Broken Strings escrita por liligi


Capítulo 13
Capítulo 13




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Capítulo 13 – Giving Up

Aos poucos, o mundo de sonhos de Riza se dissolvia e ela se tornava consciente de estar deitada e coberta até o pescoço. Percebeu também que o lugar estava inundado de luz branca – já era hora de acordar.

Sua primeira tentativa de abrir os olhos foi frustrada, pois suas pálpebras pareciam pesar mais do que o corpo dela podia suportar, mas, após algum esforço, na segunda ela conseguiu entreabrir seus olhos.

A sensação de reconhecimento logo a inundou: ela estava em seu quarto, a cor da parede lhe era familiar, assim como os quase inexistentes móveis e o cheiro de lavanda, mas o fato do quarto estar iluminado lhe confundia já que ela sempre desligava as luzes e fechava as cortinas antes de dormir.

Ao tentar se sentar, a loira percebeu que não eram apenas suas pálpebras que pesavam, e sim todo seu corpo. Ela se sentia cansada e dormente ao mesmo tempo e sabia que aquilo tinha um motivo: o analgésico que o médico havia lhe receitado para a dor do ferimento da bala cujo ela tinha que tomar toda noite antes de dormir.

- Finalmente acordou mamãe! – Riza olhou para a porta e viu James entrando em seu quarto, já banhado e arrumado. Isso fez algo na mente de Riza se mexer, como se ela tivesse que se lembrar de alguma coisa...

- Você quem abriu as cortinas? – Ela perguntou ainda grogue.

- Sim, queria ver se iria acordar logo. – Ele respondeu. – Você lembra que hoje eu tenho aula de campo, né?

Riza sentiu-se culpada, não havia lembrado de imediato que naquele domingo a sala de seu filho iria fazer excursões por lugares como zoológicos e parques aquáticos e que Jamie estava extremamente animado com a ideia.

- Que horas são? – Ela indagou.

- Umas sete e meia.

- Sete e meia? – Ela se endireitou na cama se sentindo alerta repentinamente. Fazia muitos anos que ela não dormia tanto. – Deus, como eu dormi tanto assim?

- Vamos, não quero chegar atrasado – O menino falou calmamente enquanto puxava o braço da loira.

- Tá bem, eu vou tomar um banho e me arrumar rapidinho na ida a gente passa naquela padaria e compra alguma coisa para comer, certo?

- Tá. – Ele disse e saiu do quarto parecendo satisfeito.

Riza tirou as cobertas de cima de si e jogou as pernas para o lado para calçar seu chinelo. Desde que o médico lhe receitou o analgésico ela acabava dormindo mais do que de costume. Não que isso importasse muito, afinal, por conta de seu pequeno ferimento, Kent havia forçado a tirar duas semanas de licença, alegando que ela precisava descansar após o trabalho bem feito.

Claro, ela definitivamente iria aproveitar melhor seu dia se Jamie ficasse em casa, entretanto, ele tinha a aula de campo da sua creche e depois iria dormir na casa de um amigo. Um dia inteiro para ela mesma, e ela não tinha absolutamente nada para fazer.

Despiu-se e entrou debaixo do chuveiro. Ainda se sentia um pouco cansada, mas já estava preparada encarar o longo dia a frente. Não se permitiu demorar, pois Jamie ficaria agitado e também porque ela própria estava começando a ficar com muita fome.

O menino já estava sentado no chão com as costas contra a porta da casa parecendo muito impaciente — outro traço que havia herdado do pai.

- Já pegou suas coisas? – Ela perguntou e o menino ergueu o rosto para encará-la.

- Sim. – James respondeu enquanto se colocava de pé.

- Vamos. – Ela pegou a mão do filho e o levou para o carro, logo deu a partida e ganhou as ruas da Cidade Central sentindo-se estranha por estar "passeando" Por aí invés de estar trabalhando, mas ao olhar o filho, ela ficou grata por poder passar mais algum tempo com o filho durante a semana.

Pararam rapidamente na padaria e comeram pão com geleia e suco de uva e depois Riza o levou até a creche, de onde a turma sairia para a aula campal. Ao chegarem, ela se despediu do filho, conversou com a mãe do amigo cujo Jamie iria passar a noite e depois voltou para casa.

Na volta, Riza aproveitou para passar em um mercado e comprar algumas coisas que estavam faltando em casa e voltou para seu lar, sentindo-se com mais ânimo após decidir que usaria seu tempo livre para organizar sua casa.

Ao chegar, ela se surpreendeu ao encontrar um Roy Mustang sentado ao pé da porta com uma sacola em seu colo.

- Roy? – Ela indagou, chamando a atenção do alquimista que tinha os olhos fechados.

- Você chegou. – Ele sorriu e se colocou de pé.

- Há quanto tempo está aí? – Riza perguntou e Roy apenas deu de ombros.

- Uns vinte minutos. – Respondeu simplesmente.

- O que faz aqui, afinal de contas? Você não devia estar na Central, trabalhando?

Mustang estendeu a comida para a loira e a abriu levemente, revelando alguns pães, geléia e afins, fazendo a loira erguer uma sobrancelha em curiosidade.

- Eu pensei que eu, você e o Jamie pudéssemos tomar café da manhã. – Roy respondeu.

- O Jamie tem um passeio escolar hoje. – Riza falou e viu desapontamento cruzar as feições do moreno.

- Só falta você me dizer que já tomou café da manhã também. – Ele bufou e ela apenas afirmou com um sorriso complacente. – Bem, eu posso pelo menos entrar?

- Claro. – ele deu um passo para o lado, dando espaço para a tenente passar e abrir a porta e então os dois adentraram a casa e se dirigiram à cozinha, onde Roy depositou a sacola sobre a mesa e retirou tudo o que havia comprado.

- Bem, eu não desjejuei, espero que não se importe. – Roy falou e Riza apenas fez um sinal negativo com a cabeça. Ele parou por um instante e ficou encarando suas compras antes de se voltar para Riza e perguntar: - Vai mesmo me deixar comer tudo isso sozinho?

- Eu já disse que já comi.

Mas ela sabia que iria mudar de ideia. Sabia porque ele fazia aquela cara a qual ela nunca conseguia resistir. Ela o conhecia bem, sabia que não ia desistir, e ela também se conhecia, sabia que iria ceder a ele.

Com um suspiro profundo e demorado, ela puxou uma cadeira e evitou olhar para a expressão vitoriosa no rosto de Mustang, em vez disso, analisou o que ele havia comprado. Além da sacola de pães, havia pelo menos três tipos de geléias, biscoitos e um pedaço generoso de bolo de chocolate, havia ali o suficiente para três pessoas comerem em dois dias, ela decidiu.

- Eu trouxe os biscoitos e o bolo para o Jamie, achei que ele fosse gostar. – Roy explicou.

- Você o mima demais. – Ela falou e Roy sorriu de uma forma que admitia ser culpado.

- Eu o amo, não consigo evitar. – Riza não conseguiu impedir que um pequeno sorriso se formasse em seus lábios. Quantas vezes ela havia imaginado aquilo, Roy sendo o pai que Jamie não teve nos seus quatros anos de vida.

- Ele não gosta. – Ela falou e Roy a olhou confuso. – De bolo, quero dizer, não de ser mimado.

- Oh. É mesmo? – Roy perguntou parecendo incrédulo. – Que criança não gosta de bolo?

- Bem, não é que ele não goste exatamente. – Ela disse. – Ele apenas acha... Enjoativo.

- Ele não puxou isso de mim. – Roy falou enquanto se sentava e puxava o bolo para si. – Eu adoro bolo de chocolate.

Mais uma vez, ela não conseguiu evitar um riso. Às vezes Roy agia como criança e, na maioria das vezes, ela achava esses momentos engraçados.

- Eu não sou fã de doces de qualquer tipo. – Ela respondeu. – Ele ficou em um meio termo, gosta de doces, mas não muito.

- Ele é a perfeita combinação de nós dois, não é? – Roy falou enquanto apoiava o queixo sobre seus dedos que estavam cruzados. Ele ficou seus orbes negros no rosto de porcelana dela, analisando cada traço, tão familiares para ele...

Riza não respondeu. Ela não sabia o que responder. Em vez disso, ela pegou um pão e uma das geleias, passou um pouco no pão e deu uma mordida, seu gesto foi então entendido pelo moreno que deu uma mordida no pedaço de bolo.

O silêncio se prolongou por vários minutos enquanto os dois comiam, interrompido apenas por vezes para comentários rápidos. Riza foi a primeira a terminar, uma vez que ela não estava com fome, comeu pouco, mas esperou Roy terminar antes de pegar a louça suja e levá-la para a pia.

- Já que o Jamie não vai estar aqui – Roy dizia enquanto recolhia o que havia sobrado e colocava na geladeira. –, o que pretende fazer o resto do dia?

Riza se virou para ele e respondeu:

- Faxina.

A última vez que Roy havia ajudado a arrumar uma casa, ele não tinha mais que dez anos, e fazê-lo nunca o agradou. Entretanto, ele havia se oferecido por livre e espontânea vontade para ajudar Riza, não por altruísmo, claro, mas porque ele não queria ir embora.

Riza havia ficado bastante surpresa quando o alquimista havia se oferecido para ajudá-la — Ela nunca teria imaginado Roy Mustang segurando uma vassoura e realmente a usando para limpar, mas ali estava ele, surpreendendo-a mais uma vez.

À princípio, ele havia pedido a loira para lavar a louça, uma vez eu ele quem a tinha sujado, mas ela havia feito a pequena observação que ele era inútil quando envolvia água, e então ela pediu que ele varresse enquanto ela lavava, ambos em silêncio.

O mais rápido que pôde, ele varreu a cozinha, seguiu pelo corredor até a sala, e após receber instruções de Riza, ele subiu para o andar superior onde varreu apenas o corredor, uma vez que a loira disse que era preciso arrumar os quartos – o dela e o de Jamie, especialmente o do menino – antes de varrer.

Quando Riza subiu para arrumar o quarto do filho, Roy a seguiu mas parou na porta pois não queria atrapalhá-la. Ele apenas observou o quarto de seu menino – as paredes haviam sido pintadas de um azul claro e havia desenhos de carros nas bordas, de uma tonalidade pouco mais escura que a parede em si.

Em um canto, tinha uma cama com um cobertor azul marinho e dois travesseiros, o que fez com que o alquimista imaginasse a pequena figura de seu filho engolido pelos lençóis e com a cabeça afundada nos travesseiros.

Então, ele notou as prateleiras que rodeavam o aposento e que tinham cada mínimo espaço preenchido por brinquedos – pequenas peças de quebra-cabeças espalhadas, carrinhos, bonecos de madeira, bonecos de ação, peões, tudo o que Roy nunca tivera quando criança. – e no meio de toda aquela bagunça, ele viu o carrinho que havia dado a Jamie em seu aniversário, longe de todos os outros brinquedos, num lugar seguro, um brinquedo especial bem cuidado.

Sua atenção então se focou em Riza. Ela juntava os poucos brinquedos que estavam espalhados pelos cantos e os colocava em seus devidos lugares, parecendo totalmente absorvida naquela tarefa simples apesar do quarto ser arrumado demais para o de um menino de quatro anos.

- Quer ajuda aí? – Ele perguntou sem se dar conta.

Ela se virou para ele um pouco surpresa — havia esquecido completamente que ele estava ali.

- Você poderia afastar a cama para eu limpar? – Ela perguntou e Roy fez um gesto afirmativo.

O alquimista foi até a cama a empurrou para o lado enquanto ela pegava a vassoura que antes estava na posse dele e depois varria rápida, mas cuidadosamente todo o quarto.

- Ele é alérgico a poeira. – Ela comentou casualmente ainda concentrada em sua tarefa.

- É mesmo? – Roy perguntou com interesse. Ele gostaria de saber o máximo possível sobre seu filho e ficava feliz por Riza estar contando por vontade própria.

- Aham. – Ela continuou. – Se ele ficar exposto por muito tempo a garganta dele inflama e o nariz congestiona, foi horrível da última vez.

- Você já o levou a algum médico e perguntar sobre algum tratamento ou sei lá? – Ele perguntou sério e Riza se virou para encará-lo, e, para sua surpresa, ela tinha um sorriso no rosto.

- É só uma alergia, não se tem muito o que fazer. – Ela falou. – Se ele fica doente, eu lhe dou um antialérgico e espero ele melhorar.

- Mas deve ter mais alguma coisa para se fazer além de receitar apenas um antialérgico! – Roy protestou indignado, ele não gostava da ideia de ter seu filho doente todas as vezes que chegasse perto de poeira.

- O médico falou que, com o tempo, a imunidade dele aumentará e a alergia diminuirá ou acabará de vez. – Riza falou, tentando acalmá-lo.

- Bem, espero que acabe de vez. – Foi o que ele respondeu.

Riza sorriu novamente e voltou a limpar o quarto e Roy se ofereceu para limpar a poeira das prateleiras e se empenhou ao máximo nessa tarefa o que divertiu a mãe do pequeno.

A manhã passou rapidamente e sem que percebessem, já era hora do almoço. Riza insistiu que eles adiassem a limpeza e então ela foi para a cozinha preparar algo para almoçarem (Roy queria ajudar, mas ela negou veementemente, mas como ele não parecia querer desistir, ela pediu que ele pelo menos ajeitasse a mesa e ele o fez).

Enquanto a loira estava em pé diante do fogão e ele estava proibido de entrar na cozinha, Roy sentou-se a mesa, sentindo seus pés e costas doloridos e sabendo que precisaria de um remédio para dor ou não conseguiria pregar os olhos naquela noite.

Algum tempo depois, Riza terminou a refeição e a dispôs sobre a mesa, os dois se serviram e almoçaram em silêncio. Após terminarem, ele elogiou a comida dela que apenas fez murmurou um 'obrigado' sem jeito e então resolveram descansarem antes de voltar à limpeza.

Continuaram sentados à mesa, em silêncio por mais algum tempo até este ser quebrado por Roy.

- Então... – A incerteza era evidente em sua voz. Ele cansara do silêncio, mas não sabia o que falar para começar um diálogo com aquela mulher. – Você recebeu minha carta?

Pega de surpresa, Riza não respondeu nada. Apenas o encarou fixamente com uma expressão engraçada: meio infantil, meio confusa e meio surpresa. Então ela desviou o olhar do rosto do alquimista e respondeu sua pergunta.

- Sim, eu a recebi. – Disse baixinho.

Ele sorriu.

- Que bom. Eu temia que você fosse se livrar dela como fez com as demais cartas que lhe mandei anos atrás. – Roy falou.

Riza permaneceu em silêncio. Ela não sabia o que dizer sem denunciar sua ansiedade e sua alegria ao ver que ele havia lhe mandado outra carta após anos, entretanto, ela sentia que devia dar alguma resposta a ele, sabia que ele não aceitaria voltar ao silêncio de segundos atrás.

- Você voltou bem rápido. – Ela disse.

- Eu não estava aguentando – Ele disse calmamente. – ficar longe do Jamie... Ou de você.

Os olhos de Riza se arregalaram e a imagem dos dois na estação de trem, um mês atrás, surgiu em sua mente e um enorme desconforto se apoderou da loira.

- Bem – Ela disse e se levantou bruscamente, ficando de costas para ele. –, é melhor terminarmos isso.

Roy encarou as costas dela, um sorriso maroto brincando em seus lábios, satisfação preenchendo seu peito por saber que havia a deixado sem graça e também se levantou.

- Tudo bem, você tem razão.

—-

Foi uma surpresa para os dois quando perceberam que já havia anoitecido, portanto, passaram um dia inteiro limpando e arrumando a casa de Riza. O que não foi surpresa, foi estarem completamente cansados.

Sentiam-se cansados, mas satisfeitos por terem feito todo o trabalho e por tê-lo feito com excelência, e, acima de tudo, sentiam-se famintos. Roy ofereceu-se para comprar algo para que pudessem jantar, e encontrou uma forte resistência por parte de Riza, mas ele insistiu tanto que ela acabou cedendo – mesmo que a contragosto.

O alquimista então dirigiu até o restaurante que ele mais gostava na cidade e encomendou uma refeição com tudo que ele e Riza tinham direito, e, enquanto preparavam-na, resolveu ir ao hotel tomar um banho rápido e trocar de roupa.

Ao terminar, ele dirigiu novamente ao restaurante, pegou seu embrulho e voltou à casa de Riza. Encontrou-a sentada no sofá, os olhos fixos na imagem que a televisão exibia sem parecer prestar atenção realmente. Ela também parecia ter tomado banho, agora estava vestida em uma calça de pijama lilás e uma blusa de alças branca e seus cabelos estavam presos em um coque alto e levemente bagunçado.

Fechou a porta com um baque suave, atraindo a atenção da loira.

- Trouxe nossa refeição. – ele disse e colocou as sacolas sobre a mesa enquanto ela ia até os armários e retirava dois pratos e dois talheres e os dispôs à mesa.

Os dois se sentaram, e se serviram (após Riza ralhar com Roy por ter pedido alguns dos pratos mais caros de um dos restaurantes mais chiques da cidade.) e comeram calmamente, apenas fazendo alguns comentários ocasionais.

Quando terminaram, lavaram seus pratos e os dois foram para a sala e sentaram-se no sofá. Sem nada para falar, apenas ligaram a televisão e continuaram a assistir ao filme que Riza assistia mais cedo.

Ele não sabia se Riza realmente assistia ao filme, mas Roy logo notou ser incapaz de prestar atenção no que parecia ser um filme de romance, sua mente trabalhava a mil, apesar do cansaço de seu corpo. O alquimista pensava em como sua vida teria sido se ele tivesse dito não àquela estúpida proposta de casamento quatro anos antes, ele pensou em Riza lhe dizendo que estava grávida, em como ele a abraçaria e a encheria de beijos, em como ele estaria presente em cada momento da vida de Jamie...

Ainda distraído, olhou distraído ao redor da sala, e pela primeira vez, notou várias fotos espalhadas pela casa. Nelas, ele via, na maioria das vezes, a imagem de seu filho – ora como um lindo bebezinho com poucos fios de cabelo cor de ébano e pele tão clara quanto à da mãe, ora já com seus três anos e um sorriso no rosto de pura alegria.

Voltou a olhar para a televisão, na tela, a mulher chorava sozinha enquanto assistia o homem que amava dançar com outra no salão distante. Mas o que chamou sua atenção foi o porta-retratos que estava ao lado da TV, foi a foto de Riza e Jamie, abraçados e sorrindo.

Levantou-se e andou em direção a TV e pegou o porta-retratos em mãos, ficou encarando a foto por algum tempo e analisando a cena: Eles pareciam estar em algum tipo de parque de diversões, Jamie segurava um leão de pelúcia enquanto Riza abraçava o filho fortemente e sorria para a foto.

- Roy? – Ele se virou ao ouvi-la o chamar. – Há algo errado?

- Não... – Ele respondeu lentamente. – Eu só estava olhando as fotos.

Ela sorriu e se levantou, parou ao lado dele e pegou a moldura, ficou encarando a foto com um sorriso e um olhar distante. Aquela era a cena mais estranha para Roy, ele nunca a havia visto agir daquela forma.

- Foi a primeira vez que levei o Jamie em um parque de diversões. – Ela disse. – Ele ficou encantado e quis ir em todos os brinquedos. Passamos a tarde inteira lá e na volta, ele estava tão cansado que adormeceu e só acordou no dia seguinte. Acho que ele nunca se divertiu tanto na vida.

- Eu não sabia que gostava de parques de diversões. – Roy comentou.

- Eu não gosto muito. – Ela disse. – Foi ideia do Patrick levá-lo.

Riza logo percebeu que não devia ter mencionado o amigo, pois a expressão do alquimista logo se fechou e ela bem sabia que ele não deixaria aquilo passar sem falar algo.

- Eu não gosto desse Patrick. – Roy falou. – Eu não o quero perto do Jamie e muito menos de você!

Riza revirou os olhos.

- Patrick é um bom amigo e Jamie o adora. Não tem razão para você ficar implicando com ele.

- Eu só não o quero perto da mulher que eu am... – Ele dizia, mas parou quando percebeu o que estava dizendo.

A loira o encarou em um silêncio pasmo. Ele deve ter se enganado, ela dizia para si mesma, havia sido apenas um engano. Afinal, acreditar naquilo só traria mais dor para ambos.

- Eu... – Ela disse enquanto se virava. – Eu vou à coz...

Antes que ela pudesse se afastar, Roy a segurou pelo braço e a puxou para si, circulando a cintura dela com seus braços – uma prisão da qual ela não conseguiria escapar. – e então, ele trouxe seu lábios para junto dos dela e para sua surpresa, não encontrou resistência nenhuma.

Quase que imediatamente, Riza retribuiu ao seu beijo, antes que ela pudesse se impedir, ela á o estava abraçando e o beijando intensamente. Ela não conseguia mais lutar contra ele, e mesmo seu lado racional sabia que lutar seria inútil.

Roy a beijou por vários segundos, até o ar faltar, mas ele não queria ar tanto quanto queria continuar a beijá-la, contudo, ela se afastou, sem mais conseguir aguentar. Ele a fitou. Alguns fios de cabelo fugiam do coque e caiam sobre seus ombros e rosto, as bochechas estavam vermelhas e havia um brilho selvagem em seus olhos.

- O que você está fazendo? – Ela perguntou arquejante.

Ele balançou a cabeça.

- Eu não sei. – Disse. – E não me importo.

- Você devia. – Ela replicou.

- Não, não devia. - Ele se inclinou um pouco, apenas para aproximar um pouco mais seus rostos. – Você não trabalha mais para mim, eu não preciso me conter.

- Você tem uma esposa. – Ela disse.

- Eu não a amo. – Falou e mais uma vez selou seus lábios. Ele não se importava mais com o que poderia acontecer com sua carreira, só havia aquele momento, ele e Riza. Nada mais.

N/A: Depois de mais de dois meses sem atualizar, eu volto. Oi, gente!

Demorou, eu sei. Inspiração não anda perto de quem anda nervosa :/'

Enfim, como foi o natal de vocês? E o ano novo? 2011 começou bem pra vocês? *O* Tô torcendo pra esse ser "O" ano.

Eu também tenho novidades, to me mudando no fim do mês. Começarei a faculdade (só não sei em qual, já que ainda não sei se passei na federal :/). Conhecer pessoas e lugares novos. Mudanças pra melhor, eu espero \o

E esse ENEM, hein, gente? Minhas pobres unhas estão sofrendo aqui junto comigo :/

Enfim, vamos falar de coisas boas (?). A primeira atualização do ano, YAAAY *-*! hausahsua

Espero que gostem, começando o ano com um pouco de romance -q haha

E muuuito obrigado a todas as fofas de que deixaram comentários no capítulo anterior, 81 reviews já. *----*  vocês arrasam, meninas! s2

Bom, agora deixa eu calar meus dedos! rs

Aproveitem a atualização, vou trazer o próximo o mais rápido possível.

Beijos!

Lils.


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