calmantes... — Ela respondeu confusa.
— Pois deveria! — Eu disse e subi as escadas correndo.
Abri a porta de meu quarto e a tranquei, respirei aliviada, a minha mãe ás vezes me dá medo.
Retirei toda a minha roupa e entrei no banheiro, liguei o chuveiro e enquanto a água caía eu resolvi ouvir músicas, escolhi a minha música preferida atualmente. (Somebody– Natalie La Rose)
Enquanto eu me ensaboava eu dava um show digno da Madonna, cantando e performando, eu tentava de tudo para esquecer daquela mulher e das suas palavras, fala sério a mulher usa bolsa de oncinha e tem sei lá, 60 anos? Quem é ela pra falar alguma coisa comigo? Da próxima vez pergunto pra ela quem deixou que ela fugisse do asilo.

Saí do banho e me enrolei em uma toalha suficientemente macia, eu precisava daquilo.

Me vesti e me joguei em minha cama, depois de alguns minutos, finalmente adormeci.

— Jade querida! Acorde! — Minha mãe disse me balançando, resisti de início, eu não queria acordar de nenhuma maneira.
— Ah não mãe! Só mais 5 minutos... — Comecei a falar, mas ela retirou minha coberta de cima de mim.
— Querida, ande logo, o café está na mesa... — Minha mãe disse e eu finalmente me levantei.
Fiz minha higiene pessoal e me arrumei, novamente desleixada, apenas com uma calça jeans e uma blusa normal, dessa vez não calcei um tênis e sim uma sapatilha verde musgo.
Desci as escadas pelo corrimão como costumava fazer e eu ouvi minha mãe dizendo que qualquer dia cairia e me machucaria feio, mas ignorei e fui direto para a mesa, comi fatias de pão e bebi inúmeras xícaras de café, saí de casa jogando beijinhos para minha portuguesa favorita.
Caminhei para a escola como de costume e chegando não recebi olhares como ontem, agradeci a Deus por dentro, mas logo percebi que sou mesmo azarenta já que Maria vinha em minha direção.
— Precisamos conversar... — Ela disse sem graça e eu me surpreendi.
— Se for pra me ofender, já digo que não vou! — Eu falei e ela pareceu ficar ainda mais vermelha.
— Eu só queria te pedir desculpas por ontem... Eu fui uma babaca com você... — Ela falou e eu sorri por dentro por ela mesmo perceber o quanto foi idiota.
— Tudo bem eu aceito suas desculpas! — Eu falei animada e ela revirou os olhos.
— Olha, não é como se fossemos voltar a ser amigas, Jade, fala sério você fodeu feio comigo! — Ela falou e eu arregalei os olhos, Maria falando palavrões?
— Bem, na verdade não fodeu comigo... Foi com o meu pai, mas olha, dá no mesmo! Não se leva o pai da sua melhor amiga pra amiga pra cama! — Ela falou nervosa e rapidamente.
— Maria... É melhor parar, não quero discutir com você de novo! — Eu alertei e ela abaixou a cabeça.
— De qualquer forma, não me considere sua inimiga ok? — Ela perguntou e eu fiquei feliz por isso, talvez essa fosse a luz no fim do túnel.
— Ok, ah e só um conselho, não troque de roupa na frente da Kelly! — Eu falei sem pensar e ela me olhou confusa.
— Eu acho que ela curte um bife! — Eu sussurrei para ela e ela revirou os olhos.
— Depois não diga que eu não avisei! — Falei para mim mesma e saí andando em direção a sala de aula.
Já era um progresso ela não me odiar! Então eu sorri por dentro e pensei que talvez pudéssemos ser amigas novamente um dia.


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Notas finais do capítulo

Queridos! Preciso dizer umas coisas pra vocês, primeiro eu não consigo fazer parágrafo, já tentei mil vezes no Word fica bonitinho, mas quando vou passar pra cá simplesmente não fica, eu sei que é chato, mas eu realmente não consigo fazer, ah e eu gostaria também de dizer que vocês são tudo de bom sério, não imaginam o quanto eu fico feliz quando entro na minha conta e vejo que alguém comentou ou favoritou a história, eu fico nas nuvens, realmente eu amo vocês! Muito obrigada pelo apoio!