Doutor Estranho: O Diário de Agamotto escrita por Larenu
Notas iniciais do capítulo
Um capítulo de ligações com a cronologia principal, só para encerrar esta incrível história.
Dias já haviam se passado desde a exploração das Catacumbas de Agamotto. Eram dias de paz pós guerra, com o Barão Mordo preso na Dimensão Negra com Dormammu e os Hellstrom na dimensão demoníaca de Lúcifer graças ao Motoqueiro Fantasma, que aproveitava a calmaria daqueles dias com seus passeios noturnos de moto por Nova York.
Naquele momento, Emma Frost desembarcava no principal aeroporto internacional de Londres, Inglaterra, o Heathrow. Com um vestido branco e uma tiara prateada, ela cruzava o aeroporto com sua mala branca de viagem.
De repente, seu celular começou a tocar. Pegou-o e leu o nome do contato que lhe ligava naquele momento. Sorriu ao ler o nome de Sebastian Shaw.
— Olá, meu rei.
— Pode me chamar pelo meu nome, Emma.
— Como preferir, Sebastian.
Ela sentou em um banco.
— O que quer?
— Nada demais. Apenas estou ligando para lhe dar as boas novas.
Emma soltou um suspiro de alívio.
— E quais são?
— O Clube do Inferno é nosso, finalmente, minha rainha.
— Finalmente. Eu realmente já estava me cansando dos Hellstrom. Ficou sabendo do que houve com eles?
— Não.
— Foram aprisionados pelo Motoqueiro Fantasma.
Sebastian riu.
— E como está sua situação com a comunidade “heroica”?
— Ótima, para dizer a verdade. Paguei de boa moça para Stephen Strange. E não vai demorar muito para que Charles Xavier me encontre com o Cérebro. Então, quando vierem me buscar, estarei definitivamente instalada na comunidade super-humana e mutante.
— Fantástico. E Vanessa, como vão as negociações com ela?
— Melhores do que nunca. Parece que ela ficou mais do que feliz por ser tirada das mãos dos Hellstrom e ainda receber seu filho em segurança.
— Muito bom. Emma, tenho que ir. O Clube do Inferno me chama.
— Vá lá. Tenho que me restabelecer aqui na Inglaterra. Temporariamente, é claro, mas preciso ter uma moradia que se preze.
— Certo. Nos veremos em breve, Emma.
— Assim espero.
Ela desligou. Então, o homem sentado na outra ponta do banco tirou seu chapéu, revelando a cabeça calva.
— O que quer, Temugin?
— Não me chame assim, Emma Frost.
— Tanto faz. Por favor, seja breve.
Ele recolocou seu chapéu e se levantou. Emma também ficou de pé, e os dois começaram a caminhar em direção à saída.
— Nossos negócios ainda estão de pé?
— Por mim, você sabe que sim. Só preciso saber se o outro lado continua interessado. Mas não seja por isso. Já pode começar com seus planos.
— Muito bem, então.
— Posso ir agora?
— Ainda não. Preciso das informações.
— Ah, claro. Certo. Na próxima semana, um jato privado das Indústrias Stark estará indo para a China. Nele estarão os Cho (Amadeus, Philip e Helen) e Happy Hogan. Faça o que precisar com essa informação.
O falso Wong nem sequer respondeu.
— Tenugin?
Emma parou e se virou. Nenhum sinal dele. Dando de ombros, ela abriu sua bolsa e pegou seus óculos escuros.
Em Nova York, um caminhão estacionava do lado de fora da Torre Fisk. Dele, dois homens de terno acompanhavam outro de camisa social. Pararam à entrada do prédio, onde James Wesley, de terno e óculos escuros, recebeu o homem de camisa.
— Richard Fisk, é um prazer conhece-lo. Meu nome é James Wesley, sou funcionário de seu pai.
— Sim, ele já me falou de você.
— Oh, sinto-me honrado por saber que o senhor Fisk já lhe falou sobre mim. Venha, ele quer te ver.
Richard e Wesley entraram no elevador, subindo até o último andar. Lá, Wilson Fisk estava parado diante da janela, observando Nova York de cima. Sentada em uma cadeira logo atrás estava Vanessa Fisk, esposa de Wilson e mãe de Richard.
— Obrigado por trazê-lo aqui, Wesley. Já pode se retirar — disse Wilson.
O leal servo de Fisk deixou a sala. Então, Wilson se virou e olhou Richard nos olhos. Estendeu um braço e apertou a mão do filho com firmeza.
— Seja bem-vindo de volta — disse Vanessa, com algumas lágrimas brotando em seus olhos.
— Richard, eu preciso saber — pediu Wilson. — Quem fez isso com vocês?
Um sorriso maléfico brotou no rosto do Rosa. A vingança seria doce de se saborear.
— Satanna. Satanna Hellstrom.
Wilson Fisk bateu com seu punho na mesa.
— Seja quem for, eu farei com que pague.
Mal sabia ele que naquele momento, Satanna e Daimon Hellstrom estavam no reino demoníaco de seu pai, Lúcifer, sem que pudessem sair de lá. E quem os colocara lá fora ninguém mais, ninguém menos, que o Motoqueiro Fantasma.
No sótão de Sanctum Sanctorum, a luz do sol entrava pelo vitral, projetando no chão a imagem formada pelo vidro. Linda Carter observava aquela cena, sozinha enquanto Stephen resolvia algumas questões com os visitantes.
Stephen Strange estava com Clea, Doutor Druida, Doutor Vodu e Druida, parado em frente a uma enorme porta de fechadura dourada no andar de baixo. Haviam passado os últimos dias ali, fechando um selo definitivo para Dormammu.
— Está finalmente pronto, Stephen — ela concluiu após analisar a porta.
— Posso confiar que ele não vai escapar?
— Sim. A única forma de ele deixar a Dimensão Negra, a partir de agora, é por aqui. E, contando que ninguém jamais abra esta porta, Dormammu ficará preso.
Ele sorriu.
— Obrigado a todos vocês. Anthony sabe como Dormammu quase escapou lá embaixo.
— E a culpa foi toda minha, eu devo confessar — disse o Doutor Druida, Anthony Druid. — Julguei-me capaz de manipular um Acéfalo, mas, como seu nome já diz, eles não possuíam uma mente para manipular. Eu tive que transferir parte da minha para eles, e foi assim que permiti que Dormammu acessasse minha mente.
O Doutor Vodu impediu que ele prosseguisse.
— Em outros tempos, deveríamos puni-lo. Contudo, estamos passando por tempos difíceis, com o sequestro do Ancião e tudo o mais, portanto toda aliança é necessária.
O Druida filho, Sebastian Druid, ia discutir, mas seu pai o cutucou discretamente.
— Falando no Ancião. Acham que devemos ir até Asgard? — perguntou o Druida filho.
— Não. Odin não irá gostar que invadissemos seu reino. Creio que o Ancião está perdido, a não ser que consigamos convencer Thor — disse Clea.
Ela passou o olhar rapidamente sobre Stephen, deixando claro quem iria tentar falar com o Deus do Trovão.
— Bom, tenho que ir. Não posso deixar a Dimensão Negra vulnerável por tanto tempo — disse Clea.
Gentilmente, a sobrinha de Dormammu se despediu dos dois Druid, do Doutor Vodu e de Stephen. Foi então que ela viu, ao topo da escada, Linda Carter. Olhou para a Enfermeira Noturna, e então para Stephen, que se apressou para acompanha-la até a saída.
— Quem é ela? — perguntou Clea, passos à frente de Stephen.
Ele não correu para alcança-la.
— Uma antiga amiga. Foi extremamente importante na minha jornada em busca do Diário, se é o que quer saber.
Antes de passar pelo portal que abrira, Clea olhou nos olhos de Strange.
— Não minta para mim, Doutor Estranho.
Sem deixa-lo responder, ela atravessou o portal e o fechou. Stephen voltou para os outros magos.
— Até mais, senhorita Carter — disse Anthony Druid.
Seu filho o seguiu, e os dois Druids cumprimentaram o Doutor Vodu. Em seguida, apertaram a mão de Stephen antes de ir embora.
— Foi um prazer ajuda-lo a recuperar o Diário de Agamotto — disse Anthony.
Então, ele e seu filho desapareceram. Doutor Vodu também se despediu. Quando todos se foram, Linda finalmente se aproximou de Stephen.
— Acho que é isso, Stephen. Meu tempo aqui se acabou. Vou-me também, se me permitir.
— Espere. Tenho algo para te dar.
Subiram as escadas, de volta ao sótão. Stephen abriu uma caixa velha de madeira e pegou uma corrente dourada com um pingente em formato de lampião. Stephen colocou o colar no pescoço de Linda. Ela pegou o pingente em sua mão, olhando-o com admiração.
— É lindo.
— E mágico. Sempre que você estiver em perigo, ele me avisará.
Stephen não pôde terminar a fala, pois Linda o impediu com um beijo. A sombra do vitral era projetada sobre eles. Quando Linda se afastou, pediu para que Stephen a teletransportasse para seu apartamento, o que ele fez sem hesitar muito.
Quando ela se foi, Stephen caminhou até um tapete, ainda sob a luz que entrava pelo vidro, onde iria meditar.
— Senhor, se me permite, tenho uma pergunta — disse Wong.
— Tem? E qual é, Wong? — perguntou Strange, surpreso.
— Não é errado mentir para a senhorita Carter sobre o colar? Nós dois sabemos que não há magia ali.
— Ah, Wong. Está enganado. Há sim magia naquele colar.
— Há? E qual é?
— Pense e descobrirá.
Então, Stephen se sentou para meditar. E a visão que tomou sua mente era de paz: pássaros a voar. Até, é claro, uma imensa sombra cobri-los.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero realmente que vocês tenham gostado, porque eu realmente aproveitei este spin-off.
Não deixem de conferir meu perfil, onde vocês podem encontrar a cronologia principal da qual esta fic é derivada e os outros spin-offs, além de minhas outras fanfics.
Até! o