O babaca do amigo do meu irmão 1ª temporada escrita por Lailla


Capítulo 3
O que deu na gente?!




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Ellie fez o maior drama, mas disse que tinha um vídeo no celular dela. Pediu meu notebook e depois de buscá-lo, ela conectou o celular no computador.

– Certo.

Olhamos para ela.

– Anda logo. – Eu falei.

– Shhh. – Ela chiou – Quero que mantenham a calma. Felícia estava bêbada.

– Ai meu Deus! Eu fui estuprada?!

– Não idiota! Argh... Olhem.

Ela deu start.

Ellie ria e ia para um corredor, abrindo a porta de um quarto. Ela também estava bêbada. Quando entrou se deparou com Du batendo em Micael, que tentava subir as calças. Eu ria na cama, com o vestido suspenso e os seios aparecendo.

– Ai meu Deus Fê! – Ela exclamou rindo ao me ver daquele jeito.

– Du pegou a gente! – Eu ria bêbada – Ele está batendo nele.

– Idiota! – Du dizia enquanto tentava bater em Micael, mas ele mexia os braços tentando impedir.

Eu tentava levantar, cambaleando. Estava descalça.

– Vocês estavam transando?! – Fê dizia gargalhando.

Eu assentia rindo, quase gargalhando.

– Está gravando! – Comemorei pulando. Fiz um coração com as mãos.

– Como foi? – Ela perguntou rindo mais.

– Eu estava por cima! Eu! – Ria como lunática – É bom, é bom! – Eu ria me inclinando pra frente – É grande e gostoso.

Ellie começou a gargalhar comigo.

O vídeo acabou.

Ficamos estáticos e com os olhos arregalados olhando para a tela. A imagem era eu rindo, Du e Micael no fundo. Tentava respirar, estava nervosa. Ellie pôs a mão na boca e se afastou. Micael e Du olharam para mim.

– Felí... – Micael ia dizer.

Gritei alto e por muito tempo me inclinando para frente com as mãos na cabeça.

– Não, não, não, não! Nãããããooo!

Eles se assustaram. Saí correndo em direção às escadas e ouviram o som da porta bater. Du olhou para Micael.

– Ahm... – Ele gaguejou – Foi mal! Eu nunca ia fazer isso com sua irmã! Eu estava bêbado! Eu...

Du levantou a mão na frente do rosto dele.

– Cala a boca. – Balançava a cabeça – Pelo visto já te bati.

Ellie olhava para os dois enquanto apertava a caneca de café com as mãos.

...

Andava de um lado para o outro no quarto sacudindo as mãos. Não acreditava naquilo. Como aquele imbecil pôde fazer aquilo?! Como eu pude fazer aquilo?!

Peguei no vestido. Transei com Micael com ele! Me sacudi e o tirei indo para o banheiro. Liguei o chuveiro e tomei um banho desesperado! Peguei qualquer roupa que estava pendurada no cabide do banheiro e vesti. Um short qualquer e uma blusa larga.

Saí do banheiro e dei de cara com Micael. Fiquei o encarando estática. Despertei e peguei um abajur, jogando nele.

– SEU BABACA!

Ele desviou assustado.

– Pára com isso maluca! Seu irmão me mandou vir aqui!

– Pra que?!

– Conversar.

– Ah! Mas a gente já fez muita coisa ontem! – Virei passando a mão no cabelo.

– Olha, foi mal...

– Foi péssimo!

– Cala a boca! Deixa eu falar.

Cruzei os braços e o olhei.

– Eu estava bêbado e você também. De alguma forma a gente foi parar no quarto e acabou... Transando.

– Ah é, gênio? – Sentei na cama suspirando.

Levantei as pernas e as abracei, confusa e um pouco triste. Ele viu como eu estava e abaixou o olhar. Sentou do meu lado. Deu um soco leve no meu braço e olhou para baixo.

– Eu... Não pretendia fazer aquilo com você. Tá? Foi mal mesmo.

Suspirei e abaixei a cabeça.

– Eu estava reparando mais em você essas semanas. – Ele disse – E depois que você tirou a roupa na minha frente...

– Eu o que?

– Ah... Uma noite você ficou bêbada e eu cheguei. Fez umas perguntas tipo “Por que vocês são assim?” e começou a tirar a roupa na minha frente.

– Até aonde?

– Ficou... De calcinha. – Ele apertou os olhos.

Nunca vi Micael daquele jeito.

– Me empurrou e ficou por cima de mim... Se mexendo, sabe.

– Hum... – Gemi pondo a mão na testa – Não acredito. Me lembrei.

Ele riu.

– Eu quase... Hum...

– O que?

– Quis... Sabe.

Franzi a testa confusa e surpresa.

– Não fez nada comigo?

– Claro que não. Você estava bêbada. Mandei tomar banho e depois você dormiu.

– Ah... É. – Pus uma mecha atrás da orelha – Obrigada.

– Nada. – Ele sorriu.

Eu ri. Ele me olhou, mexeu numa mecha do meu cabelo. Olhei para ele suspirando. Nossos olhares se encontraram.

– Por que... Você me beijou aquela noite?

– Queria saber como era te beijar.

– Ah... – Desviei o olhar querendo sorrir.

Apertei os olhos, piscando algumas vezes.

– Os caras.

– Que? – Ele não entendeu.

– Eu estava beijando dois caras. Um deles ficou atrás de mim e... Começou a se esfregar em mim. Você... Bateu nele e me puxou. – Sorri, até admirada – Deve ter sido nessa hora que fomos para o quarto.

– Ah.

Ele olhou para o nada tentando lembrar.

– Eu me lembro do quarto. Acho que você ia me tacar o sapato.

Gargalhei abaixando a cabeça.

– Acho que eu ia mesmo. Aí... Você me agarrou e me beijou. Por que me beijou?

– Sei lá. Acho que deu vontade. – Ele deu de ombros rindo.

Pus a mão no rosto rindo.

– Quem será que começou? – Perguntei.

– Acho que foi você.

– Não coloca a culpa em mim. – Eu ri.

– É sério. – Ele riu – Quer dizer, não lembro quem começou a tirar a roupa, mas você me virou do nada e... A gente começou.

Mordi o lábio e apertei os olhos.

– Eu não me lembro disso. – Disse rápido balançando a cabeça.

– Foi sim. – Ele riu pra mim.

Pus a mão na frente do rosto com vergonha. Era verdade. Eu o virei e a gente começou. Segurei os braços dele, mas ele pôs as mãos nos meus seios abaixando o vestido pra tocar neles e depois desceu para o meu quadril, movendo ele pra frente e pra trás. Eu realmente nunca senti algo tão bom assim. E nunca pensei que seria com ele!

Tirei a blusa dele e comecei a beijar seu pescoço, descendo lentamente. Ele pegou meu rosto, eu estava mordendo os lábios, e me beijou até perdermos o ar. Comecei a gemer e ele continuou a movimentar meu quadril. Terminou com nossos gemidos bem altos e ele com a mão na minha coxa e a outra no meu quadril, o empurrando para baixo. Nos encaramos ofegantes. A testa dele suava. Passei a mão no suor e o beijei intensamente. Foi aí que Du entrou no quarto.

– Nossa. – Eu disse olhando para o nada, surpresa.

– É. – Ele também não acreditava.

Nos olhamos ao mesmo tempo. Ele virou o rosto e abaixou a cabeça. Começou a rir.

– “É grande e gostoso”?

– Cala a boca. – Eu disse rindo dando um soco de leve nele.

Rimos juntos. Olhei para cima respirando fundo.

– Meu Deus! Não acredito que foi com você.

– O que? Você nunca tinha...? – Ele ficou nervoso.

– Não, já sim. É que... Eu nunca... Sabe.

– Nunca?! – Ele ficou surpreso – Nem com o...?

– Não. Ele tinha sido o único. E eu nunca... Hum... Na verdade eu não gostava de fazer aquilo com ele.

– Por quê? Ele...

– Eu só não gostava. Não quis fazer mais, e... Foi por isso que ele terminou comigo.

Ele virou o rosto para frente.

– Ah.

Eu ri.

– O que foi? – Ele perguntou.

– Foi... Bom.

– “Bom”? – Ele riu.

Virei o rosto com vergonha. Ele riu.

– Eu disse que sabia fazer direito. E você também não é ruim.

– Ah tá! – Ri.

– Sério. – Ele sorriu. Olhei pra ele – Nenhuma garota que eu dormi fez... Aqueles movimentos. – Ele riu – Elas nem querem ficar por cima. É sem graça às vezes.

Pus o dedo no lábio e o mordi com vergonha. Ele me olhava de cima a baixo. Levantou a mão lentamente e acariciou meu braço com os dedos. Olhei para ele nervosa. Por que eu estava atraída por ele?!

O encarei. Ele chegou mais perto e se inclinou pra frente esperando eu o deter, mas não o detive. Pôs a mão no meu ombro e a baixou gentilmente. Nos beijamos intensamente. Enquanto nos beijávamos e deitávamos, eu pensava “O que estamos fazendo?! O que estamos fazendo?!”.

Ele se pôs entre minhas pernas e a mão dentro da minha blusa. Tirei a camisa dele e logo ficamos nus. Gemia baixo no ouvido dele, apertando suas costas. Terminamos com os dois debaixo das cobertas, ele mexendo no meu cabelo.

– O que deu na gente? – Perguntei olhando para aqueles olhos que agora me encantavam.

– Não faço ideia. – Ele enrolava o dedo na mecha do meu cabelo – Mas parece que é cada vez melhor. – Ele riu. Sorri – É estranho. A gente se odeia.

– Concordo. – Quis rir.

– O que você acha?

– Hum. – Dei de ombros – Voltar ao normal?

Ele assentiu com a cabeça, mordendo o lábio. Suspirei e subi em cima dele, beijando-o. Depois de um longo beijo, nos vestimos.

...

Voltamos a nos odiar e fomos para a cozinha. Ellie e Du já estavam almoçando.

– Porra, pensei que tinham se matado lá em cima. – Du disse.

Não respondemos nada. Ele nos olhou desconfiado, mas logo parou quando começamos a brigar como sempre. Nunca conseguíamos conversar mais de cinco minutos pacificamente. Não sei nem como conversamos daquele jeito no meu quarto e ainda transamos de novo. Sóbrios! Depois de comer eu levantei e fui para a entrada. Vestia meu casaco.

– Aonde vai?

– A gente transou sem camisinha, aonde pensa que eu vou, babaca?

– Run. – Ele resmungou.

– Ah, eu vou com você. – Ellie disse levantando – Preciso comprar absorvente.

– AHHHH!!!! – Du gritou tampando os ouvidos.

– Pára de ser imaturo! – Gritei.

Pegamos o carro do meu irmão e fomos para a farmácia. Enquanto passávamos pelas prateleiras e eu procurava o pacote da pílula, Ellie queria fazer a pergunta que estava entalada em sua garganta há um bom tempo.

– Fê.

– Que? – Eu disse olhando para ela. Fiz cara de tédio quando vi o sorriso.

– Como foi? Sabe. Vocês ficaram no quarto um tempão. Devem ter se lembrado de algo!

“Relembramos tão bem que transamos de novo só pra saber como é quando estamos sóbrios.”, pensei.

– Maravilhoso. – Disse vendo os preços.

– É sério!

Peguei o pacote.

– Eu estou falando sério. – Saí andando em direção ao caixa – Foi o melhor sexo da minha vida. Eu até gozei.

O cara do caixa ficou me olhando, escutou o que eu disse. Dei um sorriso forçado dando a ele o pacote da pílula e Ellie o pacote de absorvente. Ele viu os preços, com certeza imaginando e confirmando que eu não usara camisinha. Claro, vadia! Ele pôs tudo numa sacola e me deu.

– Obrigada. – Disse rápido e fui embora.

No carro, Ellie continuava com aquele mesmo assunto. Estava começando a me irritar.

– É grande como você falou?

– Não vou responder isso. – Eu ri.

– Eu não vou ficar interessada. – Ela sorriu.

– O que? – Gargalhei – Como assim?

– Você sabe! Vocês transaram. Você vai acabar ficando interessada nele e sentir ciúme por sequência. – Ela riu.

– Não vou não. Pra isso é preciso ter afeição pela pessoa e desejo de querer ficar com ela. E eu não quero isso.

– Duvido.

– Como assim?! Você sabe que eu o odeio. Todo mundo sabe!

– Mas por algum motivo vocês transaram. Bêbados! E todo mundo sabe que quando uma pessoa está bêbada e faz esse tipo de coisa, é porque já queria fazer!

Olhava para a rua, pensando. É verdade mesmo? Eu... Ele... Queríamos transar... Um com o outro?!

Voltamos para casa e só me acalmei quando tomei a pílula. Fiquei ainda mais aliviada quando minha menstruação veio três semanas depois!


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Notas finais do capítulo

Me falem se gostaram até agora pra eu continuar *-*