Puro-sangue: Amor e ódio escrita por Quele Rose


Capítulo 2
INTRODUÇÃO - Capítulo 2 - O nascer da esperança


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo refeito para vocês. Espero que gostem.



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– Por favor! – ela pedia inconsolada – Não deixe meu bebê morrer. Meu bebê.

Caius, com brilho nos olhos, seus lindos olhos da cor de vinho, se aproximou dela, sentiu seu aroma, virou sua cabeça de lado e roçou seu nariz em seu pescoço.

– Oh! Minha doce René, como você cheira maravilhosamente bem. Como resistir a esse delicioso perfume?

Em um movimento sutil, Caius cravou seus dentes no pescoço de René. A bela René foi amolecendo, não sentia mais dor, não sentia mais seu corpo, não sentia mais nada.

 

Charlie horrorizado com a cena que acontecia na sua frente largou Marcus e se lançou em direção a Caius. Rapidamente, ele passou René para os seus braços e lhe disse:

– Tire-a imediatamente daqui. Salve-a e a salve a criança. Não deixarei vocês serem seguidos.

Charlie ficou um pouco aturdido por Caius está agindo daquela forma, após ter mordido sua mulher estava lhe ajudando, será que era verdade? O que ele queria em troca? Ele é um poderoso Volturi sem piedade, coração, amor, ressentimentos, sem nada. Antes que ele mudasse de idéia, Charlie prontamente saiu daquele lugar obscuro, salvando sua amada e o filho que ela esperava.

Seu desespero não tinha terminado. René estava desacordada, com seu corpo mole, sagrando, totalmente fraca. O que fazer? Ele jamais iria conseguir viver sem ela e sem o filho que eles tanto esperavam e desejavam.

Correndo pelas ruas de Voltera, pensando em quem poderia ajudá-lo, em quem poderia salvá-la, ouviu o seu sussurro.

– Leve-me naquele médico. Só ele poderá me salvar e salvar nosso bebê. – num apelo de dor ela repetia – Leve-me naquele médico, ele saberá exatamente o que fazer.

– René, tem certeza? Você sabe o que ele é. Olha o que fizeram com você, essa espécie não presta. São monstros. Todos merecem estar mortos. – O semblante de Charlie era de ódio.

– Você sabe que ele é diferente Charlie. Você sabe que só ele pode...

Seus olhos se fecharam. Ela estava muito machucada e fraca. Mas, o que fazer? Ele não gostaria de ser grato a tal pessoa. Charlie não tinha escolha, correu com René nos braços e chegou numa antiga e simples casa que ficava distante das ruas movimentadas. Bateu na porta desesperadamente. O lindo médico foi até a porta atender aquele homem desesperado, com uma mulher toda ensangüentada em seus braços.

– Salve-a, por favor, salve-a. – Ele gritava desesperado.

– Vamos, leve-a lá para dentro, coloque-a deitada na cama do quarto que fica no final do corredor, lá é meu consultório particular, onde atendo meus pacientes. Tem tudo que precisaremos. – o médico pediu e foi correndo logo atrás. Chegando ao quarto onde a bela mulher estava, pegou seus instrumentos de trabalho e foi logo examiná-la.

– O que aconteceu com ela? Está muito ferida. Como ela chegou a este estado? – o médico estava perplexo com o que via.

– Você pode imaginar, não é doutor? – Charlie apontava para o pescoço de René com os olhos cheios de ódio.

– Oh! Me desculpe. Não tive a intenção. Farei o que estiver ao meu alcance para salvá-la. Não se preocupe.

– Ela está esperando um bebê, o nosso bebê. – Agora Charlie soluçava as palavras cheias de dor.

O médico imediatamente limpou seus ferimentos e logo ficou preocupado, pois no estado que aquela mulher se encontrava seria um milagre se o bebê sobrevivesse. Depois de deixá-la limpa, costurar os cortes e ter feito os curativos, foi examinar o bebê, posicionando o aparelho de ultra-sonografia e colocando em sua barriga. Ficou espantado. Tinha alguma coisa diferente. Ele ficou observando por alguns minutos de boca aberta, sem compreender exatamente o que estava acontecendo.

– Doutor, o que está acontecendo? O bebê está bem? Fala alguma coisa. – Charlie gritava nervoso.

De repente pôde se ouvir um som, um belo som de um coração batendo. Os olhos dos dois piscaram e eles ficaram perplexos. Estava lá, sem nenhum arranhão, sem nenhum machucado, o bebê estava com os batimentos do coração fortes, mostrando que tinha sobrevivido aquele massacre. Charlie ficou bobo, também não acreditava no que os olhos viam. Ficou emocionado e começou a chorar. Aquele som era tudo que ele mais queria ouvir.

– Bom, o bebê está ótimo, gozando de uma boa saúde. Vamos deixá-la descansar e quando acordar virei examiná-la novamente e assim, conversaremos sobre os cuidados que terão até o nascimento do bebê.

Os dois saíram do quarto e foram para sala, onde o médico preparou um chá e os dois homens amigavelmente conversavam sobre o ocorrido. O médico estava em silêncio, triste, pois não se orgulhava da sua espécie, vampiro. Ele pertencia a última classe de vampiros, aqueles que eram ex-humanos e foram transformados. No caso dele, sem desejar tal destino. No seu corpo corria veneno, algo totalmente supérfluo, exceto para paralisar sua presa. Ele tinha vergonha. Vergonha do que era. Mas, tentava ser útil.

– Doutor, eu serei eternamente grato ao que fez hoje. É difícil ver um vampiro, digamos, diferente. Tenho uma dívida com você e não a esquecerei. – Charlie falava com sinceridade para aquele que salvou a vida de sua mulher e a do fruto de seu amor, que ela carregava.

– Não precisa agradecer, fiz o meu dever. – o médico sentia orgulho do que fazia, apesar da sua natureza, ele ajudava as pessoas.

Barulho de pegadas se aproximando eram ouvidas e os dois viraram para olhar quem estava chegando na sala.

– René, meu amor, como você está? Dormiu bem? Descansou? Não é melhor você voltar para cama? Eu ouvi o coração do nosso bebê, ele é forte... – Charlie falava num maior entusiasmo. Ele se aproximou dela, colocando-a no sentada sofá e segurou sua mão.

– Calma, Charlie, eu e o bebê estamos bem, já descansamos bastante. – olhando para o doutor com um sorriso – Muito obrigada pelo que fez por nós, você salvou o que é de mais precioso para mim e para meu marido.

– Não tem do que agradecer, como estava dizendo para ele, cumpri com o meu dever. – o médico repetiu mais uma vez. – Aproveitando que você acordou, temos que conversar algumas coisas sobre o bebê. Vou trazer um chá, você precisa se alimentar.

O médico foi até a cozinha lhe preparar um chá. Chegando na sala, colocou a bandeja com chá e biscoitos sobre a mesa. René começou a comer, estava com muita fome.

– Algum problema doutor? – Charlie olhava para o médico apreensivo.

– Não, nenhum problema. – olhando para René – Você sabe de quantos meses está?

– Não tenho certeza, acho que com três meses e alguma coisa. Eu não tive muitos enjôos, então só percebi bem depois. – René falava acariciando sua linda barriguinha.

– Bom, pelos meus cálculos e pela imagem que vi no ultra-som, você já está com quatro meses de gravidez. E devo lhe dizer que já foi possível ver o sexo do bebê.

– Como? Você já sabe se é menino ou menina? – Charlie saltitava, não continha sua excitação.

– Calma amor! Então doutor? Eu estou esperando um menino ou uma menina? – seus olhos brilhavam de curiosidade.

– Quero parabenizá-los pela linda menina que vocês terão.

Charlie recomeçou a saltitar, pegou o médico num abraço forte, saiu gritando e voltou ajoelhando-se em frente da sua amada, que derramava lágrimas de felicidades.

– Minha linda menina, minha pequena, será graciosa e bela como a mãe. Terei duas lindas mulheres para cuidar, como sou feliz. – aproximou da barriguinha da sua linda esposa e ali posou um beijo.

René o abraçou e lhe disse o quanto estava feliz e quanto o amava. Os dois passaram três noites na casa do médico e depois foram embora após certificarem que era seguro, combinando que o doutor seria o responsável pelo parto da criança.

Cinco meses se passaram. René e Charlie voltaram para o vinhedo da família e ali resolveram que criariam sua filha. A barriga de René estava imensa e o parto estava próximo. Charlie preocupado com o nascimento da criança, mandou logo chamar o médico mesmo faltando ainda uma semana para o nascimento. O que foi muito útil, pois o neném nasceu antes do previsto.

– Vamos, vamos, força... Está quase acabando, o neném já está vindo. Só mais um pouco. Respire. Um, dois, três.... Parabéns! Sua linda menina chegou ao mundo. – O médico entregou o bebê a mamãe que ansiava em tê-la no seu colo.

– Olha Charlie, nossa filha é tão linda! – disse acariciando o rostinho da pequena que os olhava fixamente.

– Como vamos chamá-la?

– Hum! Isabella. Se chamará Isabella Marie Swan. O que acha Charlie?

– Achei maravilhoso. Esse nome é lindo. Nossa pequena Isabella.


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Notas finais do capítulo

Façam uma autora feliz e comentem ;-D
 
E aí? Já sabem o que é a René e por que ela é a única sobrevivente do extermínio da sua linhagem?
Por que ela não se transformou em vampira quando Caius a mordeu?
 
Beijos e até o próximo capítulo....



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