Capítulo 17 - Barraco e mais barraco

POV. Bárbara

Chegamos em casa e Castiel foi para o seu quarto, enquanto eu fui procurar a vadia pra tirar toda essa história a limpo. Nem disse nada a ele sobre isso, não queria que ficasse preocupado comigo e com certeza ele iria me impedir. Rodei a casa toda, menos a parte da piscina, então fui lá e a folgada estava se dando ao luxo de sair mais cedo do seu trabalho, estava arrumando suas roupas e botando-as na mala. Não fiquei nem um pouco interessada no que ela estava aprontando e fui direto ao assunto.

–Olha aqui, sua prostituta -- eu disse pegando no braço dela com força fazendo ela olhar pra mim, já que estava de costas -- eu quero saber, quem foi que te deu o direito de ligar pro meu tio Stefan e falar tudo o que não deve?

–Dona Bárbara, desculpe, mas eu não estou entendendo -- disse se fazendo de cínica -- apertei o braço dela com mais força -- Dona Bárbara, a senhora está me machucando.

–Ah você entendeu sim, entendeu muito bem sua vadia de merda! -- disse soltando seu braço com agressividade -- e isso aqui nem machucou porra nenhuma, sabe o que machucou mesmo? Vendo você se esfregando no MEU Castiel! Mas isso não me surpreendeu de você, claro, mas dele, que não teve culpa, estava atordoado. E agora você me vem com essa de por ciúmezinho besta ligar pro meu tio Stefan e dizer que -- fui interrompida por ela

–Calma lá, dona Bárbara, eu fiz o que tinha que fazer, afinal, vocês estavam namorando escondido, uma hora seus tios iriam saber, ou você acha que poderia esconder esse namorico pro resto da sua vida?

–Mas você não tinha que ter enfiado o bico em uma história que não é da sua conta, você vem aqui todos os dias para fazer o seu trabalho, e não ficar bisbilhotando por aí sua fofoqueira! Coloque-se no seu lugar!

–Eu fiz o que foi certo, seus tios ainda vão me agradecer por ter prevenido o Castiel de uma puta como você que acabou de chegar e já acha que pode tudo!

AH NÃO, ESSA BOQUETEIRA PODIA DIZER DE TUDO, MENOS ISSO, CHEGUEI AO MEU LIMITE! FOI QUANDO NÃO AGUENTEI E DEI UM TAPA BEM FORTE NA CARA DELA.

–OLHA AQUI, VOCÊ NUNCA MAIS FALE ISSO DE MIM, AFINAL A ÚNICA PUTA AQUI É VOCÊ QUE FICA DANDO O CU NA AVENIDA BRASIL E PRA QUALQUER ESTRANHO QUE APARECER NA SUA FRENTE! E EU POSSO MUITO BEM DIZER ISSO PARA MEUS TIOS, AH, E TAMBÉM POSSO DIZER QUE UM DIA PEGUEI VOCÊ NO FLAGRA QUERENDO FAZER BOQUETE NO MEU NAMORADO! OU VOCÊ ESQUECEU?

–QUE NAMORADO, BÁRBARA? ME DIZ, QUE NAMORADO QUE É ESSE QUE TRAI A SUA "NAMORADA" -- ela disse fazendo aspas com as mãos -- E DEPOIS INVENTA QUALQUER DESCULPA ESFARRAPADA? PODE DIZER À ELES O QUE QUISER, AFINAL NÃO TRABALHO MAIS AQUI! AH, E VOCÊS DOIS, NÃO PODEM SE ESQUECER DE QUE SÃO PRIMOS, NUNCA PODERÃO TER UM NAMORO DE VERDADE, SÃO MAIS DUAS CRIANÇAS IMATURAS!

–SUA CRETINA VAGABUNDA FILHA DA PUTA! NÃO SE ATREVA A METER O DEDO ONDE NÃO FOI CHAMADA! -- disse pulando em cima dela e dando vários tapas na sua cara.

Ela ficou se debatendo e gritando tentando sair daquela situação, mas eu continuei dando tapas nela, era o que merecia, até mais.

Foi quando Castiel ouviu os gritos e foi correndo até lá.

–Ei, o que tá acontecendo aqui?? - disse me pegando pelo braço e me prendendo para que não matasse a Sara.

–ESSA VADIA QUE NÃO SABE O QUE DIZ! -- eu disse tentando me soltar de Castiel, em vão.

–EU NÃO FIZ NADA, ELA QUE VEIO PRA CIMA DE MIM. -- disse encenando falsas lágrimas.

–VAI EMBORA! NÃO DISSE QUE NÃO TRABALHAVA MAIS AQUI, ENTÃO RALA SUA ESCROTA! TÁ ESPERANDO O QUE?

–Para Bárbara! -- disse Castiel irritado

–EU VOU SIM! SENHOR CASTIEL, EU JURO QUE FOI ELA QUE PULOU EM CIMA DE MIM E --ela foi interrompida por mim

–VOCÊ ME DEU MOTIVOS SUA CÍNICA!

–PAREM AS DUAS AGORA! Sara, já que não está mais trabalhando aqui, vá embora, você já causou muitos problemas. E você, Bárbara, me deve explicações.

Então, a puta foi embora com cara de paisagem. Enquanto Castiel me levou até seu quarto.

–Agora você pode me dizer o que acabou de acontecer lá ,Bárbara? -- disse cruzando os braços e olhando para mim.

–Castiel, ela merecia! -- disse virando de costas para ele

–Merecia por que Bárbara? Nós não podemos sair por aí batendo em todo mundo que ver pela frente sem motivo algum!

–Eu já estava com vontade de fazer isso com ela há tempos, se quer saber! Ou você esqueceu que ela deu uma de prostituta pra você? AAH, me poupe!

–Mas isso faz muito tempo, Bárbara. Pra quê remexer no passado, em? - disse me abraçando por trás.

–Mas não foi só isso, Castiel. -- disse saindo do abraço e sentando na cama dele

Ele se sentou do meu lado.

–Foi mais o que então, amor?

Olhei para ele surpresa.

–Amor? Que milagre é esse Castiel?Você nunca me chamou de amor na vida-- eu disse rindo.

–Por você eu faço loucuras , Bárbara. Mas não fuja do assunto, me explica o motivo daquele barraco todo lá.

–Você lembra quando o meu tio Stefan ligou pra mim dizendo que queria conversar com a gente?

–Lembro, o que que tem? -- ele disse perdido.

–Então, antes da gente ir passear, eu tive uma mini discussão com a Sara na sua frente, e quando saímos, vi que ela logo pegou o celular pra fazer alguma coisa..

–Ainda não entendi.

–Porra, Castiel. Você é lerdo ou o que? -- eu disse rindo e ele também riu.

–Ué, me explica, vai.

–Ela pode ter ligado pro meu tio Stefan pra dizer que estávamos tendo um caso.

–Mas como você tem certeza ,Bárbara? Ela podia estar fazendo outra coisa no celular, sei lá.

–Castiel, eu conheço esse tipo de gente. E outra, quando fui tirar satisfações com ela na piscina, ela me admitiu isso.

–Deve ter sido só pra provocar, amor. Não liga pra ela, foi só pra te irritar.

–Eu não sei, não sei. Mas, tomara que tenha sido isso mesmo, porque se meu tio Stefan souber...-- fui interrompida por ele

–Amor, não vamos esquentar a cabeça com isso, vai. Vamos aproveitar que a Sara não vai mais atrapalhar nós dois aqui. -- disse se deitando na cama.

–É, você tem razão, estou sendo muito precipitada. -- eu disse me deitando ao lado dele com minha cabeça em seu ombro.

–Eu te amo e vou estar aqui pra tudo que você precisar e irei te aturar até não poder mais -- eu dei um tapa leve em seu ombro e rimos

–Eu também te amo seu bobo.

Demos um demorado selinho e adormecemos ali.