Legacy - Interativa escrita por Ella


Capítulo 11
Capítulo 11 - Do you wanna marry me?


Notas iniciais do capítulo

semana de provas é FODA. Com toda a sinceridade, né? Eu me programei para preparar um capítulo todo especial para vocês e consegui fazer esse capítulo pequeno em meio a muitos trabalhos e algumas boas provas. Bom, é segundo trimestre e eu não posso vacilar gente, infelizmente a escrita não é meu compromisso nesse momento, mas eu tenho que manter a frequencia de vantagem. Eu iria colocar nesse capítulo uma interação da Amelia e mais alguns personagens que eu recebi as fichas, mas não consegui, me perdoem? Então provavelmente essa é a prévia do próximo capítulo, e aqui vai mais um capítulo feito com carinho e pressa!



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CAPÍTULO 11 Do you wanna marry me?

"É preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado"

Guimarães Rosa

Eve rodopiava o corpo bem diante dos olhos de Elliot. Seu vestido cor bege fazia ondas ao redor dos tornozelos magros e fracos e ela podia sentir o efeito da música sobre seus ossos misturando-se com o calor emitido do sorriso sincero e impressionado de seu parceiro de dança, que pousava bem na sua pele. Ela podia sentir que o comandante a desejava, não era como se ele estivesse tentando esconder isso. Quando os dois estavam juntos, ele sempre parecia sorrir e gesticular mais as mãos, sinal claro de que sua companhia o fazia se sentir confortável e livre para ser quem realmente é, era encantador. Quando dançavam, Eve nunca fazia contato visual, pois não podia deixar suas verdadeiras intenções tão às claras – as pessoas comentam sempre – mas Elliot não se importava, seguia o ritmo da música e tocava-lhe os dedos com gentileza, a guiando bem para o centro do Salão, feliz por estar em sua companhia.

Ler Elliot era extremamente fácil, no entanto, fazê-lo com que a lesse era complicado. Eve às vezes sentia que algo o impedia de dar um passo a frente, mas, por outro lado, também se imaginava se não era ela quem estava querendo ir muito rápido na relação. Hoje mais cedo, na recepção dos novos integrantes da Corte, Elliot estivera bastante concentrado com a sua tropa de homens. Passava na frente dos soldados avaliando cada pequeno centímetro de seus corpos, analisando sua postura e seu uniforme. Tudo era sempre preparado com perfeição para a família real, e Elliot parecia ser o tipo de homem que não aceitava que seu trabalho tivesse algum furo. Mais um ponto para ele, Eve avaliava, sua família ficaria orgulhosa em saber que ela arrumara um homem tão trabalhador. Contudo, ela se perguntava se o comandante não estivesse tão focado no trabalho que acabava deixando casamento e filhos para o segundo plano. Naomi, por outro lado, achava que era bobagem da amiga.

Na noite passada, Eve havia desejado como nunca se encontrar suas amigas para desabafar, queria dizer que estava ansiosa para contrair matrimônio, mas a rainha Marie havia dado ordens supremas de que Amelia deveria descansar para a recepção e a loiro havia recorrido para Naomi. As duas haviam conversado bastante antes de Eve revelar o principal ponto da conversa: queria que Elliot se tornasse seu esposo logo, mas ele não tomava a primeira iniciativa. Naomi pediu para a amiga ser calma, pois primeiro de tudo, ela mesma deveria saber sobre os ancestrais de seu futuro marido e, logo, logo ele iria pedir sobre a família dela. A morena havia também dito que talvez ela estivesse sendo apressada demais, estava tentando colocar a carroça na frente dos bois e isto não era a decisão sensata. Eve ficou escandalizada com a forma como Naomi conseguia separar bem as coisas, como sempre parecia haver a solução bem na ponta da língua, e as palavras de sua amiga foram suficientemente boas para acalmar os nervos dela por enquanto.

–Senhorita Eve! – a voz de Elliot alcançou seus ouvidos e ela parou de dançar no ato, um sorriso tímido brincando em seus lábios finos. – Se importa de caminhar comigo?

Ela olhou para os lados. As pessoas se divertiam com a recepção, haviam vários rostos novos e todos estavam cada vez se tornando mais próximos, o clima era de uma descontração gostosa e além do ótimo grupo que tocava canções alegres e leves, as risadas preenchiam o Salão Principal. Pelo canto do olho, viu Amelia ao lado de Kai, estavam cercados por pessoas importantes, imaginou ela, e sua amiga lhe lançou um olhar divertido, tomado por um brilho diferente. Eve deu de ombros, sentindo-se ainda mais revigorada:

–Adoraria senhor. Aonde vamos?

–Já visitou o jardim?

–Apenas passei na frente, não tive tempo para apreciá-los.

Elliot ofereceu seu braço para a garota:

–Me parece o lugar certo, então.

Os dois desviaram da multidão de pessoas com calma, alguns homens pararam para dar tapinha nas costas de Elliot, e Eve mais uma vez teve certeza da importância do homem que a acompanhava. Não conseguiu evitar olhá-lo pelo canto dos olhos e sorrir.

–O que trás o sorriso aos seus lábios, senhorita?

–Você me pegou no ato – ela murmurou – Bom, as pessoas realmente parecem conhecer o senhor...

–Sim?

–Parece ser uma pessoa querida pelos outros.

–E?

–E não há nada mais que isso. Só isso.

–Isso a atrai?

Eve parou de caminhar. Já estavam saindo do corredor principal, e poucas pessoas transitavam por ali, com certeza sentiu seu rosto assumir uma expressão de choque, mas Elliot estava mais tranquilo do que nunca. Seu rosto parecia ainda mais jovial e feliz e uma chama provocativa brincava em seus olhos castanhos. Estava sim, absurdamente atraente. Mas nem que tivesse que andar com correntes nos pés iria revelar isto em voz alta.

–Como ousa fazer uma pergunta dessas à uma das damas da princesa Amelia?

–Eve, me perdoe – sua voz era macia – Não foi minha intenção ofende-la, mas... Se me permite, ainda quero saber. Isso a atrai?

–Não vou responder esta pergunta para alguém que não seja meu noivo.

Foi a vez de Elliot ser pego de surpresa. Seus pés vacilaram sobre o chão de mármore e ele engoliu em seco. Precisou de um bom tempo antes de pensar na resposta certa, mas quando abriu a boca, falou às palavras que Eve nunca imaginou ouvir naquele dia:

–Então te peço em casamento e me dirás a resposta.

O coração da dama bateu tão forte nas costas que ela poderia jurar que qualquer um naquele palácio poderia ouvir o batucar eufórico do seu órgão e então, ela riu:

–Elliot, você enlouqueceu?

–Não, não enlouqueci!

–O que sabe sobre mim, então?

–Sei que é uma mulher bela. Que tem bom papo e que me trata bem e me faz feliz, é o que eu preciso.

–Isso é muito pouco – sua voz saiu baixa – Eu, eu tenho que admitir...

–Sim?

Eve deu um passo a frente, ficando mais perto de Elliot do que jamais ficara e ele era quente. Parecia queimar por debaixo de suas vestes caras. Mordeu os lábios e continuou:

–Na noite passada quase não aguentei. Desejava mais do que nunca que você pedisse minha mão em casamento, mas uma amiga minha disse que deveria ir com calma. Que eu não poderia me entregar tão rápido a um casamento, pois nós nem conhecemos as famílias.

–Não importa. Seus pais podem vir para Portugal, peço para o rei mandar alguém buscá-los ou podemos fazer nossa cerimônia perto do casamento do príncipe Kai com a princesa Amelia e, assim, sua família já fica para o casamento real.

–Eles adorariam, tenho certeza que sim, mas...

–O que a impede Eve? Diga que aceita o meu pedido. – Havia certa urgência na voz de Elliot, seu corpo se curvava em sua direção, como se estivesse prestes a se ajoelhar.

–As palavras parecem não querer sair da minha boca – ela revelou num sussurro.

–Então as arrancarei se assim for. - Antes que Eve pudesse questioná-lo, o corpo de Elliot cobriu o seu, suas mãos grandes e protetoras seguraram o seu rosto delicado e macio e rápido como uma flecha lançada ao vento, os lábios do comandante Elliot encontraram os lábios virgens da moça. Ela foi pega de surpresa, e seu peito subiu assustado, mas seu corpo não quis corresponder e ela pousou as mãos na cintura de seu parceiro, sentindo pela primeira vez o quão bom era beijar alguém que gostava.

–Elliot! – ela soltou, sentindo a respiração ofegante, não querendo abrir os olhos, pois ainda sentia os lábios amortecidos após um beijo cheio de conforto.

Os dedos do comandante afagaram-lhe o rosto e Eve aceitou o tratamento gentil, como se ele quisesse protegê-la debaixo de seus braços. Como se pudesse salvá-la dos males do mundo. Seria delírio dela? Seria delírio dela que ele a beijara? Que a pedira em casamento? Seria... Seria isto que sentia amor? Abriu os olhos:

–Quais foram as palavras que tu roubastes da minha boca?

–Elas me dizem sim – Elliot disse com confiança.

–Então é sim


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo com muito amor. Gostaria que vocês percebessem uma coisa, e esse conselho que lhes darei não serve apenas para a história, mas sim para a vida: o amor de Marie e Thomás é bem diferente do amor de Eve e Elliot e no entanto, causam sensações semelhantes, causam tudo o que alguém que já amou sente. O que tento dizer é que existem várias formas de amar, lembrem-se disso. Por isso, pergunto para vocês agora: O que vocês acham? Eve e Elliot realmente se amam?