Elemental Four escrita por TrueB


Capítulo 2
Conan


Notas iniciais do capítulo

Antes, Conan era uma menina, agradeçam à Selton e Lucas por ele não ser.



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O espelho estava quebrado, assim ficava toda a manhã, partindo o rosto bronzeado e musculoso com olhos verdes-avermelhados – ele considerava incolor - e boca levemente fina de Conan em centenas de pedacinhos.

Toda a noite ele tinha esse sonho estranho de que estava em uma floresta junto com quatro garotas, morto, deitado no chão, quando seu corpo começa a queimar, em seguida, levando o das outras com as chamas. Em seguida ele acorda, se levanta e se olha – como habitualmente – no espelho, mas vê seu rosto em chamas, com a maior parte da anatomia exposta e soca o pequeno espelho que fica em sua escrivaninha. Ai ele acorda de verdade, e já é de manhã.

Mesmo com sua mão ensanguentada e o espelho com enormes rachaduras que vão do meio á borda, Conan não resiste ao impulso de arrumar o cabelo loiro.

Quando sua mãe entra no quarto para avisá-lo que o café já está servido, a mão de Conan está amarrada por uma faixa e o espelho já está trocado. Conan olhou para sua mãe e observou que mesmo com a ocorrência, ela ainda tinha a cara gentil e linda que sempre teve. Ela era parecida com Conan. Cabelos loiros, que com a idade e a luz pareciam ser castanhos, olhos verdes desbotados e rosto ainda angelical, que – pensou Conan – nunca desapareceria. Ela olhou o vidro quebrado o espelho quebrado no lixo ao lado da cama, mas ela apenas sorriu, e disse:

– Oh, querido. Aconteceu de novo?! – Conan apenas balança a cabeça em afirmativa e sorri também. – Vamos procurar um médico para isso, prometo. Mas antes, venha comer. Todo mundo fica melhor depois de panquecas.

Conan foi descendo as escadas e – como sempre – observando os prêmios do pai perante aquelas enormes paredes. Prêmios de melhor senador. Besteira, pensou Conan, isso é a maior besteira. Seu pai era o Senador Martin, como, até mesmo o próprio filho tinha que chamar. Ele deviria se chamar Senador Filha da Puta, isso sim, pensou, novamente guardando os seus pensamentos para si, até por que, se ele falasse, ecoaria por toda a casa, já que ela era enorme e só viviam ele, a mãe dele e o Senador Martin – e os empregados, claro.

Desde a sala de conivência, Conan pôde sentir o cheiro das panquecas que sua mãe sempre fazia em seu primeiro dia de aula. Nesse dia, ela não deixa nenhuma cozinheira chegar perto da cozinha.

– Obrigado mãe. – Disse Conor, sentando-se, com sua mãe colocando a calda em suas panquecas e servindo-as à ele.

Ao terminar a Sra. Martin senta-se na cadeira da frente da mesa redonda e de vidro, sem nenhuma panqueca, pois só queria ver a cara de satisfação do filho ao provar as mesmas. Conan cortou um pedaço das panquecas de sua pilha e comeu o pedaço. Não falou nada apenas gemeu em agrado. Satisfeita com o resultado, a Sr. Martin começou:

– Já liguei para o doutor Rosseu, marquei uma consulta para o domingo. – Em seguida, abaixou a cabeça e olhou de soslaio para o filho. Logo Conan percebeu a preocupação em sua voz. – Espero que esteja tudo bem, e que esses sonhos e atitudes suicidas sejam só passageiras. – Mas ela percebeu que devia segurar as lágrimas tarde demais.

Conan soltou o garfo que estava indo à sua boca, e segurou a mão de sua mãe com suas duas mãos – uma, com perfeitos dedos de atleta, e outra, enfaixada até o osso da metade dos dedos deixando o resto amostra.

Quando ia dizer alguma coisa, um carro buzinou do lado de fora de sua casa. Ao olhar o que era, viu seu amigo Billy dentro do mais novo carro de Conan, dedo pelo Senador Martin. Conan levantou-se, beijou a testa de sua mãe, e saiu. Passou pela enorme sala de convivência e chegou ao lado de fora, sentindo o ar frio penetrar sua camisa para perceber que só usava uma fina com mangas curtas.

Billy saiu do carro e entregou as chaves e a jaqueta do time de basquete de BeyView ao amigo. Ao pegar as chaves, sentiu como se não estivesse mais ali, como se ele não fosse mais ele. Ele agora estava em um quarto caloroso e aconchegante, pintdo de branco com uma parede rosa, o que o fez presumir que fosse de mulher.

– Chaves, onde estão minhas chaves?... – Era uma voz suave e delicada, de mulher, provavelmente da dona do quarto.

Uma mulher saiu do banheiro do quarto, ela estava nua, deixando exposto seu corpo bronzeado e perfeito. A mulher que, percebeu Conan, era uma garota de 16 anos, estava com a mão coçando a cabeça – como se estivesse confusa – deixando seus cabelos castanho escuros caírem sobre os ombros de uma forma engraçada. Em seus olhos pretos, Conan podia ver-se refletido, mas era claro que a garota não o tinha percebido, ou então já estaria em colapso. Quando a menina final mente encontra as chaves, abre a porta do quarto em menção de sair, quando percebe que esqueceu uma coisa muito mais importante: sua roupa.

A visão logo é cortada quando Billy, já no banco do passageiro do Porsche vermelho, gritava por Conan.

Conan limpou sua garganta e entrou no carro, em destino a seu primeiro dia no ultimo ano de aula.


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Notas finais do capítulo

A imagem é meramente ilustrativa de quem eu imaginei quando descrevi Conan, você pode imaginar quem você quiser - seu namorado, seu pai, seu amigo, seu irmão e até seu padeiro.



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