Valentino‏ escrita por TM


Capítulo 32
Nipote




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— O quê? Como assim estais a pegar um menino que tem uma família que o ama? Estais a ficar louco? — Ataquei.

— Família? A família dele sou eu, Dannata. O pequeno é um Medici legítimo, ele era filho de meu irmão, Ascanio Medici com Bianca Piazza, infelizmente, á oito meses atrás mataram-os. Sorte que Lorenzo estava em seu castelo, em Verona, que na época já era financiado por minha pessoa. Quando fiquei sabendo da morte de meus entes queridos, prometi á mim mesmo que ia dar-lhe uma vida que Ascanio teria dado, e gostaria que fosse. Tomei a liberdade de fazê-lo meu filho pois ele é a única coisa que liga-me ao meu falecido irmão. Peço-lhe perdão se a magoei quanto á isso, mas como já dizia meu pai; "A família primeiro, interesses ou negócios depois!".

— Eu concordo. Tentarei ser uma boa mãe para Lorenzo.

— E eu um bom pai. Que Deus nos ajude.

~[]~

O Sol estava pronto para ir-se e dar lugar á majestosa Lua quando um serviçal de meu marido mandou-me acompanha-lo até o nosso trono. Assim como reis e rainhas, nós também o possuímos; já que tínhamos uma província aos nossos pés. Cheguei um tanto quanto cansada pela caminhada que dera, e dei uma olhada em Bartolomeo antes de sentar-me. 

— Não consumamos nosso casamento ontem? — Vossa Graça perguntou-me discretamente. Neguei com a cabeça. — Peço-lhe perdão, não estou acostumado a embriagar-me de vinho, quem dirá de uma bela mulher como tu és. Hoje, pedirei humildemente para que pegue seu caminho e vá para o médico de nossa família, doutor Geronimo Uccello, para ver como andas o nosso bebê e se tem previsão para admirar o mundo. Cesare disse que irá assumi-lo? 

— Pelo o que deu a entender, sim. Vossa Graça está disposto á tudo, já que essa criança tem o sangue espanhol, dos Borgia. — Bocejei. — Marido, por que não manda o doutor Uccello para vir-me ver? Peço-lhe perdão, já que faltam-me disposição.

— Como quiseres, meu amor. — Um homem fardado cochichou no ouvido de Bartolomeo, como resposta, ele mostrou um sorriso satisfatório e fez que sim com a cabeça. — Mande-o entrar!

As portas abriram-se com facilidade e de lá vinha caminhando um menino pequeno com os cabelos louros o suficiente para definir-o como uma criação divina. Andava com os olhos baixos, encarando somente o chão, demonstrando que era bem educado e que sabia o real motivo para estar aqui. Deixei com que um sorriso escapasse por meus lábios. O menino se encurvou, fazendo as reverências que eram-lhe instruídas para duques. 

— Lorenzo! O que estais a acanhar-te? — Bartolomeo riu. — Por favor, erga a cabeça e contemple a beleza de sua senhora e também mãe.

A cabeça louro mexeu-se rapidamente e encarou meus olhos; possuía olhos verdes e uma bochecha rosada e gorda o suficiente para dar-lhe um aspecto doce. 

— Olá, minha jovem criança! Venha aqui. — Bati em minha perna para que ele viesse sentar-se nela. Prontamente, Lorenzo veio e obedeceu. — Posso dizer, com toda a certeza do mundo, que Vossa Graça és mui lindo! 

— Obrigado, minha senhora, Vossa Graça és tão bonita quanto falaram-me. Posso fazer-lhe uma breve pergunta? — Confirmei com a cabeça. — De agora em diante, daqui até o resto de minha vida, posso chamar-te de mãe? Tu és tão linda quanto a minha era.

— Claro que pode, meu amor. — Uma lágrima brotou de meu rosto. — E Vossa Graça, o que gosta de fazer?

— Caçar. — Bartolomeo sorriu. — Papai, o que achas de irmos caçar uns veados e uns coelhos?

— Certamente, Enzo. — Seus olhos brilhavam. — Mas antes, tenho que falar com o papa, me acompanha? 

— O que vai falar com Vossa Santidade? — Perguntei.

— Quanto mais rápido torna-lo duque, mais respeito e admiração ele vai ganhar. 


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