E se Fosse Verdade? escrita por justbecause


Capítulo 12
Aposta


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii genteeee
Sério, sumi total, né?
Desculpa mesmo, mas nem deu :/
Tava viajando e depois que voltei tive que correr um pouco pra recuperar o assunto perdido nas aulas, sinto muito mesmo.
Enfim pelo menos voltei, e juro que não deixo a fic incompleta.
Obrigada mesmo a todos que comentam, acompanham, favoritam..... e até mesmo àqueles que simplesmente continuam lendo XD Mesmo, vocês fazem meu dia com os elogios :))
Mas enfim, espero que gostem desse aqui!!
Boa leitura!!!!



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Capítulo 12- Aposta

Eu juro, eu acho que nunca, mas nunca na minha vida eu vou realmente entender a mente de Travis Stoll. Ou de Connor Stoll. Ou de Matt Morrison.

Por quê? Bem, eu também não sabia dessa história até hoje de manhã, quando Matt finalmente veio falar comigo (depois de uma semana! UMA SEMANA!).

Certo, não é como se eu não estivesse achando estranho o fato de ele não ter falado comigo desde o dia que eu acordei, mas ninguém pode me culpar por tentar ser um pouco otimista e pensar que ele tinha finalmente desistido de mim (não me julgue, tinha até essa nova filha de Afrodite, e eles dois pareciam estar se dando muito bem).

De toda forma, Matt não tinha falado comigo depois que eu tinha acordado, e a parte mais estranha era que ele parecia estar sendo observado de perto pelos irmãos Stoll.

Pois bem, chegou aos meus ouvidos hoje de manhã que, há uma semana, os retardados, insanos e COMPLETAMENTE SEM NOÇÃO irmãos Stoll resolveram simplesmente jogar uma maldição (não me pergunte como) em todos os arcos dos campistas de Apolo. O que aconteceu? Toda vez que um deles soltava a corda do arco para atirar uma flecha, a corda "sangrava" tinta dourada, fazia o som de uma lira desafinada, recitava um haicai sem sentido… coisas do tipo. Tudo bem até aí.

Mas eu não sei se você lembra que Matt é um filho de Apolo. E que os irmãos Stoll são completamente malucos. Por isso, quando os campistas de Apolo foram perguntar aos meninos como reverter o feitiço (porque era óbvio que eles eram os responsáveis), eles disseram que não seria tão fácil assim. Qual é, eles são Connor e Travis Stoll. Claro que eles queriam alguma coisa em troca.

E é aí que eu entro na história.

Os dois malucos queriam se duvertir um pouquinho mais. E só diriam como reverter a maldição se Matt passasse uma semana sem falar comigo.

Ughhhhhhh! Por quê, por quê, por quêêêêê?

Eles por acaso fazem ideia de quanta falsa esperança eles me deram?

Não, é claro que não fazem.

Mas enfim, contrariando a todas as expectativas, Matt ficou sem falar comigo.

Por uma semana.

Mas hoje de manhã, quando eu estava tranquilamente saboreando meus wafflesazuis (o quê? Eles são gostosos!) e pensando sobre como era bom finalmente poder voltar às atividades normais e, ainda por cima, poder fazer isso sem me preocupar com um filho de Apolo irritante no meu pé, ele estragou tudo.

Pra falar a verdade, eu já estava até mesmo pensando em ir falar com ele e sugerir que fizéssemos as pazes e tal… Mas aí ele apareceu atrás da mesa de Atena:

– Srta. Google, há quanto tempo…

Sério, havia tanto tempo que eu não ouvia aquela voz que eu até me assustei. Só um pouquinho.

Demorei um certo tempo, mas consegui me recompor e, engolindo uma garfada de waffles, me virei para ele:

– M-Matt… Hum, o-oi.

Ele sorriu em resposta.

– Acho que vou começar a te chamar de oxigênio. – ele disse.

Eu estava tão atormentada que nem percebi que aquilo era o começo de uma cantada e fiz cara de interrogação, o que lhe deu espaço para continuar:

– É que eu quase morri durante essa semana. Parece que não existe vida sem você.

Aquilo me fez acordar. E eu mordi o lábio e revirei os olhos. Resolvi não responder àquilo.

– Tem um tempo que você não fala comigo, Matt.

Ele balançou a cabeça afirmativamente.

– Isso não significa que eu não queria ter falado. – ele disse, e saiu andando para a mesa de Apolo, me deixando sozinha, com cara de criança que não entende como 1 - 2= -1.

Ainda tentando entender o que ele tinha dito, me virei e continuei a comer meus waffles.

A verdade é que eu tinha andado meio aérea esses dias, sem prestar muita atenção ao que estava acontecendo no Acampamento. Por vários motivos:

1)Eu fora "aconselhada" a não praticar atividades físicas por uma semana, ou seja, eu estava liberada dos treinamentos e obrigaçoes até… bem, hoje;

2)Minha relação com o Percy estava indo muito bem, obrigada;

3)Thalia estava aqui, e eu passava mais da metade do tempo com ela, o que era fantástico;

4)Eu passava o tempo quase todo apenas me divertindo e fazendo coisas típicas de verão com os meus três melhores amigos (Percy, Thalia e Grover) e era como se o resto do mundo não existisse;

5)Era realmente muito divertido não ligar pra nada.

Sendo assim, eu na verdade não fazia muita ideia do que estava acontecendo fora do novo mundinho que eu havia criado. E que, é claro, estava prestes a ser destruído. Se bem que já estava mesmo na hora…

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Eu sinceramente não sei porque eu ainda me surpreendo. Não sei mesmo.

É claro que Percy sabia sobre o tal plano dos Stoll. Só não achou pertinente me contar.

Pelo menos foi isso que ele me disse quando eu desisti de descobrir sozinha e fui sentar na mesa de Poseidon (sim, todos viram e começaram a sussurrar, mas eu não estava exatamente ligando para isso), para perguntar a Percy sobre o que Matt quis dizer. Ele era bem informado.

Mas quando eu estava prestes a ralhar com ele por não ter me contado, fomos interrompidos por Thalia, que estava chegando meio apressada no pavilhão do refeitório, vestida novamente com suas roupas de caçadora (aqui no Acampamento ela estava usando as típicas… punk). Ela veio correndo até nós dois e nos deu um abraço duplo:

– As meninas estão precisando de mim, eu tenho que ir embora rápido! Já falei com Grover. – ela disse – Vou sentir saudades…

Ela foi fala com Quíron e deu um tchau geral para o resto dos campistas.

Antes que ela fosse embora, me levantei e fui atrás dela.

– Sem discussão, te acompanho até a colina. – falei quando a alcancei, sem que parássemos de andar até chegarmos ao topo da colina, quando ela mesma me parou e me segurou pelos ombros.

– Eu realmente vou sentir muitas saudades. – ela disse.

– Eu também. – respondi.

– É, mas você pelo menos tem Percy para aliviar isso. – ela brincou, piscando e me fazendo corar um pouco.

– Não é a mesma coisa.

– Claro que não. – ela falou – Mas vocês são realmente fofos.

A essa altura eu tinha certeza que já estava parecendo um tomate. Ou quase.

– Para falar a verdade, é tão fofo que é até estranho. – ela continuou sua linha de raciocínio depois que eu franzi as sobrancelhas – Tipo, eu sempre achei que vocês seriam aquele tipo de casal "entre tapas e beijos". É até difícil de acreditar.

OH DEUSES. Oh deuses, oh deuses, oh deuses.

Como eu não percebi isso?

– Bem, eu realmente tenho que ir. – ela saiu dos seus devaneios e me deu um ultimo abraço – Vou sentir sua falta.

Com isso ela saiu correndo decidida para baixo da colina.

É claro que nós estávamos sendo melosos demais. Eu e Percy, eu digo.

Ai meus deuses, como eu não tinha percebido isso?

Nós brigávamos tipo duas vezes por dia antes de "namorarmos"… Era para passarmos mais tempo chateados um com o outro do que juntos!

Oh deuses…

Eu tinha que falar com Percy.

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Não foi difícil encontrar o Cabeça de Alga.

Eu meio que já esperava que ele estivesse cuidando dos pégasos, nos estábulos.

Para a minha sorte, ele estava sozinho, o que me salvou de ter que arrastá-lo para fora de algum lugar cheio de gente, puxando-o pelo punho e chamando atenção.

– Percy, precisamos conversar. – falei, entrando nos estábulos e cruzando os braços ao parar na frente dele.

Ele parou o que estava fazendo (não me pergunte o que era, não entendo de pégasos) e se virou para mim, um pouco assustado.

Eu ri um pouco e relaxei os braços e a expressão quando vi o olhar dele.

– O que foi? – ele perguntou, receoso.

– Nada, foi mal pela forma como eu falei. – respondi, para tentar tranquilizá-lo. Acho que funcionou um pouco.

– Ah, certo. Tudo bem. – ele disse, e ficou me encarando em busca de uma explicação.

Respirei fundo antes de continuar:

– Nós precisamos terminar.

Um olhar confuso tomou conta da cara dele, e eu não pude evitar rir.

– Sabe, eu agradeceria se você fosse um pouco mais clara. – ele pediu.

– Tá. Eu acho que talvez as pessoas estejam achando muito estranho a gente simplesmente ter parado de brigar de uma hora para a outra.

– E por que exatamente você acha isso?

– Porque Thalia acabou de me falar.

Ele franziu a testa diante dessa resposta, e eu suspirei antes de explicar.

– Pelo visto, o esperado era que nós fôssemos um casal bem… - demorei um pouco para achar a palavra certa – Complicado.

Nessa hora, ele pareceu começar a entender a situação.

– Percy, você já percebeu que, desde que começamos a "namorar", a gente não brigou nenhuma vez?

Depois disso, acho que ele entrou no mesmo estado tempórario de pânico que eu estava.

– Você está dizendo que a gente tem que… forjar uma briga?

Não pude deixar de sorrir quando ele finalmente compreendeu.

– Parece que finalmente estamos na mesma página. – comentei.

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Ai, minha santa Atena.

Por todo o Monte Olimpo, por que eu tinha tido essa ideia maluca?

Oh, deuses, isso nunca daria certo.

Explicações?

Bem, digamos apenas que nós saímos dos estábulos "brigados".

Muito mais fácil do que armar uma discussão pública.

E se por acaso (e eu digo "por acaso", mas é óbvio que vai acontecer) alguém perguntasse o motivo, seria porque Percy sabia da história dos irmãos Stoll e não me contou. É, eu até estava um pouco chateada por causa disso, mesmo.

E a melhor parte: motivo bobo.

Exatamente como qualquer um esperaria.

Ah, mas isso seria tão complicado…

Entenda, já que nós estávamos brigados, eu não podia falar com ele e ele não podia falar comigo. E, pior ainda, essa era a única coisa da qual se ouvia falar no Acampamento. E agora tem fogueira, e eu não vou poder ficar lá com ele aproveitando a noite.

EU TENHO QUE SENTAR DO OUTRO LADO DO ANFITEATRO. DO OUTRO LADO! Alguém no mundo tem noção do quanto isso é difícil?

Não, é claro que não.

Mas o que eu posso fazer? É necessário… Por isso que, quando eu vi Percy sentado junto de Connor e Travis (e algumas filhas de Deméter que estavam perto demais dele, na minha opinião), eu simplesmente trinquei os dentes e, adivinha...? Fui me sentar do outro lado do anfiteatro.

Que por acaso é o lado onde os filhos de Apolo sempre sentam. E o único lugar livre era do lado de Matt. Ai meus deuses…

Ele ergueu as sobrancelhas quando eu me aproximei.

– Srta. Google, mas que surpresa agradável.

– Oi, Matt. – respondi, como quem está frustrada com alguma situação e ao mesmo tempo chateada com alguém. O que, eu admito, não foi tão difícil.

– Posso saber a que devo a honra de sua presença? – ele provocou.

Cínico. Como se ele já não tivesse ouvido falar da história toda.

– Não tinha nenhum outro lugar livre. – falei, em um tom que dava a entender que eu estava realmente chateada com alguma coisa.

– Sério? Daqui parece que tem bastante espaço do outro lado…

Encenei um suspiro "estou cansada de toda essa história". De novo, não tão difícil.

– E o que me proíbe de querer sentar aqui? – perguntei, meio desafiadora.

Ele deu de ombros.

– Nada. Só achei que tinha algum outro motivo.

– Talvez eu esteja chateada com uma certa pessoa. – continuei, para que a conversa continuasse tomando o rumo que eu queria.

– Ouvi falar. – ele disse – E talvez existam outras pessoas que possam ser bem divertidas às vezes…

Acho que eu sou inteligente o suficiente para reconhecer a indireta. E tudo o que eu queria responder era "AH, É? MAS EU NÃO ESTOU NEM AÍ, EU QUERO MEU NAMORADO DE VOLTA". Mas não, eu deveria estar com raiva do Cabeça de Alga.

E por esse simples motivo, me vi obrigada a sorrir sem olhar para o filho de Apolo e responder:

– É, talvez. – como se aceitasse a companhia dele.

Oh, deuses, isso vai ser muito difícil.

"Em todos os momentos das nossas vidas interpretamos papéis."

Apaixonada por Palavras- Paula Pimenta


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso!
Espero mesmo que tenham gostado e não tenham desistido de mim :)
Vou tentar postar quarta, mesmo não tendo certeza... Mas mesmo assim, estou de volta!!!!!!
E só avisando, estamos quase chegando ao final, queridos :(((((
Continuem lendooooo
Beijinhos, e até a próxima!



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