Puro-sangue: Amor e ódio escrita por Quele Rose


Capítulo 3
INTRODUÇÃO - Capítulo 3 - Protegendo um raio de sol


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês, espero que gostem.....
Cadê os Reviews???
*** Beijos para todos ***



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– Vamos, vamos, força... Está quase acabando, o neném já está vindo. Só mais um pouco. Respire. Um, dois, três.... Parabéns! Sua linda menina chegou ao mundo. – O médico entregou o bebê a mamãe que ansiava em tê-la em seus braços.

– Olha Charlie, nossa filha é tão linda! – disse acariciando o rostinho da pequena que os olhava fixamente.

– Como vamos chamá-la?

– Hum! Isabella. Se chamará Isabella Marie Swan. O que acha Charlie?

– Achei maravilhoso. Esse nome é lindo. Nossa pequena Isabella.

Com seus pequenos pés, corria pelo vinhedo imaginando que ninguém iria alcançá-la. O vinhedo pertencia a família Swan, que foi passado de descendente para descendente e era administrado por Charlie, o único sobrevivente daquela família.

No extenso terreno onde as videiras eram cultivadas, tinha uma grande casa que ficava bem no centro do terreno. A casa era branca, confortável e arejada. O seu interior era bem aconchegante, os móveis bem escolhidos foram devidamente organizados e distribuídos nos cômodos. Na sala de estar tinha um grande piano, que vez ou outra era tocado por René.

O interessante da construção da casa é que ela não tinha andares, era totalmente plana, que além da grande sala de estar, tinha uma de jantar com seis lugares a mesa. Não que fosse usada com freqüência, pois raramente recebiam visitas, uma bela cozinha e uma varanda que rodeava a casa inteira. Os quartos eram três: um que pertencia ao casal, logo ao lado o da pequena Bella – como seus pais a chamavam – e, por último o quarto de hóspedes.

– Bella, cadê você? Vou te pegar, hein? Já estou chegando. – Charlie gritava correndo atrás da sua pequena garota. Ela por sua vez, não perdia tempo, corria, corria, como se aquelas pequenas pernas fossem te levar para longe. E não é que levou! Ela saiu do vinhedo chegando à vinícola, local onde eram fabricados os vinhos, negócio esse que mantinha a riqueza e a sobrevivência da família Swan.

– Pronto! Pensou que eu não ia te pegar? Te peguei. – a carregou no colo.

– Ah papai! Você foi muito rápido. – a pequena Isabella fez um biquinho e no colo do seu pai, o abraçou lhe enchendo de beijos. Charlie não se continha de tanta alegria por ter sua linda filha, sua pequena Isabella.

– Ei vocês dois, entrem logo, o almoço já está na mesa. – René gritava da varanda, e como gritava.

– Vamos Bella, já está na hora do almoço, não vamos deixar sua mãe irritada. – ele ria imaginado a cara que a René fazia quando ficava brava.

Isabella já tinha três anos, era uma menina meiga mais muito esperta, falava de tudo e era determinada, sabia bem do que gostava e do que não gostava. Seus pais estavam radiantes, pois ela trouxe luz para aquele lugar e alegria para os seus corações.

– Mamãe, como eu estou? Estou bonita igual a você? –Isabella chegou na sala usando o sapato de salto alto da René, os dois olharam assustados e logo em seguida sorriram.

– Minha filha, esse sapato não dá em você, é muito grande. – René falava carinhosamente para pequena Isabella que agora tinha sete anos e já sonhava em ser como a mãe.

– Bella, você não precisa usar sapatos altos da sua mãe, você já é bonita. – Charlie falava para sua pequena filha admirando-a.

– Você acha mesmo pai?

– Acho. Tão linda quanto a sua mãe, minha pequena Bella. – ela correu até seu pai, pulando no seu colo, abraçando-o e lhe dando um beijo. Estava satisfeita com o que tinha acabado de ouvir.

Agora com nove anos, Isabella, dançava lindamente balé na sala da sua casa, ao som do piano tocado pela sua mãe. René e Charles se preocuparam muito com a educação da sua filha, matriculou-a num bom colégio. Ela fazia balé e natação desde aos 5 anos e já estava aprendendo a falar inglês e francês fluente incluindo italiano, idioma da sua linda terra natal. Além, de aprender a tocar piano e violão. Mesmo com muitas tarefas diárias, Isabella era tímida, tinha poucos amigos, sempre ia de casa para as aulas e das aulas para casa. René estava nos últimos acordes e Bella também finalizava a dança com seus graciosos passos. Charlie as aplaudia com entusiasmo.

– Obrigado papai. Treinei essa coreografia especialmente para você. – num lindo sorriso, dedicava sua apresentação ao seu pai. Ele sempre se emocionava com ela, pois Bella sempre enchia sem coroação de alegria e orgulho.

Chegando de forma apressada em casa, abriu a porta com força gritando para sua mãe:

– Mamãe, mamãe, eu preciso falar com você. É muito, muito importante.

– Que foi minha filha, o que aconteceu? – René estava assustada com a expressão da Bella.

– Preciso conversar com você mamãe, no meu quarto, venha. – ela puxava a mão de sua mãe, levando-a para o seu quarto.

– Pronto filha! Estou aqui, conte-me o que aconteceu. – falava preocupada.

– Um garoto.

– O quê? Um garoto? O que tem um garoto? O que ele te fez? – entra Charles no quarto gritando, assustado com o que pode ter acontecido.

Isabella fita os próprios pés começando a corar. René percebendo a reação da filha e tentando não constrangê-la ainda mais, vira para Charles.

– Não é nada do que você está pensando. Um garoto não fez nada e, por favor, retire-se do quarto que é conversa de mulher. – ela se levantou e foi empurrando Charles porta a fora, deixando-o do lado de fora bufando. Voltou para sua filha, levantando seu rosto e falou:

– Não tenha vergonha minha filha, conte o que aconteceu.

– Mãe, um garoto pegou na minha mão e disse que queria namorar comigo. – Isabella voltou a fitar os próprios pés ficando ainda mais corada.

– Então é isso? Não precisa se envergonhar é assim mesmo. Você já tem doze anos e vai começar a despertar os corações dos garotos. Mas, não esqueça que o importante é estudar, você é muito nova para essas coisas. – carinhosamente ela afagava os cabelos de sua filha.

– Não é só isso. – ainda fitando os próprios pés.

– Não? Tem mais? – René agora estava um pouco assustada, mas tentava não demonstrar para sua filha. – Pode me contar o que aconteceu.

– Mãe, eu comecei a tremer, fiquei sem saber o que fazer, estava muito envergonhada. Eu fiquei no jardim ao lado da escola sentada embaixo de uma árvore, então ele chegou. Quando pegou na minha mãe e disse que queria namorar comigo, fiquei confusa, tão confusa que fechei meus olhos e de repente em nossa volta começou a ventar muito e a árvore começou a balançar fortemente e as folhas começaram a cair. – Isabella olhava para sua mãe que agora estava com os olhos arregalados.

– Minha filha, me desculpe, não queria que você tivesse passado por isso. – ela abraçou a filha e acariciou mais uma vez seus cabelos. – Não se preocupe. Você gosta dele?

– Não, eu não gosto dele, só fiquei com medo do que aconteceu. Fui eu que fiz isso? – René estancou no lugar, ainda abraçada com sua filha.

– Claro que não foi você. Que pergunta boba, você não tem culpa com o que acontece com a natureza. Não se preocupe, se você não gosta desse garoto, finja que nada aconteceu, isso vai passar e ele vai esquecer. – reconfortava-a, mas não podia esconder sua preocupação, pois algo ali estava acontecendo.

À noite no quarto, com seu marido, eles conversavam.

– Charlie, temos que tomar uma providência, é arriscado ficar perto da Bella. Com o passar do tempo ela vai perceber o que ela é, o que tem dentro dela vai despertar e, contra minha vontade eu a incentivo a isso, afinal de contas ela é assim porque eu sou. Não é fácil você controlar o que está dentro de você. Minhas vibrações passam para ela, é nosso sangue, nossa linhagem, nossa raça. Eu preciso mantê-la longe, protegida. Se aqueles monstros souberem da sua existência, eu não sei o que farei. Sou capaz de matar por ela, morrer por ela. – falava em desespero.

– Calma, vamos dar um jeito. Não é bem assim, Bella tem crescido normalmente como qualquer outra garota, saudável, feliz e bonita. Ela só é um pouco tímida, na dela, não tem muitos amigos, mas é uma boa menina, é normal. – tentava consolar sua mulher.

– Não Charlie, está acontecendo, a cada ano um novo despertar. Lembra quando pequena corria alegremente pelo vinhedo e as flores brotavam ao passar por elas? E quando dança balé com saltos e giros flutuava sem perceber? Ela está mudando Charlie, está despertando apesar de não notar. O problema é que ela vai despertar também o desejo daqueles monstros de tê-la.

– Ainda não é momento para pânico, vamos pensar em como resolver isso. – mais uma vez confortava sua bela mulher – Vamos dar tempo ao tempo e vê até onde vamos agüentar com isso.

O momento tão esperado chegou, Isabella completava quinze anos. René estava empolgada decorando o salão da escola para grande festa. Além disso, ela agora entrava no colegial. Bella não queria festa, era muito tímida e odiava ser o centro das atenções. Mas, por ser filha única, não tinha coragem de negar esse evento aos seus pais. Principalmente, para sua mãe que já foi adolescente e infelizmente não teve sua festa de quinze anos, por motivos que ela preferia não contar.

– Vamos Bella, precisamos nos arrumar – René em polvorosa arrastava a menina para o quarto.

Charles estava na sala, ansioso de terno e gravata esperando pelas suas lindas mulheres. Para ele, ver Bella crescendo, agora uma moça, não lhe agradava muito, pois chamava muito atenção dos garotos. Ela era muito bonita, seus cabelos castanhos claros com alguns fios dourados, seus olhos azuis esverdeados, seu corpo esbelto e lábios bem definidos e rosados. Seu corpo tinha a mais bela forma, delicado, mas bem definido, ela era bela como a mãe.

As duas saíram do quarto, bem arrumadas e Charlie não conteve de tanta admiração. Arregalou os olhos vendo aquelas beldades. Como cuidar de duas belas mulheres? Isso realmente era difícil. Uma já era sua, e a outra, era a sua pequena menina, que um dia pertenceria a outro. Ah não, isso não.

Eles foram para festa. Já no local, Bella ficou admirada vendo o salão bem decorado com flores de lótus – seus pais diziam que ela era uma flor de lótus, pois era venerada e simboliza espiritualidade (passado, presente e futuro) – muitas luzes, um DJ no canto da sala, tudo branco e dourado, assim como seu vestido. Ela não deixou de notar que uma pessoa especial também estava no salão além dos amigos da escola, sua avó Ana Marie (mãe da sua mãe) que sempre a visitava.

Era chegado o momento da dança, diga-se de passagem, que Bella não teve um príncipe para dançar com ela, ou melhor, o Charlie não deixou e dançou com ela as duas músicas, a destinada ao príncipe e ao pai. Ela não se importava, pois amava demais o pai e o admirava muito, não tinha nenhum garoto ali que a interessasse, ela não queria namorar, nunca teve namorado. O único acontecimento foi aquele garoto, que pegou em sua mão e que provocou sensações estranhas. Não sensações que ela gostasse, mas sensações de dar medo.

Já próximo ao fim da festa, Bella foi abrir seus presentes. Os amigos de escola juntaram-se e lhe comparam um belo diário, ela os agradeceu pelo carinho. Charlie te deu um lindo violão.

– Pai, obrigada! Agora poderei tocar as músicas que componho, principalmente as que fiz para você. – Sorriu e correu abraçando o pai.

– Minha querida Bella, você é muito importante para mim. – ele chorava abraçando sua filha, como era bobo com essa menina.

René lhe deu um lindo colar de ouro branco que pertencia a sua família. Ele tinha um coração e dentro tinha uma foto sua e de seus pais. Para complementar o presente, sua avó lhe deu um pingente que foi colocado no colar. Era uma flor de lótus, moldada com pedra de topázio imperial no meio e as pétalas eram com topázio incolor com detalhes em safira. Bella não se conteve de tanta emoção, com a ponta dos dedos, começou a tocar na bela flor e a chorar.

De repente, algo diferente aconteceu, pétalas de flor de lótus começaram a entrar pelas janelas e portas e a cair no salão. Todos os convidados ficaram olhando aquilo inebriados e comentavam:

– Nossa! Os pais dela devem ter muito dinheiro, olha só os efeitos que contrataram. Que lindo.

René ficou assustada e Charlie também, com os olhos arregalados e estáticos. A sua avó sorria, um sorriso no olhar que só ela entendia. Isabella não percebeu o ocorrido, apenas continuou a chorar de felicidade. Sem menos esperar, na palma da sua mão, caiu uma pétala da flor de lótus. Parou de chorar, levantou a cabeça e olhou ao redor.

As pétalas pararam de cair, todos estavam sorrindo, aplaudindo e seus pais continuavam estáticos. Ela não entendeu o que aconteceu e nem a reação dos pais, que rapidamente mudaram para que ela não desconfiasse de nada, a abraçaram e desejaram um feliz aniversário. A festa continuou com música e depois foram para casa.

A última conversa entre Charlie e René sobre o evento passado, aconteceu. Isabella não viveria mais ali.


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Notas finais do capítulo

A Bella está crescendo... Ficar junto da sua mãe não está sendo fácil... O que será feito?
Esse é o último capítulo da introdução, o próximo já será o início da 1ª temporada.
 
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