Aqueles olhos... ( Em Revisão) escrita por Amy Holly


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Problemas aqui em casa e não houve como postar... Desculpa.



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— Você parece com a Ximena, sabia?

— Nem um pouco! - Ela fala sorrindo e arregalando os olhos - Ela nem gosta de mim e nem eu dela... Talvez só um pouco...

— Talvez ela goste de você

Vou mentir pra menina? Eu não sei mesmo. 

— É... Tô com saudade de casa

— Você gostava muito de lá, né? Saudades da sua mãe?

— Gostava, mas sinto saudades mesmo dos meus amigos... Minha mãe nunca teve capacidade de criar filhos. Olha os meus irmãos, olha o Ítalo! Mas ela era minha mãe e eu gostava dela...

— Nem me fala desse Ítalo aqui, Leninha

— Por que?

— Olha o que ele fez com você, te deixou na rua no meio de Paraisópolis - Ela assentiu e ficamos em silêncio - Quer conhecer o Pata-choca?

— Que isso?

— Meu bar, bora - Ela levanta, pego na mão dela e nós vamos.

— Adoro luzes - Ela fala enquanto mostro a iluminação do Pata-choca pra ela, eu mostrei tudo pra ela.

— Vamos subir de novo?

Ficamos um pouco lá no meu escritório conversando, até que minha tia chega gritando comigo.

— Gregório, eu já te falei pra você que não quero... - Ela para de falar quando vê a Maria sentada no sofá - Quem é essa menina?... Pelo amor de Deus, não me diz que é sua filha, Gregório...

— Tá variando, tia?! É da Ximena

— E desde quando a Ximena tem filho? - Ela já fala mais baixo

— É a irmã dela, tia... O que a senhora faz aqui? O que eu fiz agora?

— Mandou a Ximena na Rocambole

— E lá não é um comércio? - Ela fica em silêncio

— É, é - Ela concorda comigo mesmo não querendo - Mas o que essa criança faz aqui? Esse antro não é lugar pra uma criança, Gregório.

— Antro... Que isso?

— Nada, Leninha

— Gregório, você tá avisado - Ela se vira para sair - Tchau, lindinha - Ela passa a mão na cabeça de Helena

— Quem é ela? - Ela pergunta quando a tia Paulucha sai

— Minha tia

— Demorei muito? - Ela fala entrando no escritório- Pega - Ela joga um saquinho de dinheiro na mesa.

— Valeu

— Tá com fome, Maria Helena?

— Leninha... Agora é Leninha o nome dela... Porque Maria Helena é muito grande.

— Que? Leninha também é muito grande

— Eu disse a mesma coisa...

— O que importa é: Eu gosto de te chamar de Maria Helena e se for pra te chamar de alguma coisa menor, eu vou te achar de Maria

— Tá bom

Comemos e começamos a conversar sobre a Tia Paulucha

— Tua tia não gostou nada de me ver lá na Rocambole

— Eu sei, ela teve aqui... Azucrinando no nosso ouvido, né, Leninha?

— É - Ela deita no sofá e boceja

— Tá com sono? - Ela faz levanta a mão fazendo o sinal de "jóia" - Vai pra casa com ela, Ximena

Por Ximena:

Chego em casa, e depois de tomar banho ela se joga na cama. 

— O que o Grego é teu?

— Sou amiga dele e ele é meu chefe - Me sentei na beirada da cama

— Ele é legal... Gostei dele

— Eu também gosto dele -

Depois de um tempo batem na porta, vou atender e dou de cara com a dona Eva

— Ximena, agora que cheguei em casa e soube o que a Pandora fez, me desculpe

— Que nada, dona Eva... A senhora é ocupada, trabalha, tem sua vida e eu entendo! Entra - Dou passagem pra ela entrar e eu fecho a porta

— Como você se viro? - Ela olha Maria Helena dormindo na cama

— Ah, dei um jeitinho - Ela sorri - Quer tomar alguma coisa?

— Não, só passei pra me desculpar mesmo... Tô cheia de trabalho em casa me esperando

— Tchau - Abro a porta pra ela

— Só mais uma coisa, amanhã se você quiser eu fico com ela, não vou precisar sair de casa

— Valeu dona Eva, mas não... Eu tenho que me acostumar com ela, e vou ver uma escola pra criatura

— Mas quando precisar tô aqui, gosto da sua irmã - Sorrimos e ela sai Tomo banho, assisto um pouco de TV e vou dormir

No dia seguinte:

— Acorda, acorda, Maria Helena - Sacudo ela, que abre os olhos - Vamos, eu tenho que trabalhar

Ela se arruma e seguimos pro escritório de Grego

— De novo? - Ele pergunta quando vê Maria Helena

— Até onde eu sei, meu chefe aqui é o Grego, não você - Subo com minha irmã

— Grego! - Ela anda ao seu encontro

— Oi, Leninha - Ele a pega no colo e vira ela de cabeça pra baixo

— Socorro... - fala quando já está ficando vermelha e sorri

— Desculpa, Grego, eu sei que não é pra trazer ela, mas já tô arrumando uma escola pra ela já - Enquanto eu falo ele "desvira" ela e continua com ela no colo

— Escola não! - Ela faz manha ainda no colo do Grego e nós rimos

— Não tem problema trazer ela aqui, eu me amarro nessa baixinha - Ele, beija sua bochecha e ela sorri Sentamos e começamos a conversar de boa, quando Bazunga entra com Máximo, com uma cara de raiva e medo

— Finalmente você apareceu, seu cuzido - Ele se levanta da cadeira com raiva

— Deve ter feito uma treta cabulosa... - Ela senta em cima da mesa

— Isso mesmo, mina esperta... - Ele fala olhando pra Máximo - Bazunga, leva a Leninha pra brincar no campinho com os bacuri

— Não é melhor eu levar?

Deixa, deixa, deixa... 

— Você fica, eu mandei o Bazunga - Bazunga pega minha irmã e sai... Já Grego começa a esculachar o Primo- Por que você tá olhando pra tanto pra Ximena?

— Tu não vai falar nada, Ximena?

Filho da puta!

— Falar o que? Fala o que, Ximena? - Ele me olha

— Eu vou saber?

— Então, eu falo - Olho para ele com raiva - No começo eu fiquei foi na casa dela, primo... Ela ajudou a me esconder

— Que? Que história é essa, Ximena?

— Eu não queria, só que ele me chantageou

— Com o que? - Ele olha pro Máximo

— Com isso - Ele entrega o celular pra Grego

— Não - Tento impedir e pegar o celular mas Grego não deixa.

Merda mil vezes meda. 


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