Edward

Eu estava terminando uma consulta no meu escritório quando uma enfermeira bateu na porta e pediu licença.

- Dr. Cullen, uma emergência, poderia vir até aqui, por favor? – A senhora na casa dos seus quarenta anos falou com um olhar um pouco aflito.

Pedi licença para o paciente que estava atendendo e me dirigi até o corredor do hospital, onde a enfermeira me aguardava.

- Aconteceu algo?- Perguntei

- Dr. Cullen a sua filha deu entrada no hospital há poucos minutos. Há uma senhora na recepção querendo falar com o senhor. – Ela abaixou o olhar – Ela deu entrada inconsciente e estamos fazendo exames, ela está aos cuidados do Dr. Sharpey.

Saí correndo em direção á recepção, havia passado o dia pensando em Bella, no nosso beijo. Só me lembro de ter sentido o que eu estava sentindo agora nos primeiros anos de casado com Liz, Bella me deixava aceso, tinha vontade de provar cada pedaço do seu corpo e queria que ela sentisse o mesmo, mas a notícia que acabara de receber que desviou de qualquer pensamento relativo a este assunto.

Quando eu cheguei na recepção tomei um choque, Bella estava só com uma camiseta que pouco escondia seu corpo abraçada a um cara que logo reconheci como o rapaz da moto que ela estava beijando na frente da minha casa até alguns dias atrás. A raiva que tomou conta de mim foi instantânea, mas não era momento disso, tinha que saber como estava a minha filha.

- O que foi que aconteceu? – Eu perguntei olhando para a Bella, mas não pude evitar de olhar para o rapaz ao seu lado que mantinha um braço ainda em sua cintura.

- Estava me despedido de Jake, pedi para Vanessa esperar, mas quando eu a vi já estava atravessando a pista, não deu tempo de ir atrás dela, veio um carro... Oh meu Deus, Edward, foi tudo muito rápido... – A raiva por vê-la abraça com aquele rapaz aumentou conforme ela ia falando. Ela estava com ele ao invés de cuidar da Vanessa.

- Não fale mais nada. Eu estou te pagando para tomar conta de minha filha, não para namorar no meio do expediente. Não quero nunca mais te ver pela frente, nunca mais verá Vanessa, e se algo acontecer com ela, você vai pagar muito caro. – Meu peito doía, mas eu precisava ver como Vanessa estava.

Bella

Eu estava chorando tanto que nem sei direito como cheguei em casa. Escutava ao longe Jake no celular, mas não conseguia acompanhar a conversa e muito menos saber com quem ele falava.

- Bells, calma, a menina está bem. Acabei de falar com Alice, ela está lá no hospital, expliquei tudo o que aconteceu. – Eu já estava mais calma a medida que ele falava. – Ela vai ficar bem. – ele fala enxugando as lágrimas do meu rosto.

- Como ela está?

- Ela quebrou uma perna, mas já está acordada, está no quarto com a família e perguntou de você.

- Ai graças a Deus, eu nunca ia me perdoar se acontecesse algo com ela.

- Mas não foi sua culpa, Bella, não tem por que você ficar se culpando. Não dê ouvidos ao que aquele cretino lhe falou.

- Você tem razão, não vou chorar mais.- Meu peito estava mais aliviado, mas ainda doía com as palavras que ele havia dito.

Durante a semana falei com Alice quase todos os dias para saber como Vanessa estava, ela ainda estava em recuperação no hospital, mas que Edward estava procurando alguém para cuidar dela quando saísse.

“Oh, Bells, Ness me falou que te desobedeceu, Ed também sabe, e eu já falei com ele, mas ele é orgulhoso demais para admitir que errou.”

Nessa história toda a única coisa que me deixava um pouco mais tranqüila era que não teria mais nenhum contato com Edward.

Edward

Eu estava terminando o meu plantão, iria ver minha filha antes de ir em casa tomar um banho e descansar um pouco.

- Pai?

- Oi Ness, como você está, meu bem? – eu falei lhe dando um beijo na testa.

- To bem pai, quando eu vou poder ir pra casa?

- Daqui alguns dias, meu amor.

- Por que a Bella ainda não veio me ver?

- É complicado, filha... – Ainda não havia contado para Ness que eu havia despedido a Bella. – Ouça filha, a Bella não poderá mais ficar com você.

- Por causa do acidente pai? Porque ela não teve culpa, eu que desobedeci, ela pediu para eu esperar e eu não quis, fiquei com medo que ela acabasse beijando aquele moço como você fez na festa, e não queria que isso acontecesse, queria que ela só beijasse você pai. – Ela falou tão rápido quanto Alice.

- Onde você escutou que a Bella me beijou?

- No dia que eu fui ao shopping com tia Alice, quando voltamos para a casa da vovó, depois do jantar, quando você tava conversando com o vovô, tio Emmet falou para tia Alice que viu você beijando a minha babá.

- Ah... – Foi a única coisa que eu consegui dizer. Aproveitei que minha mãe ficaria com Vanessa e resolvi ir para casa.

Na semana seguinte, Rose e Emmet ficaram com Vanessa, era semana de Natal, e eu havia combinado com Tanya de irmos ao cinema. Na hora marcada eu estava na frente do cinema a esperando quando vi Bella vindo em minha direção, ela trazia muitas sacolas nas mãos e parecia tentar equilibrar todas e atender o celular que tocava, ela ainda não havia notado a minha presença quando esbarrou em mim, e todas as coisas que ela trazia foram ao chão inclusive o seu celular que nessa hora parou de tocar.

- Ai, descul... – Sua voz morreu ao notar que era em mim que ela havia esbarrado.

- Não se preocupe. – Falei seco. – Quer ajuda?

- Não. – Ela falou da mesma forma que eu.

Ela se abaixou e começou a pegar as coisas que estavam espalhadas pelo chão, eu não podia só ficar ali olhando ela pegar as coisas. Me abaixei e mesmo sem ela querer eu a ajudei. Ela me olhou de canto de olho, mas não falou nada. Quando ela voltava a equilibrar as sacolas em suas mãos. Eu peguei o celular que ainda estava no chão e segurei na sua frente.

- Onde você quer que eu ponha?

- Quer mesmo que eu responda? – Ela me olhou com uma cara de poucos amigos

Ficamos nos olhando por mais alguns segundos. – Coloque no bolso da minha calça, por favor. – Ela finalmente falou, se virando em outra direção para que eu pudesse ver o bolso traseiro de sua calça.

Cheguei mais próximo, e uma sensação de tomá-la em meus braços tomou conta de mim. Eu sentia minha calça ficando mais apertada conforme eu ia me aproximando dela. Coloquei o seu telefone onde ela havia me dito.

- Quer mais alguma coisa? – Perguntei em seu ouvido, pude perceber na hora que ela se arrepiou toda, e deixou algumas das várias sacolas que ela trazia caírem novamente no chão.

Eu abaixei e as peguei. – Te ajudo com isso aqui. – Eu falei com as sacolas nas minhas mãos e pegando outras das suas.

Ela foi na minha frente me guiando até o seu carro, que estava numa parte mais escura do estacionamento. Colocamos as sacolas no porta malas de seu carro e quando ela virou para mim, eu já não consegui resisti, tomei a em meus braços e a beijei, estava com saudades da sua boca, do seu cheiro e do seu calor. No começo ela resistiu um pouco, mas também se deixou levar. Nosso beijo se tornou cada vez mais quente e eu dei graças a Deus que ela tenha estacionado em um lugar ermo. Já estávamos ofegantes.

- Vamos sair daqui? – Falei

- Edward eu... – Ela ia começar a dizer e eu a calei com mais beijos.

- Não vamos conversar agora. Depois, prometo. Mas agora só vamos sair daqui. –Eu falei olhando em seus olhos. Ela mordia o lábio inferior, como se estivesse confusa.

- Está bem. Vamos.

Entramos no seu carro e ela dirigia, nem sabia para onde estávamos indo, mas soube na hora em que ela parou o carro. Ela havia me levado para a casa dela. Ela abriu a porta com um pouco de dificuldade, pelo visto, estava nervosa. Mas quando ela a fechou atrás de nós, não me contive novamente, a abracei por trás e depositei em seu pescoço, leves mordias e beijos, ela já arfava. Começou a me puxar escada a cima, para o seu quarto, estava tudo escuro, mas não nos importamos com isso, simplesmente estávamos tão envolvidos com o que estávamos fazendo e o que estava para acontecer que esquecemos o resto do mundo.

Nos beijávamos em uma intensidade incrível, ela começou a tentar tirar a minha camisa e eu a ajudei, ela começou a beijar o meu peito e minha respiração começou a acelerar quando suas mãos abriam minhas calças, tirei os meus sapatos e meias somente com os pés, depois tirei sua blusa com uma certa facilidade, e abri sua calça, mas antes de eu tirá-la. Bella se sentou na cama, nessa hora eu estava só e cueca e ela de sutien e calças, ela me puxou mais pra perto dela e puxou minha cueca. Eu já não estava acreditando que ela faria isso. Ela tirou o meu membro que já estava duro e enquanto ela segurava, ela me olhou, mas sem nenhum pudor ela o colocou a boca. Ela começou a me chupar com delicadeza, porém eu já não estava agüentando, eu explodira em sua boca em qualquer minuto. Ela notou, porque no segundo seguinte ela já estava de pé novamente, me olhando nos olhos.

Bella

A luz que entrava pela janela dava perfeitamente para ver o verde de seus olhos me fitando. Ele me beijou ainda com mais intensidade do que antes, e suas mãos tiraram minha calça. Não quis pensar no que eu estava fazendo, alguma coisa na minha cabeça falava que era errado, mas meu corpo já não estava mais em meus domínios, me deixei levar por todas aquelas sensações que eu sentia.

Terminamos de tirar o resto de nossas roupas e deitamos ainda nos beijando na cama, suas mãos exploravam cada parte de meu corpo e sua boca ia descendo cada vez mais. Pescoço, seios, barriga e quanto mais ele descia mais o ar me faltava. Quando ele parou já com a cabeça no meio de minhas pernas senti que gozaria no instante que ele encostasse em mim. Dito e feito. Quando ele me tocou com sua língua, os espasmos estavam incontroláveis, ele ainda me estimulou mais me chupando e colocando os seus dedos em mim. Minha pernas já tremiam.

- Calma. – Ele falou no meu ouvido, se ajeitando em cima de mim. – Ainda estamos começando.

As palavras dele me fizeram arrepiar, mas não por muito tempo, pois eu o senti entrando em mim com um certo cuidado, que não demorou muito tempo, porque logo ele já estava estocando com força e eu pedindo por mais. Quanto mais ele colocava, mais eu queria. Nossos gemidos devem ter acordado a vizinhança, mas na hora não me emportei com nada. Suas Estocadas ficaram mais aceleradas e finalmente o senti explodir dentro de mim, senti sua pulsação latente ainda dentro de mim. Ele começou a beijar o meu pescoço e logo nos beijamos novamente, e dormimos assim, abraçados um no outro. A primeira vez que dormi de verdade com alguém, sem pesadelos.

Na manhã seguinte, ao acordar encontrei um bilhete ao meu lado na cama.

“Tive que ir, não quis te acordar, mas nós temos que conversar.

Virei mais tarde, assim que sair do hospital.

Edward”

Joguei o bilhete no lixo, coloquei uma roupa e desci para tomar café. Assim que coloquei o café na caneca, a campainha começou a tocar.

- Bom dia, Bella Adormecida! – O moreno na porta me cumprimentou.

- Bom dia, Jake. Quer café? – Perguntei dando espaço para ele entrar.

- Não, obrigado. Então que horas saí o seu vôo?

- Às duas, Charlie chegará de viagem por volta das onze, então assim que ele chegar eu já vou arrastá-lo para o aeroporto.

- Eu, não queria que você fosse embora. É por causa daquele desgraçado que você tá indo, não é?

- Jake, não vou mentir para você, é por causa dele sim. Mas é melhor assim, desse jeito ninguém mais irá se machucar.

Ele me abraçou. – Seu coração tinha justo que começar a bater quando aquele idiota apareceu?

- É Jake, nessas coisas ninguém manda, sabe que se eu pudesse escolheria você, mas não são assim que as coisas funcionam.

- É verdade. – Ele falou. – Então acho que só te vejo em Nova York agora, não é?

- É, acho que dessa vez é para sempre. Adeus, Jake. – Falei com lágrimas nos olhos. Despedidas são tão difíceis.

- Adeus, Bella. – Ele falou e me abraçou novamente.