Doutor Estranho: O Diário de Agamotto escrita por Larenu


Capítulo 13
Apenas os dignos


Notas iniciais do capítulo

Retomamos a fic, agora na reta final.



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Mordo flutuava em frente a Strange. Ainda não haviam começado a trocar golpes, pois Stephen tinha esperança de arrancar informações do Barão Mordo.

— Então tudo se resume a ele? — perguntou Stephen.

O Barão ficou um tanto quanto inquieto.

— De quem quer esconder, Karl? Acéfalos, demônios, Jade... Tudo se resume ao seu mestre. Vai roubar o Diário de Agamotto para ele.

Sem saber direito o que dizer, Mordo focou nos detalhes.

— Não somos íntimos para me chamar de Karl.

— Tanto faz, Barão Mordo. Só não fuja de minha pergunta. Vou repetir mais uma vez. Tudo se resume a Dormammu, não é mesmo?

Karl pousou no chão e se aproximou.

— Tenho meus próprios motivos. Não sou um capanga. A verdade, porém, é que Dormammu vencerá você no final de tudo. Estou do lado vitorioso, e, por acaso, o interesse de meu mestre coincidiu com o meu. Eu queria vingança. Dormammu me ofereceu uma oportunidade.

— Vingança pelo quê? Quem traiu o Ancião foi você. Mordo, você era o aprendiz dele. E você tentou mata-lo. Como acha que ele se sentiu.

Mordo ficou irritado.

— Eu fui o aprendiz dele. Um dia. Mas, quando você apareceu, fui substituído. Me senti traído. Então, meus olhos se abriram. Você sabe, o distraído não vê a parede à sua frente até bater nela.

— Ah, pois então é pessoal. Quer vingança contra mim e o Ancião. Já não basta ter matado ele?

— Ele está vivo. Em algum lugar de Asgard, provavelmente.

Stephen se lembrou da mensagem de Druid em seu sonho.

— Como vocês...?

— O sósia de Wong é alguém influente. Não sei como conseguiu, mas ele fez.

— Quem é ele?

— Eu não sei. E, mesmo se soubesse, não diria.

O Barão estendeu seu cajado na direção do Doutor Estranho.

— Já basta. Conversamos muito.

Ele bateu com a base do cajado no chão mais algumas vezes, e mais Acéfalos surgiram do chão. Atrás dele, Druid, que lutava com os já existentes, soltou um suspiro. Antes que Mordo atacasse, Stephen gritou:

— Escudo de serafim!

Pulou para trás, protegido pelo escudo. Sua capa balançou, e ele flutuou. Então, piscou, e um brilho branco tomou conta de seus olhos. O Olho de Agamotto em seu peito brilhou, e ele começou a falar.

— Afaste-se, Mordo!

Uma rajada de vento se abateu sobre Mordo, começando a sopra-lo para longe. Com força, Mordo cravou seu cajado no piso de mármore, quebrando-o.

— Eu disse... afaste-se!

O vento intensificou-se, atingindo apenas Mordo. Ele foi arremessado contra uma das colunas de pedra, abrindo algumas rachaduras. Logo ficou de pé novamente, também flutuando. Uma bola de fogo foi liberada de seu cajado, mas foi absorvida pelo escudo de serafim assim que houve a colisão.

— Desista, Mordo!

— Jamais!

O Barão flutuou em direção a Stephen, acertando o escudo de serafim com seu cajado. O escudo se partiu, arremessando ambos no chão. De repente, um dos Sem Mente pegou Mordo com sua enorme mão e o prendeu ali, deixando o cajado cair no chão.

— Me largue! — ordenou Mordo, mas foi ignorado.

— Não — disse o Doutor Druida, se aproximando.

— O que você fez?

— Hipnose. Estou comandando o Sem Mente.

— Como assim? Ele é Acéfalo.

— Foi um feitiço. Estou controlando os movimentos do corpo dele.

Stephen ficou um tanto quanto nervoso.

— Tem certeza de que é seguro?

— Por que não seria?

Ainda relutante, Doutor Estranho assentiu e pegou o cajado em suas mãos.

— Criaturas da Dimensão Negra, voltem para seu lugar! Vocês não são bem-vindos nesta dimensão!

O cajado brilhou, e os Gigantes Sem Mente desapareceram, levando o Barão Mordo consigo. Ao mesmo tempo, Motoqueiro Fantasma se aproximou, trazendo Emma Frost presa em suas correntes.

— Já falamos com você, senhorita Frost. Apenas um minuto — disse Stephen.

Druid, Strange e Blaze se aproximaram de Wong, que batalhava com seu sósia. Eles trocavam golpes de Karate. O falso Wong deu um mortal para trás e parou no chão, se apoiando com uma mão e as pernas.

— Gosto de um desafio — ele disse, com um brilho feroz nos olhos.

Desista, você perdeu — constatou o Motoqueiro Fantasma.

— Perdi? Não deverias contar vitória tão cedo.

Continue desce jeito e acabará se ferindo seriamente.

Ele começou a correr na direção deles. Deu um pulo e desviou das correntes do Motoqueiro Fantasma. Acertou um chute no peito de Wong, derrubando-o. Em seguida, deslizou por trás de Stephen e deu uma rasteira no Doutor Druida. Apenas Stephen e Blaze restavam em pé.

O falso Wong esboçou um sorriso e pulou sobre o Motoqueiro, rodopiando no ar. Aterrissou logo em cima da moto dele, e acelerou-a. A moto foi com tudo sobre o Motoqueiro.

— Falta um.

Quando ele avançava sobre Stephen, algo fez um corte enorme em seu braço. Ele caiu de joelhos, gritando de dor. Então, olhou para trás. Linda Carter estava parada com um bisturi sujo de seu sangue.

— Me dê isso! — gritou, com raiva genuína na voz. Ele estendeu a mão, pegando o bisturi com tudo. — Eu vou matar você!

O sósia de Wong começou a andar na direção de Linda, que recuava. Ele balançava a mão histericamente, tentando acerta-la. Foi quando uma corrente se prendeu à cintura dele, o puxando para trás.

Quem é você? —perguntou o Motoqueiro, em estado de cólera.

Ele cuspiu na cara de Blaze.

— Por que eu responderia?

Quem é você?!

— Filho de um ditador. Sou um viajante do tempo. Venho de anos no futuro. Meu pai será famoso, muito em breve. Mas ele morrerá. E cá estou eu, pronto para vingar a morte dele. O Homem de Ferro sofrerá nas minhas mãos quando eu tiver os anéis de meu pai.

Quem é o seu pai?

A risada que ele deu foi histérica. Então, ele desapareceu, levando o bisturi consigo. As correntes caíram no chão, seu som ecoando pelo lugar. Todos suspiraram, sem ter o que comentar.

— Você acredita nele, Stephen? — perguntou Linda.

Doutor Estranho assumiu um semblante sombrio.

— Não é questão de acreditar. O que ele fez foi perigoso. Um só homem sem poder algum derrubou quase todos nós. Alguém ele é.

Linda pensou em responder, mas decidiu mudar de assunto.

— Stephen, sobre o livro.

Ele sorriu.

— O Diário de Agamotto é nosso!

— Não exatamente.

— Como assim?

— Stephen, esse livro não é o Diário. Ele está em branco, venha ver.

Ela guiou todos escada acima até o altar.

— Temos apenas estes símbolos. Para sua sorte, eu os decifrei. Mas preciso de você. A frase é em latim. Transibum tantus unum dignus cognitio.

Um tanto quanto intrigado, Stephen se pôs a traduzir.

— Apenas aquele digno do conhecimento passará.

A Enfermeira Noturna pediu para que ele repetisse. Soava desapontada.

— Eu estava esperando algo mais... específico.

Então, desceram do altar em direção à parede em frente à eles.

— Será que não somos dignos?

Foi quando uma fumaça surgiu de baixo da parede e subiu por ela lentamente. Logo a parede estava completamente coberta pela fumaça. Então, um brilho surgiu atrás da cortina de fumaça. Quando a névoa se dissipou, a parede não estava mais lá. Apenas uma enorme escadaria.  


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Notas finais do capítulo

E a identidade do falso Wong é finalmente revelada. As perguntas, agora, são: como ele consegue viajar no tempo? Como ele conhece Thanos? Como ele tem acesso a Asgard?

Expectativas para a revelação do Diário de Agamotto?



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