Hogwarts: a Verdadeira História escrita por hadassah


Capítulo 9
Mactub


Notas iniciais do capítulo

*Flandres: a mais importante feira medieval, localizada nos atuais países baixos. As feiras serão responsáveis pelo renascimento comercial e urbano na Europa.
 
*Será que sou eu que escrevo com muito mistério ou são vocês, amados fãs, que tem muita imaginação?!
 
*Mactub: estava escrito.



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            A satisfação de ver Draco humilhado por ter seu maior orgulho jogado por terra mantivera Harry de bom humor; ele e os companheiros apanharam algumas frutinhas na floresta em frente ao que futuramente seria Godric’s Hallow, depois se deitaram na relva macia e dormiram profundamente. Havia muito para assimilar; mas Harry resolvera deixar as preocupações para o dia seguinte.

            Pois quando os 10 amigos acordaram no dia seguinte, já viram Godric saindo de sua modesta residência, encapuzado como sempre; levava escondida sob as vestes de camponês a bainha em que haviam visto ele por a espada de rubis. Então Harry se adiantou aos demais e fez questão de se aproximar ao máximo de Godric.

            Intrigava ao garoto o por quê de os antepassados não poderem vê-los; ocorreu-lhe que talvez o fato de terem voltado tanto tempo no tempo tivesse algo a ver com o assunto. Ia perguntar à Mione, mas então percebeu que Griffindor estava se dirigindo à cabana de Rowena, que ficava na orla da Floresta Proibida. Ravenclaw devia ter notado a aproximação do bruxo, pois antes que Godric chegasse à porta de sua casa, ela saíra para recebe-lo.

            - Godric Griffindor! Estou imensamente honrada de finalmente vê-lo, depois de tanto tempo...

            - Estou com alguma pressa, cara Rowena, - ele tentou ser educado – portanto quero lhe pedir que não se ofendas com a brevidade com que tratarei do assunto que tenho a lhe falar.

            - Naturalmente. – ela já estava ofendida. – Queira entrar.

            Novamente Harry e seus companheiros se viram dentro da cabana mágica de Ravenclaw. Godric nem despiu a capa que trazia; sentou-se de qualquer maneira numa das cadeiras ricas e despachou:

            - Eu, Salazar e Helga queremos que nos ajude a fundar a melhor escola de magia que o mundo já conheceu.

            - O que poderei ganhar com isso? – perguntou ela, fingindo-se desinteressada.

            - Reconhecimento, glória eterna, mais conhecimento...

            - E para que quero isso? – ela disse com displicência; depois se postou de joelhos diante de Godric. – Quero outra coisa...

            - Isso não terás. – replicou ele com dureza. – Se vais recusar a proposta, dize logo, para que possamos...

            - Eu aceito. – cortou Rowena, levantando-se com altivez. – Quando começaremos?

            - Já começamos. – informou Godric. – Ainda hoje começaremos a construir um imenso castelo, aqui mesmo; assim poderemos aproveitar as criaturas mágicas que vivem aqui para a aprendizagem.

            - Conheceste alguma mulher no Egito, Godric? – ela ergueu uma sombrancelha. – É por isso que estás a rejeitar-me?

            - Não trago outra coisa na mente além dessa escola. – esclareceu ele; sua voz se alterara. – E, pelo visto, nossa conversa está encerrada. – e saiu pela porta antes que a bruxa pudesse fazer outra pergunta. Quando ela fez menção de amaldiçoa-lo, ele já havia aparatado; Harry e seus amigos o seguiram inexplicavelmente, surgindo na mesma floresta em que Godric havia resgatado rei Edmundo. E foi na direção do castelo do nobre trouxa que o bruxo começou a caminhar. Não era uma caminhada curta, Harry logo notou; ele e os amigos flutuavam à frente de Griffindor, mas o rapaz não pode deixar de pensar que Godric tinha que ter um excelente condicionamento físico, ou não agüentaria manter o ritmo das largas passadas.

 

 

 

 

 

 

 

 

Os guardas do lugar já o esperavam; o rei havia acordado durante a noite, já estava consciente e desejava conhecer seu salvador. Godric, Harry e os demais subiram a escadaria do castelo e chegaram aos aposentos que haviam conhecido no dia anterior.

O rei Edmundo tinha alguns traços hermionescos também; seu rosto bondoso e sábio transmitia a certeza de que ele tinha sangue azul e um grande coração. Quando Godric foi anunciado, ele chamou o bruxo para perto dele, que estava sentado numa confortável cadeira ao lado da cama real.

- Diga-me teu nome, jovem corajoso.

- Godric Giffindor, majestade. – disse o bruxo ajoelhando-se com o rosto voltado para o chão. – Um seu criado.

- Quero recompensar-te por sua atitude. – informou o rei. – Minha amada filha disse-me, contudo, que eras o homem mais orgulhoso que ela já vira, e que não aceitarias nada.

- Meu senhor, não o fiz por recompensa. Quando o vi ferido na floresta, apenas pensei que tinha a oportunidade de salvar uma vida inocente. Imaginei que houvesses sido roubado...

- Acertaste. – confirmou Edmundo. – Mas assim como os criminosos serão encontrados e devidamente punidos, queria encontrar-te e agradece-lo da forma a mais correta e digna. Se não aceitas ouro nem terras, posso ao menos oferecer-te um baile em tua homenagem?

- O rei faz o que quer, meu senhor; não precisas da opinião de um mero camponês como eu. Se não posso convence-lo a deixar isto de lado, aceito o baile como recompensa. – disse Godric, cansado.

- Excelente. – aprovou o rei. – Tenha a bondade de acompanhar-me, então; deixe-me mostrar o castelo e apresenta-lo aos meus criados, pois, a partir de hoje, terás livre acesso a este lugar, meu jovem. – e levantou-se, sendo novamente auxiliado por Godric, em quem se apoiou.

O castelo era razoavelmente grande. Para Harry, que estava acostumado à imensidão de Hogwarts, o lugar era até modesto; mas Griffindor ficou encantado com o luxo que havia nos cômodos do castelo, embora ele já tivesse conhecido muitas coisas mundo afora. O bruxo, porém deixou de admirar a beleza da construção medieval quando a ancestral de Hermione surgiu de supetão, como ocorrera no dia anterior.

- Amada filha, - disse o rei – veja quem veio ver-me! Permita-me dizer-te que estavas enganada; este é o jovem mais humilde que já conheci.

Marian era ainda mais bonita que Mione; seus cabelos eram mais escuros e comportados, e cascateavam até a cintura delgada. Os olhos maiores e mais amendoados, também escuros e marcantes na face rósea. Mas a expressão hermionesca de seu rosto fez Harry sentir uma pontinha de medo. Ela e Godric se olharam desafiadoramente.

- Meu pai é muito gentil com este desconhecido. – espetou ela. – Ele disse seu nome, afinal, ou continua a agir como um bicho-do-mato?

- Este é Godric Griffindor. – apresentou o rei. – Filha, acompanhe-nos até o terraço, por favor.

A princesa soltou um suspiro longo e impaciente, mas obedeceu. Contudo, ela caminhava o mais longe possível do bruxo, que também parecia querer evita-la. Harry também suspirou; certas coisas nunca mudam...

Quando os três chegaram à uma sacada, Harry se perguntou por que aquilo era importante; a única coisa que haviam visto de útil fora a conversa de Godric e Rowena. Mas como o fato de Godric ter salvo um nobre trouxa podia ajudar no mistério do Chapéu?

Os sentidos do rapaz congelaram ao ver que rei Edmundo, ao tentar se aproximar sozinho da sacada, quase escorregara e caíra; Marian sufocou um grito; Griffindor puxara a varinha das vestes com eficiência e o nobre fora salvo de novo; mas a princesa vira o movimento do bruxo, e fitou-o com surpresa. Godric tentou disfarçar.

- Estou um pouco tonto ainda. – confessou o rei.

- Devias ter ficado a descansar, meu pai. – disse Marian, ainda olhando para Godric. – É uma sorte teres encontrado alguém tão capacitado para salvar-te.

- Não sou capacitado para salvamentos. – replicou o bruxo com rispidez. – De qualquer modo, penso que seria prudente Vossa Majestade voltar para o repouso; já se esforçou demasiado hoje.

O rei seguiu o conselho de Godric e tornou aos seus aposentos, ajudado pelos criados; o mago resolveu ir embora, prometendo que voltaria no dia seguinte para saber sobre a saúde do soberano. Mas Griffindor não percebeu que a princesa resolvera segui-lo sem que ele soubesse.

Novamente Harry e seus companheiros se viram seguindo o fundador de sua escola; eles também viam Marian se esforçando para acompanhar Godric e para ele não vê-la. Finalmente, alcançaram a já familiar loja de ferragens. Godric não entrou de imediato; ele deu a volta por trás e sumiu da vista dos invasores do futuro. Então a princesa trouxa resolveu entrar no lugar e explora-lo.

Harry prestara tanta atenção na conversa de Salazar com Godric no dia anterior que nem reparara nas coisas fascinantes que o bruxo possuía; vários livros escritos à mão, objetos semelhantes a lupas, diversos tecidos estocados e toda sorte de jóias e brasões, que possivelmente haviam sido confeccionadas por ele. Mas o queixo do rapaz caiu quando reconheceu algo que pensara que nunca mais veria de novo: o espelho de Ojesed, logo atrás de gravuras em madeira que estavam sobre a estante na parede.

Quando a princesa fez menção de tocar o espelho, Harry e seus amigos deram um salto de medo; Harry só viu metade do lugar destruído pela fúria do ruivo.

- QUE PENSAS TU QUE FAZES? – urrou ele com ódio.

- MONSTRO! – assustou-se Marian, saindo em disparada pela floresta.

Hermione tapara a boca com as mãos; Lilá estava indecisa; Percy e os demais estavam também assustados, e eles se viram correndo à frente da princesa, que chorava e já se perdera do caminho de volta. Ao olhar para trás ligeiramente, ela tropeçou e caiu numa espécie de ladeira coberta de folhas, arranhando-se por causa das folhas secas. Mas Harry mesmo se segurou para não intervir quando percebeu que, cara a cara com a bela jovem, estava um urso furioso por ela ter aparecido em seu habitat. A fera ergueu-se sobre as patas ameaçadoramente, preparando-se para desferir um golpe fatal; Harry desviou o olhar, não queria ver... mas ele teve que ouvir... um rugido?

Não agüentou e tornou a olhar: um leão majestoso saltara sobre o urso, tentando machucar cada pedaço de carne que podia alcançar; a princesa enterrara o rosto nas mãos, tremendo de pavor. Hermione chorava audivelmente; até Draco parecia querer fazer algo para impedir o massacre. Harry deu graças ao ver o urso sumir em meio às árvores; então se voltou para ver a reação da princesa. Esta levantara a fronte polida lentamente e reuniu forças para encarar a fera que restara; mas o que viu foi o belo pelo dourado do leão retomar a tez dourada da pele de Godric, que estava com as roupas e a barba salpicadas de sangue; os olhos azuis dele estavam tão tristes que Harry sentiu pena. Griffindor ficou alguns segundos observando a expressão de Marian, ofegante, depois tombou para o lado, inconsciente.


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Notas finais do capítulo

Perdão pessoal estiquei a baladeira nesse cap kkk
mas e awe ficou bom?
bjux



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