Our Imortality escrita por Vingadora


Capítulo 28
Back to Asgard


Notas iniciais do capítulo

OLÁ AMORAS DO MEU CORAÇÃAAAAAO!

Antes de mais nada, quero dizer que eu chorei hoje quando abri o Nyah. Chorei, porque vi novos comentários e, além disso, recebi de presente DUAS RECOMENDAÇÕES de tirar o fôlego.

Sandrinha, Sophy, Course, Jennifer, "Café da tarde", Merac e Gabs: seus comentários alegraram minha vida e sou grata por estarem interagindo com minha história. Além disso, saber que vocês estão gostando do enredo me deixam MARAVILHADA!

Agora...
Gabs e Merac... as palavras que vocês expressaram ao relatar o que sentem ao ler minha história... nossa!, nunca ia imaginar que causaria esse efeito em alguém.
Eu escrevo, porque amo. Amo a Lilly, amo essa história, amo a Marvel. E saber que vocês compartilham desse amor comigo e entendem muito além do que eu esperava me faz sorrir feito criança e chorar feito bebê. Agradeço por cada letra, vírgula e ponto que utilizaram. Vocês são preciosas e sou grata por tê-las como minhas leitoras.

Espero que gostem desse capítulo, pois retrata a volta de Lilly em Asgard e o início das mudanças que o presente sofreu enquanto ela esteve "fora".



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Acordei cuspindo todo tipo de água que era possível alguém cuspir em um lago de lembranças assombrado e maligno que quase causou a minha morte.

Quando dei por mim, havia baba escorrendo da minha boca e aquilo não poderia ser uma visão muito agradável à ninguém, então usei meu braço para limpar minha face, enquanto forçava meu corpo a ficar de pé, que surpreendentemente, estava antes acomodado da forma mais confortável que se é possível na margem do lago.

Eu não era imbecil e não ia me fazer de desentendida para dar mais drama à minha vida. Eu era Ellizabeth, estava na merda do lago que ousei mergulhar (ou fui empurrada, quem sabe?) para ter lembranças malditas de volta e quase morrer por causa da minha imprudência.

─ Ellizabeth. ─ ouvi alguém chamar-me de longe e foi aí que lembrei a merda da foça que minha vida estava.

Para minha surpresa, não era Semha que me aguardava, com algum chicote ou força invisível para me matar.

Ali estava a rainha Frigga, sentada debaixo do que parecia ser uma árvore grande, com uma copa enorme e florida. Só então pude perceber as mudanças radicais que o ambiente à minha volta sofrera.

Olhei para os lados e a surpresa só aumentou.

De início, o que tomou conta de minha atenção fora a cor do lago. Um azul cristalino, tão claro e limpo que eu era capaz de ver a areia em seu fundo. Era uma beleza límpida e pura. Seguindo caminho pela margem, observei que a areia não possuía mais o tom acinzentado e sim um amarelo, quase branco, lindo e igualmente limpo. Em seu entorno, árvores que outrora eram secas e tinham semblante de morte, agora estavam todas repletas de folhas, flores e, bom, vida. Não foi diferente com o céu, que há poucos eu vira repleto de nuvens e agora estava tão limpo e claro que assustava.

─ Surpreendente, não? ─ a voz terna e calma de Frigga soou e eu voltei minha atenção à ela.

─ O que aconteceu? ─ foi tudo que meu cérebro paralisado conseguiu formular para perguntar.

─ Você lutou com algo ou alguém no lago, Ignis? ─ a pergunta dela parecia ser óbvia demais e, curiosamente, eu sentia que ela já sabia da resposta. Como não respondi, ela entendeu como um sim e prosseguiu com sua fala ─ Acho que o que quer que você tenha destruído, estava causando toda aquela morte neste lugar.

─ Foi Ignis. ─ as palavras escaparam. ─ Quer dizer... a lembrança dela. Ou melhor... o desejo de viver que Semha tirou junto das lembranças.

Frigga assentiu, como se concordasse com a resposta que eu havia dito e, quando a peguei observando minha mão, pude sentir, de imediato, que eu segurava algo.

Ergui meu antebraço e me deparei perplexa com a adaga usada para matar Ignis que agora se encontrava em meu punho fechado.

─ Você venceu a batalha então. ─ a rainha Frigga agora estava próxima a mim, na beira do lago e, assim como eu, contemplava a adaga que reluzia por conta da luz intensa do sol à nossa cabeça.

─ Você sabia? ─ questionei, agora focando-me na mulher a minha frente ─ Sabia que isso aconteceria?

─ Tudo foi muito incerto, para ser franca. ─ ela começou ─ Durante os três meses em que você esteve fora, criei diversas teorias enquanto aguardávamos seu retorno.

Algo em sua frase me surpreendeu.

─ Três meses? ─ guinchei ─ Eu fiquei lá dentro por três malditos meses?

─ O que foi? ─ ela sorriu, terna ─ Esperava recuperar toda a lembrança da vida de Ignis, que viveu sabe-se lá por quantos milênios, em apenas um simples toque na água?

─ Sim! ─ retruquei ─ É óbvio que eu esperava isso! ─ arfei em frustração e coloquei minha mão livre sobre minha face direita, lutando para não soltar bons xingamentos.

─ O que importa é que você voltou. E agora sabe de tudo. ─ ao soltar aquelas palavras, encarei preocupada a rainha. Meu medo refletia, provavelmente em meus olhos, pois suas feições suavizaram ainda mais ao me olhar. E se ela perguntasse sobre Haz? ─ Agora tudo o que nos importa é ver você descansar. Aposto que foi uma batalha inusitada. Lutar contra uma entidade mágica... Fico surpreendida que você tenha sobrevivido.

─ Mas eu sou uma deusa, não sou? ─ não queria me gabar, mas tudo o que vivi me fez crer nisso.

─ Você é? ─ ela devolveu a pergunta e me calei. ─ Bom, Ellizabeth, o que acha de voltarmos agora?

Um gemido baixo escapou, quando minha mente recordou da viagem dolorosa que eu havia feito com Ilidia há... bom, três meses atrás.

─ Não tema. ─ ela tocou minha mão que agora estava relaxada, balançando lentamente ao lado do meu corpo ─ Durante esses seus três meses de ausência, muita coisa mudou. ─ com sua declaração, percebi que havia muito mais para saber sobre meu presente do que imaginava. ─ Sei que você tem muitas perguntas para fazer e eu ficarei muito contente em responde-las, mas precisamos voltar agora. Tenho certeza de que tudo será respondido.

─ E como faremos isso?

A rainha Frigga meneou a cabeça para o céu e, sem precisar pronunciar uma única palavra sequer, senti um feixe de luz multicolorido forte e assustador surgir em nosso entorno puxando-nos para o céu.

Eu poderia dizer que minha autossuficiente me dava coragem para transitar entre um lago atemporal e onde quer que nós estávamos indo, mas estaria mentindo. Durante todo o trajeto mantive meus olhos fechados e a rainha Frigga segurava minha mão, como se eu fosse uma de suas filhas.

Logo, quando pude sentir o chão sob meus pés e dei um leve passo à frente, acompanhando o caminhar dela, abri meus olhos com mais confiança e me deparei com um local surpreendente.

─ Bem-vinda de volta, alteza. ─ a voz grave e pacífica de Heimdall soou, mas então ele olhou-me um pouco surpreso e pareceu querer reformular sua frase ─ Ou... senhorita?

Encarei Frigga por um breve momento e, voltando-me para Heimdall, percebi que o que ele encarava não era necessariamente meus olhos e sim meu cabelo.

Ah! Meu cabelo!

Ao tocá-lo e puxar uma grossa mecha, pude contemplar, mais uma linda vez, todo o esplendor loiro que ele possuía.

Incapaz de perder a piada, encarei Heimdall seriamente e soltei:

─ O lago possuía propriedades descolorantes mais eficientes do que em meu mundo. Talvez eu volte lá para pegar um pouco e revender na Terra.

Incapaz de se conter, ele deixou escapar um sorriso rápido, antes de voltar à sua postura impassível e me permitir observar melhor o espaço em que eu estava.

Era uma espécie de cúpula dourada, com entalhes em suas paredes que davam um formato elegante, na porta de saída pude observar a ponte multicolor pela qual atravessei.

─ Consertaram Bifröst. ─ falei o óbvio.

Horas antes de vir para Asgard, Thor explicou-me que o método de viagem convencional pelos asgardianos seria usar o poder daquela ponte, administrado pelo guardão Heimdall. Contudo, após uma séria luta contra Loki para impedir que ele destruísse um mundo pertencente à Ygdrazil, Thor foi forçado à quebrar a ponte e, com isso, impedir o acesso dos asgardianos à outros mundos.

─ Vamos, Ellizabeth? ─ Frigga já estava na porta e parecia me aguardar pacientemente.

─ Até depois, Heimdall. ─ pisquei para ele e recebi um aceno com a cabeça em retribuição.

Agora, mais ciente do me corpo, percebi, pela primeira vez, que minhas vestes também haviam mudado.

Eu usava uma espécie de vestido prateado, que reluzia de uma forma linda em contato com a luz. Meus pés estavam descalços e eu ainda carregava a adaga em minhas mãos.

─ O que aconteceu depois que parti? ─ Simplesmente não queria perder mais tempo e tive medo de que o assunto ficasse mais entrecortado no momento em que entrássemos no castelo.

─ Semha e Ilidia retornaram ao castelo e nos contaram o que havia acontecido. Apesar de sua mãe... hmm, da rainha Semha tentar ocultar alguns fatos, ficou impossível depois de sua filha se voltar contra ela. Ilidia nos confidenciou onde você estava e Semha deixou escapar apenas alguns trechos da história. Ela nos disse que as verdadeiras e principais lembranças de Ignis estavam trancafiadas no lago, aguardando seu retorno. Além disso, ela falou que você não voltaria a mesma... quer dizer, que Ignis não voltaria a mesma, pois algo de estranho havia acontecido e ela tinha medo de que a filha dela não voltasse mais.

─ Ela sabia o porquê do lago estar naquele estado. ─ complementei a ideia proposta na fala de Frigga.

─ Sim, exato. Semha realmente possui uma conexão com o lago ─ a rainha confirmou minhas hipóteses ─ Depois de todas as informações que Ilidia trouxe, esperamos que Odin nos apoiasse e fizesse algo a respeito de Semha, mas... ele apenas solicitou mais guardas para seguirem-na pelo castelo e a impediu de manter uma proximidade dos filhos ou de qualquer outro no castelo, senão as suas criadas.

─ Por que ele fez isso? ─ grunhi, revoltada com a atitude do homem.

─ Sou a esposa dele, Ellizabeth. Odin nunca conseguiria esconder um segredo de mim por tanto tempo e esse, surpreendentemente, durou longos anos. Ele sabia sobre a morte de Haz. ─ ela, por fim revelou ─ E ajudou a encobertar a morte.

Arfei em surpresa, exasperada com a revelação.

─ E ele lhe contou quem foi? ─ meu medo, naquele instante, era que ela dissesse algo afirmativo quanto à minha pergunta.

De alguma forma, eu temia por minha vida. Temia por ter de pagar pelo que ocorreu anos atrás e foi considerado, por mim, um ato de legítima defesa.

─ Não. Mas me garantiu que a morte teve fins necessários, o que me faz crer que a loucura de Haz chegou ao ápice.

─ Então você sabia que ele tinha surtado! ─ indaguei, agora surpresa com a rainha e seus segredos.

─ Claro que sabia. ─ ela respondeu de imediato ─ E eu sabia dos planos dele para com meu filho, minutos antes de sua morte. Mas, ao que tudo indica, Ignis e Loki estavam correndo para Bifröst no momento da morte do rei Haz. A única presente fora a sua esposa e, portanto... tudo indicava que ela o havia assassinado.

Somando alguns pontos em sua fala, comecei a interpretar a situação de uma outra forma.

─ Você precisava da confirmação. Precisava saber se Semha havia ou não matado Haz, porque sua outra hipótese era... ─ ela não esperou que eu continuasse, para terminar por mim.

─ Loki. Sim. Eu temi pela vida de meu filho, acredite. E, sabendo tão recentemente de seus laços com Ignis... tive medo de que ele cometesse uma loucura pela princesa.

─ De fato, ele acabou cometendo. ─ deixei escapar e ela me olhou surpresa ─ Invadiu a Terra com um exército inteiro só para me encontrar e tentar trazer Ignis de volta.

Ela acenou com a cabeça, concordando com minhas palavras.

─ Sim. Ele o fez.

Ficamos mais uns instantes em silêncio, até que eu retornei com minha fala.

─ Foi por causa de seu medo em relação à ligação de Loki com o assassinato de Haz que Ilidia colaborou.

A rainha olhou-me surpresa e sugeria, com seu olhar, que não compreendia muito bem o que eu queria dizer.

─ Ilidia é apaixonada por Loki. ─ soltei a bomba sem me importar com os efeitos que essa revelação teria.

─ Oh... ─ como se uma lâmpada tivesse acendido em sua cabeça, ela sorriu, condescendente ─ Pobrezinha... acho que depois da partida de Ignis, ela jamais ousou pensar na possibilidade de um romance com Loki. Ela voltou para casa e só recentemente retornou à Asgard.

Mais alguns poucos passos e nós já nos encontramos diante do imenso portal de entrada de Asgard.

As pessoas que me encaravam, evitavam deixar transparecer muitos sentimentos, mas a surpresa e o choque eram inevitáveis e impossíveis de esconder.

Talvez fosse meu retorno, minha roupa ou meu cabelo loiro, mas eu não recebia mais reverências como da última vez que fiz este mesmo trajeto. Acho que as pessoas começaram a realmente perceber quem eu verdadeiramente era: uma terráquea. Ou, na linguagem deles, uma midgardiana.

Ao nos aproximarmos mais das entradas principais do castelo, deparei-me com um cortejo inusitado. A família de Ignis estava ali, completamente.

Até mesmo Setneff, irmão de Semha, estava utilizando seu melhor traje, acompanhado de uma mulher de longos cabelos negros.

─ Ellizabeth retornou. ─ Frigga falou e alguns acenos de cabeça à nossa frente afirmavam que compreendiam o que aquilo significava.

─ E Ignis? ─ Iuel, o doce irmão de minha antiga vida, indagou, olhando o horizonte atrás de mim, em busca de algo ou alguém.

─ Ela não vai voltar. ─ as palavras escaparam da minha boca feito uma fumaça de veneno e me senti culpada por ter feito aquilo ─ Nunca mais.

Os olhos marejados de Iuel revelaram que eu fui longe demais ao dizer aquelas últimas palavras, então, de súbito, pensei em fazer algo antes que mandassem cortar minha cabeça por fazer o príncipe chorar.

─ Mas eu a vi. ─ soltei ─ Antes de sair do lago... eu a vi.

─ Ela disse alguma coisa? ─ foi Setneff quem perguntou, tomando a frente daquela conversa. Desceu um degrau e olhou-me aflito.

─ Ela... deixou alguns recados para cada membro da família. ─ O que? De onde tirei aquilo?

─ Tenho certeza de que Ellizabeth vai adora contar à vocês o que Ignis deixou, mas acredito que ela precisa descansar agora. Ou, pelo menos, se sentar um pouco. ─ Frigga intercedeu por mim, passando os braços em torno do meu ombro e puxando-me para a frente, de modo que eu caminhasse ao seu lado.

─ Sim. ─ ouvi Semha dizer enquanto eu passava ao seu lado ─ Vamos deixa-la descansar um pouco.


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Notas finais do capítulo

O capítulo nem tá tão extenso, mas é porque tem TANTA coisa pra acontecer, que estou precisando quebrar um pouquinho da história. Se tudo continuar caminhando como está, logo em breve teremos o próximo capítulo!

..............................

O que esperam nessa nova jornada de Lilly?

Quando estivermos próximos do final, eu irei disponibilizar no Youtube o trailer da 4ª temporada que está UM ARRASO!

Conto com os comentários de vocês para que eu não deposite todas as expectativas de minha existência em apenas nas meninas lindas que estão comentando (que, a propósito, eu adoraria guardá-las num potinho de tão fofas que são).

Até o próximo capítulo, bebês!



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